Nasceu para protestar contra o
cativeiro religioso, a superstição
religiosa, a fé imposta pela força, a proibição do livre exame, daí a
sua grandeza. Mostrou-se que o precedente animal simbolizava o papado e, acerca
do "animal
de duas pontas"
lemos que "fez com que a terra e os que nela habitam, adorassem a primeira besta". Mas em todos os países católicos o
povo adora a "besta", obedecem aos ditames da "besta". O
fato de o povo deste governo não prestar este culto nem ser levado a fazê-lo
pelo poder civil, mostra que a religião que seguem não é o catolicismo. Como
consequência, quase inevitável, segue-se que é o protestantismo que, na
verdade, estas duas religiões são as que
têm maior importância política na cristandade atual. Os Estados Unidos são uma
nação protestante, cumprem admiravelmente os requisitos da profecia a este
respeito, portanto, a profecia mais uma vez indica, diretamente, os Estados
Unidos da América do Norte.
Mas vem, agora, um ponto interessante:
é "a
voz do dragão".
Depois de ver todos os aspectos bons apresentados neste símbolo, vemos que "falava como
o dragão..." Antes
de entrar na discussão deste assunto, temos de olhar para os pontos já
examinados e estabelecidos:
primeiro
- mostrou-se que o governo simbolizado pela "besta de duas pontas"
deve ser um governo distinto dos poderes civis ou eclesiástico do Velho Mundo;
segundo - que deve levantar-se no
Hemisfério Ocidental;
terceiro
- que deve assumir uma posição de preeminência, de influência a partir de 1798,
já com a sua independência feita e sacramentada;
quarto
- que deve levantar-se de um modo pacífico, não aumentando o seu poder como tem
sucedido com outras nações: à custa de guerras de conquista;
quinto - que o seu progresso deve ser
tão rápido que maravilhará tanto quem o observa como maravilharia o perceptível
crescimento de um "animal" perante seus próprios olhos;
sexto - e deve ser republicano em sua
forma de governo;
sétimo
- deve ser protestante em sua religião;
oitavo
- deve existir, perante o mundo como índice do seu caráter e dos elementos do
seu governo, dois grandes princípios, que são em si mesmos, perfeitamente
justos, inocentes, e com caráter de cordeiro (semelhantes ao de um cordeiro);
nono - deve realizar sua obra de
influência no mundo depois de 1798.
Ora, vimos que destes nove pormenores,
se pode dizer: primeiro - que todos eles se cumprem harmoniosamente na história
dos Estados Unidos; em segundo lugar - que não se cumprem na história de nenhum
outro governo na face da terra. É, portanto, impossível aplicar o símbolo do
Apocalipse, capítulo 13, versículo 11, a qualquer outro governo senão aos
Estados Unidos da América do Norte.
Mas depois de descrever a "aparência de
cordeiro"
deste símbolo, o profeta, imediatamente, acrescenta isto: "e falava
como o dragão". O
"dragão", o primeiro elo nesta cadeia profética, foi sempre o
incansável perseguidor da IGREJA DE DEUS. A "besta semelhante ao leopardo",
que se segue, foi igualmente um poder perseguidor: ceifou, durante 1260 anos
milhões de vidas de SEGUIDORES FIÉIS DO CRISTO DE DEUS.
O terceiro ator da cena, o "animal de
duas pontas",
fala como o primeiro, mostrando, assim, ser um "dragão" no seu
espírito, no seu coração, na sua alma, porque da abundância do seu coração a
boca fala aquilo de que está cheio o coração (são palavras do próprio Jesus). Este,
pois, como os outros, deve ser um PODER PERSEGUIDOR, e o motivo porque qualquer
deles é mencionado em profecia é, apenas, na sua qualidade de PODER
PERSEGUIDOR.
E se os Estados Unidos são um
poder visado por este símbolo que
"fala como o dragão", segue-se que este governo há de promulgar leis
injustas, opressoras contra a profissão e prática religiosa dos seus súditos. Não
é este acontecimento tão improvável como pode parecer à primeira vista. Toda
nação tem seus pontos altos e tem, também, os seus pontos vergonhosos.
Devemos lembrar que, nos últimos dias, a
grande maioria do povo dos mais favorecidos países, há de cair na baixa condição
moral, porque tudo isso está profetizado no Evangelho de Jesus segundo São
Mateus, capítulo 24, versículo 12 (o próprio Jesus falando); na II Epístola de
São Paulo a Timóteo, capítulo 3, versículos 1 a 5; na II Epístola de São Pedro,
capítulo 3, versículos 3 e 4,]; no Evangelho de Jesus segundo São Lucas, capítulo
17, versículos 26 a 30 e, ainda, no capítulo 18, versículo 8, do Apocalipse. E
é, exatamente, desses que os FIÉIS AO CRISTO sofrerão perseguições, como mais
uma vez profetizou o próprio São Paulo na II Epístola a Timóteo, capítulo 3,
versículo 12. E nós conhecemos os FIÉIS AO CRISTO exatamente quando são
perseguidos. Os que não são perseguidos não são do Cristo, já se venderam.
O poder romano. O poder romano que se
fortalece pela imigração fixou seus olhos sobre os Estados Unidos decidindo pôr
este governo debaixo dos seus poder. Vocês
entendem isto perfeitamente? Os votos governam. O romanismo domina um
imenso eleitorado, manobra cuidadosamente o sufrágio dessa gente para os seus
próprios fins. Com tal arma nas mãos seu poder para o mal é quase ilimitado,
porque multidões de políticos sem escrúpulos, pagos pelo seu próprio país,
trabalham contra o seu próprio país desde que os seus cargos estejam
garantidos, que a sua reeleição esteja assegurada.
Nos últimos anos temos testemunhados o
fenômeno da consolidação dos elementos católicos nos Estados Unidos. Numa
Sociedade gigantesca ou Federação, como é conhecida, que tem Convenções anuais
em grandes cidades norte-americanas, dirige uma ativa campanha em favor dos
interesses da ICAR. Segundo os observadores protestantes dos Estados Unidos, a
Federação tem sido cuidadosa em anunciar que não entra na política, significando,
com isto, que não se aliaria com qualquer partido político, sabendo, sem
dúvida, que formando tal aliança incorreria na oposição dos outros partidos
políticos. Está, porém, em política, com a ideia de dominar todos os outros
partidos políticos e sem oposição de nenhum. O que constitui o pior sentido em
que qualquer partido eclesiástico pode entrar na política.
Aliás, o grande Roosevelt (Franklin
Delano Roosevelt) agia com muita cautela diante desses elementos da Federação,
uma Federação que hoje (em 1967) tem mais de duzentos milhões de membros nos
Estados Unidos. Portanto, pode vibrar o seu voto e a sua influência solidamente
contra qualquer setor político ou governamental que se lhe oponha, que tenha a
coragem de se lhe opor.
E, como entre
os partidos políticos que estão lutando
pelo domínio da América do Norte, ela, facilmente, segura a balança do poder e
pode se dar ao luxo de ditar condições a uns e outros para onde quer que se
volte a eleição. Mas o certo é que vai sempre a favor dos seus apetites
pessoais.
Mas há, ainda, os grandes sinais na
parte da predição que apresenta a obra da "besta de dois chifres ou duas
pontas", nós lemos, aqui, neste Apocalipse: "e faz
grandes sinais, de modo que até fogo faz descer do céu à terra à vista dos
homens."
Ora, basta recordar a tragédia de Hiroshima e Nagasaki naquele arrasamento
pelas bombas atômicas para entender que, aqui, está caracterizado este país
como a "besta de duas pontas". Aliás, bastaria este sinal.
Correspondem às impressões digitais da identificação de um criminoso qualquer.
Mas esta profecia não está cumprida no
grande avanço em conhecimento, nas descobertas e invenções tão notáveis na
época atual? Porque os sinais e maravilhas a que o profeta se refere são,
evidentemente, operadas com o propósito de enganar o povo, como vemos nos
versículos 13 e 14. O que é que diz o versículos 13 e 14?
Vamos recordar: "E faz
grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos
homens. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que
fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma
imagem à besta, que recebera a ferida da espada, e vivia."
Isto é muito importante guardar,
meditar e concluir: "E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido
que fizesse em presença da besta." Portanto, meus amigos e meus irmãos, isto identifica a
"besta de duas pontas" como o "falso profeta" que aparece
no capítulo 19, versículo 20, deste Apocalipse. Este "falso profeta"
é o poder que opera "milagres" perante a besta, com que enganou os
que receberam o "sinal da besta" e adoraram a sua imagem. Obra idêntica
a do "animal ou besta de duas pontas ou dois
chifres".
Podemos agora saber, ao certo, porque
meios são operados os "milagres" referidos. O capítulo 16, versículos
13 e 14, deste Apocalipse, fala abertamente de espíritos de demônios que fazem
prodígios, os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para
os congregar para a batalha naquele grande dia do Senhor Todo-Poderoso. A estes
espíritos operadores de milagres sai das bocas de certos poderes, um dos quais
é este mesmo "falso profeta" ou "besta de duas pontas".
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