Quantos protetores
aparecem para garantir os beligerantes? Quantos anjos da guarda de mentira? No
fundo eles não querem proteger ninguém, estão ávidos, com suas unhas compridas
querendo cravá-las nas suas pobres vítimas iludidas. Embora a Turquia tivesse
territórios cobiçados por outros, considerava-se, entretanto, necessário para
tranquilidade dos grandes da Europa que a Turquia fosse mantida na sua posição,
bem protegida, a fim de conservar o que se chamava a balança do poder. Por isso
as nações chamadas cristãs (que de cristãs nunca tiveram nada, nem tem, porque
não houve cristianismo ainda na face da Terra) operavam para sustentar a
integridade do seu domínio, visto não poderem concordar quanto à divisão dos
despojos caso a Turquia caísse.
Só por sua tolerância
é que o governo hoje existe, e quando retirarem o seu apoio, e o deixarem a si
mesmo, como o farão sob a sexta praga, esse rio simbólico secará por completo, e
a Turquia não existirá mais.
O profeta Daniel referindo-se à mesma potência, declara:
“Mas os rumores do Oriente e do Norte o
espantarão e sairá com grande furor para destruir e extirpar a muitos, e armará
as tendas do seu palácio entre os mares no monte santo e glorioso, que é
Jerusalém. Mas virá o seu fim e não haverá quem o socorra mais” (profeta Daniel,
capítulo 11, versículos 44 e 45).
E vem
ali adiante a batalha final, a batalha do Magedo, ARMAGEDON. E o dilúvio de
fogo de que fala São Pedro vai se abater sobre essa Humanidade crua,
empedernida e anticristã. Deus se
compadeça de todos nós para sempre!
Este é o Apocalipse
de Jesus segundo São João, capítulo 16, versículos 12 a 16:
“O
sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates, e a sua água secou,
para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente. E da boca do dragão, e da
boca da besta, e da boca do falso profeta eu vi sair três espíritos imundos semelhantes
a rãs; porque são espíritos de demônios que fazem prodígios, os quais vão ao
encontro dos reis de todo mundo para os congregar para a batalha naquele grande
dia do Deus Todo-Poderoso. É realmente o ponto crítico: a batalha do
ARMAGEDON.
Isto merece toda a
nossa atenção, porque vimos que está profetizado que a Turquia há de cair. Os
reis do Oriente, as nacionalidades, potências e reinos que ficam ao Oriente da
Palestina, vão desempenhar uma parte notável neste assunto. Efetivamente, diz o
profeta Joel: “Movam-se as nações e subam ao vale de Josafath." Os milhões de
maometanos da Pérsia, do Afeganistão, do Turquestão, da Índia, hão de correr
para o campo de batalha em auxílio da sua religião. O rastilho religioso acompanhará
a guerra total, simbolicamente aqui localizada no Magedo, o ARMAGEDON.
Aqueles que colocam as cinco primeiras pragas no passado e afirmam que estamos vivendo agora sob a sexta praga, apresentam como um dos seus argumentos mais fortes, o fato de que o império turco-otomano se está desfazendo, e isto ocorre sob a sexta praga.
Não será necessário responder que o acontecimento que ocorre sob a sexta praga é a consumição inteira e completa daquele poder, e não o seu estado preliminar de decadência que é o que agora se observa. É necessário que o império vá enfraquecendo, desmoronando, se desmantelando, até que atinja a sua dissolução completa quando vier essa praga. Esta condição preliminar se vê agora, e o fim completo não pode estar num futuro muito distante.
Outro acontecimento
digno de nota sobre esta praga é a saída de "três espíritos imundos" para congregarem as
nações para a grande batalha do ARMAGEDON. O movimento espalhado por todo o
mundo e, justamente conhecido como espiritismo, é um meio apropriado, em todo
sentido, para a realização desta praga. Mas, na verdade, o espiritismo autêntico
não tem nada com isso, como já dissemos muito bem isto aqui. A codificação de
Allan Kardec é o que há de mais puro e elevado na face da Terra.
Mas perguntarão: - Como
é que uma obra que já se está a realizar, pode ser designada por aquela
expressão quando os espíritos só são apresentados na profecia por altura do
derramamento da sexta praga, que ainda é futura? Podemos responder que, neste
como em muitos outros acontecimentos, os instrumentos designados pelo Céu para
o cumprimento de certos fins, passam por um processo de exercício preliminar
para o papel que hão de desempenhar finalmente.
Assim, antes de os
espíritos poderem ter autoridade tão absoluta sobre as nações, e consigam
reuni-las para a batalha contra o Rei dos reis e Senhor dos senhores, que é o
Cristo, tem, primeiro, de ganhar terreno entre as nações do mundo, e conseguir
que seus ensinamentos sejam recebidos como vindos de Deus, e que a sua palavra
seja recebida como lei. Estão, agora, fazendo esta obra.
E depois de terem
ganho completa influência sobre as nações, que instrumento mais apto poderá ser
empregado para congregar as nações para empresa tão temerária e tão
desesperada?
Pode parecer incrível
a muitos que as nações queiram se empenhar numa guerra tão desigual, qual a de
lutar contra o Senhor dos Exércitos, mas uma das funções desses espíritos de
demônios, isto é, desses espíritos do mal é, exatamente, enganar, para o que eles vão operando milagres, vão enganando até mesmo os reis do mundo, os reis
das nações, para que creiam nas suas mentiras. Quantas mentiras não se veiculam em nome do
espiritismo, mas é o baixo espiritismo, é o espiritismo do mal. Não é o
autêntico da codificação de Allan Kardec.
Ah! Mas são espíritos. E daí? Os espíritos são os homens sem os corpos, se eles procuravam dividir aqui em baixo e pegavam como instrumentos os ignorantes, acreditando que estão a serviço do bem, assim, são os espíritos já desencarnados.
Ninguém pelo fato de
morrer se santifica. Se o homem era mau, continua mau, se dividia cá em baixo,
procura dividir em cima. Dividia-se no visível, procura dividir no invisível, daí o enquadramento dos demônios nesta profecia. Não quer dizer que seja o
Espiritismo; é o espiritismo baixo, o espiritismo das conversas com defuntos, o
espiritismo da curiosidade, aquele que pergunta se uma pessoa presta, se deve
vender um terreno, o que é que deve fazer para conquistar a fulana, ou para
derrubar o fulano, o espiritismo dos débeis mentais que se reúnem em torno à mesa para as perguntas mais
ridículas, e que ofendem, profundamente, o Cristo de Deus. É este espiritismo
dos demônios que está enquadrado, aqui, no Apocalipse, praticado por muita gente
que se julga espiritualizada e evoluída.
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