sábado, 29 de junho de 2019


Por sua vez, Jacques de Tocqueville, um  historiador francês, falando da separação dos Estados Unidos da Inglaterra, diz: "Pode-lhes parecer estulto mas foi, realmente, o seu destino, ou antes, a providência de Deus que lhes deu, sem dúvida, uma obra a fazer em que o maciço materialismo do caráter inglês tenha constituído um peso morto, demasiado grave, sobre o seu progresso".

Mas vamos mais além: Townsend, falando dos infortúnios que sobrevieram aos outros governos neste continente, na sua obra "O Novo e o Velho Mundo", página 635, afirma: "A história dos Estados Unidos foi separada por uma benéfica providência para longe da selvagem e cruel história do resto do Continente." Considerações como estas levam a despertar, em cada mente, uma forte expectativa de que os Estados Unidos parte a desempenhar, para levar avante os providenciais propósitos do próprio Deus neste mundo, e de que se fale dele na palavra profética, daí esta inclusão dos estados Unidos no Apocalipse.

Segundo ponto - a cronologia deste poder. Em que período da história deste mundo é o levantamento deste poder localizado na profecia? Sobre este ponto, o fundamento para as conclusões a que devemos chegar, já está posto nos fatos descobertos com relação à "besta" precedente, ou seja: "a besta semelhante ao leopardo". Na altura em que esta "besta" foi para o cativeiro, pois foi morta politicamente com a espada (versículo 10), o que é a mesma coisa, teve uma das suas cabeças ferida de morte (versículo 3), aí João viu subir a "besta de duas pontas ou dois chifres".

Se a "besta semelhante ao leopardo", como provamos fartamente, significa o papado e ainda em cativeiro, encontra seu cumprimento na destruição temporária do papado pela França em 1798, temos, então, definitivamente especificado o tempo em que devemos procurar o levantamento deste poder. A expressão "subir" significa que o poder, a que se refere, se acha recentemente organizado, que estava justamente, então, elevando um poder influente. O poder representado por este símbolo deve, portanto, ser algum poder que em 1798 se encontrava nesta posição perante o mundo.

E, em que condições estavam, nesta altura, os Estados Unidos? MacMillian, editores, ao anunciarem o seu "Anuário do Estadista" para 1867, portanto cem anos decorridos, fazem uma interessante declaração das alterações que se  verificaram entre as principais nações do mundo durante o meio século decorrido entre 1817 e 1867, e eles dizem, assim: "O meio século extinguiu três reinos, um grande ducado, oito ducados, quatro principados, um eleitorado e quatro repúblicas. Três novos reinos se levantaram e um reino foi transformado em império. Há, agora, 41 Estados na Europa contra 59 que existiam em 1807, não menos notável é a extensão territorial dos maiores Estados do mundo: a Rússia anexou 567.364 milhas quadradas, os Estados Unidos anexaram 1.968.009, a França 4.620, a Prússia 2.981, a Sardenha, expandido-se para a Itália,  aumentou 83.041, o império Indiano foi aumentado em 431.616. Os principais Estados que perderam territórios, foram: a Turquia, o México, a Austrália, Dinamarca e os Países Baixos".

Em face da profecia que temos diante de nós, estas afirmações são dignas de uma atenção particular. Durante o mencionado meio século desaparecem, por completo, vinte e um governos, vinte e um Estados, e apenas se levantaram três novos; cinco perderam território em vez de o ganhar, apenas cinco. Além dos Estados Unidos que aumentaram seu domínio, o que mais obteve neste sentido, acrescentou apenas pouco mais de meio milhão de milhas quadradas, ao passo que os Estados Unidos da América do Norte anexaram cerca de dois milhões. Assim, o governo americano, durante os mencionados cinquenta anos, anexou para cima de 1.400.000 milhas quadradas de território, mais que qualquer outra nação, e para cima de 800.000 mais do que foram anexadas durante esse tempo por todas as outras nações do mundo juntas, todas elas juntas. Pode alguém duvidar que nação esteve a "subir" durante o período abrangido por estas estatísticas? Certamente todos têm de admitir que os Estados Unidos da América do Norte são o único poder que se encerram as especificações desta profecia neste ponto de cronologia histórica.

E, ainda, há mais: Wesley, nas suas notas sobre Apocalipse 14, escritas no ano de 1754, escreveu o seguinte a respeito  da "besta de dois chifres ou duas pontas": "Esta ainda não veio, embora não esteja longe, porque deve aparecer no fim dos 42 meses da primeira besta."

Impressionante! Realmente impressionante esta previsão de Wesley. Mas, vamos adiante: 

terceiro ponto: a idade deste poder. Há boa evidência de que o governo simbolizado pela "besta de dois chifres ou de duas pontas" é introduzido na profecia na primeira parte da sua carreira, e que ele é, quando aparece em cena, um poder jovem.

As palavras de João, são as seguintes:  "E vi subir da terra outra besta que tinha dois chifres semelhantes ao de um cordeiro." Porque não diz o evangelista, agora profeta, simplesmente que tinha dois chifres? Por que ele acrescenta "semelhantes ao de um cordeiro"?

Evidentemente com o propósito de denotar o caráter desta "besta", mostrando que não é apenas ostensivamente de um procedimento inocente ou inofensivo, mas, também, que é um poder jovem, muito jovem, porque as "pontas de um cordeiro" são pontas que mal começam a crescer.

Ora, pelo argumento precedente sobre a cronologia, nosso olhar é levado para o ano de 1798, e o poder simbolizado era, então, um poder jovem, segundo o argumento anterior.

Pergunta-se: Que poder notável começava, nessa altura, a se tornar eminente mas ainda em sua juventude?

Não era a Inglaterra, não era a França, não era a Rússia, nem qualquer outro poder europeu. Para encontrar, nessa época, um poder jovem, crescente, somos obrigados a voltar os olhos para o Novo Mundo, neste sentido, nesta missão, é claro.

Mas logo que voltamos para este continente fixam-se, inevitavelmente, sobre este país, ESTADOS UNIDOS, como sendo o poder em questão. Nenhum outro poder deste lado do oceano é credor de qualquer menção comparado com ele, principalmente levando em conta o que está escrito no versículo 13:  "E faz grandes sinais, de maneira que até fogo  faz descer do céu à terra, à vista dos homens." Isto é muito importante!

Vou lhes mostrar uma coisa que é digna de toda meditação. Recordem comigo: "E vi subir da terra outra besta; e tinha duas pontas, ou dois chifres, semelhantes ao de um cordeiro, e falava como dragão. E exerce todo poder da primeira besta na sua presença. E faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E faz grandes sinais de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta."

Em primeiro lugar, como é que este novo poder, esta "besta de duas pontas ou dois chifres", vai pactuar com o "dragão"? Isto nós vamos ver mais adiante. É muito importante este trecho.

Agora nós vamos ver apenas o que se refere no versículo 13: "E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens."

Meus amigos, vocês se lembram da II Guerra Mundial? Vocês se recordam o que é que fizeram os Estados Unidos em Hiroshima e Nagasaki? Que tal, não são grandes sinais? A explosão das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, houve alguma coisa mais importante que isso que possa encaixar nesse versículo 13 do Apocalipse? Que outro país fez isso? "E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens." Não foi assim que, praticamente, se liquidou a II Guerra Mundial com a explosão da bomba atômica?

E quem fez isto não foram os Estados Unidos da América do Norte, "a "besta de duas, pontas", a "besta de dois chifres"? Quem não se recorda desse episódio, que abalou a humanidade inteira e que faz prever o que seria a III Guerra Mundial? Aí está, devidamente caracterizado, que esta "besta de dois chifres ou duas pontas" são os Estados Unidos da América do Norte. Mas pensem, meditem, porque temos muito mais a dizer dentro desta grande mensagem de alerta que é o Apocalipse de Jesus segundo São João, o livro das profecias finais.

Vejamos mais um ponto: a localização desse animal.

Uma simples declaração da profecia basta para nos guiar a importantes e corretas conclusões sobre este ponto. São João chama-lhe "outra besta": é um símbolo em adição à primeira "besta", mas diferente dela, que o profeta está justamente considerando, isto é, simboliza um poder separado e distinto daquele que é representado pela "besta" precedente.



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