O Altíssimo é a tua habitação. Nenhum mal te acontecerá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque os seus anjos darão ordens a teu respeito para que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares em pedra nenhuma.”
Eis aí, meus amigos e
meus irmãos, o final do capítulo 16 do Apocalipse
de Jesus segundo São João. Há muita coisa que eu gostaria de dizer, mas ainda
não posso. Já lhes disse que esta não é a interpretação total que temos de dar;
isto é um resumo do que existe, do que se fez no mundo inteiro e que eu estou
completando dentro do Novo Mandamento.
É o máximo que a Humanidade alcançou, e é tão pouco em vista do que se há a revelar. A rigor, de
Apocalipse, a humanidade não soma nada, porque não há mesmo quase nada sobre
isto. Mas eu lhes prometo que na pregação definitiva e final, eu lhes darei
coisas mais profundas fora desse campo de palhaçada astrológica, adivinhações
de bolinhas e balões de cartomantes, quiromantes, aventureiros, débeis mentais,
exploradores.
Não, Jesus não admite essas brincadeiras, isto é bom para horóscopos que todo dia está aí para fazer vender jornal, revista. O pessoal vai ouvir programa de rádio, isso não tem valor nenhum, não há um horóscopo que não seja para dar azar, para meter preocupações na sua cabeça. É coisa de débil mental para débil mental, e é para fazer renda, para render dinheiro. É triste, mas é a verdade. Se há quem não leia isso sou eu, nunca precisei ler horóscopo. Que horóscopo? Quem é que tem capacidade espiritual para dar horóscopo? Que horóscopo? E os que podem fazê-lo não o fazem por uma questão de pudor, porque sabem que isso é palhaçada. É palhaçada mesmo, não há outra palavra. É um acinte àqueles que têm um pouco de espiritualidade.
Bom, estamos aqui no terreno da fantasia, não queremos ofender ninguém, mas temos que dar esta advertência em nome de Jesus.
O que vocês precisam saber é EVANGELHO e
APOCALIPSE, nada mais. Saiam do terreno das adivinhações, das suposições, das
esperanças frustradas, das falsas sugestões ou auto sugestões, porque tudo isso
leva a pessoa à loucura. Vamos deixar de ter fé em homens, vamos ter fé em Deus,
em Jesus, no Espírito Santo, o Espírito de Verdade, porque estes não enganam
ninguém, não ganham dinheiro, não precisam comer, não precisam vestir, não
precisam passear, não querem ir a Paris, não fazem questão de ver o "Folies Bergère". Eis aí.
Este é o capítulo 17 do Apocalipse de Jesus segundo São João, versículos 1 a 5. “E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem, eu te mostrarei a condenação da grande prostituta que está sentada sobre muitas águas, com ela se prostituíram os reis da terra, e, os que habitam a terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição. E levou-me, em espírito, a um deserto e vi a mulher sentada sobre uma besta de cor escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmias, e tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e escarlata, e adornada com ouro e pedras preciosas e de pérolas, e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundície da sua prostituição. E na sua testa estava escrito um nome: Mistério, a grande Babilônia, mãe das prostituições e abominações da terra.”
No versículo 19 do
capítulo precedente, fomos informados que da grande Babilônia Deus se lembrou
para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira. O profeta cita, agora,
mais em particular, o assunto desta
grande Babilônia, e para apresentar um quadro completo dela retrocede, relembra
alguns fatos da sua história passada.
Os protestantes, em geral, desde Martinho Lutero, creem que a mulher apóstata, apresentada neste capítulo, é um símbolo da igreja romana. Entre essa igreja e os reis da terra tem havido, realmente, um contato ilícito, um estranho conúbio, e com o vinho da sua fornicação, com as suas falsas doutrinas, eles têm sido embriagados, porque ela tem embriagado todos os habitantes do mundo. E aí se baseiam para explicar a reforma protestante desde Martinho Lutero.
Igreja e Estado. Esta profecia com a sua distinção entre Estado
e Igreja é mais concreta do que outras aplicáveis ao poder romano.
Temos aqui a mulher,
a igreja sentada sobre uma besta escarlata (ou escarlate) que é o poder civil
pelo qual ela é transportada, e que ela o dirige e guia para os seus próprios
objetivos como um cavaleiro dirige o cavalo sobre o qual está montado. As
vestes e decorações desta mulher, apresentados no versículo 4, estão numa
grande harmonia com a aplicação feita deste símbolo, porque a púrpura e a
escarlata são as principais cores usadas nas vestes de papas e cardeais.
E entre as miríades
de pedras preciosas que adornam os seus serviços, segundo o testemunho ocular
da História, a prata é raramente conhecida e o ouro parece cobre, e a taça de
ouro que está na sua mão (símbolo da pureza de doutrina e profissão) devia ser contido só do que é inalterado,
inadulterado, o que é puro, inconspurcável, ou explicando a figura: só o que
está de pleno acordo com a Verdade Divina. Infelizmente, daí saem somente
abominações.
E o vinho da
fornicação? Símbolo adequado às suas abomináveis doutrinas e, ainda, práticas
mais abomináveis.
Não sou eu quem o
diz, mas é o próprio Apocalipse. A rigor, a interpretação que identifica a
igreja de Roma com a Babilônia apocalíptica, tem data da Reforma. Já no sétimo
século e seguintes, a igreja romana estava unida com a cidade de Roma pela
junção dos poderes temporal e espiritual na pessoa do pontífice romano.
E quando a igreja de
Roma começou a apresentar os seus dogmas, e a impô-los como necessários para a
salvação, então foi publicamente afirmado por muitos (embora ela queimasse
alguns por terem feito) que ela estava cumprindo as profecias apocalípticas,
referindo-se à grande Babilônia. Embora a destruição de Roma pagã pelos godos,
no fim do século, fosse um acontecimento da máxima importância, contudo, nem
uma única testemunha do passado pode ser citada em favor da exposição de
Bossuet e seus correligionários que veem o cumprimento das predições do
Apocalipse, respeitando-se a destruição de Babilônia na queda de Roma pagã pela
espada de Alarico.
Efetivamente, essa
exposição é moderna, e uma interpretação posterior, foi imaginada por Bossuet e
outros mais, para combater a outra que eles chamam "a interpretação
protestante". A identificação da "Babilônia" apocalíptica com a antiga
Roma pagã foi o seu adequado antítipo, é uma intervenção da moderna Roma papal.
Isso está no livro de Bossuet ("União com Roma", páginas 19 e 20).
Mas vamos ver, também,
o que diz Hislop ("As Duas Babilônias", página 5): "Em 1825, por ocasião do Jubileu,
o Papa Leão XII cunhou uma medalha, tendo de um lado a sua própria imagem,
e por outro o da Igreja de Roma, simbolizada como uma "mulher"
segurando na mão esquerda uma cruz, e com a mão direita um cálice, com a
legenda em torno dela, "Universum Sedet super". Tradução: Todo o mundo é o seu assento. Isto, também,
não é nossa invenção, está na História. Esta mulher é explicitamente "Babilônia".
Roma não é, portanto, "Babilônia" com exclusão de todos os outros
corpos religiosos? Pelo fato de que ela
é chamada "mãe das impudicas" como já fizemos notar, o que mostra que
há outras organizações religiosas independentes, que constituem as filhas apóstatas
e pertencem a essa grande família.
Ainda
no capítulo 17, versículos 6 e 7:
“E vi que a mulher estava embriagada do
sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus; e, vendo-a eu, me
maravilhei com grande admiração. Então, o anjo me disse: Porque te admiras tu?
Eu te direi o mistério da mulher e da besta que a traz a qual tem sete cabeças
e dez chifres.”
Uma causa de admiração! Por que se maravilharia São João, assim,
grandemente admirado quando viu a mulher embriagada com o sangue dos
santos? Era a perseguição ao Povo de
Deus, por ventura, no seu tempo, alguma coisa estranha? Ele próprio não viu Roma estender os seus mais
ferozes anátemas contra a Igreja do Cristo?
Ele próprio não foi exilado na ilha de Patmos, vítima deste cruel poder?
Mas, então, por que se admirou quando os seus olhos penetraram o futuro e viram
Roma, ainda, perseguindo os santos de Deus? O segredo da sua admiração era
justamente esse: toda a perseguição testemunhada por ele havia procedido da
Roma pagã, ostensivamente hostil ao Cristo de Deus.
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