Por isso é que a parte legitimamente legionária é
indivisível, não há força humana nem espiritual que a divida, porque ela sabe
que uma casa dividida não pode reinar. Há ainda outra razão porque os líderes
religiosos judaicos falharam no reconhecimento do Messias que Deus lhes mandou.
A verdade é que eles estavam sofrendo sob o jugo romano, estavam, assim,
ansiosos para que o Messias os livrasse dessa servidão.
Ansiosos pela libertação
política da Palestina, entenderam bem? Queriam ver no Messias um libertador, um
Napoleão Bonaparte, um Júlio César, um Adolf Hitler. Um homem assim, com força
capaz de demonstrar poder de conquista, e lhes veio Jesus, com aquela serenidade,
na condição de um humilde operário carpinteiro, essa não! Não predisse Isaías que o governo estará
sobre os seus ombros, que no momento do seu governo e da paz não haverá fim?
Também não profetizou Isaías que o Messias seria um governante muito sábio e
justo, destruindo todos os iníquos, e que todas as nações lhe seriam
obedientes? (Está lá no livro do profeta Isaías, capítulo 9, versículos 6 e 7;
capítulo 11, versículos 1 a 10). E como é que aparece um Jesus tão fraco,
rodeado de gente insignificante?
Os maiorais não estão
ao lado de Jesus, então não pode ser o Messias, tem que ser um guerreiro mais
forte que Hitler, que Napoleão, que Júlio Cesar, que Alexandre o grande, o
magno. Não pode ser esse carpinteiro ai!
Pois é, esse Zarur
aí, quem é Zarur? Um radialista? Um Jornalista? Como é que pode ensinar a gente
o Evangelho? Oh! Essa não! Pois é, mas está mesmo, ensinando no duro, vocês têm
que engolir no duro, porque vocês nunca ouviram isto, ninguém lhes deu isto que
estamos lhes dando em nome de Jesus.
Então haverá contradições na palavra de Deus? Parte dela é inteiramente inútil? O profeta Isaías errou? Anunciou um Messias tão sábio e justo destruindo os iníquos, todas as nações lhe seriam obedientes, e chega esse Jesus aí, tão humilde, ajudando o pai na carpintaria, um operário carpinteiro? Não é doutor, não tem diploma, não tem medalhas, não ganhou comendas, não é comendador. Pois não há contradição, nem parte da profecia é inútil, nem uma coisa nem outra. É óbvio que tais profecias contrastantes não podiam ser cumpridas ao mesmo tempo, porque deve aplicar-se a regra de Deus, a saber: tudo tem o seu tempo determinado, há tempo para todo o propósito debaixo do céu (está no Eclesiastes, capítulo 3, versículo 1, no Velho Testamento da Bíblia Sagrada).
A bíblia mostra que
Deus teve, desde o princípio, o propósito de que o planeta Terra se torne um
paraíso (Gênesis, capítulo 1, versículos 26 a 28). Mostra, também, que
este propósito será por fim cumprido no reinado do Messias, isto é, do Cristo,
do ungido de Deus, o eterno Criador incriado. Isto, porém, envolve duas vindas
do Cristo, o filho de Deus, cada uma para um objetivo separado e distinto.
A primeira vinda, ou
melhor, presença, aconteceu de 29 a 33 da Era Cristã, e naquele tempo Jesus
veio como um homem humilde, deu testemunho do nome do Pai Eterno, provou sua
integridade debaixo de tribulação, morreu para redimir os pecadores e, assim,
provou ser digno de ser o Messias, o Rei, o Cristo, o Ungido de Deus, o filho
unigênito do Pai. Forneceu a base legal para toda a Humanidade ser aliviada da
incapacidade devida ao seu pecado simbolizado em Adão, isto é, na raça adâmica,
os primeiros povoadores da Terra que vieram de outras plagas, de outros mundos
mais adiantados que a Terra.
Depois de Jesus ter
cumprido estes objetivos, Deus o ressuscitou dentre os mortos e o exaltou
soberanamente (João, capítulo 18, versículo 37; São Paulo aos Hebreus, capítulo
5, versículo 8; São Paulo aos Filipenses, capítulo 2, versículo 9; Evangelho de
Jesus segundo São Mateus, capítulo 20, versículo 21). Pouco antes da sua "morte"
Jesus não disse aos seus seguidores que
somente voltaria, mas lhes deu, também, uma profecia pormenorizada, segundo a
qual poderíamos identificar o tempo da sua volta. Esta volta, ou segunda presença, teria o
propósito de realizar o cumprimento de todas as gloriosas
profecias sobre o seu reinado que os judeus, nos seus dias, pensavam
erroneamente que deviam ser cumpridas na sua primeira presença (São Mateus,
capítulo 24; São Marcos, capítulo 13; São Lucas, capítulo 21).
Os judeus, durante
muitos séculos sentiam-se obrigado a apoiar o erro praticado pelos seus
líderes no primeiro século quando rejeitaram Jesus. Agora, porém, já há
uma tendência de reconhecer Jesus como um dos seus profetas. Tal conceito é
somente lógico, visto que, absolutamente, ninguém mais afetou a Humanidade tão
profundamente para o Bem do que Jesus, ninguém mesmo transformou o povo judeu, como Jesus.
Mas isto basta? Não
basta.
Para tirarmos pleno
proveito do reinado do Messias precisamos reconhecer, também, as suas afirmações:
Ele é o filho de Deus em sentido exclusivo. Jesus teve existência pré-humana,
isto é, existia antes da Humanidade da Terra.
Ele próprio formou o
planeta Terra por ordem do Eterno Pai, coadjuvado pelo Espírito Santo ou
Espírito de Verdade, isto é, os espíritos mais elevados que estavam a seu
serviço. Morreu em sacrifício pela Humanidade para redimir os seus pecados (sua
profecia de que seria levantado, crucificado e ressuscitado dentre os mortos,
se cumpriu plenamente). Não há nada, nada, a observar em contrário.
Os ateus, os deístas,
os agnósticos, os clérigos modernos, os judeus, os muçulmanos que talvez
professem reconhecer as qualidades de Jesus como grande instrutor, grande
humanista e humanitário, ao passo que se negam aceitar as afirmações Dele.
Convenhamos, não são coerentes: ou eram verdadeiras as afirmações de Jesus ou
Ele era apenas um místico que enganava a si mesmo, ou, digamos, um impostor.
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