sábado, 22 de junho de 2019


Mas uma vista de olhos sobre alguns dos modos como a igreja protestante procedeu, mostra muito melhor, porque também ela faz parte desta "grande Babilônia", isto é, sua parte irreconhecível, a sua parte baixa, apodrecida, vilipendiada. Roma tendo poder, destruiu multidões dos que considerava herege. Fez inquisição e levou muita gente à fogueira, inclusive Joana D'Arc, que ela mesma, depois, canonizou.

 

Então, afinal, o papa é infalível ou não é infalível? Se é infalível, como permitiu queimar Joana D'Arc viva? Depois vem o arrependimento da ICAR e canoniza Joana D'Arc?Qualquer criança vê que isso não está certo. Mas a igreja protestante manifestou o mesmo espírito. Basta recordar Miguel Servet queimado  pelos protestantes de Genebra, sob a direção de Calvino. Quem é que pode contestar esta verdade? Os dissidentes, durante muito tempo oprimidos pela igreja inglesa, também aí figuram os qualkers enforcados, batistas açoitados pelos próprios pais puritanos da Nova Inglaterra, por sua vez fugitivos de igual opressão da igreja inglesa.

 

Mas dirão alguns: - Esses acontecimentos já passaram. Isso tudo pertence ao passado. O passado morreu? Pode ser, mas, a história não morreu e o passado vive na história. Esses fatos provam que, quando pessoas dirigidas por forte preconceito religioso, têm o poder de coatar os dissidentes, não se podem eximir de usar estado de coisas que antevemos nos Estados Unidos em cumprimento da profecia final do capítulo 13. Esta é a verdade!

 

Recordemos, também, quantos se afastaram dos ensinos de Jesus sob outros aspectos. O Cristo mandou que seu povo não se agarrasse aos tesouros deste mundo, mas, a igreja popular, como corpo, mostra maior avidez de riquezas do que os próprios mundanos. Quantas igrejas não são dominadas por Mamon? E, entretanto, Jesus diz: "Não podeis servir a Deus e a Mamon (Deus e a riqueza)." Jesus, diz ainda: "Não queirais ser chamados mestre, rabi, mestre ou doutor da lei, porque um só é o vosso Mestre, o Cristo de Deus". Fazer uma coisa destas é participar do mesmo espírito que levou homens ambiciosos a pretenderem ser a cabeça da igreja, sucessor de São Pedro, o primeiro papa (que nunca foi papa), o vigário do Cristo, um verdadeiro Deus na face da terra,

 

Todavia, quantos na igreja protestante, nesta imitação de Roma, adotam o título de reverendo. Na versão inglesa das Escrituras Sagradas reverendo só se aplica a Deus: Santo e Reverendo é o seu nome. Mas, não contentes com isto, alguns ainda dizem: reverendíssimo (muito reverendo). O Novo Testamento fala nos mais decididos termos contra adornos e extravagâncias no vestuário, entretanto, onde havemos de procurar ostentação das últimas modas, os trajes mais preciosos, os adornos mais faustosos, os mais ricos diamantes, as mais ofuscantes joias deste mundo, do que numa reunião de igreja romana ou igreja protestante num domingo agradável e "society"?


Tal é hoje o estado do mundo religioso que, muitos no prosseguimento da sua carreira, como advogados, médicos, políticos, reis do comércio, etc, procuram, pela entrada do contato eclesiástico, sucesso nos seus negócios, honras na sociedade, altos cargos no governo, posições lucrativas por toda a parte. Triste, dolorosa, nefanda verdade, mas é a verdade. E muito mais que isto se verá quando (como já explicamos aqui) a igreja e o Estado se unirem na América do Norte segundo eles querem, de uma profissão religiosa se tornar qualificação para cargos políticos, adotar uma forma de piedade. Por esses motivos deve ser um extremo abominável diante de Deus.

 

Estas mesmas classes, porém, são recebidas de braços abertos pelas igrejas. Por quê? Porque isso as torna ainda mais populares ou ricas. "Babilônia" é representada como traficando com as almas dos homens, um costume comum na igreja inglesa parece, perfeitamente abrangido. Ali, lugares vagos são, por vezes, postos à venda: quem mais oferecer, sem se atender às suas qualificações morais ou à sua posição espiritual, torna-se o proprietário dos rendimentos que competem à posição e o pastor do povo daquela paróquia.

 

Indo aos Estados Unidos da América do Norte, olhai para todas as partes e planos empregados para atrair as multidões, não para converter e salvar pessoas e suas almas, mas para ganhar patrocínio comercial, influência política, tirar vantagens materiais. O mais desastroso resultado de tudo isso é que o ministro de Deus tem de pregar coisas brandas, lisonjear os ouvidos da moda com fábulas muito agradáveis. É chover no molhado, pregar o Evangelho para distrair os ricos e poderosos. Esta não!

 

Era a vontade de Jesus que sua Igreja fosse uma só; orou para que seus discípulos fossem um como Ele e o Pai eram e são, eternamente, um, porque isso daria poder ao seu Evangelho, levaria o mundo a não descrer Dele.

 

Mas que acontece em vez disso? Olhai para a confusão que existe no mundo protestante, igual a do mundo católico, igual a do  mundo espírita, igual a do mundo judaico ou muçulmano. Olhai para os muitos muros de separação que os dividem numa colcha de retalhos e, para muitos credos discordantes, como as línguas dos que foram dispersos da torre de Babel. Convenhamos que Deus não tem culpa de tudo isso, Deus não tem nada com isso, porque não é o autor disso. E é, justamente, esse estado de coisas que a palavra "Babilônia", como termo descritivo, designa com muita propriedade.

 

É evidentemente empregado para este mesmo fim, e não como termo de censura. Em vez de se deixar excitar por sentimentos de ressentimentos quando esse termo é mencionado, o povo devia, antes, examinar a sua posição para ver, se na fé ou na prática, é culpado de algum contato com  a grande cidade, cidade da confusão.


Em caso positivo, separar-se imediatamente dela, ter coragem para isso. Por quê? Porque a verdadeira IGREJA de Deus tem de ser uma virgem casta. É a definição de São Paulo na II aos Coríntios, capítulo 11, versículo 2. Porque a igreja que se ajunta com o mundo em amizade dúbia, não passa de meretriz, e este contato ilícito com os reis da terra, que constitui a grande prostituta". Quem o diz não sou eu, é o próprio Jesus no Apocalipse, capítulo 17.

Assim, a igreja judaica, a princípio esposada com  o Senhor (basta ver o profeta Jeremias, capítulos 2, 3 e 31) tornou-se uma meretriz. Quem o diz? O profeta Ezequiel, no capítulo 16, Velho Testamento da Bíblia Sagrada. Esta igreja quando apostatou de Deus foi chamada Sodoma. Quem o diz? O profeta Isaías, capítulo 1, exatamente como a "grande cidade Babilônia" é, também, chamada no Apocalipse, capítulo 11.

 

A união ilícita com o mundo de que "Babilônia" é culpada, é uma prova positiva de que não se trata do poder civil, e o fato de o POVO de Deus estar no meio dela, antes de ser destruída, é uma prova de que ela é, professamente, um povo religioso.

 

Observem bem! Por esse motivo não será evidente que a "Babilônia" do Apocalipse é a professa igreja unida com o mundo, seja essa igreja qual for, católica, protestante, espírita, judaica, muçulmana, mas avacalhada com o mundo, abastardada com os costumes mundanos?

 

A queda de "Babilônia" vai ocupar toda a nossa atenção. É uma das passagens mais importantes do livro que fecha a Bíblia Sagrada, o livro que nos abre os olhos sobre o que vem  até o fim do ciclo.

 

Depois de sabermos o que constitui "Babilônia", não será difícil decidir o que significa a declaração de que "Babilônia" caiu. Ora, como "Babilônia não é uma cidade literal, a queda não pode ser uma queda literal.

 

Já vimos que absurdo isto poderia representar, e, além disso, entre a queda e a destruição de "Babilônia é mantida a mais nítida distinção pela própria profecia: "Babilônia" cai antes de ser lançada com  ímpeto no mar, como grande mó e queimada no fogo. A queda é, portanto, uma queda moral, porque depois da queda é dirigida a voz ao POVO de Deus que ainda está em contato com ela: "Sai dela povo meu"!

 

E o motivo é logo, a seguir, apresentado. Sair para quê? Para que não sejas participantes dos seus pecados, e para que, também, não recebas as suas pragas que ela vai ter de receber pela lei de causa e efeito. Pela implacável volta que é essa lei do retorno. Como diz São Paulo: "Que ninguém se iluda, Deus não se deixa escarnecer, aquilo que o homem semear, isso mesmo terá de colher". Pode praticar suas infâmias, mas vai recebê-las todas de volta; pode trair, mas será traído; pode esmagar, mas será esmagado. Mas, o tempo não marcha em vão, não sairás da prisão até pagares o último ceitil, porque esta é a lei.

 



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