terça-feira, 16 de julho de 2019


sagrado,  é  perfeito,  é  assim  chamado  não  para  indicar  sua   pluralidade interior, mas a plenitude e perfeição de seus dons e operações. O número sete pode ter sido dado, portanto, com referência à      diversidade, plenitude das suas operações sobre a alma humana, a sua múltipla atuação sobre os acontecimentos do mundo."

Outro comentador, Bloomfield, considera esta como a interpretação geral dos estudiosos do Apocalipse. Todos estão de acordo. Ainda bem que em certos pontos todos estão de acordo: intérpretes católicos, espíritas, protestantes, judaicos, e assim por diante.

E agora o seu "Trono":

O trono de Deus Pai, porque Jesus não recebeu ainda o seu próprio trono. Isto é muito importante! O estarem os sete Espíritos, supra citados diante do trono, pode se referir ao fato de o Espírito Santo estar sempre pronto a ser enviado, de acordo com a representação comum na Sagrada Escritura, para realizar importantes objetivos em favor dos homens. Evidentemente, são os chamados protetores, os anjos guardiães, os guias de todos nós ainda na carne.

Mas, dando prosseguimento, temos aqui: "da parte de Jesus, o Cristo". Ora, logo se conclui que o Cristo não é a pessoa que no versículo anterior é designada como "aquele que era, que é e que há de vir"

Este é o Criador, este é o Supremo Arquiteto do Universo, é Deus, o Eterno Deus Pai. 

Estão aqui mencionadas algumas das principais características que pertencem ao Cristo. Podemos ver "a fiel testemunha", por quê? Porque "o testemunho de Jesus é sempre verdadeiro". Jesus nunca mentiu, cumpriu e sempre cumpre tudo o que promete. Como também disse: "Eu voltarei, não vos deixarei órfãos", "Eu voltarei a vós", e voltará.

Estamos interpretando o Apocalipse para mostrar que o fato principal deste trabalho é exatamente a volta do Cristo de Deus. Chega de injustiça,  de maldade, de inversão de valores, do tripúdio da força sobre a força do direito. Jesus vem acabar com tudo isto, vem punir os maus e premiar os bons, isto é, dar a cada um de acordo com as suas obras.

Outra definição: "o primogênito dos mortos".

Por quê?

Esta expressão é paralela a do Apóstolo São Paulo na I Epístola aos Coríntios, capítulo 15, na sua Epístola aos Hebreus, na Epístola aos Romanos, aos Colossenses. Ali encontramos aplicadas ao Cristo expressões como "as primícias dos que dormem", "o primogênito entre muitos irmãos", "o primogênito de toda criação" e, finalmente, "o primogênito dos mortos dentre os mortos".

Mas estas expressões não significam necessariamente que, sob o ponto vista de tempo, Ele foi o primeiro a ressuscitar, porque antes Dele outros ressuscitaram.

Este, aliás, não era um ponto muito importante, mas Ele era a figura principal, central de todos os que saíram do túmulo, porque foi em virtude da vinda, obra chamada ressurreição de Jesus, que alguns ressuscitaram antes Dele. Ora, no propósito de Deus, Ele era o primeiro, tanto sob o ponto de vista de tempo como de importância, porque não foi senão depois do propósito da vitória do Cristo sobre a sepultura, ter sido formado na Mente Divina, que chama as coisas que são como se já fossem. É a definição de São Paulo na Epístola aos Romanos, capítulo 4, versículo 17. E alguns foram libertos do poder da morte em virtude daquele grande fato que devia realizar-se no tempo oportuno. O Cristo é, portanto, chamado "o primogênito dos mortos", "as primícias dos que dormem", "o primogênito entre muitos irmãos", "o primogênito dentre os mortos", e no livro de São Lucas (Atos dos Apóstolos) vemos, também, que Ele é "o primeiro da ressurreição dos mortos".

Jesus devia anunciar a Luz a este povo, o primeiro, que ressurgindo dos mortos, devia anunciar a luz ao povo, porque venceu a morte.  É muito interessante consultar o grego, porque foi o original escrito em grego, e, infelizmente, as traduções estão cheias de deturpações, principalmente no que diz respeito ao Espírito Santo. Tudo isso nós vamos ver no devido tempo, cada coisa no seu lugar.

"O príncipe dos reis da terra"  

Outra definição de Jesus. Ora, em certo sentido o Cristo é o Príncipe dos reis da terra.  São Paulo nos informa na Epístola aos Efésios, que "Ele foi posto à direita de Deus, nos lugares celestiais, acima de todo principado e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia (é o que está no original), não só neste século mas, também, no vindouro".

Os mais altos nomes deste mundo são os de príncipes, reis, imperadores e potentados do mundo, mas o Cristo está acima de todos eles. Está sentado  com seu Pai, no trono de Domínio Universal, governando com Ele e dirigindo todas as nações da Terra (é o que vemos na Epístola aos Efésios, capítulo 3, versículo 21). 

Num sentido mais particular, o Cristo há de ser Príncipe dos reis da terra quando receber o seu próprio trono e os reinos do mundo entregues pelo Pai Eterno em suas mãos, vierem a ser de Nosso  Senhor e do Cristo, e Ele vier trazendo em seu vestido o título de Reis dos reis e Senhor dos senhores.  

E aqui o trecho mais cruel: "para esmigalhá-los em pedaços como a um vaso de oleiro na terra!" Assim terminará toda grandeza humana: esmigalhada pelo poder do Cristo. (É como está nos Salmos, capítulo 2, versículos 8 e 9).

"Aquele que nos ama" 

Julgamos por vezes ser amados por amigos da terra (pai, mãe, irmãos, irmãs ou amigos), mas vemos que nenhum amor é digno desse nome, comparado ao Amor de Jesus por nós. E a frase que se segue aumenta a intensidade de expressão das palavras anteriores: 

"e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados".

Que extraordinário Amor! 

Ele mesmo diz:

"Ninguém tem maior Amor do que este: dar a sua vida pelos seus amigos."

Foi o que Jesus fez. Mas o Cristo provou o Seu Amor para conosco quando morreu por nós sendo nós ainda pecadores, transgressores da Lei Divina. Entretanto, fez muito mais: Ele nos fez reis e sacerdotes para Deus, o seu Pai. De leprosos do pecado somos purificados aos seus olhos; de inimigos somos, não só feitos amigos, mas elevados à posição de honra e dignidade.

Esta purificação, esta exaltação real,  a que estado se refere? Ao presente, ao futuro? Sim, principalmente ao futuro, porque só então gozaremos estas bênçãos em alto grau ao lado de nosso Jesus, que é realmente o nosso Salvador.

"O seu sangue"  

Embora, ainda, não nos seja dada esta redenção plena que temos na vida eterna, embora esta vida esteja ainda nas mãos do Filho e só nos há de ser comunicada quando Ele voltar.  É também verdade quando era nos dias de João e de Pedro. Deus designa a seu povo, neste mundo, como sendo uma geração eleita, um sacerdócio real, uma nação santificada, um povo singular (como está no Profeta Daniel. capítulo 7; está na I Epístola de São Pedro, capítulo 2; está mesmo neste Apocalipse, capítulo 3).

Não é de admirar que o discípulo amado João, agora profeta, rendesse àquele que tanto fez por nós, glória, majestade e domínio para sempre. Oxalá toda a Igreja Cristã se una realmente neste justíssimo tributo ao seu maior benfeitor, ao seu mais querido amigo, aquele que deu a vida por todos nós. 

E agora JESUS ESTÁ VOLTANDO! Jesus volta e não é para ser crucificado, não! Veja quem tem olhos de ver, ouça que tem ouvidos de ouvir! Chegou a hora da escolha, chegou a hora da decisão.

Capítulo 1, versículo 7.

Vamos dar prosseguimento ao primeiro capítulo do Apocalipse de Jesus segundo São João, o Evangelista, no versículo 7:

"Eis que vem com as nuvens", isto é, Jesus volta com as nuvens e todo olho  o  verá,  até  mesmo  os  que o  traspassaram  (isto é, aqueles que o crucificaram. Todos eles vão ver Jesus de novo, mas não o Jesus crucificado: o Juiz Supremo que vem julgá-los e julgar todos os criminosos do Brasil e do mundo). "E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém!"

É o versículo 7 do Apocalipse segundo São João. 

Notaram bem? Eis que Jesus vem com as nuvens.

Aqui, São João nos leva à segunda vinda do Cristo em glória para o acontecimento supremo e final da sua intervenção em favor deste pobre mundo, caído e desgraçado. Mundo de desgraça geral. 

Jesus antes veio em paciência, em fragilidade, em doçura, agora vem com poder e glória. Antes veio na humilhação, foi escarnecido e escorraçado, veio para o que era seu e os seus não O receberam, agora vem na plenitude do seu poder e da sua glória.  Vem nas nuvens como para o céu subiu, como disseram



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