Segundo estes fatos,
a versão do Apocalipse, capítulo 17, versículos 9 e 10, dada pelo professor
Witten, que é uma tradução literal do texto, isto é, ao "pé da
letra", remove, então, a obscuridade: as sete cabeças são sete montes
sobre os quais a mulher está sentada, e são sete reis. Assim se vê que o anjo
representa as cabeças como montes, e explica, depois, os montes como sendo sete
sucessivos reis ou formas de governo. O significado é transferido de um símbolo
para outro, então é dado uma explicação do segundo símbolo.
Do argumento anterior
segue-se que a mulher não pode representar uma cidade literal, porque sendo
simbólicos os montes sobre os quais a mulher está sentada, uma cidade literal
não pode estar sentada sobre montes simbólicos. Além disso, Roma era a sede do
"dragão" (do capítulo 12), e este foi transferido para a
"besta" (Apocalipse, capítulo 13, versículo 2) tornando-se, assim, a
sede da "besta", mas, constituiria uma singular mistura de figuras
tomar a sede, sobre que está sentada a "besta", e fazer que uma
"mulher" se sente sobre a "besta"; e) Se a cidade de Roma
fosse Babilônia do Apocalipse um contrassenso teríamos no capítulo 18 (que vamos
ver nos seus versículos 1 a 4), visto que, neste caso, a queda de Babilônia seria
a subversão e destruição da cidade, de fato, sua completa consumação pelo fogo
segundo o versículo 8.
Mas vamos observar o
que se passa depois da queda: Babilônia torna-se morada de demônios, coito de
todo espírito imundo, coito de toda ave imunda e desprezível e abominável. Como
pode isto acontecer a uma cidade, depois desta cidade ser destruída e
completamente abrasada pelo fogo?
Mas, pior ainda,
depois de tudo isto ouve-se uma voz dizendo: "Sai dela povo meu!" Está
o POVO DE DEUS em Roma?
Na sua maior parte, não está, mesmo no melhor estado de Roma, no melhor tempo de Roma. Mas quantos podemos supor que ali estejam que sejam chamados dela depois de a cidade ser abrasada com fogo? Não é necessário dizer mais para provar que Babilônia não pode ser a cidade de Roma.
Terceiro - Babilônia significa a igreja mundana universal. Excluídos dois dos três únicos significados possíveis, resta apenas este, mas não somos abandonados neste assunto a esta espécie de raciocínio. A priori, a Babilônia é chamada uma "mulher" (uma "mulher" usada como símbolo significa uma igreja). Interpretamos como sendo uma igreja a mulher do capítulo 12. A do capítulo 16 devia, sem dúvida, interpretar-se como significado também de uma igreja. O caráter da "mulher" representa o caráter da igreja em questão: representando uma mulher casta, uma igreja pura; uma "mulher" corrupta, uma igreja impura ou apóstata.
A "MULHER BABILÔNIA" é uma prostituta, mãe de filhas iguais a ela.
Esta circunstância,
bem como o seu próprio nome, mostra que Babilônia não está circunscrita a
qualquer isolado corpo eclesiástico, mas deve ser composta de vários corpos
eclesiásticos. Não há dúvida, deve englobar tudo que tem natureza semelhante, e
representar a igreja corrupta ou apóstata no planeta Terra. Isto explicará,
talvez, a linguagem do Apocalipse 18, versículo 24, pela qual vemos que, quando
Deus imputar à grande Babilônia o sangue dos seus mártires, nela se encontrará
o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos neste mundo.
A igreja Grega é a
igreja estabelecida na Rússia e na Grécia, a igreja Luterana é a igreja
estabelecida na Prússia, Holanda, Suécia, Noruega e parte dos pequenos Estados
germânicos. A Inglaterra tem a sua igreja Episcopal como sua religião de
Estado, e outros países têm suas religiões estabelecidas e se opõem,
zelosamente, aos dissidentes. Babilônia embriagou todas as nações com vinho da
sua fornicação, isto é, suas falsas doutrinas. Nada menos, portanto, simbolizar
de que a igreja mundana universal é esta a Babilônia.
Entenderam bem? É a
parte podre de cada religião. Está claro, agora?
Babilônia é isto:
cada religião tem a sua parte podre. O conjunto desta podridão é Babilônia.
A grande cidade Babilônia é apresentada como sendo composta de três divisões, assim as grandes religiões do mundo podem ser distribuídas debaixo de três capítulos. A primeira - a mais velha e a mais espalhada: é o paganismo, separadamente simbolizado sob a forma de um "dragão". A segunda - é a grande apostasia romana, simbolizada na "besta". A terceira - são as suas filhas, descendentes dessa igreja.
A mãe é a mundana, e as filhas caíram no mundo. Sobre essa cabeça
é que vem a "besta de duas pontas", embora não seja só constituído
por ela. Guerra, opressão, mundanismo, o poder do credo, a busca do prazer, a
obsessão do sexo e a conservação de muitos erros da velha igreja romana, identificam, com triste e fiel exatidão, grande parte das igrejas protestantes,
como, também, o baixo espiritismo, que é uma praga desgraçada. Tudo isso
constitui a grande Babilônia.
Estamos dando um
Apocalipse que não é católico, nem judaico, nem protestante, nem espírita, é um
Apocalipse neutro como Jesus o daria em pessoa, acima de todas as divisões, de
toda a arrogância do sectarismo intolerante. É o clima respirável, acima de
todos os ódios, do contrário não se poderia dar Apocalipse. E, na verdade,
nunca se deu Apocalipse assim no mundo, não só no Brasil, nunca se deu no
mundo.
Este é um Apocalipse neutro, respeita todas as correntes, mas pede licença, e diz: Eu tenho que dar o Apocalipse de Jesus, pode ser?
Principalmente agora,
porque JESUS ESTÁ VOLTANDO para acabar com toda essa miséria religiosa que vai
pelo mundo, gerando a miséria política, científica, filosófica, artística, e
tudo mais.
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