terça-feira, 18 de junho de 2019


É um cântico de infinita grandiosidade, fácil de entender nos seus termos sublime em todo o seu tema; apela para as obras do Pai Eterno, o criador incriado, as obras que são a manifestação do seu poder e da sua glória. Com visão imortal os santos poderão compreendê-las como não o podem aqui. A própria astronomia nos revela o bastante para encher os corações de admiração. E diziam já os cristãos naquele tempo: Senhor, do nosso pequeno mundo passamos ao Sol a noventa e três milhões de milhas,  daí  ao  Sol que mais se lhe avizinha, a dezenove mil milhões de milhas, daí à grande dupla estrela Polar, de onde a luz na sua carreira elétrica de cento e noventa e duas mil milhas por segundo, e leva quarenta anos para chegar à Terra. E daí a outros sistemas, grupos, constelações, até atingirmos a grande estrela Alcione nas plêiades, brilhando com a potência de doze mil sois como o nosso Sol.

 

Que será, então, o grandioso centro em volta do qual giram estas miríades de fulgurantes orbes? Bem pode agora entender-se o Cântico: “Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos." Todo procedimento de Deus para com todas as suas criaturas estará, para sempre, vindicado aos olhos dos remidos e à vista de todos os  mundos.


Depois de toda nossa cegueira, de toda nossa perplexidade, poderemos exclamar, finalmente, na exuberância da alegria satisfeita: “Realmente, ó Rei dos Santos, os teus caminhos são justos e verdadeiros, valeu a pena sofrer por ti, porque tudo isto resultou na nossa própria glória."

 

Pois, se Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por mim." isto é, atravessando o que Eu tive de atravessar, sofrendo o que Eu tive de sofrer, passando o que Eu tive de passar. Todos nós temos de ter um Judas, temos de ter os desertores, os traidores, os aproveitadores que só querem comer. 

 

Jesus dizia a esses comerciantes da treva, aos que se apresentam só para comer, para roubar, para tirar proveito: “Em verdade se não vos der comida, fazendo prodígios, multiplicando peixes e pães, não vireis a mim. Vindes a mim para comer, não porque me amais ou amais a palavra de Deus." Temos que dizer estas palavras a muitos aproveitadores, a muitos fominhas; é triste, mas é verdade.

 

Meus amigos e meus irmãos, termina aqui o capítulo 15 do Apocalipse de Jesus segundo São João, vocês estão vendo como é um livro fácil depois que a gente explica, mas enquanto não explica, como é difícil!

 

Mas já imaginaram quando eu puder dizer tudo? O papel do Brasil neste Apocalipse ninguém sabe, se diz que sabe é mentira, não sabe. Porque Jesus só o revela a quem quer, mas a quem seja capaz de dar a sua vida por Ele, isto não é brinquedo de criança. Jesus dá àquele que possa dizer “Eu sou um prisioneiro de Cristo Jesus, já não sou eu quem vive mais, é o Cristo que vive em mim."


Do contrário Jesus não lhe confere esta dignidade, não lhe dá este privilégio de ser a sua trombeta, alertando as almas, e dizendo bem alto: Jesus está voltando! Cuidado meninos da política, das finanças, meninos do jornalismo, meninos do Congresso, meninos da religião e da ciência: Jesus está voltando! Se voltar já quem estará preparado para firmar seus olhos nos olhos do Cristo de Deus?

 

Iniciamos a explicação do capítulo 16 do Apocalipse de Jesus segundo São João. Esse capítulo, como antecipamos, apresenta uma descrição das sete taças, daquela não misturada ira de Deus e dos efeitos que se observam ao serem derramadas sobre a terra. Os leitores da Bíblia não concordam todos acerca do caráter e da cronologia destas pragas, temos, portanto, de saber, em primeiro lugar, a verdadeira posição a tomar sobre estes pontos.

 

São eles simbólicos e quase todos já cumpridos no passado da Humanidade, como querem alguns? Ou serão literais e todos futuros, como outros, com a mesma convicção, querem afirmar? Um breve exame das suas opiniões vai nos permitir uma segura conclusão.

 

Capitulo 16 do Apocalipse, versículos 1 e 2:  


“E ouvi, vindo do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide e derramai  sobre  a  terra  as  sete taças  da ira  de Deus. E foi o primeiro e derramou a sua taça sobre a terra, e se fez uma chaga maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.” 


Temos de ver a cronologia das pragas. A descrição desta praga revela logo, claramente, sua cronologia, porque é derramada sobre aqueles que têm o sinal da "besta" e adoram a "sua imagem":  obra identificada, aquela contra a qual nos adverte o terceiro anjo. Temos aqui, uma prova concludente de que estes juízos não são derramados sem que esse anjo termine a sua obra, e que aqueles mesmos que ouvem a sua advertência a rejeitam, são os que recebem as primeiras gotas das transbordantes taças da indignação de Deus.

 

Ora, se estas pragas estão no passado, então a imagem da "besta" e a sua adoração também estão no passado.   E,  se  estas  são passadas,   "besta de duas pontas" que faz esta "imagem" e a sua obra, estão, igualmente, no passado. E se estas são passadas, então a mensagem do terceiro anjo que nos adverte acerca desta obra, está, também, no passado. E se esta se encontra no passado, isto é, séculos no passado, onde esta opinião focaliza o começo destas pragas, então a primeira e a segunda mensagem que a precedem estão, também, há séculos de distância no passado. Então os períodos proféticos sobre os quais as mensagens estão baseadas, especialmente os dois mil e trezentos dias, já terminaram há séculos.

 

E se assim é, as setenta semanas de Daniel do capitulo 9 retrocedem inteiramente para o tempo da dispensação judaica, e a grande prova da messianidade do Cristo está totalmente destruída.


Mas já mostramos nos capítulos 7, 13 e 14, que a primeira e segunda mensagens foram dadas em nossos dias, em nossos próprios dias, os dias que estamos vivendo. E a terceira está em processo de cumprimento, e a "besta de duas pontas" subiu ao campo de ação e está se preparando para realizar a obra que lhe é atribuída, e que a coroação da "imagem" e a imposição da sua adoração se encontram no futuro. E a não ser que todas estas posições possam ser derrubadas, as sete últimas pragas devem, também, ser atribuídas, inteiramente, a um futuro próximo. Não tem saída!

 

Mas há outros motivos para localizá-las no futuro e não no passado (não faria sentido). Vamos a estes motivos: 


primeiro - com a quinta praga os homens blasfemam de Deus por causa das suas chagas. Sem dúvida, as mesmas chagas causadas pelo derramamento da primeira praga. Isto prova que estas pragas caem todas sobre a mesma geração de homens, sendo alguns, indubitavelmente, eliminados por cada uma delas, enquanto outros sobrevivem através das terríveis cenas de todas. Fato este que lança por terra a opinião de que começaram a se realizar há muito, no passado, e que cada uma ocupa séculos no seu  cumprimento. Por que, como podem, então, os que experimentarem a primeira praga estar vivos ainda na altura da quinta? 


segundo - estas pragas são o vinho da ira de Deus sem mistura, sem nenhum laivo de misericórdia. Pragas ameaçadas pelo terceiro anjo (capítulo 14, versículo 10; capítulo 15,  versículo 1).

 

Semelhante linguagem não se pode aplicar a quaisquer juízos sobrevindos à terra enquanto o Cristo modela entre o seu Pai e  nossa raça caída, por isso temos de localizá-las no futuro, quando houver terminado o tempo da angústia. 


O tempo da prova é esta modelagem que vai aprimorar os espíritos no sofrimento. As frases acerca do começo e duração destas pragas se encontram no capítulo 15, versículo 8: “E encheu-se o templo com o fumo da glória de Deus e do seu poder, e ninguém podia entrar no templo até que se consumassem as sete pragas dos sete anjos." O templo aqui apresentado, evidentemente, é aquele que é mencionado no capítulo 11, versículo 19, onde se diz: “Abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo." Noutros termos: temos diante de nós o Santuário Celeste. 


Vemos, portanto, que quando os sete anjos com as sete taças de ouro recebem sua missão, o templo está cheio com o fumo da glória de Deus e ninguém pode entrar no Templo do Santuário até que tenham consumado sua obra. Não haverá, portanto, ministração no Santuário durante esse tempo, por conseguinte essas taças não são derramadas antes do fim da ministração do Tabernáculo Celeste, mas seguem, imediatamente, esse acontecimento, pois que o Cristo já não continua como o mediador. 


A misericórdia que durante tanto tempo deteve a mão da vingança (já estão todos assinalados para a salvação) que se podia, portanto, esperar senão que a tempestade da vingança se desencadeasse e a terra fosse varrida pela vassoura da destruição.

 



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