terça-feira, 18 de junho de 2019


Meus amigos e meus irmãos, o assunto como é, digamos inédito, à primeira vista confunde um pouco. A pessoa para, e diz: - Mas, então, está tudo errado? Infelizmente está tudo errado. Mas ninguém é culpado, porque pensou que estava certo. Deus julga pela intenção.

 

Mas que houve um abuso indescritível, uma audácia inominável, houve. Se Deus dá um Decálogo, ninguém pode alterar nada neste Decálogo. É a parte divina da Bíblia; agora, a parte humana, as leis de Moisés, de Elias, de Eliseu, estas podem ser revogadas. São apropriadas ao tempo em que a humanidade vive, mas a Lei Divina é para todos os tempos da Humanidade. Portanto, não tem saída!

  

Retornando à explicação dos versículos 6 a 12, do capítulo 14, do Apocalipse de Jesus segundo São João, estamos vendo que a transgressão do sábado, isto é, a alteração do Quarto Mandamento da Lei de Deus constitui o "sinal da besta".

 

A história do sábado e do primeiro dia da semana de Andrews é, realmente, uma obra completa sobre este assunto, esgota esta matéria. Na verdade é o "sinal da besta", nenhum homem tem o direito de alterar o que Deus estabeleceu, porque Deus se revela na imutabilidade da sua perfeição. A Lei Divina é eterna, não pode ser alterada, Deus não pode se arrepender do que faz.

 

Como, segundo este argumento, se ligar tanta importância ao sétimo dia, pode impedir alguma evidência de que não se pode dizer que alguma pessoa guarde os Mandamentos de Deus se não guarda o sétimo dia?

 

Isto implicaria a discussão de toda a questão do sábado, e não compete ao nosso plano explicativo.

 

Vamos, apenas, apresentar principais fatos relacionados com a instituição do sábado:

 

1) - O sábado foi instituído por Deus no começo, ao terminar a primeira semana de tempo (Gênesis de Moisés, capítulo 2, versículos 1 a 3).

 

2) - Ele põe o sétimo dia desta semana, e põe baseado em fatos que estão inseparavelmente relacionados com o seu próprio nome e existência, fatos que não podem tornar-se inverídicos e não podem ser mudados.

 

O repouso de Deus, no sétimo dia, tornou-se o dia de repouso ou o sábado repouso do Senhor. Não pode deixar de ser o Seu dia visto que esse fato não pode ser mudado. Ele foi estabelecido como uma Lei de Deus, é o Quarto Mandamento do Decálogo confiado a Moisés. Deus santificou-o, então, ou pôs de parte esse dia, como nos afirma o relato, e esta santificação não pode cessar a não ser que seja retirada por um ato do próprio Deus. E Ele não tem necessidade de fazer semelhante coisa.


3) - O sábado nada encerra de natureza típica ou cerimonial, porque foi instituído antes de o homem pecar contra Deus, por isso pertence a um tempo em que a própria natureza das coisas não podia existir um tipo ou sombra.

 

4) - As leis e instituições, que existiram antes da queda do homem, foram primárias em sua natureza, saíram da relação entre Deus e o homem, e dos homens entre si. E, assim, continuariam sempre se o homem nunca tivesse pecado, não fossem afetadas pelo seu pecado. Em outras palavras: eram, em sua própria natureza, de coisas imutáveis e eternas. As leis cerimoniais deveram a sua origem ao fato de o homem ter pecado contra Deus, isto é, transgredido a Lei de Deus. Nunca teriam existido se o pecado não tivesse constituído um fato. Foram sujeitas à mudança de dispensação para dispensação, e estas, somente estas, foram abolidas na cruz pelo sacrifício do Cristo. A lei do sábado era uma lei primária, portanto, imutável; uma Lei Eterna, porque Deus não se engana, Deus, onisciente, não se arrepende do que faz.

 

 

5) - A santificação do sábado torna-se existência certa desde a criação até o Sinai, do Éden até o Sinai. Aqui foi colocado no próprio seio do Decálogo tal como Deus a proferiu com sua voz, e a escreveu em tábuas de pedra. Claro que através do Filho Unigênito, que é Jesus.

 

6) - O sábado não é indefinido, qualquer sétimo dia depois de seis dias de trabalho. A Lei do Sinai, como está no Êxodo, capítulo 20, versículos 8 a 11, se faz tão definida quanto a linguagem o pode fazer. Os acontecimentos que lhe deram origem (Gênesis, capítulo 2, versículos 1 a 3), limitando-se ao sétimo dia definido e os 6.240 milagres, relacionados com o sábado no deserto. Três por semana durante 40 anos, a saber: primeiro - uma dupla porção de maná no sexto dia; segundo - a conservação do maná, do sexto dia e no sétimo dia; e terceiro - nenhum no sétimo dia. Basta ver o Êxodo, capítulo 16, mostram que é um dia particular, não um simples espaço de tempo. Pretender de outra forma seria como pretender que o aniversário de Washington, D.C., ou o dia da Independência dos Estados Unidos seja, apenas, uma tricentésima sexagésima quinta parte do ano, e que pode ser celebrado tanto no dia que ocorre como qualquer outro dia.

 

7) - O sábado é uma parte da Lei que Nosso Senhor, abertamente, declarou que não veio destruir: "Não vim destruir a lei e os profetas, vim dar-lhes cumprimento". Por outro lado, solenemente, afirmou que não se omitiria da lei nem um jota nem um til até que a terra passe. Quem duvidar verifique: Evangelho de Jesus, São Mateus, capítulo 5, versículos 17 a 20.

 

8) - É uma parte da Lei que São Paulo declara não ser anulada, mas antes estabelecida pela fé em Cristo Jesus (Apóstolo São Paulo aos Romanos, capítulo 8, versículo 31).


A lei cerimonial ou típica, que apontava para o Cristo e cessou na cruz, foi anulada ou invalidada pela fé Nele. Quem o diz? São Paulo aos Efésios, capítulo 2, versículo 15.

 

9) - É uma parte da Lei Real, da Lei que pertence ao Pai Eterno, a qual São Tiago declara ser uma Lei de Liberdade, pela qual havemos de ser julgados no último dia. Deus não tem diferentes padrões de juízo para diferentes épocas da Humanidade (Tiago, capítulo 2, versículos 11 e 12).

 

10) - É o dia do Senhor (Apocalipse, capítulo 1, versículo 10).

 

11) - Aparece como uma instituição em referência a qual é predita uma grande reforma nos últimos dias (livro do profeta Isaías, capítulo 56, versículos 1 e 2; comparado com a primeira, I Epístola de São Pedro, capítulo 1, versículo 5). A esse propósito viria a mensagem que estamos considerando aqui.

 

12 - "E na Nova Terra, o sábado do Senhor DEUS, fiel a sua origem e natureza, aparece de novo, continuará derramando suas bençãos sobre o povo de DEUS para toda a eternidade" (profeta Isaías, capítulo 66, versículos 22 e 23).

 

Portanto, meus amigos e meus irmãos, aqui fica uma breve sinopse de alguns dos argumentos pelos quais vemos que a lei do sábado não foi, de modo algum, revogada por Jesus, que a instituição não mudou de forma alguma, e não se pode dizer que uma pessoa guarda os Mandamentos de DEUS se não guardar o Quarto Mandamento. Entre esses Mandamentos está o sábado de DEUS.

 

É o quarto da Lei dada a Moisés que Jesus não veio revogar, mas fazer cumprir. Quanto às leis humanas que Moisés estabeleceu para dominar um povo desobediente e rebelde, essas sim, podem ser revogadas pelo povo judeu a qualquer tempo. Mas o Quarto Mandamento, nem pelo povo judeu, nem pelo povo chamado cristão; nenhum papa tem esse direito.

 

Finalmente o castigo dos adoradores da besta: "serão atormentados com fogo e enxofre na presença dos santos anjos e do Cordeiro de DEUS". Quando será infligido esse tormento?

 

O capítulo 19, no seu versículo 20, mostra que na segunda vinda de Jesus, ou na volta do Cristo de DEUS, há uma manifestação de ígneos juízos que podem ser chamados um lago de fogo e enxofre, no qual a besta e o falso profeta são lançados vivos. Isto só se pode referir à destruição que lhe sobrevirá no começo e não no fim do milênio. É muito importante esta distinção. Há uma notável passagem no profeta Isaías que somos obrigados a lembrar, explicando a fraseologia da ameaça do terceiro anjo de que, inquestionavelmente, descreve cenas que devem acontecer na terra na altura do segundo advento de Jesus, no seu estado desolado durante os mil anos que se seguem.

 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

APOCALIPSE DE JESUS SEGUNDO SÃO JOÃO Em espírito e verdade à luz do Novo Mandamento de Jesus pelo método histórico-profético ALZ...