sábado, 22 de junho de 2019


Segundo estes fatos, a versão do Apocalipse, capítulo 17, versículos 9 e 10, dada pelo professor Witten, que é uma tradução literal do texto, isto é, ao "pé da letra", remove, então, a obscuridade: as sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está sentada, e são sete reis. Assim se vê que o anjo representa as cabeças como montes, e explica, depois, os montes como sendo sete sucessivos reis ou formas de governo. O significado é transferido de um símbolo para outro, então é dado uma explicação do segundo símbolo.

 

Do argumento anterior segue-se que a mulher não pode representar uma cidade literal, porque sendo simbólicos os montes sobre os quais a mulher está sentada, uma cidade literal não pode estar sentada sobre montes simbólicos. Além disso, Roma era a sede do "dragão" (do capítulo 12), e este foi transferido para a "besta" (Apocalipse, capítulo 13, versículo 2) tornando-se, assim, a sede da "besta", mas, constituiria uma singular mistura de figuras tomar a sede, sobre que está sentada a "besta", e fazer que uma "mulher" se sente sobre a "besta"; e) Se a cidade de Roma fosse Babilônia do Apocalipse um contrassenso teríamos no capítulo 18 (que vamos ver nos seus versículos 1 a 4), visto que, neste caso, a queda de Babilônia seria a subversão e destruição da cidade, de fato, sua completa consumação pelo fogo segundo o versículo 8.

 

Mas vamos observar o que se passa depois da queda: Babilônia torna-se morada de demônios, coito de todo espírito imundo, coito de toda ave imunda e desprezível e abominável. Como pode isto acontecer a uma cidade, depois desta cidade ser destruída e completamente abrasada pelo fogo?

 

Mas, pior ainda, depois de tudo isto ouve-se uma voz dizendo: "Sai dela povo meu!" Está o POVO DE DEUS em Roma?

 

Na sua maior parte, não está, mesmo no melhor estado de Roma, no melhor tempo de Roma. Mas quantos podemos supor que ali estejam que sejam chamados dela depois de a cidade ser abrasada com fogo? Não é necessário dizer mais para provar que Babilônia não pode ser a cidade de Roma. 


Terceiro - Babilônia significa a igreja mundana universal. Excluídos dois dos três únicos significados possíveis, resta apenas este, mas não somos abandonados neste assunto a esta espécie de raciocínio. A priori, a Babilônia é chamada uma "mulher" (uma "mulher" usada como símbolo significa uma igreja). Interpretamos como sendo uma igreja a mulher do capítulo 12. A do capítulo 16 devia, sem dúvida, interpretar-se como significado também de uma igreja. O caráter da "mulher" representa o caráter da igreja em questão: representando uma mulher casta, uma igreja pura; uma "mulher" corrupta, uma igreja impura ou apóstata.


A "MULHER BABILÔNIA" é uma prostituta, mãe de filhas iguais a ela.


Esta circunstância, bem como o seu próprio nome, mostra que Babilônia não está circunscrita a qualquer isolado corpo eclesiástico, mas deve ser composta de vários corpos eclesiásticos. Não há dúvida, deve englobar tudo que tem natureza semelhante, e representar a igreja corrupta ou apóstata no planeta Terra. Isto explicará, talvez, a linguagem do Apocalipse 18, versículo 24, pela qual vemos que, quando Deus imputar à grande Babilônia o sangue dos seus mártires, nela se encontrará o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos neste mundo.

 

A igreja Grega é a igreja estabelecida na Rússia e na Grécia, a igreja Luterana é a igreja estabelecida na Prússia, Holanda, Suécia, Noruega e parte dos pequenos Estados germânicos. A Inglaterra tem a sua igreja Episcopal como sua religião de Estado, e outros países têm suas religiões estabelecidas e se opõem, zelosamente, aos dissidentes. Babilônia embriagou todas as nações com vinho da sua fornicação, isto é, suas falsas doutrinas. Nada menos, portanto, simbolizar de que a igreja mundana universal é esta a Babilônia.

 

Entenderam bem? É a parte podre de cada religião. Está claro, agora?

 

Babilônia é isto: cada religião tem a sua parte podre. O conjunto desta podridão é Babilônia.

 

A grande cidade Babilônia é apresentada como sendo composta de três divisões, assim as grandes religiões do mundo podem ser distribuídas debaixo de três capítulos. A primeira - a mais velha e a mais espalhada: é o paganismo, separadamente simbolizado sob a forma de um "dragão". A segunda - é a grande apostasia romana, simbolizada na "besta". A terceira - são as suas filhas, descendentes dessa igreja. 


A mãe é a mundana, e as filhas caíram no mundo. Sobre essa cabeça é que vem a "besta de duas pontas", embora não seja só constituído por ela. Guerra, opressão, mundanismo, o poder do credo, a busca do prazer, a obsessão do sexo e a conservação de muitos erros da velha igreja romana, identificam, com triste e fiel exatidão, grande parte das igrejas protestantes, como, também, o baixo espiritismo, que é uma praga desgraçada. Tudo isso constitui a grande Babilônia.

 

Estamos dando um Apocalipse que não é católico, nem judaico, nem protestante, nem espírita, é um Apocalipse neutro como Jesus o daria em pessoa, acima de todas as divisões, de toda a arrogância do sectarismo intolerante. É o clima respirável, acima de todos os ódios, do contrário não se poderia dar Apocalipse. E, na verdade, nunca se deu Apocalipse assim no mundo, não só no Brasil, nunca se deu no mundo.

 

Este é um Apocalipse neutro, respeita todas as correntes, mas pede licença, e diz: Eu tenho que dar o Apocalipse de Jesus, pode ser?


Principalmente agora, porque JESUS ESTÁ VOLTANDO para acabar com toda essa miséria religiosa que vai pelo mundo, gerando a miséria política, científica, filosófica, artística, e tudo mais.

 

Estamos vendo o significado de "Babilônia" neste Apocalipse, que é o livro das profecias finais: "Babilônia" significa a igreja mundana universal, isto é, a parte podre de cada religião (a parte podre de todas as religiões deste mundo). A "grande cidade", como já vimos, é apresentada como sendo composta de três divisões. Assim, as grandes religiões do mundo podem ser distribuídas debaixo de três capítulos:

 

a primeira - a mais velha e a mais espalhada, é o "paganismo". Particularmente simbolizado pela forma de um "dragão";

 

a segunda - é a grande apostasia romana. Simbolizada na "besta";

 

a terceira -  são as suas filhas, isto é, as descendentes daquela igreja.


Sob esta cabeça é que vem a "besta de duas pontas" representada nos Estados Unidos da América do Norte, embora não seja somente constituída por ela.

 

Guerra, opressão, mundanismo, crê ou morre, de outro lado a busca do prazer, a conservação de muitos erros da velha igreja de Roma identificam, com uma triste e fiel exatidão, grande parte das igrejas protestantes constituindo, também, esta "grande Babilônia". Idem o baixo espiritismo, o espiritismo que nada tem da pureza de Allan Kardec, de Flammarion, de Gabriel Delanne, de Léon Denis, e tantos pioneiros como no Brasil, Leopoldo Machado, o Legionário nº 2. Infelizmente vamos reconhecer que o espiritismo no Brasil se presta às maiores fraudes, às maiores loucuras, às maiores baixezas.

 

Hoje, se alguém quer vender um terreno, consulta o espírito. Todos querem saber o seu futuro, então vão aos cartomantes e aos donos de bolas de cristal. Se alguém quer saber se o irmão Zarur é honesto, vão para um terreiro qualquer e perguntam ao "santo" e ao "pai de santo". Assim é o espiritismo na sua quase totalidade no Brasil: um espiritismo baixo. Um espiritismo que não é, absolutamente, a imagem daquele que está codificado pelo grande insigne Allan Kardec, e que foi completado, brilhantemente, por João Batista Roustaing. Não é o espiritismo de Bezerra de Menezes, não é o espiritismo de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, infelizmente!

 

O baixo espiritismo é o que aparece no Apocalipse como um flagelo da Humanidade, e Jesus me aplaude por dizer estas palavras, porque Ele sabe que tudo isto é verdade.

 

Ninguém pode brincar impunemente com as coisas da alta espiritualidade.

 



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