APOCALIPSE DE JESUS - 1967

uma coisa tremenda devastando os povos. Aqueles que são chamados, no capítulo 16 do Apocalipse, versículo 14, espíritos de demônios que fazem prodígios, estão secretamente, mas rapidamente abrindo caminho em todas as denominações religiosas em todo o mundo. Seus credos têm sido formulados sob a influência do "vinho de Babilônia", isto é, os erros de Babilônia, o ópio de Babilônia. Um dos quais é que os espíritos dos nossos amigos mortos se encontram sempre em volta de nós dando-nos conselhos sobre pessoas, sobre transações, sobre outras coisas particulares, como se Deus não nos tivesse dado inteligência, a consciência para decidir com nosso livre arbítrio. Isto forma nessas denominações uma brecha tremenda em torno dessa magia negra com seus disfarces, essa quimbanda deplorável que já está obsedando muitos espíritos de pessoas ditas de bom senso.

Se Jesus nos adverte contra demônios, isto é, obsessores, no seu próprio Apocalipse, que é a última mensagem à última geração deste ciclo, é porque já tinha inspirado ao seu discípulo amado numa das suas Epístolas, dizer: "Cuidado com os espíritos, provai-os se são mesmo de Deus". E a maioria não é.

Os espíritos maus, ignorantes ou mesmo inteligentes, mas de baixa espiritualidade, digamos assim, são capazes de qualquer disfarce para obsedar os crédulos que lhes dão alguma consideração religiosa. E de fato, o baixo espiritismo está minando o catolicismo, o protestantismo, teosofia, tudo!

O espiritismo perverso que nada tem a ver com o Espiritismo alto, aquele que Jesus ordenou que Allan Kardec codificasse, isto é, o que há de mais fino na face da terra. Mas acontece que onde os homens metem a mão deturpam tudo, emporcalham tudo. Por isso a Religião do Novo Mandamento tem a direção pessoal de Jesus abaixo de Deus, e tendo sob as suas ordens o Espírito de Verdade. De modo que ficará sempre impecável, inconspurcável, intangível, por mais apetites que os homens queiram ter e vão ter, porque não se utilizarão da mais pura de todas as religiões que é o Novo Mandamento do próprio Jesus, o Cristo de Deus. 

Nós não estamos aqui para fazer política religiosa. Desde o primeiro capítulo, dissemos: Não vamos dar um Apocalipse espírita, nem um Apocalipse católico, nem um Apocalipse protestante. Vamos dar o Apocalipse de Jesus que não tem nada, nada, nada a ver com as religiões inventadas pelos homens, e cada qual querendo impingi-las como toda a Verdade, e não é, porque a Verdade é Deus, e Deus não é propriedade de ninguém. Ao contrário, os homens e suas religiões é que são propriedades do Eterno Pai, porque o espiritismo baixo está dominando, de tal maneira, certas pessoas que eu mesmo supunha equilibradas e já estão ao um passo da loucura. Muitos espíritas  se não forem contidos nas suas extravagâncias,  vão acabar no hospício,  porque  são  crédulos demais, se deixam obsedar por qualquer entidade que toma qualquer médium invigilante. E com essas coisas não se brinca: é como criança entrar no laboratório químico, pode perder a razão, a sanidade mental para todo o sempre, isto é, dentro desta encarnação. É preciso muita cautela, é preciso manter muita vigilância, como diz o próprio Jesus: ORAI E VIGIAI.

Este é o Apocalipse de Jesus segundo São João no seu capítulo 18, versículos 1 a 3:

 

“E depois dessas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória. E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda e aborrecível, porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição. Os reis da terra se prostituíram com ela. Os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância das suas delícias.”

 

Estamos vendo aqui a confirmação de que BABILÔNIA É A IGREJA MUNDANA UNIVERSAL; NÃO É DETERMINADA RELIGIÃO. É A PARTE PODRE DE CADA RELIGIÃO OU FILOSOFIA NA FACE DA TERRA, MAS, PRINCIPALMENTE, RELIGIÃO.

Vimos as maravilhas da igreja católica e a sua parte repugnante, vimos a grandeza do protestantismo e a sua parte deprimente, vimos a sublimidade da codificação Espírita de Allan Kardec e a parte torpe das práticas espíritas, de um baixo espiritismo declarado, na base de magia negra ou quimbanda.  Esta é a "Babilônia" que vai cair definitivamente, vai levar à guerra os seus mercadores impenitentes. 

Até nos Estados Unidos, que tanto se orgulham das suas Universidades, houve essa infiltração da baixa espiritualidade em todos os seus meandros, levando mister Bolce a escrever o seguinte no “Cosmopolitan”: "Estamos a um passo do fim." E o editor do "Cosmopolitan" comentou o fato com estas palavras: "O que mister Bolce estabelece aqui, é o mais assombroso realismo. Nos cultos dos colégios superiores americanos está se originando um movimento dinâmico que abala os antigos fundamentos da fé, e abre um caminho para um pensamento dialético verdadeiramente revolucionário, porque não estão em íntimo contato com os grandes colégios superiores do país. Ficarão atônitos ao saber que os credos que estão sendo alimentados pelas grandes Universidades norte-americanas, em centenas de classes, ensinam, diariamente, que o Decálogo não é mais importante do que um sílabo da igreja de Roma. Que o lar, como instituição, já está verdadeiramente superado. É a volta absoluta ao amor livre, a moralidade é apenas uma contravenção, uma contravenção da sociedade."

E estes são alguns  dos  ensinos  revolucionários ministrados com apoio acadêmico   às   mentes   de   centenas   de  milhares   de estudantes nos Estados Unidos da América do Norte. Por outro lado, o “Independent”, de Nova York, expoente de alta crítica, referia-se às condições das igrejas Batista e Presbiteriana com um anúncio de que os hereges ocuparam o campus em Chicago e Nova Iorque. Isso se mostrou pela ação das reuniões de seus ministros destas cidades recusando excluir do ministério, professores das mais abertas heresias. Foi uma semana má para a velha guarda, escrevia o "Independent": "e essas ocorrências são provas de uma poderosa mudança de opinião sobre Teologia nos últimos vinte anos".

Que ninguém se iluda: o objetivo é abolir a Bíblia Sagrada como coisa inteiramente superada pelos tempos modernos. Ora, com tão lamentável maneira de ver e sob a direção de tais homens que se dizem professores, mas que o são apenas de um comunismo rastaquera, que é o comunismo materialista e ateu, quando nós aceitamos o verdadeiro comunismo do Cristo, porque diante Dele somos todos iguais perante a Lei.

Mas diante de tudo isto, quando levantará, ainda, para que "Babilônia" se encha de espíritos imundos, de aves imundas aborrecíveis? Que tenebroso progresso já se fez nesse sentido? Se os piedosos pais e mães da geração que viveu imediatamente antes de ser dada a primeira mensagem, pudessem erguer-se dos túmulos e compreender a condição atual do mundo religioso, ouvir o seu ensino, presenciar as suas práticas heréticas, como ficariam atônitos com o terrível contraste entre o seu tempo e o nosso tempo? Teriam de deplorar tamanha degenerescência. Mas, também, teriam de dizer: Deus não deixará tudo isso passar em silêncio.

A falsa religião cria nos alunos e nos professores a base materialista ateia, que é a coisa mais nociva da humanidade. Este é o fruto maldito da "Babilônia religiosa", a parte podre, infecciosa de todas as religiões. O versículo 3 mostra a larga extensão de influência de "Babilônia" e o mal que resultou e resultará do seu procedimento, daí a justiça do seu castigo.  "Os mercadores da Terra enriqueceram com a abundância das suas delícias..."

Quem toma a chefia de todas as extravagâncias do século? Quem é que enche as suas mesas com os mais ricos e escolhidos manjares? Quem são os primeiros em extravagâncias no vestuário e em todos os trajes preciosos?  Quem são os que constituem a própria personificação do orgulho e da arrogância? Não são os membros da igreja? Onde havemos de procurar a própria exibição mais alta do luxo, a vã ostentação soberba da vida, resultante da vaidade e do pecado da raça? Não é numa moderna assembleia de igrejas, num alegre domingo, uma feira de modas e de elegância?  Quem é que vai lá com o pensamento em Deus?