Estamos dando aqui o que há de melhor
sobre o Apocalipse, mas tirando as interpretações extremadas, excluindo o
sectarismo violento, intolerante, porque a verdade é que cada um "puxa a
brasa para a sua sardinha". Qual seria o mérito de darmos um Apocalipse
espírita, um Apocalipse católico romano, um Apocalipse protestante, judaico?
Para nós não teria valor, porque aí
estão os Apocalipses tarjados de sectarismo, marcados pela intolerância, pelo
exclusivismo religioso. Ora, se nós sempre batalhamos pela liberdade religiosa
temos que concordar neste ponto: urge dar o Apocalipse, como também o
Evangelho, sem nenhum sectarismo
religioso.
O povo já está farto de brigas, de
ódios em nome de religião, e Deus não tem nada com isto. Os maiores criminosos
são aqueles que pregam o ódio em nome de Deus. Portanto, fica aqui o nosso
reparo, a nossa ressalva. Não temos, mesmo, nenhum interesse em prejudicar ninguém,
ferir ninguém, mas temos que dar a verdade histórica. A própria Igreja Católica, atualmente, deplora
os excessos da Idade Média e no tempo da Reforma de Martinho Lutero. Isentos de
sectarismo, de paixão religiosa ou de paixão de Deus, todos reconhecerão que a
igreja tem grandes manchas no seu passado. Quanto ao mais, só Deus pode julgar,
porque só Deus tem todos os elementos para dar o seu julgamento final.
O Apocalipse é de Jesus e é
apresentado pelo autor do quarto e último Evangelho, o mais belo de todos. Quem
não souber, portanto, este Apocalipse, já não sabe mais Evangelho. Tem de se
atualizar sem demora, e é o que desejamos de todo coração.
Versículo 2 do capítulo 11, do
Apocalipse:
"deixa o átrio que está fora do templo". É o mesmo que dizer: a atenção da
Igreja está agora voltada para o Templo interior e para o trabalho espiritual
que ali se está realizando. Os assuntos pertencentes ao "átrio" são,
agora, somenos importantes: o "átrio" é dado aos gentios.
Que o "átrio" se refere a
este mundo facilmente se prova do seguinte modo: o "átrio" é o lugar
onde eram mortas as vítimas cujo sangue devia ser ministrado no santuário. Ora,
a grande vítima morreu no calvário, na Judeia, e era Nosso Senhor Jesus Cristo.
Assim, apresentados os gentios, a atenção do profeta se volta para o grande
aspecto da apostasia gentílica, ou seja, para a "santa cidade pisada por quarenta e dois meses", nada menos, nada mais.
Versículo 3, deste capítulo 11:
"darei poder
às minhas duas testemunhas que profetizarão por mil duzentos e sessenta dias,
vestidas de pano de saco".
Estes dias são os mesmos
"quarenta e dois meses" do versículo anterior; se referem ao período
de triunfo total da treva. Claro, que transitório, mas é o triunfo total da
treva: é o CESARISMO ROMANO TRANSPLANTADO PARA A RELIGIÃO.
Durante esse tempo as testemunhas
estão vestidas de saco, isto é: na obscuridade ou na completa escuridão. Mas Deus lhes dá poder para suportar e manter o seu testemunho através deste
sombrio, deste escuro período. Mas quem são ou que são estas duas testemunhas?
Você já verificou quais são? No seu modo de ver quais são estas duas
testemunhas? Em verdade eu lhes digo que são as mais importantes de todos os
tempos da Humanidade.
Vamos ver, mais adiante, o versículo
4:
"Estas
são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da
terra".
Aqui se faz uma alusão, evidentíssima, ao profeta Zacarias no seu livro,
capítulo 4, versículos 11 a 14, no Velho Testamento, onde se explica que as "duas
oliveiras"
são tomadas para representar a PALAVRA DE DEUS.
O rei profeta Davi, testifica: "A exposição
das tuas palavras é luz; lâmpada para os meus pés é a tua palavra; luz para o
meu caminho".
O testemunho escrito é mais forte do que o testemunho oral, só o que se
escreve, permanece. Jesus declarou: "no Velho Testamento ou as Escrituras do
Antigo Testamento, são elas que de mim testificam." Vejam bem, como Jesus dava valor ao
Velho Testamento: "As Escrituras testificam de mim, falam de mim, anunciam minha
vinda a este mundo."
Ora, nesta dispensação diz que as suas
Obras é que testificam Dele. E por que meio elas testificam Dele, dão
testemunho Dele? Desde o tempo dos discípulos, aqueles que com Ele estiveram
pessoalmente associados, quando Ele passou por esta vida terrível nesta terra
atrasada, suas Obras só tem dado testemunho Dele por meio do Novo Testamento,
porque é ali que nós encontramos toda Sua vida bem contada.
Portanto, o Velho Testamento é o
prefácio, é a preparação de Jesus, é a anunciação de Jesus; o Novo Testamento
todo ele é Jesus de capa a capa, desde o livro segundo São Mateus (o primeiro
Evangelho) até este Apocalipse. Então, diz: "Este evangelho do reino será pregado em todo
o mundo em testemunho à todas as nações, só então virá o fim". Ora, estas considerações, estas
declarações são suficientes para apoiar a conclusão de que o Velho e o Novo
Testamento, aquele dado numa dispensação e este noutra, são as DUAS TESTEMUNHAS
de Nosso Senhor e Mestre Jesus.
Você matou esta charada? É fácil! E
haveria DUAS TESTEMUNHAS melhores do que estas: o Velho e o Novo Testamento? Evidentemente,
não! E ambos é que constituem A PALAVRA DE DEUS, a SANTA BÍBLIA, ou a BÍBLIA
SAGRADA.
Mas vamos ao versículo 5, deste
capítulo 11:
"E se alguém lhes quiser fazer mal, sairá fogo da sua boca para
devorar seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que seja
morto."
Fazer mal à PALAVRA DE DEUS, à BÍBLIA
(ao Velho e Novo Testamento) é, evidentemente,
se opor, corromper, ou
perverter o seu testemunho.
É afastar dela o povo que está faminto
de Deus. Ora, contra os que fazem esta obra de
impiedade, de maldade inqualificável, sai fogo da sua boca para os devorar, isto
é, juízo de fogo anunciado nesta palavra contra eles. Declara que terão, por
fim, a sua parte no lago que arde com fogo e enxofre. (Basta confrontar,
comparar profeta Malaquias, capítulo 4 e este mesmo Apocalipse no capítulo 20 e
no capítulo 22, versículos 18 e 19).
Capítulo 11, versículo 6:
"Estas têm
poder para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua profecia. E têm
poder sobre as águas, para convertê-las em sangue, para ferir a terra com toda
sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem."
É muito importante! Em que sentido
estas TESTEMUNHAS têm poder para fechar o céu, converter as águas em sangue e ferir
a terra com toda sorte de pragas?
Você que estudou o Velho Testamento
deve se lembrar que Elias fechou o céu para que não chovesse durante três anos
e meio, mas o fez pela Palavra do Senhor Deus. Moisés, pela mesma Palavra do
Senhor Deus converteu em águas do Egito um verdadeiro mar de sangue. Como pode,
como é possível? Exatamente com estes juízos, relatados em seu testemunho, se
realizaram, também, todas as ameaças e juízos por elas, contra quaisquer
pessoas, certamente se cumprirão. Elias fechou o céu e não choveu durante três
anos e meio, mas não o fez sem o PODER DE DEUS. Elias, sozinho, nada valia. Moisés converteu as águas do Egito em sangue,
mas só o fez pelo AMPARO DE DEUS, porque Moisés, sozinho, nada valia.
Eu, também, sozinho, nada valho para
manter a Religião de Deus de pé como Obra cíclica e Obra de final de ciclo,
porque veio dar a última palavra de Jesus que é o seu Novo Mandamento no
Evangelho e no Apocalipse, pela primeira vez na História da Humanidade. Jesus
deu a regra para conhecer se a árvore é boa: é pelos frutos. Quem deu, antes,
esses frutos? Ninguém, antes da Religião de Deus, ninguém! Nem Allan Kardec
deixou isso para nós, e é nosso particularíssimo amigo.
No versículo 7 deste capítulo 11:
"Quando
acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e as
vencerá, e as matará,"
Versículo 8 do capítulo 11:
"e jazerão os
seus cadáveres na praça da grande cidade que espiritualmente, se chama Sodoma e
Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado."
"Quando acabarem
o seu testemunho", isto
é, vestidas de saco, pano de saco. O estado em que se encontravam, vestidas de
saco terminou. Ou como se diz alguns: os dias da perseguição foram abreviados
(como está na palavra de Jesus, Evangelho segundo São Mateus, capítulo 24,
versículo 22), antes de expirar, propriamente, o período. O tempo é abreviado
por causa dos escolhidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário