E o doutor José Wolff, segundo os seus diários, proclamou o breve advento do Senhor Jesus na Palestina, no Egito, na Costa do Mar Vermelho, na Mesopotâmia, na Criméia, na Pérsia, na Geórgia, através do Império Otomano, na Grécia, Arábia, Turquestão, Bokhara, Afeganistão, Caschemira, Industão, Tibete, Holanda, Escócia, Irlanda, Constantinopla, Jerusalém, Santa Helena e, também, a bordo no Mediterrâneo, na cidade de Nova Iorque e a todas as denominações. Declara, ele, que pregou entre os judeus, sírios, turcos, maometanos, persas, hindus, caldeus, sabeus. Pregou a paxás, xeques e xás, aos reis do Organtsh e Bucara, e à rainha da Grécia, e todos receberam as suas pregações extraordinárias sobre o segundo advento do Cristo de Deus.
Desse trabalho
extraordinário, disse o jornal "Investigation": "Ninguém, talvez, tenha dado maior publicidade à
doutrina da segunda vinda de Jesus do que este conhecido missionário. E onde quer que ele vá, proclama, abertamente,
o próximo advento do Messias com toda a glória e todo poder."
Andrews, na sua obra "As Três Mensagens do Apocalipse", páginas 32 a 35, escreve o seguinte a respeito da mensagem que estamos, agora, estudando: "Ninguém pode negar que foi dada esta advertência mundial de juízo breve, isto é, de próximo julgamento. Os tempos chegaram, a natureza da evidência aduzida em sua defesa, chama, agora, a nossa atenção como fornecendo o mais concludente testemunho de que foi mesmo uma mensagem do céu". Demonstrou-se estarem já realizadas, nesta geração, as grandes linhas gerais da história profética do mundo. A grande cadeia profética de Daniel, capítulo 2, assim como as dos capítulos 7, 8, 11 e 12, todas já estão cumpridas. Diga-se o mesmo da descrição profética de Jesus acerca da dispensação cristã (basta ver o Evangelho segundo São Mateus, capítulo 24; segundo São Marcos, capítulo 13; segundo São Lucas, capítulo 21). Mostrou-se que os períodos proféticos de Daniel 7, 8, 9 e 12, Apocalipse 11, 12 e 13, se harmonizam perfeitamente com esta proclamação e a apoiam.
Os sinais no céu, na terra e no mar, na igreja e entre as nações, dão um testemunho uníssono em favor da advertência que Deus dirigiu à família humana (confrontar o profeta Joel, capítulo 2, versículos 30 e 31; Evangelho de Jesus segundo São Mateus, capítulo 24, versículos 29 a 31; Evangelho segundo São Marcos, capítulo 13, versículos 24 a 26; Evangelho de Jesus segundo São Lucas, capítulo 21, versículos 25 a 36; e ainda São Paulo na II Epístola a Timóteo, capítulo 3; a II Epístola de São Pedro, capítulo 3; e neste mesmo Apocalipse, como já vimos, capítulo 6, versículos 12 e 13). E além do poderoso aparato de evidências sobre o qual esta advertência está baseada, o grande derramamento do Espírito da Verdade relativo a esta proclamação foi um selo do céu na sua esplendente verdade.
A advertência de João Batista que devia preparar o caminho para o primeiro advento de Jesus foi de curta duração, de uma extensão limitada. A cada testemunho profético que apoiava a obra de São João, temos vários que apoiam a proclamação do próximo advento do Cristo. São João não tinha o auxílio da imprensa para divulgar a sua proclamação, não tinha, também, a facilidade dos carros de Naum. Era um homem humilde, vestido de pele de camelo e não operava milagres, como diz o Evangelho. Se os fariseus e doutores da lei rejeitaram o conselho de Deus contra si próprios, não sendo batizados por João, quão grande deve ser a culpa dos que rejeitam a advertência enviada por Deus para preparar o caminho do segundo advento do Filho Unigênito! Mas, aqueles que esperavam Jesus em 1843 e 1844 sofreram uma grande decepção. Este fato constituiu, para muitos, motivo bastante para negar a mão de Deus nessa obra. A igreja judaica ficou decepcionada quando no fim da obra de João Batista se apresentou Jesus como o prometido Messias desde Moisés.
É incrível! E os discípulos ainda mais tristemente ficaram decepcionados quando aquele que esperavam libertasse Israel foi preso, foi morto, e, depois da sua ressurreição, quando ainda esperavam que Ele restituísse de novo o reino a Israel. Tiveram outra decepção ao compreenderem que Ele ia voltar para o Pai, e que eles haviam de ser abandonados por um longo tempo de angústia e tribulação.
É sempre assim, a história se repete, o Apocalipse também, os símbolos se repetem conforme as épocas; aí cabe, perfeitamente, o irmão operário; veja quem tem olhos de ver, ouça quem tem ouvidos de ouvir. Porque, infelizmente, a maioria não entende essas coisas; temos que deixar o tempo passar, e, como diz André Luiz: "O tempo não marcha em vão".
Mas a decepção não prova, jamais, que Deus
não mantenha a sua mão a conduzir o seu POVO; devia levá-los a corrigir os seus
erros, a vencer os seus pecados; jamais abandonar a sua confiança na divina
proteção. Foi por causa das decepções continuadas que
os filhos de Israel sofreram no deserto, e tantas vezes negaram a presença de Deus.
São-nos apresentados como um aviso para
que não caiamos no mesmo exemplo de incredulidade, mas, deve ser evidente, para
todo estudante das Escrituras Sagradas, que o anjo proclama a hora do juízo de
Deus; dá a última mensagem de misericórdia.
O Apocalipse 14 apresenta outras duas proclamações posteriores antes do fim da provação humana. Este fato, por si só, basta para provar que a vinda de Jesus não tem lugar sem que a segunda e terceira proclamações sejam devidamente acrescentadas à primeira.
O mesmo pode, também, ver-se no fato de que, após o anjo do capítulo 10 ter jurado que não haveria mais tempo, é anunciada outra obra de profetizar perante muitos povos e nações, por onde compreendemos que o primeiro anjo prega a vinda da hora do juízo de Deus, isto é, prega o término dos períodos proféticos e que este é o tempo em que ele jura não haver mais tempo.
O juízo começa, necessariamente, antes da volta de Jesus, porque Ele vem executar o juízo (São Judas Tadeu, versículos 14 e 15, porque São Judas Tadeu tem um capítulo só; Apocalipse, capítulo 22, versículo 12; II Epístola de São Paulo a Timóteo, capítulo 4, versículo 1). E ao toque da última trombeta confere a imortalidade a todo aquele que é justo, e passa por alto todos os ímpios do mundo, portanto, o juízo investigativo precede à execução do mesmo pelo Redentor.
Compete a Deus Pai presidir a esta obra investigativa, como está anunciado no profeta Daniel, capítulo 7, no velho Testamento da Bíblia Sagrada. Neste tribunal, o Filho termina sua Obra como o único Sumo Sacerdote e é coroado Rei, daí vem à terra executar as decisões do Pai. É esta a Obra do Juízo pelo Pai que o primeiro anjo apresenta neste Apocalipse.
O grande período de dois mil e trezentos dias, que era o período mais importante na indicação do tempo definido naquela proclamação, estende-se até à purificação do Santuário, e a purificação do Santuário não é a purificação de qualquer parte da terra, mas que é a ÚLTIMA OBRA DO NOSSO GRANDE SUMO SACERDOTE NO SANTUÁRIO CELESTIAL antes da sua vinda à terra (já foi claramente mostrado, basta recordar o que está em Daniel, capítulo 8, versículo 14).
E compreendemos, que enquanto tem lugar a OBRA DA PURIFICAÇÃO DO SANTUÁRIO, é que a última mensagem de misericórdia é proclamada aos homens. Ver-se-á, portanto, que os períodos proféticos e a proclamação baseada sobre eles não se estendem até a volta do Cristo de Deus. O erro feito pelos adventistas, em 1844, não foi no tempo. Demonstrou-se pelo argumento sobre as setenta semanas, os dois mil e trezentos dias (do profeta Daniel, capítulo 9), que foi na natureza do acontecimento a ocorrer no fim desses dias (mostrou-se no argumento sobre o Santuário, também em Daniel, capítulo 8). Supondo que a terra era o santuário e que sua purificação devia realizar-se pelo fogo ao se manifestar o Senhor desde o céu, esperavam, naturalmente, o aparecimento de Jesus no fim dos dias.
Vejam bem, pela sua má compreensão e
interpretação deste ponto, sofreram uma decepção tremenda, embora tudo o que a
profecia declarava, e tudo o que lhe estava indicado esperassem, teve lugar,
nesse tempo, com uma exatidão absoluta: começou, então, a PURIFICAÇÃO DO
SANTUÁRIO.
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