venceu e que agora está sentado com
Deus no seu trono. Isto é interessante! Está agora associado ao Pai, no trono
de domínio universal, colocado à sua direita, muito acima de todo
principado, e poder, e domínio, e potestade (quem diz é São Paulo
Apóstolo na Epístola aos Efésios, capítulo 1, versículos 20 a 22). Então, nesta
posição, Ele é o Rei Sacerdote. É o Sacerdote porque é o Ministro do Santuário
de Deus. Mas ao mesmo tempo está sentado à destra do trono da majestade de Deus
(São Paulo aos Hebreus, capítulo 8, versículos 1 e 2).
Esta posição de obras do Senhor Jesus
veio predita pelo profeta Zacarias no Velho Testamento, e ele fala dizendo: "Assim diz o
Senhor dos Exércitos: eis aqui o homem cujo nome é renovo (o Cristo); ele
brotará do seu lugar, edificará o templo
do Senhor. Ele mesmo edificará o templo do Senhor e
será revestido de glória;
assentar-se-á no seu trono, e dominará, e será sacerdote no seu trono" (Profeta Zacarias, capítulo 6,
versículos 12 e 13).
O Cristo será sacerdote no seu trono,
o trono de Deus, conselho de paz na obra do sacrifício, o sacerdócio do Cristo
em favor do homem pecador, mas arrependido. Então, uma aliança haverá entre
eles, mas está próximo o tempo em que Ele há de mudar a sua posição, deixando o
trono do Pai Eterno tomará o seu próprio trono, e há de acontecer isto quando
chegar o tempo para a recompensa aos vencedores, porque quando receberem esta
recompensa sentar-se-ão com o Cristo no seu trono, da mesma forma que Ele venceu
e está sentado com o Pai no seu trono. Esta mudança na posição de Jesus é apresentada
por São Paulo Apóstolo na I Epístola aos Coríntios, capítulo 15, versículos 24
a 28. Diz ele: "depois virá o fim, quando ele tiver entregado o reino a Deus, o
Pai, quando houver aniquilado todo o império, toda potestade e toda força,
porque convém que reine até que haja posto os inimigos debaixo dos seus
pés".
Ora, irmãos, o último inimigo que há
de ser aniquilado é a morte, porque todas as coisas Ele sujeitou debaixo dos
seus pés. Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está,
que perpetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas, o Eterno Pai. Quando
todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, também, no mesmo tempo, se
sujeitará Àquele que todas as coisas lhe sujeitou para que Deus seja tudo em
todos (São Paulo aos Coríntios na I Epístola, capítulo 15, versículos 24 a 28).
Isto é algo muito sério para todos nós! As verdades ensinadas neste trecho
podem, talvez, serem realçadas por uma rápida paráfrase, dando em cada caso, invés dos pronomes, os nomes a que, respectivamente, se referem.
Assim, por
exemplo: depois virá o fim (da presente dispensação) quando o Cristo tiver
entregado o reino que Ele, agora, tem juntamente com o Pai, a Deus. Quando Deus
houver aniquilado todo império, e toda a potestade, e toda força opostos à obra
do Filho Unigênito, porque convém que o Cristo reine no trono de seu Pai até
que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés do Cristo (exatamente como foi
predito pelo Salmista no livro dos Salmos, capítulo 110, versículo 1). Ora, o
último inimigo que há de ser aniquilado é a morte, porque todas as coisas
sujeitou, então, debaixo dos pés do Cristo.
Quando Deus
diz que todas as coisas estão sujeitas ao Cristo, e Ele começa
a reinar no seu próprio trono, claro está que perpetua o próprio Deus que
sujeitou ao Cristo todas as coisas, e quando todas as coisas estiverem
sujeitas ao Cristo, então, também, o mesmo Jesus estará sujeito a Deus e todas
as coisas que sujeitou. Para quê? Para que Deus seja tudo em todos nós.
Pode-se verificar, facilmente, que
esta é a versão correta do texto. A questão, que se pode levantar, é acerca das
pessoas a quem se referem esses pronomes. O que poderá verificar é que a
linguagem de São Paulo faria pouco sentido se tentássemos fazer, em referência
ao Cristo, esses pronomes, porque na paráfrase precedente referimo-nos a Deus. Ora,
concluímos aqui, que o reino que o Cristo entrega ao Pai é o que Ele tem
atualmente no trono do Pai, onde nos diz que está agora sentado. Entrega este
reino no fim desta dispensação quando chegar o tempo de ocupar o seu próprio
trono. Depois disso, então, reinará no trono de Davi e só estará sujeito a Deus
que continua reter a Sua posição no trono de domínio universal.
Deste reino do Cristo participam os
santos: "Ao que vencer Eu lhe concederei que sente comigo no meu
trono". "E viveram", (escreve São João Profeta, passando da primeira
ressurreição, exatamente no capítulo 20 deste Livro, versículo 4). "E viveram e
reinaram com Jesus durante mil anos". Compreendemos que este seja um reino especial, ou para
um fim todo especial, como veremos neste capítulo. "Porque o
reino atual dos santos deve ser para todo o sempre" (profeta Daniel, capítulo 7,
versículos 18 e 27).
Como poderá qualquer objeto da terra
afastar os nossos olhos desta durável e celeste perspectiva? É grandioso demais
para o entendimento do homem ainda tão atrasado nessas coisas de Deus, mas, a
verdade é que, assim, terminam as mensagens às sete Igrejas.
Que testemunho
direto, impressionante! Que lições encerram para todos os cristãos em todos os
tempos da humanidade! É tão verdade para a última como para a primeira Igreja,
e todas as suas obras são conhecidas Daquele que anda no meio dos castiçais de
ouro. Ao Seu olhar penetrante nada se pode furtar ou esconder, e ao mesmo tempo
em que suas ameaças aos hipócritas e malfeitores são, com toda a justiça,
terríveis! Que confortadoras, que gloriosas as suas promessas para aqueles que
realmente O amam vivendo o seu Novo Mandamento com toda simplicidade do
coração!
Meus amigos e meus irmãos, benditos
aqueles que pregam e praticam o Novo Mandamento do Cristo de Deus!
As sete Igrejas significam sete
períodos da história eclesiástica da Humanidade.
Os períodos de cada Igreja:
1ª) Igreja de Éfeso - (desejável) - Ano
34 até ao ano 100
2ª) Igreja de Esmirna - (mirra) - Ano 101 até
ao ano 322
3ª) Igreja de Pérgamo - (altura/elevação)
- ano 323 até ao ano 538
4ª) Igreja de Tiátira -
(perfume suave de labor) -
ano 539 até ao ano 1798
5ª) Igreja de Sardes - (cântico de
alegria) - ano 1799 até ao ano 1914
6ª) Igreja de Filadélfia - (amor
fraterno) - ano 1915 até ao ano 1979 (Obs. este período marca a vinda do
Paráclito prometido por Jesus).
7ª) Igreja de Laodicéia - (julgamento
do povo) - ano 1979 até a volta de Nosso senhor Jesus Cristo. (1979-A Nova
Jerusalém retorna ao céu).
No capítulo 4 temos uma nova visão, e
esta se refere ao Santuário celestial.
Vejamos no versículo 1 do capítulo 4:
"Depois
destas coisas olhei, e eis que estava aberta uma porta no céu e a primeira voz
como que de trombeta que ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e eu te
mostrarei as coisas que depois destas devem acontecer."
Ora, nos três primeiros capítulos,
João, o evangelista, apresenta a visão que teve do Filho do Homem, isto é, de
Jesus, compreendendo uma descrição da sua majestosa pessoa, num registro das palavras
que, com uma voz semelhante ao som de muitas águas, ouviu pronunciar. Uma nova
cena, uma nova visão se patenteia, agora, perante todos nós.
E a expressão "Depois
destas coisas"
não significa que o que é relatado, no capítulo 4 e seguinte, devia ter lugar
depois do cumprimento de tudo o que vem contado nos capítulos anteriores, mas,
apenas que, depois de ter visto e ouvido o que aí vem contado ou relatado, teve
uma nova visão que agora vai descrever.
Então diz:
"Depois
destas coisas olhei, e eis que estava aberta uma porta no céu e a primeira voz
como que de trombeta que ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e eu te
mostrarei as coisas que depois destas devem acontecer".
Notem bem que São João diz: "estava uma
porta aberta no céu"
e não para o céu. Não era uma abertura no próprio céu perante a mente de São
João como no caso de Santo Estevão. Lembram-se daquela cena triste do
apedrejamento, depois da condenação injusta de Estevão, no livro de São Lucas, Atos
dos Apóstolos, capítulo 7, versículo 56? Não era uma abertura do próprio céu
perante a mente de São João como no caso de Estevão, mas algum lugar ou
compartimento no céu foi aberto perante ele e lhe foi permitido contemplar o
que ali se estava realizando. Noutras partes deste livro, deste soberbo Apocalipse,
claramente veremos que este compartimento que São João viu aberto era o
Santuário Celestial. Já imaginaram a grandeza desta cena? Não é nenhum
santuário terreno, material: é o Santuário Celestial.
"As coisas que depois destas
devem acontecer":
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