segunda-feira, 1 de julho de 2019


Já advertia o próprio Jesus: "Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas!" Ou então: "Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia".

Semelhantemente o sol quer dizer: a luz, a glória na dispensação do Evangelho; a lua, a dispensação mosaica. Como a lua brilha com uma luz emprestada (derivada do sol), assim a primeira dispensação (a mosaica) brilhou com uma luz emprestada da presente dispensação, a do Evangelho. Aquela era o tipo e era a sombra, esta é o antítipo e a substância.

"uma coroa de doze estrelas" - Quer dizer os doze Apóstolos.

E que significa "um grande dragão vermelho"? - Roma pagã.

"Céu"? - O espaço em que isto foi visto representado, pelo apóstolo e agora profeta. Não vamos supor que as cenas aqui apresentadas a São João tiveram lugar no céu onde Deus reside, segundo a tradição religiosa, porque há acontecimentos que ocorreram aqui mesmo, na terra. Mas esta representação cênica, que passou perante os olhos do profeta, se deu como que na região ocupada pelo sol, lua, estrelas, de que falamos como sendo, geralmente, o céu.

Os versículos 1 e 2 abrangem um período de tempo que começa logo, antes do início da presente dispensação. Quando a Igreja, ardentemente almejava, esperava o advento de Jesus, e que se estende até o tempo do completo estabelecimento da Igreja do Evangelho, com a sua coroa de doze apóstolos (Evangelho de Jesus segundo São Lucas, capítulo 2, versículos 25, 26 e 38). Seria difícil encontrar símbolos mais adaptados, mais impressionantes dos que estes aqui empregados. Ora, a dispensação mosaica brilhou com luz recebida da dispensação cristã, evidentemente; Moisés foi apenas um emissário de Cristo Jesus, assim como a lua brilha com a luz que recebe do sol (porque não tem luz própria). João, a propósito, portanto, representara a primeira pela lua, e a segunda pelo sol.

A mulher (a Igreja) tinha a lua debaixo dos seus pés, isto é: a dispensação mosaica acabava de terminar.

A mulher estava revestida com a luz do sol do Evangelho, que acabava de nascer. Pela figura chamada prolepse, a Igreja representada como inteiramente organizada com seus doze Apóstolos antes de Cristo Jesus, como criança, aparecer em cena. Facilmente se explica isto, pelo fato de que ela devia ser assim constituída logo depois de o Cristo começar o seu apostolado ou ministério. E ele está relacionado de maneira mais especial com esta Igreja do que com a Igreja da primeira dispensação.

Não há motivo para qualquer incompreensão da passagem, por isso mesmo, com esta representação não se faz qualquer violência ao correto sistema de interpretação do Apocalipse. E é o melhor de todos eles, porque é o sistema profético-histórico (ou histórico-profético), e a verdade não tem medo da história; evidentemente, não pode ter.

Capítulo 12, versículos 4, 5 e 6: sempre em pequenas doses, porque o livro é realmente difícil, mas não é nenhum bicho de sete cabeças para qualquer Legionário digno deste nome. Aquele Legionário a quem Jesus pode dizer, tranquilamente: "Sê fiel até a morte e eu te darei a coroa da vida".

"E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que ela dando à luz lhe tragasse o filho. E ela deu à luz a um filho varão, que há de reger todas as nações com vara de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono. E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias."

"a terça parte das estrelas do céu" - O dragão levou após si, a terça parte das estrelas do céu. Ora, se as doze estrelas com que a mulher está cercada aqui, simbolicamente representam os doze Apóstolos, então, as estrelas lançadas por terra pelo dragão antes da sua tentativa de matar o menino, ou, antes da Era chamada Cristã, querem representar uma parte dos chefes do povo judaico: exatamente uma parte dos chefes do povo hebreu ou judeu (já vimos no capítulo 8, versículo 12, que sol, lua, estrelas, são algumas vezes usados neste sentido simbólico). O "dragão" sendo um símbolo, só podia referir-se às estrelas simbólicas.

E a cronologia do ato, aqui mencionado, deve limitá-lo ao povo judeu. Por quê?

Fácil de compreender: a Judeia tornou-se uma província romana 63 anos antes do nascimento do Messias anunciado desde Moisés. Os judeus tiveram três classes de chefes: reis, sacerdotes e sinédrio. Uma delas, a dos reis, foi suprimida pelo poder romano.

Philips Schimitt, na sua "História do Mundo", volume III, página 181, depois de descrever o cerco de Jerusalém pelos romanos e por Herodes, sua capitulação na primavera de 37 A.C. após obstinada resistência de seis meses, escreve:

"Tal foi o fim da dinastia dos hasmoneus, exatamente 130 anos depois das primeiras vitórias de Judas Macabeu, e no sétimo ano da assunção do diadema por Aristóbulo I".

"O dragão se pôs diante da mulher para  lhe tragar o filho".  Torna-se, agora, necessário identificar o poder simbolizado pelo dragão. 

Isto, também, podemos fazer facilmente.

O testemunho acerca do filho que o dragão procura destruir é aplicável apenas a um ser aparecido no mundo: Nosso Senhor e Mestre Jesus, nenhum outro foi arrebatado para Deus e para o seu trono. Mas, Ele foi, assim, exaltado (São Paulo aos Efésios, capítulo 1, versículos 20 e 21; São Paulo aos Hebreus, capítulo 8, versículo 1; e neste Apocalipse, capítulo 3, versículo 21).

Nenhum outro recebeu de Deus a missão de reger todas as nações com vara de ferro, mas, somente a Ele foi confiada esta Obra (livro dos Salmos, capítulo 2, versículos 7 a 9).

Certamente não pode haver dúvida, nenhuma dúvida de que o "filho" representa   Jesus.    O tempo  a  que  a  profecia  se  refere  é,   também, evidentemente, o tempo em que Jesus apareceu neste mundo como criança, em Belém. Se o Cristo era o "filho" aqui mencionado, e estabelecida a cronologia da profecia   no   tempo  em  que  Ele  nasceu  neste  mundo  com seu corpo fluídico, fácil será encontrar o poder simbolizado pelo "dragão",  porque o "dragão" representa algum poder que tentou destruir Jesus logo no nascimento.

Fez alguma tentativa neste sentido? Quem foi que a fez? Não é necessário dar uma resposta formal a estas perguntas para quem tenha sabido como Herodes, num esforço hostil por destruir o infante Jesus, mandou matar todas as crianças em Belém até a idade de dois anos.

"E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que ela dando à luz lhe tragasse o filho. E ela deu à luz a um filho varão, que há de reger todas as nações com vara de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono. E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias."

Já vimos que, se o Cristo era o "filho" aqui mencionado, estabelecida, perfeitamente, a cronologia desta profecia no tempo em que Ele veio a este mundo, é muito fácil caracterizar o poder que aqui é simbolizado pelo "dragão". Evidentemente o "dragão" representa algum poder que tentou destruir Jesus logo ao nascer, então vamos raciocinar. Houve alguma tentativa neste sentido? Quem foi que a fez? Não é necessário dar uma resposta formal. Quem conhece o Evangelho sabe como Herodes, num esforço hostil por destruir o menino Jesus, mandou matar todas as crianças de dois anos para baixo, lá em Belém.

Mas, afinal, quem era esse senhor Herodes? Era um governador romano. Ora, de Roma procedia o poder desse Herodes, Roma dominava naquele tempo sobre todo o mundo (basta ver o Evangelho de Jesus segundo São Lucas, capítulo 2, versículo 1), portanto era a parte responsável neste ato representando Roma.

Além disso, era o único poder da terra que, naquela altura, podia ser simbolizado em profecia pela simples razão de que o seu domínio era universal. Não é, portanto, sem a mais concludente razão, que o Império Romano é, geralmente, considerado pelos comentadores como o poder indicado por esse "grande dragão vermelho". E é digno de menção, durante o segundo, terceiro, quarto e quinto século da Era chamada Cristã, depois da águia, era o dragão a principal insígnia dos exércitos romanos.



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