segunda-feira, 10 de junho de 2019


Mas os elementos não são destruídos, são apenas, por este processo, purgados dos últimos e os mais minúsculos vestígios dos seus pecados, e todo sinal da maldição que cai sobre eles. Um onipotente "fiat", raio de luz: "eis que faço novas todas as coisas: Está cumprido", como vamos ver daqui a pouco no Apocalipse, capítulo 21, versículos 5 e 6. E as partículas voltam a se combinar para compor um novo mundo e, com o maravilhoso estupefato olhar de todos os remidos e da hoste angélica, é renovada a obra da criação divina. 

Na primeira criação, as estrelas da alva juntas, alegremente cantavam e todos os filhos de Deus se rejubilavam (como está no patriarca Jó no Velho Testamento, capítulo 38, versículo 7). Nessa Nova criação esse cântico e júbilo serão reforçados pelas alegres vozes dos remidos, e, assim, esta Nova Terra, desviada pelo pecado da sua natural órbita de alegria e de paz verdadeira, será reposta, restaurada, renovada em harmonia com o Universo ideal, como lar eterno ao lado do Cristo de Deus.

E os livros de registro? Parece incrível, mas também lá existe uma contabilidade que a humanidade está longe de imaginar, que é perfeita. Não há jogo de acerto, não há conta de chegar; os homens são julgados, exatamente, pelas coisas que estão escritas nos livros. Por onde ficam, a saber, o solene fato de que nos aguarda no céu um registro de todos os nossos atos no mundo? Não há um ato sequer desconhecido, nossa vida é filmada e gravada desde o primeiro vagido. Sabiam disso? Portanto, não adianta esconder nada, porque está tudo gravado e filmado, é só passar para o candidato ao céu: - Olha aqui o que é que você fez lá embaixo. É um registro fiel, infalível, feito pelos secretários angélicos de Nosso Senhor e Mestre Jesus. Os ímpios não podem ocultar-lhes nenhum dos seus tenebrosos atos, não podem suborna-los para passarem por alto do seu registro qualquer dos atos ilícitos. Eles têm de os enfrentar a todos de novo, terão de ser julgados de acordo com os seus atos.

Então, não é melhor a gente levar a sério a palavra de Deus? Não é melhor viver uma vida retilínea? Não é melhor abandonar essas tolices das mundanidades que só servem para nos desviar do caminho do bem? Não é melhor você empregar o seu tempo disponível para a prática da caridade? 

Tudo que você fizer pelo seu semelhante estará fazendo por você mesmo, porque tudo está sendo registrado aqui, mesmo que não seja registrado nas instituições do mundo, porque sempre há os prevaricadores, os infiéis. Mas lá em cima não adianta, tudo será retificado; o que você deu, não perdeu, vai com você para a eternidade.

E a execução da sentença? Os ímpios hão de ser punidos segundo as suas obras. A Escritura Sagrada declara que serão recompensados segundo seus atos. Há, portanto, o grau do castigo dos ímpios.

Perguntar-se-á como é que é isto? Como pode conciliar-se com a ideia de que a morte é o castigo pelo pecado e vem, igualmente, sobre todos? Mas, então, perguntamos aos que creem no sofrimento eterno, como é que manterão graus no seu sistema? Dizem que a intensidade da pena sofrida será, em cada caso, proporcionada com a queda do sofredor; mas como pode ser isso? Não são as chamas da punição igualmente severas em todas as suas partes? Não afetarão igualmente todas as almas imateriais lançadas ali? Mas Deus pode intervir, responderão, para produzir o desejado fim. Muito bem!

Não pode Ele também intervir, se for necessário, e graduar a pena que acompanha a combinação na morte sobre o pecador como o desfecho da sua perversidade sem fim? Nosso ponto de vista é, portanto, assim igual ao comum sobre este aspecto, ao mesmo tempo em que sobre outro aspecto possui grandes vantagens sobre ele. Porquanto, enquanto aquele vem procurar os seus graus de castigo apenas na intensidade da pena, ou como isto pode ter a mesma duração de todos os casos? Estes não podem fazer grau na pena, mas, também, na duração.

A alguns pode parecer liquidados num curto lapso de tempo, e apesar do sofrimento de outros, poderão parecer estender-se por um espaço sem fim. De resto, aprendemos que o sofrimento corporal será insignificante comparado com a agonia espiritual. A torturante angústia que vai afligir suas almas ao compreenderem que, segundo a sua capacidade de apreciação, a incomparável perda que vão experimentar. 

Jovem que atingiu pouco mais que a idade da razão, encontrando-se em condições de compreender pior a sua situação e a sua perda, sem dúvida, que a sentirá muito menos. Quando tiver mais idade, mais capacidade, e por conseguinte uma experiência mais profunda no pecado, será proporcionalmente maior a dor ao ver o seu destino estar selado. Ao passo que o homem de gigantesco intelecto e quase ilimitada compreensão, que por isso possuiu mais influência para o mal e foi mais culpado por consagrar suas faculdades ao serviço do mal, compreendendo bem a sua trágica situação, há de senti-la mais dolorosamente do que todos os demais juntos. São os intelectuais, os autores da degradação moral na Imprensa, nas Academias,  no Rádio e na Televisão.   São  os  chamados  intelectuais,  os grandes ateus, corruptores, depravados, depravadores. Depravando a mocidade, desencaminhando as moças, botando minhocas na cabeça dos jovens, essa imprensa miserável, essa televisão baixa. Tudo isso que estamos vendo aí no cinema, no teatro, a pornografia, até um dia, porque tudo isso vai acabar, e, graças a Deus, já está muito perto.

O grau de sofrimento que cada um terá de suportar é tomado em conta como parte do castigo prescrito (é o que torna evidente ao ler São Paulo aos Romanos, capítulo 2, versículos 6 a 10). O apóstolo dos gentios falando do futuro juízo de Deus, diz: "O qual recompensará a cada um segundo as suas obras, a saber: a vida eterna aos que, com   perseverança em fazer o bem, procuraram glória e honra, incorrupção. Mas a indignação e a ira de Deus aos que são contenciosos, desobedientes da verdade, escravos da depravação, tribulação e angústia sobre a alma do homem que faz o mal, primeiramente judeu, depois o grego."

E o livro da vida?  Por quê? Perguntarão. É o livro da vida apresentado nesta ocasião, em que todos os que têm parte na segunda ressurreição para além da qual é localizada esta cena, já foram sujeitos a uma segunda morte. Pelo menos uma razão aparente é que pode ver-se que nenhum dos nomes dentre todos os que morreram na segunda morte está no livro da vida. E por que não está ali no livro da vida? E se os nomes já ali estiveram alguma vez, por que não foram conservados lá? Para que todas as inteligências do Universo possam ver que Deus age com estrita justiça e imparcialidade: a cada um conforme as suas obras.

"E A MORTE E O INFERNO FORAM LANÇADOS NO LAGO DE FOGO."

Esta é a segunda morte. Este é o final epitáfio de todos os poderes que se levantaram desde o princípio ao fim, em oposição à vontade, à obra do Senhor Todo-Poderoso. Satanás, isto é, o espírito do mal, da ignorância perversa, originou e dirigiu toda essa obra miserável. Juntou-se de uma parte dos anjos do céu, isto é, espíritos, porque essa figura de anjos nós já sabemos que são espíritos mais adiantados, mas podem cometer suas bobagens como certos funcionários graduados na Terra. Certos generais podem dar um golpe e derrubar o presidente, não podem? Pois é isso, são esses “anjos”, anjos de fancaria. Esses anjos tomaram essa falsa posição ao lado de Satanás. Contra quem? Contra Deus, que no caso é o Presidente. Cometeram essa obra homicida e ao mesmo tempo suicida. Ora, foram lançados  do  céu abaixo,  foram  lançados aqui neste diabo de terra.  Por isso é que o espírito do mal aqui encontra mais receptividade que o espírito do Bem. Mas como está no Evangelho de Jesus segundo São Mateus, capítulo 25: "Para Satanás e seus anjos está preparado o fogo do inferno", isto é, vão colher tudo o que estão semeando." Não perdem por esperar! Os homens sofrem-no, também, só porque se reuniram à sua rebelião, mas há controvérsia, graças a Deus termina. O fogo é, para eles, eterno, porque não lhes permite fugir dele, a segunda morte é o seu castigo e é castigo eterno (Mateus, capítulo 25, versículo 46).



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