terça-feira, 25 de junho de 2019

Vocês entenderam por que é que nós não abrimos mão do rádio? Não podemos prescindir das ondas médias e das ondas curtas, depois vai ter muito mais para que esta mensagem percorra o mundo inteiro. Isto é de interesse de Jesus acima do nosso próprio idealismo, mas sempre impotente diante da limitação dos recursos humanos. Não, isto é do interesse máximo Daquele que quer o Evangelho pregado a todo o mundo, em testemunho a todas as nações, porque, só então, virá o fim.

 

Ninguém vai poder dizer que não foi avisado. Ora, o Evangelho não podia ser pregado a todas as nações como um sinal do fim se não fosse compreendido como tal, e se a proximidade do fim não fosse, pelo menos, um dos seus temas principais.

 

O "Advent Herald", de 14 de dezembro de 1850, exprimiu bem a verdade sobre este ponto, escrevendo: "Como indicação da proximidade do fim havia, porém, de se "ver outro anjo voar pelo meio do céu, com o Evangelho Eterno para proclamar a todos os que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua e povos."

 

Exatamente o que está no versículo 6 do Apocalipse capítulo 14. A missão deste anjo devia ser o mesmo Evangelho que tinha sido antes proclamado, mas relacionado com ele estava o motivo adicional da proximidade do reino, dizendo com grande voz:

 

"Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo, e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar e as fontes das águas", já é o versículo 7. A pregação simples do Evangelho, sem anunciar a Sua proximidade, não poderia realizar esta mensagem.

 

As pessoas empenhadas neste movimento supunham que ele constituía um cumprimento da profecia, pensavam que estavam, mesmo, a apresentar a mensagem deste Apocalipse 14, versículos 6 e 7. Com este movimento começou, também, o cumprimento da parábola das dez virgens, contada por Jesus no Evangelho segundo São Mateus, capítulo 25. Nosso Senhor propôs, para ilustrar e reforçar a doutrina da segunda vinda e do fim do mundo, que acabava de apresentar, no mesmo Evangelho, segundo São Mateus, capítulo 25.

 

Os que se interessaram nesse movimento, saíram ao encontro do esposo, isto é, se levantaram para esperar a vinda do Cristo, olhando e aguardando o seu regresso do céu. Mas, o esposo tardou (o primeiro ponto de expectativa), o fim do ano de 1843, que segundo o cômputo judaico, terminava na primavera de 1844 passou, e o Senhor Jesus não veio. Enquanto tardava, toscanejaram todos e acabaram dormindo. Surpreendidos pela inesperada dúvida, pela incerteza em que tinham sido arremessados, o interesse do povo começou a desvanecer, o seu esforço começou a afrouxar, mas, à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, podeis sair-lhe ao encontro!

 

No meio tempo, entre a primavera de 1844, em que a princípio se supôs que terminariam os dois mil e trezentos dias e aquele ponto do outono de 1844, ao qual, como depois se verificou, eles realmente se entendiam, um clamor como esse foi subitamente levantado. Involuntariamente foi adotada esta mesma fraseologia: Aí vem o esposo! A causa deste súbito despertamento foi a descoberta de que o grande período profético de dois mil e trezentos dias, isto é, anos, do profeta Daniel, capítulo 8, versículo 14, não terminava na primavera de 1844, mas se estendia até o outono desse ano. Por conseguinte, o tempo que supunham certo para o aparecimento de Jesus não tinha ainda passado, mas estava, com efeito, às portas. Na mesma altura deu-se, parcialmente, a relação que existia entre o tipo e o antítipo quanto à purificação do Santuário. A profecia declarava que o Santuário seria purificado no fim dos dois mil e trezentos dias (quer dizer dias proféticos, portanto, anos: dois mil e trezentos anos).

 

E, como no tipo, o santuário era purificado no décimo dia do sétimo mês do ano judaico, esse ponto no outono foi por isso fixado com o termo de dois mil e trezentos anos. Caiu, exatamente, a 22 de outubro. Entre o início do verão de 1844, em que pela primeira vez se fez luz sobre este assunto, e o dia e mês já indicados com que terminavam os dois mil e trezentos anos, talvez nenhum movimento tenha, jamais, exercido maior atividade do que este acerca da segunda vinda de  Jesus. Em nenhuma causa, talvez, se tenha realizado mais em tão curto espaço de tempo. 


Uma onda religiosa se espalhou por toda a nação, despertada como jamais o havia sido desde a reforma do Século XVI, desde os tempos de Martinho Lutero. Esse foi o chamado "movimento do sétimo mês", limitado mais em particular, aos Estados Unidos e ao Canadá, mas, o movimento geral acerca do segundo advento do Cristo e a proclamação de que vinda é a hora do seu juízo. não se limitou a esse hemisfério, porque foi realmente universal. Realizou, sob este aspecto, a proclamação do anjo a toda nação, e tribo, e língua, e povo.

 

Na sua obra sobre o segundo advento, volume 2, página 135, Mourant Brock, escreve: "Não é apenas na Grã-Bretanha que a expectativa da próxima vinda do Redentor é alimentada, e levantada a voz de advertência, mas, também, na América, na Índia e no Continente Europeu. Na América, cerca de trezentos Ministros da Palavra estão, assim, pregando este Evangelho do reino de Deus enquanto neste país, Grã-Bretanha, cerca de setecentos da igreja inglesa estão levantando o mesmo clamor, alertando o povo."

 

Dr. José Wolff viajou na Arábia através da região habitada pelos descendentes de Robabe, na sua missão a Bokhara, fala assim de um livro que viu no Yêmen: "Os árabes deste lugar têm uma livro chamado Seera que trata da segunda vinda do Cristo e do seu reino de glória. No Yêmen passei seis dias com os recabitas: não bebem vinho, não plantam vinhas, não semeiam, vivem em tendas e se lembram das palavras de Jonadab, filho de Recab.  Em sua companhia estavam os filhos de Israel da tribo de Dan que residem perto de Yerim, e esperam, em comum com os filhos de Recab a breve vinda do Messias nas nuvens do céu". 


Isto é um fato da maior importância. Os judeus não aceitaram Jesus como aquele Messias anunciado no Velho Testamento desde os tempos de Moisés. Achavam que não podia ser aquele humilde carpinteiro, tinha que ser um guerreiro, um homem sobrenatural pelo seu poder de guerreiro para libertar Israel humilhado debaixo do tacão de Roma.

 

E, ainda hoje, neste Século XX, ainda há recabitas misturados com os filhos de Dan, esperando quem? O Messias.  Esperando Jesus que já veio há quase dois mil anos, e só vão reconhecer Jesus perto da sua volta, porque também está profetizado pelo apóstolo São Paulo. Vai acontecer, isto é fato, um fato consumado: a conversão dos judeus ao cristianismo, não dos homens que andam aí, mas ao Cristianismo do Cristo de Deus.

 

Meus amigos e meus irmãos, isto é um tema fascinante. Meditem bem! Cada versículo do livro das Profecias Finais mostra muita coisa digna de estudo, e é preciso ver qual o papel reservado ao nosso Brasil, porque a nação que souber o Apocalipse, linha por linha, a nação que receber de Deus este privilégio, então, também, lhe caberá governar todas as nações deste planeta.

 

Vimos o que Wolff escreveu: "No Yêmen passei dias com os recabitas; não bebem vinhos, não plantam vinhas, não semeiam, vivem em suas tendas e relembram as palavras de Jonadab, filho de Recab. Em sua companhia estavam filhos de Israel, da tribo de Dan, que residem perto de Yerim, em Hadramaut, e  esperam,  em comum com os filhos de Recab, a breve volta do Messias nas nuvens do céu."

 

Também, Taylor, no seu livro "A Voz da Igreja", páginas 342 a 344, fala nos seguintes termos da ampla difusão do advento:

 

"Em Wurttemberg há uma colônia cristã com algumas centenas de membros que aguardam o breve advento do Cristo. Também outras de igual crença, nas margens do Cáspio. Os Molokaners, grande corpo de dissidentes da igreja russa, a chamada igreja grego-russa, que residem nas margens do Báltico, povo muito piedoso, de quem se diz, tomando a Bíblia por único credo, a única norma de sua fé, as Sagradas Escrituras, são, também, caracterizados pela expectativa do reino imediato, visível, do Cristo sobre a terra. Na Rússia a doutrina da vinda e reino de Jesus é pregada, em relativa extensão, e aceita por muitos da classe mais pobre. Tem sido extensamente agitada na Alemanha, em particular, ao Sul, entre os Morávios. Na Noruega, mapas e livros sobre o advento do Cristo vem circulando amplamente, e a doutrina está sendo recebida por multidões. Entre os tártaros, isto é, na Tartária, prevalece a expectativa do segundo advento do Cristo. Publicações inglesas e norte-americanas sobre esta doutrina são enviadas para a Holanda, Alemanha, Índia, Irlanda, Constantinopla, Roma, e para quase todas as estações missionárias do orbe terrestre."

 


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