quarta-feira, 19 de junho de 2019


de noite, os que adoram a besta e a sua imagem e aquele que receber o sinal do seu nome. Aqui está a paciência dos santos, aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Cristo Jesus."

 

Já examinamos as duas mensagens do capítulo 14 do Apocalipse, já estamos examinando a terceira mensagem. Os argumentos sobre as duas mensagens precedentes fixam, exatamente, a cronologia da terceira e mostram que ela pertence ao tempo presente. Mas, como no caso das anteriores, a melhor evidência em favor da proposição de que a mensagem está sendo levada ao mundo, é poder indicar fatos que demonstram o seu cumprimento. Indicada a primeira mensagem como proclamação principal com aquele grande movimento Adventista de 1840 a 1844, e visto o cumprimento da segunda mensagem em relação com aquele movimento do último ano.

 

Vamos ver o que aconteceu desde então. Quando passou o tempo de 1844, todo aquele conjunto Adventista caiu em maior ou menor confusão. Muitos abandonaram o movimento completamente, porque Jesus não veio. Outros chegaram à conclusão de que o cálculo sobre o tempo estava errado, imediatamente procuraram reajustar os períodos proféticos e apresentar um novo tempo para a vinda do Senhor. Obra  que tem continuado, mais ou menos, até o tempo presente, fixando uma nova data à medida que cada uma passa para escândalo do movimento e descrédito cada vez maior na medida da sua limitada influência.  Poucos investigando, rigorosa e sinceramente, a causa desse erro. Se confirmaram nas suas convicções o caráter providencial do movimento na correção do argumento sobre o tempo, mas viram que o erro tinha sido feito sobre o assunto do Santuário. E este trecho do Apocalipse lhes causou completa perturbação; viram que o Santuário não era este planeta, não era a Terra que habitamos e, ai sim, compreenderam que a purificação do Santuário não devia ser pelo fogo, que a profecia, neste particular, não implicava a volta de Jesus. Eles erraram antecipando o dia dessa volta.

 

Encontraram, nas Escrituras Sagradas, clara evidência de que o Santuário aludido era o Templo no céu. Aquele que São Paulo Apóstolo chama "Santuário, o verdadeiro tabernáculo", o qual o Senhor fundou (não o homem) e que a sua purificação segundo o tipo, teria de consistir na administração final do Sacerdote no segundo compartimento chamado Lugar Santíssimo. Viram, então, que tinha chegado o tempo para o cumprimento do Apocalipse 11, versículo 19: "E abriu-se, no céu, o Templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no Templo." 


E, com atenção assim voltada para a arca, foram, naturalmente, levados a um exame da Lei contida nela, e na arca se continha a Lei. Era evidente pelo próprio nome que lhe era aplicado: ela era chamada a "Arca do seu Concerto". Mas não teria sido a Arca do seu Concerto e não podia ter sido assim chamada se não contivesse a Lei.

 


Aqui, portanto, era a Arca no céu o grande antítipo da arca, que durante a dispensação típica existiu aqui, neste mundo. E a Lei que esta Arca Celeste continha deve, por conseguinte, ser o grande original de que a lei escrita em tábuas na arca terrestre era apenas uma transcrição ou cópia.


E ambas devem ser, precisamente, iguais, palavra por palavra, jota por jota, til por til. Supor de outro modo representaria, não só falsidade, mas o maior absurdo. Esta Lei é, portanto, ainda a LEI DE DEUS, a Lei do governo de Deus, e o seu Quarto Mandamento, hoje como no princípio, requer a observância do sétimo dia da semana como o SÁBADO DO TODO-PODEROSO. Dentro da Arca a Lei de Deus (a Lei de Deus, o Decálogo), a Lei de Deus que não muda.


Justamente a imutabilidade é a característica de Deus, porque tudo o que Ele faz é perfeito. Por que mudar? Mudar as suas Leis por quê, se são eternas? As leis humanas, sim, mudam de governo para governo. Há um prazer de mudar, basta ser do antecessor para mudar. Olha aí as leis que eles fazem todo dia: hoje está em vigor, amanhã não está. Faz um decreto-lei, não está mais em vigor. Está, não está... depois, ninguém mais se entende, está um aranzel, um cipoal. É uma coisa triste as leis humanas! Mas, a Lei de Deus, esta é eterna como Ele mesmo. E o Eterno só pode produzir coisas eternas. Portanto, esta Lei é a Lei do governo de Deus e o seu Quarto Mandamento, hoje, como no princípio, exige a observância do sétimo dia da semana como o autêntico sábado.

 

Ninguém que admita o argumento sobre o Santuário pretende destruir qualquer argumento neste ponto, assim foi trazida à luz a reforma do sábado. Viu-se que tudo o que foi feito em oposição a esta Lei, especialmente na introdução de um dia de repouso e de culto que destrua o Sábado Divino, evidentemente deve ser obra da "besta", isto é, do poder que se oporia a Deus, que pretenderia exaltar-se acima Dele entre os homens. E é o que está previsto no Apocalipse, mas é precisamente com referência a esta obra que o terceiro anjo pronuncia a sua advertência.

 

Por isso começou a se ver que o período da terceira mensagem sincroniza, perfeitamente, com o período da purificação do Santuário, que começou terminando os 2.300 dias em 1844. E mais: que a  proclamação é baseada nas grandes verdades desenvolvidas neste assunto. Assim a luz da terceira mensagem raiou sobre a Igreja, mas viram, imediatamente, que o mundo teria direito de pedir àqueles que professam dar a esta mensagem uma explicação de todos os símbolos que ela contém: a besta, a imagem da besta, a adoração e o sinal.

 

É por isso que esses pontos constituíram temas de especial estudo. Via-se que o testemunho das Escrituras era claro e abundante, e o mundo não levou muito tempo a formular pedidos de explicação e, é claro, o povo quer saber, quer estar esclarecido sobre todos estes pontos, aparentemente misteriosos e confusos, do Apocalipse.


Já apresentamos no capítulo 13 o argumento que mostra em que consiste a "besta", a "imagem da besta" e a "besta de duas pontas", que faz a "imagem"        e impõe o sinal (são, exatamente, os Estados Unidos que se encontram no auge da sua carreira e se apressam a realizar, justamente, a obra que lhes é atribuída na profecia Apocalíptica). 


Esta obra e estes agentes, contra os quais a terceira mensagem levanta a sua advertência, constitui uma prova, ainda mais clara, de que esta mensagem está perfeitamente em ação, e mostra a grande harmonia existente em todas estas profecias.

 

Nem precisávamos repetir mais uma vez estes argumentos, mas sempre é bom recapitular pelo menos os pontos já estabelecidos:

 

primeiro - a "besta" é o romanismo;

 

segundo - o "sinal da besta" é a instituição que este poder apresentou como prova da sua autoridade de legislar para a igreja, para a cristandade e de mandar nas consciências dos homens sob pecado. Consiste de uma mudança da Lei de Deus, pela qual é tirado da Lei o "sinal de realeza": o sábado do sétimo dia, o grande memorial da obra criadora de Deus. Parece incrível, mas é deposto do seu lugar no Decálogo e, uma contrafação do sábado, o primeiro dia da semana foi posto no seu lugar. Então, o papa tem mais poder que Deus, porque Jesus não autorizou esta mudança.

 

Ele disse: "O Senhor é Senhor do sábado". Combateu os exageros dos fariseus quanto à observância do sábado, mas não revogou o sábado. Aí é  que  está,  dou  um  doce  a  quem provar, de Bíblia na  mão, que Jesus revogou o sábado ou autorizou esta mudança. Evidentemente não autorizou;

 

terceiro - a "imagem da besta" é uma combinação eclesiástica que se assemelha à "besta", e está revestida de poder para forçar os seus decretos com as penas e castigos da lei civil. Uma gracinha! A igreja com os poderes do Estado para castigar, perseguir, prender, deportar, etc;

 

quarto - a "besta de duas pontas" pela qual a "imagem", feita pelo povo, recebe o poder de falar e agir: são os Estados Unidos. E já se viu tudo menos os fatos finais para a formação da "imagem";

 

quinto - a "besta de duas pontas" impõe o "sinal da besta", isto é, estabelece, por lei, a observância do primeiro dia da semana, opondo-se à vontade de Deus. Criou, assim, o emprego do sábado  no domingo. Já mostramos o que se tem feito neste sentido. O movimento é levado avante por indivíduos que organizavam as Comissões do Domingo, por políticos (indiretamente pelo elemento infiel), pela Associação Nacional de Reforma, pela União Americana do Sábado, pela W.C.T.U. e pelos Empreendedores Cristãos com suas Ligas de Boa Cidadania.

 



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