A lei deve, certamente, ser a LEI DE
DEUS, a LEI DO ALTÍSSIMO. Aplicá-la às leis humanas é fazer o profeta dizer: "Proferirá
palavras contra o Altíssimo, destruirá os santos, cuidará de mudar a lei". Isso merece toda a nossa meditação! Se fosse aplicada às coisas humanas estaria muito bem, mas aqui, não! Aqui, a
coisa tem coerência, tem lógica, tem sabedoria, e a LEI DE DEUS não é a lei dos
homens. O hebreu tem "dat", quer dizer lei, e a versão dos Setenta
(Septuaginta), nomes no singular: a lei, o que diretamente sugere "a lei
divina".
O papado tem feito mais do que,
simplesmente, cuidar de mudar as leis humanas, tem-nas mudado ao seu bel
prazer: tem anulado os decretos de reis, imperadores, tem desligado os súditos
da obediência aos seus legítimos
suseranos, tem introduzido seu comprido braço nos negócios das nações e tem
levado governadores a seus pés, na mais abjeta humildade. Até hoje os
governantes rastejam como verdadeiras lacraias pelo chão. Mas o profeta vê atos
maiores de presunção do que todos esses, porque o vê procurando fazer o que não
conseguia, mas apenas cuidava realizar. Ele o vê tentando um ato que nenhum
homem, nenhuma combinação de homens jamais pode levar a efeito, isto é: mudar a
lei do Altíssimo, mudar o Decálogo.
Tenham bem em mente isto, enquanto
vemos o testemunho de outro autor sagrado sobre este mesmo ponto (claro que foi
por intuição que São Paulo escreveu falando do mesmo poder na II Epístola aos
Tessalonicenses, capítulo 2), ele descreve, na pessoa do sumo pontífice como o
"homem do pecado", sentando como Deus no Templo de Deus, isto é, a
igreja exaltando-se acima de tudo que se chama Deus, ou se adora como Deus.
Segundo isto, o sumo pontífice romano se apresenta como aquele em que a igreja
deve ser autoridade em lugar do próprio Deus.
E, agora, devemos ponderar, cuidadosamente,
a questão de como pode exaltar-se acima de Deus. Procurai através de toda a
série de estratagemas humanos, ide até o ápice do esforço humano. Por que
plano? Por que ato? Por que pretensão podia o usurpador se exaltar acima de
Deus? Ele pode instituir qualquer número de cerimônias, pode prescrever
qualquer forma de culto, pode exibir qualquer grau de poder, mas, se fizer
sentir ao povo que está obrigado a obedecer a LEI DE DEUS de preferência às
suas leis, não tentará estar acima de Deus? Pode publicar uma lei, dizer ao
povo que tem tanta obrigação de acatar como a própria Lei de Deus, então,
apenas se fará igual a Deus.
Mas há de fazer mais do que isto: há
de tentar levantar-se acima do próprio Deus. Para isto há de promulgar uma lei que
colida com a LEI DIVINA, e exija obediência à sua própria lei de preferência à
LEI DE DEUS. Não há outro modo possível de poder colocar-se na posição
atribuída nesta profecia. Mas, isto é simplesmente mudar a
LEI DE DEUS, e se puder fazer com essa mudança uma adoção
pelo povo em geral da LEI DIVINA adulterada, então, ele, o derrogador
(anulador) da Lei já estará acima de Deus, que é o Eterno Legislador.
Pasmem, mas é isto que Daniel previu
no seu livro, no Velho Testamento. Justamente isto que Daniel diz que ele
cuidaria de fazer, por isso, São Paulo dizia: "Não desprezeis as profecias". A maioria despreza porque não as
entende ou, então, procura explicações naqueles que não as podem dar. O papado
há de realizar, portanto, uma obra como esta segundo a profecia. Eu não inventei nada, está tudo na Bíblia, é
preciso que se tenha olhos de ver, mais nada.
Já dizia Jesus: "A profecia
não pode falhar", "A Escritura não pode falhar", "A Palavra
de Deus não pode falhar".
Não tenho culpa nenhuma, estou revelando apenas o que está na Escritura Sagrada
escrita pela própria mão de Jesus.
E quando isto acontecer, que terá o
povo? Duas leis, não apenas a Lei de Deus, duas leis que exigem obediência: uma
LEI DE DEUS, tal como foi dada por Jesus a Moisés, materialização da sua Santa Vontade,
expressão das suas pretensões sobre as suas criaturas, nada mais justo. E outra
lei, uma edição revista daquela lei emanada de Roma e expressando a vontade do
Papa.
Então, como se determinará a qual
destes poderes o povo tem de honrar e adorar? Evidentemente, pelo livre
arbítrio, você vai escolher entre o Cristo e o anticristo. O povo, pela lei que guardar ou cumprir, ao
guardar a LEI DE DEUS como lhe foi dada, adora e obedece a Deus; se guardar a
lei mudada pelo papado, então adora este poder.
Mais ainda: a profecia não diz que a
"ponta pequena" (o papado) poria de lado a Lei de Deus e daria uma
inteiramente diferente. Isto não seria mudar a Lei? Prestem atenção! Mas,
simplesmente, dar uma nova lei. Ele apenas havia de tentar mudar, de modo que a
Lei que vem de Deus e a que vem do papado fosse precisamente igual com exceção
da mudança que o papado fez na primeira. Elas têm muitos pontos em comum, a LEI
DIVINA e a lei do papado, mas nenhum dos preceitos que contém em comum podem
distinguir alguém como adorador de um poder de preferência a outro poder.
Se a LEI DE DEUS diz: não matarás e a
lei do papado diz o mesmo, ninguém pode dizer, pela observância desse preceito,
se uma pessoa pretende obedecer antes a Deus do que ao papa, ou antes, ao papa
do que a Deus. Mas quando se trata de um preceito que não foi alterado, então
aquele que observa esse preceito, tal como originalmente foi dado por Deus,
distingue-se, por esse mesmo fato, como adorador de Deus. E aquele que o guarda
tal como foi mudado, se assinala, por esse fato, com o um seguidor do poder que
fez a mudança contra a vontade de Deus.
De nenhum outro modo é possível
explicar isso com mais clareza. É preciso meditar muito, por isso estou me
demorando neste assunto para provar que a "besta de duas pontas" são
os Estados Unidos da América do Norte fazendo o jogo do papado nesta alteração
do DECÁLOGO, impondo o "sinal da Besta".
Estamos, ainda, nesta passagem
empolgante do Apocalipse de Jesus segundo São João, capítulo 13, versículos 11 a 17:
"E vi subir
da terra outra besta; e tinha duas pontas, ou dois chifres, semelhantes ao de
um cordeiro, e falava como dragão. E exerce todo poder da primeira besta na sua
presença. E faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja
chaga mortal fora curada. E faz grandes sinais de maneira que até fogo faz
descer do céu à terra, à vista dos homens (guardem bem esse versículo 13,
porque a besta de dois chifres são os Estados Unidos da América do Norte). E
engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em
presença da besta, dizendo aos que habitam o mundo que fizessem uma imagem à
besta, que recebera a ferida da espada e vivia; e lhe foi concedido que desse
espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta que recebera
a ferida da espada, e vivia, e lhe foi
concedido que o desse espírito a imagem da besta, para que também a imagem da
besta falasse e fizessem que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem
da besta. E faz que
todos, pequenos e grandes,
ricos e pobres, livres e servos, que
seja posto um sinal na sua mão direita ou na sua testa, para que ninguém possa
comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal ou o nome da besta, ou o
número do seu nome."
Vamos recapitular: perguntávamos, o
que é que constitui, afinal, o "sinal da besta"? E a resposta é,
simplesmente, esta: O "SINAL DA BESTA "É A MUDANÇA QUE A BESTA TENTOU
FAZER NA LEI DE DEUS." Ou haverá
alguma coisa mais importante que a LEI DE DEUS?
Vejamos, agora, que mudança foi esta:
pela Lei de Deus queremos significar a Lei Moral, a única no Universo de
obrigatoriedade, imutável, perpétua.
A Lei, de que Webster diz, definindo o
termo segundo o sentido em que é quase universalmente usado pelo Cristianismo: "A Lei Moral está contida,
sumariamente, no DECÁLOGO escrito pelo dedo de Deus em duas tábuas de pedra e
entregues a Moisés no Monte Sinai". Claro que hoje sabemos que aquele Jeová, aquele Senhor
Todo-Poderoso que baixou no Sinai, não era o DEUS Pai, o Eterno, o Incriado.
Mas era Jesus, o deus do planeta Terra, aquele que pode dizer: "EU E MEU
PAI SOMOS UM". Pois bem, foi este Jesus, o fundador do planeta Terra, este
que deu a Moisés no Sinai o Decálogo conforme está na Bíblia Sagrada.
Qualquer outro que não seja rigorosamente
igual a este, não é Decálogo, não é de Deus, não é de Jesus, não é de Moisés,
não é dos verdadeiros Legionários.
Se o estudioso agora comparar os DEZ
MANDAMENTOS tais como se encontram na Bíblia, verá nos catecismos (claro que nós
nos referimos a parte consagrada à instrução) verá que o Segundo Mandamento é
posto de lado, o Décimo é dividido em dois para preencher a falta do Segundo que
foi, assim, cortado sumariamente, e conservar o número de dez, também é por isto.
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