Esta mensagem é de
Jesus, somos apenas mensageiros, recadistas, estafetas, entregadores de
telegramas, entregadores de Evangelho e de Bíblia, nada mais do que isto, mas
esta pregação é de Jesus!
Não adianta dizer-se
católico, dizer-se espírita, dizer-se protestante e ser mau; umbandista,
budista, muçulmano, israelita, e ser mau; não adianta dizer que crê em Deus,
crê no bem e ser mau. Adianta é, realmente, provar que ama a Deus.
Mas se não ama ao
próximo a quem vê, como vai amar a Deus, a quem não vê? Quem pergunta é o autor
deste Apocalipse, o autor material, o seu intérprete.
Vamos, então, ao
Apocalipse no capítulo 14, versículos 6 a 12: "E vi outro
anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno para o proclamar aos que
habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, com
grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo;
e adorai aquele que fez o céu, a terra, e o mar, e as fontes das águas. E o
seguiu outro anjo, dizendo: Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade que a
todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição. E o seguiu o
terceiro anjo, dizendo, com grande voz: Se alguém adorar a besta e a sua imagem
e receber o sinal na sua testa ou na sua mão, também o tal terá de beber do
vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira, e
será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e diante do
Cordeiro de Deus. E o fumo do seu tormento sobe para todo o sempre, e não têm
repouso nem de dia nem de noite, os que adoram a besta e a sua imagem e aquele
que receber o sinal do seu nome. Aqui está a paciência dos santos, aqui estão
os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Cristo Jesus."
Já vimos que a "Babilônia" vem a ser a igreja mundana mundial, isto é, a parte podre de cada religião no mundo inteiro. Ou vocês pensam que há uma religião perfeita? Até a LBV tem que ter a banda podre, todas as religiões têm a sua parte podre. Então esta igreja mundana mundial é a "Babilônia" que está caindo. Sua queda é, como dissemos, uma queda espiritual e, por consequência, moral e ainda material. Dir-se-ia que o nosso parecer sobre a queda moral e a penúria espiritual das igrejas não era correto em presença dos grandes reavivamentos como aconteceu, e a história o demonstra no ano de 1857. Mas, infelizmente, no ramo protestante o testemunho dos principais jornais congregacionais e batistas, principalmente de Boston, corrige esta impressão. O chamado jornal "Congregacionalista", de novembro de 1858, escrevia: "O reavivamento da piedade, que sentimento religioso genuíno de nossas igrejas, não é de tal ordem que em sua mera existência se possam inferir confiadamente seus frutos práticos, legítimos. Devia, por exemplo, ter-se como certo que, depois de uma tal chuva de graças, os tesouros das nossas sociedades e beneficências se encheriam, como sucede depois de uma abundante chuva que os rios se avolumam dentro dos seus leitos. Mas os mentores das nossas sociedades religiosas deploram o afrouxamento de simpatia à diminuição do auxílio às igrejas protestantes."
E isto tudo nos
Estados Unidos da América do Norte, que é a "besta
de duas pontas".
Há outra ilustração mais triste da mesma verdade geral: "Houve uma lamentável dissensão de igrejas tão
espalhada como a que prevalece no presente, e é mencionado o triste fato de que
este pecado infecta as próprias igrejas que mais, largamente, participam do
último reavivamento em 1858. E se acrescenta ainda o fato ainda mais triste de que estas alienações datam a sua origem, em
muitos casos, justamente no meio daquela cena de despertamento, de reavivamento
espiritual. Um simples relance para o semanário da nossa própria denominação
provará que o mal não se limita apenas aos batistas. Nossas próprias colunas
congregacionais talvez nunca tenham registrado tão humilhante relato de
contendas, litígios eclesiásticos como durante os últimos poucos meses."
Mas vamos avançando, sempre dentro da história, porque não há Apocalipse sem história. O principal
jornal metodista, outra grande denominação protestante, jornal intitulado
"Advogado Cristão", Nova Iorque, 30 de agosto de 1883, traz um artigo
intitulado "O maior dos problemas", que faz as seguintes declarações:
"Primeiro: Disfarçai como quiserdes a igreja, num
sentido geral se encontra espiritualmente num rápido declínio: enquanto cresce
em número de dinheiro, torna-se extremamente fraca, limitada em sua
espiritualidade, tanto nos ministros como nos seus membros. Está tomado a
aparência e caráter da igreja de Laodiceia conforme o anátema do Apocalipse. Segundo: Há milhares de ministros nas congregações e
nas conferências, e muitos milhares de leigos tão mortos, tão inúteis e
inoperantes como figueiras estéreis. Não contribuem com dádivas de natureza
temporal ou espiritual para o progresso do Evangelho na terra. Se todos estes
ossos secos da nossa igreja e das suas congregações ressuscitassem, realizassem
um trabalho fiel, ativo, dinâmico, que novas e gloriosas manifestações de poder
todos poderiam presenciar da parte do alto, da parte de Deus."
Mas vamos adiante,
porque sem a história, sem o depoimento da história não há explicação do
Apocalipse. O "Independente", um órgão de Nova Iorque, 3 de novembro de
1896, publicou um artigo de Munnick, do qual extraímos o seguinte:
"De um número recente do vosso jornal, li um
artigo de um colaborador em que afirmava que havia para cima de três mil
igrejas nos corpos congregacional e presbiteriano deste país (Estados Unidos da
América do Norte), que durante o último ano não relataram a recepção de um único
membro por profissão de fé, não ganharam nem mais um inscrito. Poderá isto ser verdade? De tal modo se apoderou de
mim este pensamento que eu não posso expulsar da minha mente: basta, quase,
para fazer perpassar um calafrio de horror pela alma de cada cristão. Então não houve mais nenhum convertido desde 1895?
Nenhuma alma se salvou mais nem na parte presbiteriana nem na parte
congregacional? Ora, isto acontece com estas duas grandes denominações. Qual há
de ser, também, a condição das demais? Iremos todos ainda sentarmos e deixar
que continue esse estado de coisas? E vamos ficar de braços cruzados? Hão de os
nossos jornais, os nossos púlpitos conservar as suas bocas fechadas como cães
mudos que não podem ladrar sem advertir o povo do perigo que está aí? Não deveríamos
todos levantar a nossa voz como trombeta de Deus? Que há de pensar Jesus de
semelhante resultado do nosso trabalho? Nem mais um convertido, nem mais um
salvo? Que há de um mundo incrédulo pensar de um cristianismo inoperante, que não dá mais nem
um fruto? E não temos nós nenhuma preocupação pelas multidões de almas que cada
ano caem na perdição enquanto nos sentamos todos e ficamos a olhar? E onde
estará este nosso país nos seguintes dez anos se não despertarmos deste sono
trágico?"
A mensagem do segundo anjo é, portanto, dirigida a todas estas
organizações onde se diz, principalmente, encontrar o povo de Deus, porque elas
são especialmente endereçadas como estando em "Babilônia" e, em certa
altura, o povo é chamado a sair. A mensagem se aplica à geração presente e,
agora, o povo de Deus deve procurar, certamente, nas organizações genuínas da
cristandade.
"Oxalá fosses frio ou quente, mas como és morno eu te
vomitarei da minha boca."
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