terça-feira, 18 de junho de 2019
Os que morrem depois
de se terem identificados com a mensagem do terceiro anjo, deste capítulo 14 do
Apocalipse, são, evidentemente, contados como uma parte dos 144.000, porque
esta mensagem é a mesma do assinalamento do capítulo 7 deste Apocalipse, e por
esta mensagem só foram selados cento e quarenta e quatro mil. Há muitos que
tiveram toda sua experiência religiosa sob esta mensagem mas caíram na morte,
morreram no Senhor, por isso são contados como selados porque serão salvos por
Ele, mas a mensagem resulta no assinalamento só dos cento e quarenta e quatro
mil. Portanto, estes têm de ser incluídos neste número tomando parte na
ressurreição especial (confrontar profeta Daniel no Velho Testamento, capítulo
12, versículo 2, com este Apocalipse, no Novo Testamento, capítulo 1°,
versículo 7).
Vejam bem: Tomando
parte na ressurreição especial que ocorre quando é pronunciada, desde o Templo,
a voz de Deus no começo da sétima e última praga (como vamos ver neste Apocalipse,
capítulo 16, versículo 7, como podemos ver no profeta Joel, capítulo 3,
versículo 16; São Paulo aos Hebreus, capítulo 12, versículo 26), passam pelo
período dessa praga e, por isso, pode-se dizer que vieram da grande tribulação
como vimos no Apocalipse 7, versículo 14. E tendo saído da sepultura, ainda
para a vida mortal, tomam sua posição com aqueles cristãos que não morreram,
vejam bem! Com aqueles cristãos que não morreram, que recebem com eles a
imortalidade ao som da última trombeta (São Paulo, I aos Coríntios, capítulo 15,
versículo 52).
São, então, com os
outros transformados num momento, num abrir e fechar de olhos. Assim, embora
tenham passado pela sepultura (Apocalipse, capítulo 14, versículo 4), isto é,
dentre os vivos foram comprados, porque a vinda do Cristo encontra-os entre os
chamados vivos, aguardando a mudança da imortalidade como os que não morreram, e
como se eles próprios nunca tivessem morrido. Ora, deste modo compreendemos que
as suas obras os sigam, não se perde nenhum bem que se faz.
Os eleitos serão
abençoados, pois não diz a parábola que o juiz iníquo acaba fazendo justiça, e
não crê em Deus? Então Deus não fará justiça àqueles que O amam e clamam a Ele
de dia e de noite? Como não os há de amparar? Mas Deus tem de experimentar cada
um, para que cada um demonstre se tem realmente fé. Este é o grande escândalo. É
o grande escândalo! Então Jesus deixou esta advertência: Mas quando eu voltar
(para assegurar o meu rebanho único), encontrarei fé?
Será que você tem fé?
Tem mesmo fé? Porque se tem, não há perigo, há muita gente que pensa que tem e
não tem. Mas aquele que está sentado sobre a nuvem brandirá a sua foice, e os
santos, sob a figura do trigo da terra, serão ceifados para o celeiro
celestial. Por isso a seara da terra já está madura e é a seara da Boa Vontade.
Sob o signo da Boa
Vontade Jesus veio a este mundo, os anjos cantando: "Glória
a DEUS nas alturas, paz na terra aos homens e mulheres de Boa Vontade", isto é, a Boa
Vontade de Deus. E agora volta nas mesmas condições. São os homens e mulheres
de Boa Vontade que colocam Jesus acima de todos os ódios religiosos desse
mundo.
O trigo ceifado: "E
aquele que estava sentado sobre a nuvem, meteu sua foice à terra e a terra foi
cegada".
Por esta linguagem
somos levados para além do segundo advento, para as cenas que acompanham a
destruição dos ímpios e a salvação dos justos, dos realmente bons, integrados
na pureza do Mestre Jesus. Não importa que os débeis mentais brinquem com essas
coisas, que debochem. O que é deles, infelizmente, já está reservado no dia do
juízo.
Cada um persevere
vencendo todas as pedras de tropeço, não importa, deixem que os debochadores
debochem mais um pouco, porque não vão debochar por muito tempo, a seara da
terra já está madura. Para além de todas estas cenas temos de olhar para a
aplicação dos seguintes versículos deste Apocalipse.
“E saiu do templo, que está no céu, outro anjo, o qual também tinha uma
foice aguda. E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou
com grande voz ao que tinha a foice aguda, dizendo: Lança tua foice aguda,
vindima os cachos da vinha da terra porque já as suas uvas estão maduras! E o
anjo meteu sua foice à terra, vindimou as uvas da vinha da terra, e as lançou no grande lagar da ira de Deus. E o
lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do Lagar até aos freios dos
cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios”.
"O
lagar da ira de Deus": os dois últimos anjos se relacionam com os ímpios, os
ímpios, muito adequadamente, representados pelos intumescidos e purpúreos
cachos da vinha da terra, é aqui representada a ruína final daquela classe do
termo do milênio, fazendo, assim, a profecia a disposição final, tanto dos
justos como dos ímpios. Os justos revestidos de imortalidade, seguramente
estabelecidos no reino de Deus, e os ímpios, os empedernidos, pecadores, não satisfeitos
na sua maldade, perecendo em volta da cidade na altura da Sua descida à terra.
Mas o anjo sai do
templo onde estão guardados os registros, onde está determinado o castigo. O
outro anjo tem poder sobre o fogo, isto pode ter alguma relação com o fato de
que o fogo é o elemento pelo qual os ímpios hão de ser destruídos por fim,
embora se diga para levar avante a figura que os ímpios, depois de comparados
aos cachos da vinha, foram lançados no grande lagar que é pisado fora da
cidade. E saí sangue do lagar até aos freios dos cavalos. Sabemos que os maus
hão de desaparecer tragados, por fim, numa torrente de fogo devorador que descerá do céu
da parte
de Deus. Não é improvável que esta linguagem se venha a cumprir literalmente.
Vem aí uma guerra total que vai ser, como diz São Pedro: um dilúvio de fogo. E
esses maus, esses ímpios debochadores, todos esses infelizes traidores da sua própria
condição de criaturas de Deus, diz São Pedro: estão reservados para o dilúvio
de fogo.
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