Para mais testemunhos sobre este ponto
basta o livro que se intitula "A TROCA OU MUDANÇA DO SÁBADO", no qual
se encontram extratos de escritores católicos refutando os argumentos,
geralmente aduzidos, para provar a observância do domingo, e mostrando que a
única autoridade é da igreja católica romana que a recebeu diretamente de
Deus. Acontece, entretanto, que Jesus disse: "Eu não vim revogar a Lei e os Profetas". Porque dirá alguém: - Eu supunha que
Jesus tivesse mudado o sábado, ensinaram-me assim. Uma grande maioria supunha
assim, pensa assim, e era natural que pensasse, que supusesse, porque assim lhe
foi ensinado.
E há passagem em que Jesus diz: "O Senhor é senhor também do sábado". Mas Jesus não revogou o sábado, muita
gente se engana. O que Jesus condenava eram os exageros farisaicos no
cumprimento da Lei de guardar o sábado, não permitindo nem fazer caridade no
sábado; e Jesus fazia caridade no sábado, então Ele condenou o exagero, mas não
revogou o sábado. Aí está o engano de todos. Conquanto, não tenhamos palavra de
condenação contra quem quer que seja, desejaríamos que compreendessem que esse
é um dos erros maiores da chamada cristandade, que ainda não existe, porque
ainda não houve Cristianismo na face da terra.
Só haverá Cristianismo quando houver a
entronização do Novo Mandamento de Jesus nos corações humanos. Cristianismo com
ódio, com perseguição religiosa como fazem contra mim, não é, nunca foi, nunca
será Cristianismo. Cristianismo é Amor, fora do Cristianismo nada entendo. Desejamos,
portanto, lembrar a essas pessoas que pensavam que Jesus tinha revogado o
sábado, que, segundo a profecia, a única mudança jamais efetuada na Lei de
Deus, devia ser feita pela "ponta pequena" de Daniel (isto está no
profeta Daniel, capítulo 7, no Velho Testamento da Bíblia Sagrada; "O homem do
pecado",
São Paulo apóstolo, II aos Tessalonicenses, capítulo 2).
Pois bem, a única mudança mesmo, feita
na Lei de Deus, foi esta mudança do sábado pela "besta". Ora, se o
Cristo fizesse esta mudança, então desempenharia o papel do "poder
blasfemo" de que falou o profeta Daniel, e que falou o apóstolo São Paulo.
Conclusão suficientemente odiosa e nojenta para afastar qualquer cristão do
ponto de vista que leva a este absurdo. Não, Jesus não autorizou esta mudança, Ele apenas exagerava na condenação aos exageros do sábado; combatia um exagero
com outro exagero. Os fariseus levavam tão a sério o sábado que não podia nem
salvar uma ovelha ou uma pessoa que estivesse afogando. Não, Jesus condenou os
exageros da observância do sábado, mas não revogou o sábado; não viria a
revogar a Lei do Pai Eterno, porque Deus lhe deu o Decálogo para que o desse a
Moisés.
Portanto aí está o "SINAL DA
BESTA". E quem mais se identificou com este "sinal"?
A "besta de
duas pontas":
Estados Unidos da América do Norte. Conforme ficou bem claro, Deus incluiu o
sábado como o dia do repouso no Quarto Mandamento do Decálogo, é o que está na
Bíblia.
Moisés recebeu as tábuas da Lei e,
exatamente, o Quarto Mandamento manda guardar o sábado, não o sábado dos homens,
mas o sábado de Deus. A verdade é que a maioria pensou que Jesus tivesse
revogado o Decálogo nessa parte, quando o próprio Jesus declara que "Não
vim revogar a Lei e os profetas". A maioria pensa que isto foi feito por
Jesus, mas, absolutamente, não foi.
Para que tentar provar que o Cristo
mudou o sábado? Quem o fizer realiza uma tarefa que ninguém lhe há de
agradecer. O papa não lhe há de agradecer, porque aí se prova que o Cristo fez
esta mudança, e, então, o papa é despojado da sua insígnia de autoridade e
poder. Nenhum protestante esclarecido, também lhe agradecerá, porque se tiver
êxito, apenas demonstra que o papado não fez a obra que estava predito que ele
faria. E, assim, estaria provado que a profecia falhou, que as Escrituras não
são dignas de confiança e, entretanto, Jesus declarou: "A Escritura
não pode falhar".
Quando uma pessoa está encarregada de
alguma obra, e essa pessoa se apresenta e confessa que fez a referida obra,
isto é, geralmente, considerado como bastante para estabelecer o fato. Assim,
quando a profecia afirma que certo poder há de mudar a Lei de Deus e, no devido
tempo, esse mesmo poder se levanta e faz a obra predita e, abertamente,
pretenda tê-la feito, que necessidade temos nós de maior evidência?
O mundo não devia esquecer que teve
lugar a grande apostasia predita pelo apóstolo dos gentios, que o "homem
do pecado", durante longos séculos teve quase o monopólio do ensino
cristão no mundo. O papado dominou séculos sozinho, sem concorrentes. O "mistério da
iniquidade"
lançou as trevas e os erros das suas doutrinas sobre toda a cristandade. Que
desta Era de erros, trevas e corrupção é que saiu a teologia dos nossos dias,
ninguém contesta. Seria, pois, de estranhar que houvesse ainda algumas
relíquias do papado a serem postas de lado antes de se completar a Reforma.
Campbell, no seu livro
"BATISMO", página 15, falando das diversas seitas protestantes, escreve:
"Todas
elas retém, no seu seio, nas suas organizações eclesiásticas, doutrina, culto e
observâncias, várias relíquias do
papado. São, quando muito, uma Reforma
parcial. As doutrinas e tradições dos homens ainda prejudicam o poder, o
progresso do Evangelho em suas mãos."
A natureza da mudança que a
"ponta pequena" tentou efetuar na Lei de Deus, é digna de nota. Fiel
ao seu propósito de se exaltar acima do próprio Deus, empreende mudar o Quarto
Mandamento, que, dentre todos os outros, é o Mandamento fundamental da Lei.
Por quê? Porque é o único que torna
conhecido quem é o Legislador, e contém a sua assinatura de realeza. Prestem
atenção: O QUARTO MANDAMENTO DO DECÁLOGO DADO A MOISÉS POR JESUS, O QUARTO
MANDAMENTO, E NENHUM DOS DEMAIS, ESTÁ NESTAS CONDIÇÕES.
Outros, quatro, é verdade, contém a
palavra Deus, e três deles, também, a palavra Senhor. Mas quem é este Senhor
Deus de quem eles falam? Sem o Quarto Mandamento é impossível dizer. Façam a
experiência. Porque os idólatras, de todos os graus, aplicam esses termos aos
números que são os objetos da sua adoração pessoal. Mas, no Decálogo, o
Mandamento Quarto é, exatamente, esse que foi trocado.
Por ser muito importante este assunto,
e em nome de Moisés irritadíssimo, é que estamos aqui martelando e até marcando
passo para explicar fartamente a questão, exatamente, debaixo do protesto de
Moisés que recebeu os Mandamentos das mãos do Cristo de Deus.
Ora, com o Quarto Mandamento indicando
o autor do Decálogo, as pretensões de todos os falsos deuses são anuladas de um
golpe só, porque o Deus que aqui ordena a nossa adoração, não é qualquer ser
criado, mas o Ser que criou todos os seres e autor da terra e do mar, do sol e
da lua e de todo o exército estrelado, o Mantenedor, o Governador do Universo.
Este sim, é o Ser que pretende e, pela sua posição, tem o direito de pretender
nossa suprema atenção de preferência a qualquer outro objeto.
O Mandamento que
torna conhecidos estes fatos, é, portanto, aquele mesmo que podemos supor que o
poder designado como se "exaltando acima de Deus" tentaria mudar: É A
BESTA DO APOCALIPSE.
Deus nos deu o sábado como um memorial
de Si mesmo, para lembrar, naturalmente, aos filhos dos homens a sua Obra na
criação da terra e do céu, uma grande barreira contra o ateísmo e a idolatria.
É
a assinatura, é o selo da Lei este Quarto Mandamento. O papado tirou-o do seu
lugar e o substitui, por sua própria autoridade, por outra instituição para
servir a outro propósito. Esta mudança do Quarto Mandamento é a mudança a que
se refere o Apocalipse. Exatamente, o domingo é o "sinal da besta".
Alguns que há muito têm sido ensinados
a considerar esta instituição com reverência, recuarão, talvez com pouco menos
do que sentimento de horror perante esta conclusão. Claro que não temos tempo para tratar só da questão de sábado e da exposição da
origem e natureza na observância do primeiro dia da semana. Mas sustentamos
esta única proposição: se o sétimo dia é ainda o sábado ordenado no Quarto
Mandamento, se a observância do primeiro dia da semana não tem qualquer
fundamento nas Escrituras Sagradas, se esta observância foi introduzida como
instituição cristã, designadamente posta em lugar do sábado do Decálogo, por
assim, se pode ver que é simbolizando pela "besta", colocado ali como
insígnia e sinal do seu poder de legislar para a cristandade, não será,
inevitavelmente, este o sinal da "besta"?
A resposta é afirmativa. Pois bem,
todas estas hipóteses são todas certezas. Alguém dirá: Então, todos os
observadores do "domingo" têm o "sinal da besta"?
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