quarta-feira, 26 de junho de 2019

Respondemos:  o objetivo, ou pelo menos um objetivo desta Emenda é colocar a instituição do domingo numa base legal e obrigar a sua observância pelo braço da lei, pela força da lei. Na Convenção Nacional de Filadélfia a seguinte resolução estava entre as primeiras apresentadas pela comissão de negócios: "Resolvidos que, em vista do poder influente da Constituição em moldar tanto a política estadual como a nacional, é de imediata importância para a moral pública e para a ordem social, obter uma Emenda que indique que esta é uma nação cristã, e coloque todas as leis e instituições em uso cristãos do nosso governo sobre uma inegável base legal na Lei Fundamental do país, especialmente aquelas que assegurem um juramento conveniente e que protejam a sociedade contra a blasfêmia, a transgressão do sábado e a poligamia." 

Imaginem vocês que "por transgressão do sábado" eles não querem dizer outra coisa senão a "transgressão do domingo". Numa Convenção dos Amigos do Domingo, em New Concord, Ohio, um dos oradores falou:

"A questão da observância do domingo está, intimamente, relacionada com o Movimento da Reforma Nacional, porque até que o governo chegue a reconhecer Deus e honrar a sua Lei, não precisamos esperar restringir corporações transgressoras do sábado."


Aqui, mais uma vez,  se destaca a ideia de imposição legal da observância do domingo, e o mesmo princípio se aplicaria, igualmente, a cada indivíduo. Mais ainda: a "Philadelphia Press" afirmou que alguns congressistas chegaram a Washington em comboios de domingo, 4 de dezembro. Fato que o Christian Stedman, comentava assim:

primeiro - "Nenhum dos homens que assim violaram o domingo é apto para desempenhar qualquer posição oficial numa nação cristã;"

segundo - "O pecado destes congressistas é um pecado nacional, porque a nação não lhes disse na Constituição,  que é  a  suprema  regra para os nossos servos públicos, nós vos encarregamos de não servir de acordo com a mais alta Lei de Deus. Estes caminhos de ferro, transgressores do domingo, além disso são corporações criadas pelo Estado e sujeitas a ele. O Estado é responsável, perante Deus, pela conduta dessas pessoas. É obrigado, portanto, a restringi-las neste como em outros crimes de qualquer violação do domingo por qualquer corporação. E a transgressão devia motivar o confisco imediato da sua carta e a Constituição dos Estados Unidos com a qual se requer que toda legislação estadual esteja em harmonia, devia ser de tal caráter que impedisse qualquer Estado tolerar semelhantes infrações da Lei Fundamental."

 

Finalmente, terceiro: "Dá-nos na Constituição Nacional o simples reconhecimento da Lei de Deus como Lei suprema das nações e todos os resultados indicados nesta nota serão, imediatamente, obtidos. Ninguém diga que o movimento não visa a fins bastante práticos."


Ora, o que estes reformadores nacionais querem, ou que pretendem obter, com a sua campanha, e expresso por um dos secretários da dita associação, Mister Foster, no Christian Stedman, diz ele:

 

"Mas reside aqui um perigo: a igreja não fala como igreja. A União Americana do Domingo fez uma boa obra. Falaram as denominações, mas a igreja protestante organizada não foi falar oficialmente a Washington. A obra, ali, foi largamente dedicada às Associações, mas a voz de Deus oficial tem de ser através da igreja protestante. Não devia haver nisto uma ação conjunta das denominações? Deviam nomear uma comissão conjunta para falar em nome de Deus, e se fizerem isso convenientemente e corajosamente, não poder seguir-se senão os mesmos resultados. Muito se perde pelo fato de a igreja deixar de falar oficialmente no momento devido e no devido lugar. Nenhuma Associação está revestida desta autoridade, as outras Associações são individuais e sociais, mas a igreja protestante é divina. Ela pode e deve  exprimir a voz de Deus nas salas do Congresso como igreja organizada em nome do próprio Deus."

 

São, igualmente, dignas de ênfase outras declarações do extrato precedente. Pode-se perguntar se foram pronunciadas antes do estabelecimento do próprio papado palavras mais pomposas e arrogantes? É a "imagem da besta"! Está claro como água, por isso estamos demorando tanto neste assunto para provar de Bíblia na mão e com a História Universal também na mão.

 

E este é o critério histórico-profético de estudar o Apocalipse. E não é devaneio não, é um processo científico de dissecar todos esses mistérios apocalípticos que aí estão há quase dois mil anos. Mas vimos que a linguagem protestante foi quase papal: é a "imagem da besta".

 

Sem dúvida que pretendem ter aquilo que se queixam faltar-lhes, mas, olhai bem o quadro: a igreja, isto é, as diferentes denominações confederando-se sobre dogmas defendidos em comum, representadas por uma comissão conjunta, uma autoridade central, divina, e ai de todos os dissidentes da autoridade de uma igreja divina.

 

Assim disse Roma nos seus prósperos dias de cárceres, fogueiras, inquisições e sangue derramado, assim diria hoje se tivesse todo aquele poder, e assim dirá o protestantismo apóstata quando obtiver esse poder.

 

"E esta comissão conjunta há de falar por Deus, em nome de Deus, tem de exprimir a voz de Deus." Olha aí, um segundo vigário de Deus, porque, atualmente, é considerado monopólio do papa, é autoritária e oficialmente, a impor ao Congresso os "Mandamentos de Deus" para que os cumpra a ferro e fogo. Tais são os obscuros planos pelos quais esses homens estão trabalhando.

 

Ah! Se a realização deles estivesse agora como objetivo atingível perante seus olhos, por ventura Roma pediu alguma vez mais do que isto?


Quando estes pretensos líderes de Deus,  intérpretes de Deus, vozes de Deus, alcançarem seu objetivo,  perguntamos ainda: Não será Roma outra vez com trajes protestantes, uma perfeita "imagem da própria besta"? É a voz da História, é a voz dos fatos: está na imprensa, nos anais do Congresso e nos anais protestantes.

 

Nos últimos anos, diz um observador: "A influência do Partido da Reforma Nacional tem estado a crescer rapidamente, tornou-se internacional no seu objetivo e, com frequentes intervalos, realiza Convenções Mundiais em que são feitos  planos   para estabelecer o ideal do governo da reforma em todos os outros países onde ainda não existe. Para este fim se espera da influência dos missionários, muitos dos quais têm, manifestamente, sido cativados pela ideia de converter os governos pagãos ao cristianismo." 


O ideal é lindo, e eles aguardam maiores resultados daí do que do lento processo de converter pagãos individualmente. Isto demora muito. É uma promoção quase publicitária, digna das grandes agências.

 

Numa Convenção Mundial realizada em Filadélfia, em novembro de 1910, já  neste  século   (olha aí o Apocalipse marchando para os nossos dias), nessa Convenção (eu ainda não havia nascido) foi feita a seguinte declaração sobre este ponto: "Esta conferência expressa sua apreciação do fato de tantos missionários estarem despertos para a importância da realeza do Cristo sobre as nações, e urge a todos os missionários, em todos os países, que inculquem estes princípios e testifiquem em suas respectivas nações em favor da prerrogativa real de Jesus na vida nacional." Entre os que participaram no programa desta Convenção encontravam-se missionários da Índia, da China, dos países católico-romanos e gregos.

 

Isto oferece uma evidência flagrante da extensão em que as ideias da Reforma Nacional permearam o mundo religioso. Outro significativo e alarmante passo para o cumprimento destes maus desígnios é a posição tomada por um movimento chamado Esforço Cristão. Dentro de poucos anos atingiu milhões de membros e constitui um canal comum  através do qual todas as denominações protestantes podem operar.

 

As funções políticas deste grande corpo estão centralizadas numa liga de cidadania cristã, e se ufana de que há de ter ramos em todos os Estados, Condados, cidades, aldeias e até casais nos Estados Unidos, e obter que sejam dados cargos a homens cristãos.

 

Que notáveis Convenções então vão se efetuar! Como os políticos se hão de tornar cristãos! E de se apressar o Milênio! Nesse andar os deputados vão virar anjos com asas brancas, os senadores, os deputados estaduais e os vereadores.

                                                                                           

Na grande Convenção do Esforço Cristão, realizado em Boston, W. MacMillan, segundo se lê nas Atas publicadas (vejam página 19), declarou:

 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

APOCALIPSE DE JESUS SEGUNDO SÃO JOÃO Em espírito e verdade à luz do Novo Mandamento de Jesus pelo método histórico-profético ALZ...