quinta-feira, 27 de junho de 2019


E o Quarto Mandamento, chamado terceiro na sua enumeração, ordena a observância do "domingo" como sendo "sábado". Prescreve que o dia seja passado em ouvir atentamente a missa, em assistir as vésperas, ler os livros morais, piedosos, etc. Aí estão, portanto, diversas variações do Decálogo que se encontra na Bíblia, mas este já não é o Decálogo.

Qual, se é que algumas delas constituem mudanças referida na profecia? Qual merece o nosso respeito? Qual merece que, realmente, levemos a sério este Decálogo?

Tenha-se em mente que segundo a profecia que já vem desde Daniel no Velho Testamento da Bíblia Sagrada, ele havia de cuidar, de mudar os tempos e a lei, isto é, a Lei de Deus. Isto claramente sugere a ideia de intenção, de desígnio que torna estas qualidades essenciais da mudança em questão, mas, quanto a omissão do Segundo Mandamento, dizem eles que está incluído no primeiro e, por isso, não deve contar-se como Mandamento separado.

Acerca do Décimo pretendem que há uma distinção tão clara de ideias que requer dois mandamentos e, assim fazem do “não cobiçar a mulher do próximo" o nono mandamento, quando não é, e fazem do "não cobiçar os seus bens" o décimo mandamento. Em tudo isto pretendem apresentar os mandamentos como Deus queria que eles se compreendessem, e assim, embora os possamos considerar como erros em sua interpretação dos Mandamentos, não podemos apresentá-los como mudanças intencionais. Mas isto já não sucede com o Quarto Mandamento. Acerca desse Mandamento não pretendem que a sua versão seja igual a que é dada pelo próprio Deus, isto é, por Jesus. Expressamente confessam, aqui, uma mudança e, também, que a mudança foi feita pela igreja.

Algumas citações de conhecidas obras romanas esclarecem este assunto, claro, que para rebater todas as razões apontadas contra as alterações do Decálogo, vejamos: 

"- A Palavra de Deus ordena que o sétimo dia seja o sábado do Senhor e seja santificado. Vós sem qualquer preceito das Escrituras o mudais para o primeiro dia da semana, apenas autorizadas por vossa tradição oral ou apostólica. Diversos puritanos ingleses opõem contra este ponto que a observância do primeiro dia se prova pelas Sagradas Escrituras, onde é chamado o primeiro dia da semana (citam Atos dos Apóstolos, capítulo 20, versículo 7; I  aos Coríntios, de São Paulo, capítulo 16, versículo 2; e este Apocalipse, capítulo 1, versículo 10)."

Não fiaram um belo fio ao citar estas passagens bíblicas?

"Se não apresentássemos melhores para o purgatório e orações pelos mortos, invocações dos santos e outras doutrinas semelhantes, teriam boa razão, com efeito, para se rirem de nós, porque, afinal, onde é que está escrito que os dias em que estas reuniões se realizaram era sábado? Ou, então, onde está ordenado que deviam ser sempre observados? Ou, em suma, onde está decretado que a observância do primeiro dia aboliria a santificação do sétimo dia que Deus ordenou que para sempre fosse santificado?"

Na verdade nada disto está expresso na escrita Palavra de Deus, e esse é o nosso roteiro, não há outro, só inventando. O próprio Jesus adverte àqueles que negam qualquer valor ao Velho Testamento: "A Escritura não pode falhar", falham aqueles que não a sabem interpretar. Portanto, é válido o Velho Testamento, e a validez é dada pelo próprio Jesus (está no Evangelho de São João, para quem queira verificar). Pois bem, nesta Obra "CATECISMO DA RELIGIÃO CRISTÃ", de Keenan, um autor famoso, na página 206, sobre o assunto "O Quarto Mandamento" encontramos estas perguntas e respostas:

"- Que é que ordena o Senhor Deus por este Mandamento?

R - Ordena que santifiquemos, de maneira especial, este dia em que Ele repousou do trabalho da criação.

- Qual é este dia do repouso?

R - O sétimo dia da semana ou sábado, porque Ele empregou seis dias na criação e  repousou no sétimo (Gênese de Moisés, capítulo 2, versículo 2; São Paulo aos Hebreus, capítulo 4, versículo 1)."

Observação: Claro que seis dias  da criação são seis períodos, como nós vamos ver adiante.

"- Deve, então, santificar-se o sábado para obedecer a ordenança de Deus?

R - Durante a velha lei,  é a resposta o sábado, era o dia santificado, mas a santa madre igreja, instituída por nosso Senhor Jesus Cristo (absolutamente não foi) e dirigida pelo espírito de Deus, substituiu o sábado pelo domingo, de sorte que, agora, santificamos o primeiro e não o sétimo dia. O domingo significa e é, agora, o dia do Senhor."

Estão vendo bem? Vamos a um outro livro. Nas "Instruções da Doutrina Católica", de J. P Kennedy, página 202, lemos o seguinte:

"P - Que garantia temos de que a guarda do domingo é preferível a do antigo sábado?

R - Temos a seu favor a autoridade da santa igreja católica e da tradição oral e apostólica.

P - Ordena, em alguma parte da Bíblia Sagrada, que se guarde o domingo em vez do sábado?

R - A Escritura nos ordena que ouçamos a igreja e que retenhamos as tradições dos apóstolos, mas as Escrituras não mencionam, em particular, esta mudança do sábado."

Entenderam bem? Está claro? Mas, vamos continuar. No "Catecismo Doutrinário", página 174, encontramos outro testemunho sobre o mesmo ponto.

"P - Tendes outra maneira de provar que a igreja tem poder para instituir festas de preceitos?

R - Se ela  tivesse este poder não podia ter feito aquilo em que todos os modernos homens de religião concordam com ela. Não podia ter substituído   a   observância   do  sábado,   como  Deus  determinou,  pela observância do domingo, o primeiro dia, para o qual há nenhuma autoridade bíblica ou escriturística."

Entenderam bem? Ainda na "Doutrina Cristã", página 58, encontramos isto:

"P - Como provais que a igreja tem poder para ordenar festas e dias santos?

R - Pelo próprio ato de mudar o sábado para o domingo sem pedir licença a Deus."

E os protestantes admitiram. Portanto, insensatamente, se contradizem, guardando rigorosamente o domingo ao mesmo tempo que violam quase todas as outras festas ordenadas pela mesma igreja católica romana.

"P - Então, a igreja tem poder para mudar uma ordem de Deus?

R - Pode. Ela prova isto guardando o domingo em vez do sábado, como ordenou Deus no Velho Testamento."

Finalmente, Lockhart, de Oxford, no Mirror de Toronto (católico, heim!) apresentou o seguinte desafio a todos os protestantes da Irlanda (desafio tão aplicável ao nosso país como aquele), diz ele:

"Desafio, solenemente, os protestantes da Irlanda que provem, por textos claros da Bíblia Sagrada, estas questões acerca das obrigações do sábado cristão:

primeiro - que os cristãos podem trabalhar no sábado, o antigo sétimo dia;

segundo - que são obrigados a santificar o primeiro dia da semana, ou seja, o domingo;

terceiro - que não são obrigados a santificar, também, o sétimo dia.

Isto é o que o poder papal pretende ter feito acerca do Quarto Mandamento. Os católicos reconhecem, claramente,  que não há autoridade bíblica ou escriturística para a mudança que fizeram, mas que ela se baseia, unicamente, na autoridade do papa.

Pretendem que constitui um "sinal ou marca da autoridade daquele papa", sendo o próprio ato de mudar o sábado para domingo apresentado como prova do seu poder a esse respeito, acima de Deus.



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