ferozmente desde a madrugada até as
onze horas, vinte e oito estandartes, além dos que puderam ser quebrados ou
rasgados, foram tomados aos persas. A maior parte do seu exército foi
trucidado, e os vencedores, ocultando as próprias perdas, passaram a noite no
campo. As cidades e palácios da Assíria foram abertos pela primeira vez aos
romanos. O imperador não se fortaleceu com as conquistas realizadas, e um
caminho se abriu, ao mesmo tempo, pelos mesmos meios, para as multidões de
sarracenos que, como os gafanhotos da mesma região, rapidamente se espalharam
pelos impérios persa e romano.
Não se poderia desejar mais completa
ilustração deste fato do que apresentada nas palavras finais do capítulo de
Gibbon. Apesar de se ter formado sobre o estandarte de Heráclio um exército
vitorioso e ingente esforço, parece mais ter esgotado do que exercitado a sua
força. Enquanto o imperador triunfava em Constantinopla ou Jerusalém, uma
obscura cidade dos confins da Síria era pilhada pelos sarracenos que trucidaram
algumas tropas que vinham em sua defesa. Ocorrência, aliás, banal se não
tivesse sido o prelúdio de uma revolução poderosa: esses invasores eram os
adeptos de Maomé. Seu frenético valor tinha emergido do deserto.
E nos últimos oito anos do seu reinado, Heráclio deixou arrebatar aos árabes as mesmas províncias que ele tinha
conquistado aos persas. O espírito de fraude, o entusiasmo, cuja morada não é o
céu, foi deixado a solta, apenas faltava uma "chave para abrir o poço do
abismo", e esta "chave" foi a queda de Cósroes; ele havia
rasgado, com desprezo, a carta de um obscuro cidadão de Meca. Mas quando do seu
fastígio de glória desceu para a torre de trevas que nenhum olho podia
penetrar, o nome Cósroes tinha de passar, depressa, ao esquecimento diante do
nome de Maomé. O crescente parecia aguardar apenas a queda da estrela para se
levantar. Cósroes, depois do seu completo fracasso e perda do império, foi
assassinado no ano de 628. O ano 629 é assinalado pela conquista da Arábia e
pela primeira guerra dos maometanos contra Império Romano.
"E o quinto
anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra. E foi-lhe
dada chave do poço do abismo; e abriu o poço do abismo e caiu na terra."
Quando se exauriu a força do Império Romano
e o grande rei do Oriente caiu morto na sua torre de trevas, a pilhagem de uma
obscura cidade dos confins da Síria foi o prelúdio de uma poderosa revolução.
Os invasores eram os adeptos de Maomé, seu frenético valor tinha subido do
deserto.
E este "poço do abismo"? O original grego pode se referir a
qualquer lugar devastado, inculto e solitário. Aplica-se à terra no seu
originário estado de caos, como vemos em Moisés, livro de Gênesis, capítulo 1,
versículo 2. Nesse caso, pode-se, com propriedade, se referir às desconhecidas
planícies do deserto da Arábia, de cujos confins irromperam as hordas dos
sarracenos como nuvem de gafanhotos. E a queda Cósroes, o rei da Pérsia, pode
bem ser representada como a abertura do poço do abismo no sentido de ter preparado
o caminho para os homens de Maomé.
No versículo 2 deste capítulo 9: "E abriu o
poço do abismo, e subiu fumo do poço como fumo de uma grande fornalha, e com o
fumo do poço se escureceu o sol e também o ar."
Como os nocivos e até mortais vapores dos
ventos, em particular, os do Sudeste, que se espalham na Arábia, o maometismo
nos seus primeiros tempos de violência espalhou aí o seu poder. Levantou-se tão
rapidamente e se espalhou tanto como o fumo que se levanta de um poço, como o
fumo de uma grande fornalha. É este um adequado símbolo de Maomé: uma fornalha;
uma fornalha em si mesma, comparada com a forte luz do Evangelho.
Aliás,
qualquer doutrina é fumo de fornalha
perto da DOUTRINA
DE JESUS. Qualquer religião, não
analisada à luz do Novo Mandamento, não passa de fumo de fornalha. Não estamos
aqui desfazendo de nenhuma religião ou filosofia, nenhuma doutrina.
Na Religião do Novo Mandamento faz
parte respeitar e fazer respeitar todas as crenças, mas, realmente, toda
doutrina, por mais pura que seja, é fumo de fornalha perto da LUZ DIVINA do
Evangelho e do Apocalipse à luz do Novo Mandamento. Portanto, cumpriu-se mais
uma vez a profecia: "Abriu o poço do abismo, e subiu fumo do poço como fumo de uma
grande fornalha, escurecendo o sol e o ar".
Tudo o que os homens fazem acaba sendo
este fumo de fornalha, escurecendo o sol e o ar, porque dos homens não sai nada
perfeito. Por isso é que a Religião do Novo Mandamento não tem ninguém para
administrar, nem manobrar. A direção desta RELIGIÃO, que será do Terceiro
Milênio, do autêntico Cristianismo, a direção desta RELIGIÃO, é esta: DEUS, O
CRISTO E O ESPÍRITO SANTO. Estes é que são os administradores. O homenzinho
mesmo, não põe a mão, nem mulherzinha nenhuma, ninguém põe a mãozinha lá. É
inacessível à sanha do homem.
Capítulo 9, versículo 3:
"E do fumo
vieram gafanhotos sobre a terra; e lhes foi dado poder como o poder que têm os
escorpiões da terra,"
É a consequência daquela invasão.
Levantou-se uma religião nova que constituindo, embora, o flagelo dos idólatras
e transgressores da falsa religião, também encheu o mundo de novas trevas e
novos erros. Bandos de sarracenos,
como gafanhotos, infestaram
o mundo rapidamente estendendo
seus flagelos sobre o império romano, desde o Oriente até o Ocidente. A saraiva
desceu das gélidas praias do Báltico, o monte a arder foi lançado da África
sobre o mar, os gafanhotos vieram destruidores, instigados da rapina. e a
violência por motivos de interesses e de religião. Por mais incrível que
pareça, até hoje a religião no mundo tem sido um excelente pretexto para
rapina, por isso é que a do Novo Mandamento não pode ser administrada por
nenhum homem.
Encontramos uma ilustração mais
específica ainda:
"que o poder que lhe foi dado foi o poder que têm os escorpiões da
terra".
Não só o seu ataque era fulminante e vigoroso, mas a sensibilidade da honra que
tolera menos um insulto do que a ofensa
corporal lançou
um veneno mortal nas
contendas dos árabes. Uma ação
deplorável, uma palavra de desprezo só podem ser, realmente, expiadas pelo
sangue do ofensor. Tamanha é a sua inveterada paciência, que guardam meses e
anos, anos e anos inteiros, até aquela horinha perfeita da forra ou da
vingança.
Capítulo 9, versículo 4:
"foi-lhes
dito que não fizessem dano à erva da terra, nem à verdura alguma, nem a árvore
alguma mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de
Deus."
Isto é muito importante! Porque a
história se repete; estes acontecimentos já se repetiram para quem tem olhos de
ver, porque a humanidade evolui em pequenos ciclos dentro de um grande ciclo.
Como é que foi isso?
Poupados somente
os homens que não têm na suas testas o sinal de Deus. Isto é muito importante!
Vamos reler o versículo 4, do capítulo 9: "foi-lhes dito que não fizessem dano a erva da
terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma mas somente aos homens que não
têm nas suas testas o sinal de Deus." É possível que eu tenha, aqui, me enganado na leitura
deste versículo, mas é esta: "foi-lhes dito que não fizessem dano a erva da terra, nem a verdura
alguma, nem a árvore alguma mas somente aos homens que não têm nas suas testas
o sinal de Deus."
Vamos explicar: depois da morte de
Maomé, sucedeu-lhe no comando Abu-Becre, em 632 e, logo depois, de bem
estabelecida a sua autoridade no governo, dirigiram uma
carta circular às tribos árabes, da qual se destaca este trecho:
"Quando travardes as
batalhas do Senhor portai-vos como homens; nunca voltando as costas. Que a
vossa vitória não seja manchada com o sangue de mulheres e crianças, não
destruas as palmeiras, nem queimeis as searas, não corteis as árvores
frutíferas nem maltrateis os animais, a não ser que os tenhais de matar para
vosso sustento. Quando fizerdes alguma aliança ou contrato, permanecei-lhe
fiéis, não falteis à vossa palavra. Encontrareis no vosso caminho algumas
pessoas religiosas que vivem retiradas em mosteiros e, desse modo se propõem
servir a Deus. Se são sinceras, deixai-as, não as mateis nem destruais os seus
mosteiros. Encontrareis, também, outra classe de pessoas que pertencem à
sinagoga de Satanás e têm coroas raspadas. Fendei-lhes os crânios, não lhes
deis descanso até que se tornem maometano ou paguem tributo."
Não se diz, na profecia nem na
história, que os conselhos mais humanos tenham sido tão exemplarmente obedecidos
como esta ordem feroz, mas o que é certo é que lhes foi assim mandado. E as
instruções precedentes são as únicas apresentadas como dadas a Abu-Becre aos
chefes, cujo dever era transmitir as ordens a todas hostes sarracenas. Estas
ordens concordavam tanto com a predição, que se diria que o próprio califa agiu
cientemente em obediência direta a um mandado mais elevado que do homem mortal.
No próprio ato de partir para a luta para propagar o maometismo em lugar do
cristianismo, repetiu as palavras que no Apocalipse de Jesus se encontrava
predito que ele havia de dizer.
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