terça-feira, 16 de julho de 2019


sucessão de cabos que formam muitos portos. O único usado, hoje, é uma profunda baía protegida por altos montes de todos os lados, exceto de um, onde é protegida por um promontório. A povoação, ligada a este porto, está situada num monte escarpado e rochoso, sobranceiro ao mar, é o único local habitado da ilha. Bem a cerca de meio caminho do monte em que está construída esta povoação, existe uma gruta natural na rocha onde João teve a sua visão e escreveu este Apocalipse. Claro que ele foi o grande médium inspirado, foi o vidente e psicógrafo do Apocalipse que é de Jesus, o que não cansamos de repetir.

Devido ao seu caráter agreste e isolado, Patmos era usada pelo império romano como lugar de exílio, o que explica o ter João sido banido para lá. Ele foi exilado pelo testemunho do Evangelho. Os imperadores e seus áulicos não admitiam que se falasse no nome de Jesus, como também os principais sacerdotes. Supõe-se, geralmente, que o exílio do Apóstolo teve lugar pelo ano 94, pelo imperador Domiciano, por isso a data atribuída à composição do Apocalipse é 95 ou 96. Pois bem, meus amigos e meus irmãos, por causa da Palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus, o Cristo, este é que foi o grande crime, o procedimento miserável, condenável, de João, o discípulo amado. Seu crime era este: "pregar a verdade e fazer caridade". É o meu crime, é o crime de todo Legionário digno desse nome, graças a Deus!

Pois bem, o tiranete Domiciano, revestido, então, da púrpura imperial de Roma, mais eminente pelos seus vícios do que pela própria posição civil, recuou perante este idoso, mas intrépido apóstolo: não ousou permitir a promulgação do seu puro Evangelho dentro dos limites do Império.  Temos aí a origem do exílio de João, o Evangelista. Domiciano o exilou para a solitária Patmos onde, se bem que ainda vivo, se podia dizer que estava fora do mundo. 

Retendo-o lá, naquela ilha estéril, solitária e no cruel trabalho das minas, julgava o Imperador, sem dúvida, ter-se desfeito do pregador, e que o mundo não ouviria mais falar dele. A história se repete, e assim pensavam também, sem dúvida, os perseguidores de Dorian, quando o enterravam na prisão de Belfort.

Mas quando o homem pensa ter sepultado a verdade no esquecimento eterno, Deus lhe dá uma ressurreição e uma centuplicada glória e poder. Da escura e acanhada cela, Dorian irradiou uma luz espiritual que, com a própria Bíblia, defendeu os interesses do Evangelho de Jesus.

E assim, também, da estéril ilha de Patmos, onde Domiciano pensava estar para sempre extinto o grande farol da verdade, veio a magnífica revelação de todo o cânon sagrado que irradia o seu divino fulgor por toda a Humanidade até o fim dos tempos. Quantos haviam de reverenciar o nome do discípulo amado, de deixar-se prender com os eleitos pelas suas arrebatadoras visões da glória celeste, e jamais ouviram o nome do monstro que causou seu exílio. Quem é que sabe quem foi Domiciano? E, entretanto, aí está o discípulo amado em toda a sua glória com este maravilhoso Apocalipse!

Realmente ele estará presente no dia que assim for cumprida as palavras da Bíblia Santa, que declara: "que o justo ficará em memória eterna, mas o nome do ímpio apodrecerá".

No versículo 10, vimos João dizer: 

"Eu fui arrebatado em espírito, no dia do Senhor e ouvi atrás de mim, uma grande voz, como de trombeta".

"Fui arrebatado em espírito" - embora sequestrado entre todos os que professavam igual fé, e quase exilado do mundo, o discípulo amado não estava separado de Deus, nem do Cristo, nem do Espírito Santo, o que é o meu caso, é o caso de todos aqueles que trazem missão mas são bloqueados e sabotados pela ignorância espiritual. Mas está certo, é assim mesmo, do contrário não haveria merecimento.

Se Jesus viesse, em pessoa, pregar de novo, que é que fariam com Ele? Pior do que fizeram da primeira vez. Só que desta vez Jesus está voltando e não é para ser crucificado, não! É para dar a sentença final, é para separar os justos dos injustos, os bons dos maus, as ovelhas dos bodes, para separar o trigo do joio. Você tem que escolher, desde já, entre o bem e o mal, entre o Cristo e o anticristo, não há outra escolha.

Pois bem, embora solitário, João mantinha, ainda, comunhão com seu Divino Senhor, e a expressão "em espírito" sugere o mais alto estado de elevação mental ou espiritual a que uma pessoa pode ser levada pelo Espírito de Deus. Na verdade, meus amigos, marcava o início da sua visão extraordinária. Isto aconteceu no "dia do Senhor". Este "dia do Senhor" é tão importante, mas tão importante mesmo, porque houve um pecado humano, que é realmente deplorável, no que se refere ao "dia do Senhor".

Nós não temos nenhum fanatismo, vocês nos conhecem muito bem! Os Legionários  são os espíritos  mais evoluídos do planeta, porque  não  se agarram a exclusividades, sectarismos, radicalismos, intolerâncias, intransigências. A verdadeira Família Legionária, os 144.000 salvos, um só rebanho para um só Pastor, representa o que há de mais elevado em matéria de elevação espiritual.

Capítulo 1, versículos 11 a 18:

Vamos ver o que significa espiritualmente o "Dia do Senhor". 

Afinal, a que dia se refere esta designação "Dia do Senhor"

Qual o significado desta expressão "Dia do Senhor"Vocês sabem, muito bem, que quatro posições são tomadas por quatro classes de pessoas espiritualizadas:

Primeira: uma classe defende que a expressão "Dia do Senhor" abrange toda a dispensação cristã (não significa qualquer dia particular de 24 horas).

Segunda: outra classe já opina que o "Dia do Senhor" é o dia do juízo final, o futuro   "Dia do Senhor"   a   que   tantas   vezes   se   faz   referência  nas Escrituras Sagradas, isto é, na Bíblia, a Palavra de Deus.

Terceira: o terceiro ponto de vista, talvez o mais geralmente admitido, é o daqueles que afirmam que a expressão se refere ao domingo, primeiro dia da semana.

Quarta: o último ponto de vista - outra classe mantém que significa o sétimo dia: o "Sábado do Senhor".

"Então vamos logicar", como diria o saudoso Leopoldo Machado, o Legionário número 2. Vamos "logicar":

primeiro ponto: à primeira destas posições basta responder que o livro do Apocalipse é datado pelo seu autor João, o Evangelista, na ilha de Patmos, no "dia do Senhor". Prestem bem atenção! O autor, o lugar onde foi escrito, o dia em que foi datado, tem uma existência real e não apenas uma existência simbólica ou mística. Mas se dizemos que o "dia" significa a dispensação cristã, então demos-lhe um significado simbólico ou místico, o que não seria admissível. Além disto, esta posição implica o absurdo de fazer João, o Evangelista, dizer 65 anos depois da "morte" do Cristo. Vejam bem, que a visão relatada foi vista por ele na dispensação cristã, como se algum cristão pudesse ignorar este fato. Sai dessa! Não tem saída!

Segundo ponto: a segunda posição, a de que se refere ao "dia do juízo, do julgamento",  não pode ser correta, pois embora João possa haver tido uma visão acerca do "dia do juízo", não a podia ter neste dia. Por quê? Porque este era ainda futuro. A palavra traduzida por Hemphill, do grego original, quando se refere a tempo, é definida pelo famoso Robinson nos termos seguintes: tempo em que, um ponto ou período definido em, durante o qual alguma coisa tem lugar. Nunca significa acerca de, nunca sobre, sendo assim, os que referem esta expressão ao "dia do juízo", ou contradizem a linguagem usada fazendo-a  significar "acerca" em vez de "em", ou fazem João afirmar uma estranha falsidade dizendo que teria uma visão da ilha de Patmos, aproximadamente dezenove séculos no  "dia do juízo", que seria ainda futuro. Isto é muito importante!

Terceiro ponto: para o terceiro ponto de vista, que é o geralmente seguido, diga-se de passagem, que o "dia do Senhor" significa o domingo, primeiro dia da semana. Desejaríamos, entretanto, uma prova. Que evidência temos nós para fazer semelhante afirmação? O próprio texto não define a expressão "dia do Senhor". Por isso, se significa o primeiro dia da semana, devemos procurar noutra parte da Bíblia a prova de que esse dia da semana é sempre assim designado.

Os únicos outros escritores inspirados que falam do "primeiro dia", são: Mateus, Marcos, Lucas e Paulo Apóstolo, e falam dele, simplesmente, como primeiro dia da semana, nunca falam dele distinguindo-o de qualquer outro dos seis dias de trabalho.   Isto  é notável para o ponto  de



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