Por sua vez, Jacques de Tocqueville,
um historiador francês, falando da
separação dos Estados Unidos da Inglaterra, diz: "Pode-lhes parecer estulto
mas foi, realmente, o seu destino, ou antes, a providência de Deus que lhes deu,
sem dúvida, uma obra a fazer em que o maciço materialismo do caráter inglês tenha
constituído um peso morto, demasiado grave, sobre o seu progresso".
Mas vamos mais além: Townsend, falando
dos infortúnios que sobrevieram aos outros governos neste continente, na sua
obra "O Novo e o Velho Mundo", página 635, afirma: "A história dos Estados
Unidos foi separada por uma benéfica providência para longe da selvagem e cruel
história do resto do Continente."
Considerações como estas levam a despertar, em cada mente, uma forte
expectativa de que os Estados Unidos parte a desempenhar, para levar avante os
providenciais propósitos do próprio Deus neste mundo, e de que se fale dele na
palavra profética, daí esta inclusão dos estados Unidos no Apocalipse.
Segundo ponto - a cronologia deste
poder. Em que período da história deste mundo é o levantamento deste poder
localizado na profecia? Sobre este ponto, o fundamento para as conclusões a que
devemos chegar, já está posto nos fatos descobertos com relação à
"besta" precedente, ou seja: "a besta semelhante ao leopardo". Na altura em que esta
"besta" foi para o cativeiro, pois foi morta politicamente com a
espada (versículo 10), o que é a mesma coisa, teve uma das suas cabeças ferida
de morte (versículo 3), aí João viu subir a "besta de duas pontas ou dois chifres".
Se a "besta semelhante ao leopardo", como provamos fartamente, significa
o papado e ainda em cativeiro, encontra seu cumprimento na destruição
temporária do papado pela França em 1798, temos, então, definitivamente
especificado o tempo em que devemos procurar o levantamento deste poder. A
expressão "subir"
significa que o poder, a que se refere, se acha recentemente organizado, que
estava justamente, então, elevando um poder influente. O poder representado por
este símbolo deve, portanto, ser algum poder que em 1798 se encontrava nesta
posição perante o mundo.
E, em que condições estavam, nesta
altura, os Estados Unidos? MacMillian, editores, ao anunciarem o seu
"Anuário do Estadista" para 1867, portanto cem anos decorridos, fazem
uma interessante declaração das alterações que se verificaram entre as principais nações do
mundo durante o meio século decorrido entre 1817 e 1867, e eles dizem, assim: "O meio século extinguiu
três reinos, um grande ducado, oito ducados, quatro principados, um eleitorado
e quatro repúblicas. Três novos reinos se levantaram e um reino foi
transformado em império. Há, agora, 41 Estados na Europa contra 59 que existiam
em 1807, não menos notável é a extensão territorial dos maiores Estados do
mundo: a Rússia anexou 567.364 milhas quadradas, os Estados Unidos anexaram
1.968.009, a França 4.620, a Prússia 2.981, a Sardenha, expandido-se para a Itália,
aumentou 83.041, o império Indiano foi
aumentado em 431.616. Os principais Estados que perderam territórios, foram: a
Turquia, o México, a Austrália, Dinamarca e os Países Baixos".
Em face da profecia que temos diante
de nós, estas afirmações são dignas de uma atenção particular. Durante o
mencionado meio século desaparecem, por completo, vinte e um governos, vinte e
um Estados, e apenas se levantaram três novos; cinco perderam território em vez
de o ganhar, apenas cinco. Além dos Estados Unidos que aumentaram seu domínio, o
que mais obteve neste sentido, acrescentou apenas pouco mais de meio milhão de
milhas quadradas, ao passo que os Estados Unidos da América do Norte anexaram
cerca de dois milhões. Assim, o governo americano, durante os mencionados
cinquenta anos, anexou para cima de 1.400.000 milhas quadradas de território, mais que qualquer outra nação, e para cima de 800.000 mais do que foram
anexadas durante esse tempo por todas as outras nações do mundo juntas, todas
elas juntas. Pode alguém duvidar que nação esteve a "subir" durante o período abrangido por estas
estatísticas? Certamente todos têm de admitir que os Estados Unidos da América
do Norte são o único poder que se encerram as especificações desta profecia
neste ponto de cronologia histórica.
E, ainda, há mais: Wesley, nas suas
notas sobre Apocalipse 14, escritas no ano de 1754, escreveu o seguinte a
respeito da "besta de
dois chifres ou duas pontas": "Esta ainda não veio, embora não esteja
longe, porque deve aparecer no fim dos 42 meses da primeira besta."
Impressionante! Realmente impressionante
esta previsão de Wesley. Mas, vamos adiante:
terceiro ponto: a idade deste
poder. Há boa evidência de que o governo
simbolizado pela "besta de dois chifres ou de duas pontas" é introduzido na profecia na primeira
parte da sua carreira, e que ele é, quando aparece em cena, um poder jovem.
As palavras de João, são as seguintes:
"E vi subir da terra outra besta que tinha
dois chifres semelhantes ao de um cordeiro." Porque não diz o evangelista, agora
profeta, simplesmente que tinha dois chifres? Por que ele acrescenta "semelhantes
ao de um cordeiro"?
Evidentemente com o propósito de
denotar o caráter desta "besta", mostrando que não é apenas
ostensivamente de um procedimento inocente ou inofensivo, mas, também, que é um
poder jovem, muito jovem, porque as "pontas de um cordeiro" são
pontas que mal começam a crescer.
Ora, pelo argumento precedente sobre a
cronologia, nosso olhar é levado para o ano de 1798, e o poder simbolizado era,
então, um poder jovem, segundo o argumento anterior.
Pergunta-se: Que poder notável
começava, nessa altura, a se tornar eminente mas ainda em sua juventude?
Não era a Inglaterra, não era a
França, não era a Rússia, nem qualquer outro poder europeu. Para encontrar,
nessa época, um poder jovem, crescente, somos obrigados a voltar os olhos para
o Novo Mundo, neste sentido, nesta missão, é claro.
Mas logo que voltamos para este
continente fixam-se, inevitavelmente, sobre este país, ESTADOS UNIDOS, como
sendo o poder em questão. Nenhum outro poder deste lado do oceano é credor de
qualquer menção comparado com ele, principalmente levando em conta o que está
escrito no versículo 13: "E faz
grandes sinais, de maneira que até fogo
faz descer do céu à terra, à vista dos homens." Isto é muito importante!
Vou lhes mostrar uma coisa que é digna
de toda meditação. Recordem comigo: "E vi subir da terra outra besta; e tinha duas
pontas, ou dois chifres, semelhantes ao de um cordeiro, e falava como dragão. E
exerce todo poder da primeira besta na sua presença. E faz que a terra e os que
nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E faz
grandes sinais de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos
homens. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que
fizesse em presença da besta."
Em primeiro lugar, como é que este novo
poder, esta "besta de duas pontas ou dois chifres", vai pactuar com o "dragão"? Isto nós vamos ver mais adiante. É
muito importante este trecho.
Agora nós vamos ver apenas o que se
refere no versículo 13: "E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à
terra, à vista dos homens."
Meus amigos, vocês se lembram da II
Guerra Mundial? Vocês se recordam o que é que fizeram os Estados Unidos em
Hiroshima e Nagasaki? Que tal, não são grandes sinais? A explosão das bombas
atômicas em Hiroshima e Nagasaki, houve alguma coisa mais importante que isso
que possa encaixar nesse versículo 13 do Apocalipse? Que outro país fez isso? "E faz
grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos
homens." Não
foi assim que, praticamente, se liquidou a II Guerra Mundial com a explosão da
bomba atômica?
E quem fez isto não foram os Estados
Unidos da América do Norte, "a "besta de duas, pontas", a "besta de dois
chifres"? Quem
não se recorda desse episódio, que abalou a humanidade inteira e que faz prever
o que seria a III Guerra Mundial? Aí
está, devidamente caracterizado, que esta "besta de dois chifres ou duas pontas" são os Estados Unidos da América do
Norte. Mas pensem, meditem, porque temos
muito mais a dizer dentro desta grande mensagem de alerta que é o Apocalipse de
Jesus segundo São João, o livro das profecias finais.
Vejamos mais um ponto: a localização
desse animal.
Uma simples declaração da profecia
basta para nos guiar a importantes e corretas conclusões sobre este ponto. São
João chama-lhe "outra besta":
é um símbolo em adição à primeira "besta", mas diferente dela, que o profeta está justamente
considerando, isto é, simboliza um poder separado e distinto daquele que é
representado pela "besta" precedente.
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