sábado, 15 de junho de 2019


Então, diz o Apocalipse: “Alegremo-nos porque vindas são as bodas do Cordeiro, já sua esposa se aprontou." Quem é a esposa, a mulher do Cordeiro de Deus? E que são as bodas? Temos diante de nós um vasto campo de meditação, material para uma exposição mais longa do que o permite o desígnio desta obra. 

Evidentemente, a esposa do Cristo é a Nova Jerusalém Celestial. Isso é mais intensamente focalizado no capítulo 21, que vamos ver mais adiante.  

As bodas do Cordeiro são a sua recepção nesta cidade. Quando Ele recebe esta cidade, recebe-a como a glória e a metrópole do seu reino. Por isso com ela recebe o seu reino e o trono do pai Davi (claro, pela genealogia humana; seria absurdo que Jesus tivesse nascido de Davi, mas era para que se cumprisse a Escritura como observou, tantas vezes, São Mateus, o Evangelista).

Mas, como dizia, isto é um acontecimento designado pelas bodas do Cordeiro, que a relação matrimonial é muitas vezes tomada para ilustrar a união entre o Cristo e o seu Povo. É fato já de há muito assentado, mas as bodas do Cordeiro, de que aqui fala o vidente de Patmos, foi um acontecimento definido, que tem de acontecer num tempo definido, e a declaração de que o Cristo é a cabeça da Igreja como o marido é a cabeça da mulher (São Paulo aos Efésios, capítulo 5, versículo 23). Para que a Igreja é, agora,  a esposa do Cordeiro, então as bodas do Cordeiro já tiveram lugar há muito, mas, isto, evidentemente não pode ser segundo esta passagem.

Por quê? Por que as localiza no futuro. São Paulo dizia aos Coríntios que os tinha desposado com um marido, a saber, o Cristo de Deus. Isto é verdade acerca de todos os crentes em Deus, mas, embora, esta figura tenha sido usada para significar a relação em que passavam a ficar com o Cristo. 

Seria um fato que as bodas do Cordeiro se efetuaram em Corinto no tempo de São Paulo? E tem continuado durante os passados dezenove séculos? Evidentemente, não. Então voltaremos a apresentar no capítulo 21 outras observações sobre este ponto.

Mas, se a cidade é a Nova Jerusalém, como pode dizer-se que ela se aprontou?  Vamos responder: O que há aqui é uma figura de personificação. É isto mesmo, a chamada figura de personificação, atribui vida e ação até a objetos inanimados (basta ver o Salmo 114). A propósito do versículo 8, também perguntarão, ainda: Como é que uma cidade se pode vestir com a justiça dos santos?

Mas se considerarmos que uma cidade, sem habitantes, não passaria de um lugar triste e sombrio, vemos, imediatamente, como é isto: faz-se referência ao incontável número dos seus glorificados habitantes com seus trajes resplandecentes.

Então o vestido lhe foi dado?  Que significa lhe ser dado o vestido? Encontramos a explicação no profeta Isaías, capítulo 54, e, também, na epístola de São Paulo aos Gálatas, capítulo 4, versículos 21 a 31. "À cidade da nova aliança são concedidos muito mais filhos do que a antiga aliança, estes são a sua glória e regozijo, o seu motivo de aleluia". O belo traje desta cidade, por assim dizer, consiste nas hostes dos remidos, de seres imortais que andam nas suas ruas de ouro.

Versículos 9 e 10:

”Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus. Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia."  

Isto é muito importante! Primeiro a ceia das bodas do Cordeiro. Muitas são as alusões a esta ceia das bodas no Novo Testamento. Há mesmo referência a ela na parábola das bodas do filho do rei (Evangelho segundo São Mateus, capítulo 22, versículos 1 a 14; Evangelho de Jesus segundo São Lucas, capítulo 14, versículos 16 a 24). E a altura em que comeremos pão no reino de Deus quando formos recompensados na ressurreição dos justos (São Lucas 14, versículos 12 a 15), e a altura em que beberemos de novo do fruto da videira com nosso Redentor no seu reino celeste (Mateus 26-29; Marcos 14-25; e ainda Lucas 22-18), e a altura em que nos havemos de sentar à sua mesa no seu reino (Lucas 22-30), e, então, Jesus se cingirá e, chegando-se, nos servirá (Lucas 12-37), bem-aventurados, realmente, os que têm o privilégio de participar deste  banquete celestial. Está cima do nosso entendimento.

Finalmente, esta passagem do seu servo: “Olha, não faças tal, sou teu servo e de teus irmãos que tem o testemunho de Jesus; adora a Deus, porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”.  Ora, pensem no papa se ele seria capaz de dizer uma coisa dessas, e qualquer chefe que goste de ser chamado “mestre”.  Mestre pra cá, mestre pra lá, mestre acolá. Graças a Deus, desde os primórdios eu fiz esta proibição: Ninguém me chame mestre, mestre só é um: Jesus! Pai só há um: é Deus! Ninguém mais é pai coisa nenhuma.

Uma palavra sobre o versículo 10, a propósito dos que pensam que encontram aqui um argumento para a inconsciência na morte, está contraditado. Aqui está provado que o espírito é imortal, a morte não termina coisa alguma, a morte é um boato.

Se Deus nos criasse para nos matar então era melhor que morrêssemos já, imediatamente. Esperar o que?  Mais dois, dez, cinco, vinte, oitenta anos, e daí? Se tem de morrer um dia, morra já, se temos de morrer um dia, morramos já. Mas não, aí está o espírito mais vivo do que quando na carne. A pessoa empregada para dar o Apocalipse a João é chamado de anjo, e os anjos são os espíritos, aqueles que já se purificaram, já não precisam mais de um envoltório carnal ou material, e diz que é um conservo de João como tinha sido conservo dos seus irmãos profetas.

Ora, a palavra conservo significa que todos eles andaram em comum como servos de Deus, por isso não era objeto para adoração de João. Adorar a Deus, não a mim. Basta ver, a propósito, capítulo 1, versículo 1, (“seu anjo"). Isso é muito importante! Prova a humildade desses espíritos de luz (são os anjos), quer dizer, já foram homens. O anjo não foi fabricado com asinhas, isso é criação de cada um. Você pode se  tornar um diabo ou um anjo: diabo pela maldade e um anjo pela bondade. Todo bem que você faz vai purificando a sua alma, o seu espírito. Você um dia será anjo,  é a evolução incessante: vem lá do mineral, passa pelo vegetal, para escala animal, depois para o chamado reino hominal, e depois para o reino angelical, e não para aí. Vai subindo, subindo sempre até ser um com Jesus, e, então, um dia poder dizer como Ele pode dizer: “Eu e o Pai somos um.” É muito importante!

"Não faças tal, não te ajoelhes diante de mim, sou apenas um servo como tu és, e como meus irmãos profetas o foram." Adora a Deus, meu amigo. O que é que há? Nada de ajoelhar-se diante de mim, não mereço isto. É formidável! E tanta gente querendo que a Humanidade se ajoelhe e lhe beije a mão. Beijar mão de homem, e a gente se ajoelhar diante de homem? É muito descaramento! Deus que me perdoe! Mas, enfim, falta pouco para acabar essa palhaçada toda, porque, aqui para nós, a gente aguenta mas com uma vontade imensa de vomitar. Deus se compadeça de tanta burrice, de tanta santarronice, de tanta parvoice. Brevemente poderemos dizer: ORA, VEM SENHOR JESUS! ATÉ QUE ENFIM!

Este é Apocalipse de Jesus segundo São João, capítulo 19, versículos 11 a 21: 

Este é Apocalipse de Jesus segundo São João, capítulo 19, versículos 11 a 21: 

"Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo. Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus; e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro.






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