domingo, 16 de junho de 2019


Mas há um aspecto compensador nesse quadro, embora "Babilônia" tenha degenerado como um corpo, graças a Deus há exceções à regra geral, porque Deus tem ainda ali um Povo, e ela, em algum sentido, tem que ver com eles até que sejam chamados a sair da sua comunhão: “SAÍ DELA POVO MEU".

Não será necessário esperar muito por este chamamento. "Babilônia" se tornará, em breve, tão infectada pela influência destes  agentes maus,  que sua condição será manifesta completamente a todos que tem o coração honesto, e será preparado o caminho para a obra que o apóstolo passa a focalizar nestes versículos 4 a 8, do capítulo 18, do Apocalipse de Jesus segundo São João.

“E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela povo meu, para que não sejas participantes dos seus pecados, para que não incorras nas suas pragas; porque já os seus pecados se acumulam até aos céus, e Deus se lembrou das iniquidades dela. Tornai-lhe a dar quanto ela vos tem dado, retribui-lhe em dobro conforme as suas obras, no cálice que vos deu de beber dai-lhe a beber em dobro. Quanto ela se glorificou e em delícias esteve, põe-lhe outro tanto de tormentos e de pranto, porque diz em seu coração: Estou sentada como rainha. E não sou viúva e não verei o pranto. Portanto, num só dia virão as suas pragas, e a morte, e o pranto e a fome; será queimada no fogo, porque é forte o Senhor Deus que a julgou."

Ora, a voz que vem do céu significa a mensagem de poder acompanhada de glória celestial. Tão marcada se torna a interposição do céu e como se multiplicam os agentes para a realização da obra de Deus à medida que a grande crise se aproxima. Esta voz do céu, chamada "outra voz", mostrando que um novo agente é introduzido aqui. Temos, agora, cinco mensageiros celestiais expressamente mencionados como estando empenhados nesta última reforma religiosa.

São eles o primeiro, o segundo e o terceiro anjos do capítulo 14 deste Apocalipse; quarto, o anjo do versículo primeiro deste capítulo 18; quinto, o agente, indicado pela voz do versículo 4, que já está diante de nós. Três destes estão já em operação. O segundo anjo, se juntou ao primeiro e a eles o terceiro. O primeiro e o segundo não cessaram; todos os três vêm agora ao campo. O anjo do versículo primeiro está realizando sua missão à medida que se realizam as condições que reclamam sua obra, e o divino apelo do céu deva ter o seu lugar.

Já se apresentou prova para mostrar que as mensagens dos versículos 1 e 2 deste capítulo devem ser dadas em conexão com a terceira  mensagem,   está agora correndo, e marca, marcará uma Era  Nova desta epopeia. Pode-se fazer uma ideia da sua extensão e poder pela descrição do anjo.

A primeira mensagem é proclamada com grande voz, o mesmo é, também, dito da terceira mensagem. Mas, este anjo em vez de simplesmente voar pelo meio do céu como os outros, foi visto "descer do céu". Ele veio, por assim dizer, mais perto da terra, com mensagem mais direta e tem grande poder, e a terra é iluminada com a sua glória. Uma crise soleníssima, em que toda uma geração contemporânea da família humana deve passar os limites da provação, ao ser dada aos seus ouvidos a última nota da divina misericórdia.

Nesse tempo o mundo não deve ser deixado sem aviso, tão amplamente deve ser o grande fato anunciado que ninguém possa alegar uma ignorância razoável da ruína tão iminente. Já vem ali, toda  desculpa deve ser posta de lado. A justiça, e paciência, e tolerância de Deus em retardar a vingança ameaçada até que todos tenham tido oportunidade para receber o conhecimento da Sua vontade, e espaço para o seu arrependimento devem ser, definitivamente, reivindicadas.

Um anjo é enviado, armado com o poder do céu, cobre-o a luz que rodeia o Trono e ele vem a este mundo. Ninguém, senão aqueles espiritualmente mortos, sim, duas vezes mortos, deixarão de compreender a presença deste emissário do céu. E enquanto sua presença recebe as sombras, sua voz, em tom de trovão, profere um aviso, clama fortemente, não fala em tom fraco, num tom incerto, não! Não é nenhum anúncio em voz baixa; mas é um brado, um brado poderoso, um brado com uma forte voz, que é a expressão do Apocalipse. 

Viram, aqui, o papel deste anjo? É o último anjo que desceu do céu com voz forte, sem medo de desagradar a ninguém e sem estar preso a nenhum sectarismo religioso, porque representante de Deus, até hoje, só houve um na face da Terra, Nosso Senhor e Mestre Jesus.

Ora, os efeitos fatais na posição de uma igreja mundana são de novo apontados aqui, porque Babilônia caracteriza a igreja tipicamente mundana. Seus erros são, uma vez mais, e pela última vez, expostos aqui.  A incapacidade do presente padrão de piedade para enfrentar a crise final é salientada para além de todo erro.  

A  conexão  inevitável  entre  os seus acariciáveis pecados e a irremediável e eterna destruição, é anunciada até que a terra ressoa como um clamor. E, entretanto, os pecados da grande Babilônia se amontoam até ao céu, por isso a lembrança das suas iniquidades sobe perante Deus e aumenta a corrente da vingança. Avança a grande onda da ira divina, a emplumada escuma levanta a sua crista, indicando que falta apenas um instante antes que ela arda sobre a carne de "Babilônia", e "Babilônia" seja como aquela mó lançada nas profundezas do mar. Então surge, subitamente, outra voz do céu: SAI DELA POVO MEU!

Os humildes, os sinceros, os de Boa Vontade, os de boa fé, os devotados filhos de Deus, os quais, alguns, são ainda ali deixados e que suspiram e clamam com as abominações feitas na grande "Babilônia", vão atender aquela voz, vão lavar suas mãos dos pecados dela, vão separar-se da sua comunhão, vão escapar e vão ser salvos, enquanto "Babilônia" se torna vítima do justo juízo do Todo-Poderoso Deus.

Aguardam, à Igreja, tempos amargos, possamos nós todos estar preparados para a grande crise. O fato de o Povo de Deus ser chamado a sair, para não se tornar participante dos pecados de "Babilônia", mostra-se só a partir de certa altura. É que o povo se torna culpado de continuar dentro da "Babilônia", e isso explica, como se pode dizer dos cento e quarenta e quatro mil do Apocalipse 14, versículo 4, todos os quais são os próprios aqui chamados, não se contaminaram com mulheres vis.

Permita Deus que você, meu irmão, esteja neste caso, não se contaminando com mulheres vis, porque são filhas da "Babilônia", finalmente condenada pelo juízo intransferível de Deus.

Já vimos os versículos 4 e 5. Os versículos 6 e 7 são uma declaração profética de que 'Babilônia" será finalmente condenada. Cada um tenha presente que este testemunho se aplica àquela parte de "Babilônia" que está sujeita a uma queda moral ou espiritual. Não há queda moral sem antes ser espiritual.

Como   explicamos,  a condenação deve aplicar-se,  especialmente,  às filhas da grande prostituta: as denominações religiosas que persistem em se   agarrar    aos  traços  pessoais  da  sua mãe e conservam seus traços piores (tal mãe, tais filhas). Elas hão de tentar uma perseguição devastadora contra a Verdade e o Povo de Deus.  A "imagem da besta" há de ser formada por eles. 

Terão, o que será para eles, uma nova experiência: o uso da força civil para forçar os seus dogmas, e, sem dúvida, é esta primeira intoxicação de poder que leva este ramo de "Babilônia" as se jactar em seu coração, dizendo: "Estou sentada como rainha, não sou viúva, não verei o pranto, isto é, não sou destituída de poder (como está no grego original) mas, agora, domino como rainha, não verei mais tristeza alguma." 

Estão trabalhando para unir a igreja e o Estado, não a Igreja de Deus, mas uma igreja particular (ou católica, ou protestante, ou judaica), como se Deus fosse católico, protestante ou judeu. Deus preferiria ser ateu, eu também. A igreja está entronizada, há de ter governo daqui por diante.

A expressão "TORNAI-LHE A DAR QUANTO ELA VÓS TEM DADO" mostra que o tempo para ser dada esta mensagem e para os santos serem chamados,



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