sexta-feira, 5 de julho de 2019


ferozmente desde a madrugada até as onze horas, vinte e oito estandartes, além dos que puderam ser quebrados ou rasgados, foram tomados aos persas. A maior parte do seu exército foi trucidado, e os vencedores, ocultando as próprias perdas, passaram a noite no campo. As cidades e palácios da Assíria foram abertos pela primeira vez aos romanos. O imperador não se fortaleceu com as conquistas realizadas, e um caminho se abriu, ao mesmo tempo, pelos mesmos meios, para as multidões de sarracenos que, como os gafanhotos da mesma região, rapidamente se espalharam pelos impérios persa e romano.

Não se poderia desejar mais completa ilustração deste fato do que apresentada nas palavras finais do capítulo de Gibbon. Apesar de se ter formado sobre o estandarte de Heráclio um exército vitorioso e ingente esforço, parece mais ter esgotado do que exercitado a sua força. Enquanto o imperador triunfava em Constantinopla ou Jerusalém, uma obscura cidade dos confins da Síria era pilhada pelos sarracenos que trucidaram algumas tropas que vinham em sua defesa. Ocorrência, aliás, banal se não tivesse sido o prelúdio de uma revolução poderosa: esses invasores eram os adeptos de Maomé. Seu frenético valor tinha emergido do deserto.

E nos últimos oito anos do seu reinado, Heráclio deixou arrebatar aos árabes as mesmas províncias que ele tinha conquistado aos persas. O espírito de fraude, o entusiasmo, cuja morada não é o céu, foi deixado a solta, apenas faltava uma "chave para abrir o poço do abismo", e esta "chave" foi a queda de Cósroes; ele havia rasgado, com desprezo, a carta de um obscuro cidadão de Meca. Mas quando do seu fastígio de glória desceu para a torre de trevas que nenhum olho podia penetrar, o nome Cósroes tinha de passar, depressa, ao esquecimento diante do nome de Maomé. O crescente parecia aguardar apenas a queda da estrela para se levantar. Cósroes, depois do seu completo fracasso e perda do império, foi assassinado no ano de 628. O ano 629 é assinalado pela conquista da Arábia e pela primeira guerra dos maometanos contra Império Romano.

"E o quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra. E foi-lhe dada chave do poço do abismo; e abriu o poço do abismo e caiu na terra." 

Quando se exauriu a força do Império Romano e o grande rei do Oriente caiu morto na sua torre de trevas, a pilhagem de uma obscura cidade dos confins da Síria foi o prelúdio de uma poderosa revolução. Os invasores eram os adeptos de Maomé, seu frenético valor tinha subido do deserto.

E este "poço do abismo"? O original grego pode se referir a qualquer lugar devastado, inculto e solitário. Aplica-se à terra no seu originário estado de caos, como vemos em Moisés, livro de Gênesis, capítulo 1, versículo 2. Nesse caso, pode-se, com propriedade, se referir às desconhecidas planícies do deserto da Arábia, de cujos confins irromperam as hordas dos sarracenos como nuvem de gafanhotos. E a queda Cósroes, o rei da Pérsia, pode bem ser representada como a abertura do poço do abismo no sentido de ter preparado o caminho para os homens de Maomé.

No versículo 2 deste capítulo 9: "E abriu o poço do abismo, e subiu fumo do poço como fumo de uma grande fornalha, e com o fumo do poço se escureceu o sol e também o ar."

Como os nocivos e até mortais vapores dos ventos, em particular, os do Sudeste, que se espalham na Arábia, o maometismo nos seus primeiros tempos de violência espalhou aí o seu poder. Levantou-se tão rapidamente e se espalhou tanto como o fumo que se levanta de um poço, como o fumo de uma grande fornalha. É este um adequado símbolo de Maomé: uma fornalha; uma fornalha em si mesma, comparada com a forte luz do Evangelho. 

Aliás, qualquer doutrina é  fumo  de  fornalha  perto  da   DOUTRINA   DE JESUS. Qualquer religião, não analisada à luz do Novo Mandamento, não passa de fumo de fornalha. Não estamos aqui desfazendo de nenhuma religião ou filosofia, nenhuma doutrina.

Na Religião do Novo Mandamento faz parte respeitar e fazer respeitar todas as crenças, mas, realmente, toda doutrina, por mais pura que seja, é fumo de fornalha perto da LUZ DIVINA do Evangelho e do Apocalipse à luz do Novo Mandamento. Portanto, cumpriu-se mais uma vez a profecia: "Abriu o poço do abismo, e subiu fumo do poço como fumo de uma grande fornalha, escurecendo o sol e o ar".

Tudo o que os homens fazem acaba sendo este fumo de fornalha, escurecendo o sol e o ar, porque dos homens não sai nada perfeito. Por isso é que a Religião do Novo Mandamento não tem ninguém para administrar, nem manobrar. A direção desta RELIGIÃO, que será do Terceiro Milênio, do autêntico Cristianismo, a direção desta RELIGIÃO, é esta: DEUS, O CRISTO E O ESPÍRITO SANTO. Estes é que são os administradores. O homenzinho mesmo, não põe a mão, nem mulherzinha nenhuma, ninguém põe a mãozinha lá. É inacessível à sanha do homem.

Capítulo 9, versículo 3: 

"E do fumo vieram gafanhotos sobre a terra; e lhes foi dado poder como o poder que têm os escorpiões da terra,"

É a consequência daquela invasão. Levantou-se uma religião nova que constituindo, embora, o flagelo dos idólatras e transgressores da falsa religião, também encheu o mundo de novas trevas e novos erros.  Bandos de   sarracenos,  como   gafanhotos,  infestaram  o  mundo rapidamente estendendo seus flagelos sobre o império romano, desde o Oriente até o Ocidente. A saraiva desceu das gélidas praias do Báltico, o monte a arder foi lançado da África sobre o mar, os gafanhotos vieram destruidores, instigados da rapina. e a violência por motivos de interesses e de religião. Por mais incrível que pareça, até hoje a religião no mundo tem sido um excelente pretexto para rapina, por isso é que a do Novo Mandamento não pode ser administrada por nenhum homem.

Encontramos uma ilustração mais específica ainda: 

"que o poder que lhe foi dado foi o poder que têm os escorpiões da terra"

Não só o seu ataque era fulminante e vigoroso, mas a sensibilidade da honra que tolera menos um  insulto  do  que  a  ofensa   corporal  lançou  um veneno  mortal   nas
contendas dos árabes. Uma ação deplorável, uma palavra de desprezo só podem ser, realmente, expiadas pelo sangue do ofensor. Tamanha é a sua inveterada paciência, que guardam meses e anos, anos e anos inteiros, até aquela horinha perfeita da forra ou da vingança.

Capítulo 9, versículo 4: 

"foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem à verdura alguma, nem a árvore alguma mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus."

Isto é muito importante! Porque a história se repete; estes acontecimentos já se repetiram para quem tem olhos de ver, porque a humanidade evolui em pequenos ciclos dentro de um grande ciclo.

Como é que foi isso? 

Poupados somente os homens que não têm na suas testas o sinal de Deus. Isto é muito importante! Vamos reler o versículo 4, do capítulo 9: "foi-lhes dito que não fizessem dano a erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus." É possível que eu tenha, aqui, me enganado na leitura deste versículo, mas é esta: "foi-lhes dito que não fizessem dano a erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus."

Vamos explicar: depois da morte de Maomé, sucedeu-lhe no comando Abu-Becre, em 632 e, logo depois, de bem estabelecida  a  sua autoridade no governo, dirigiram uma carta circular às tribos árabes, da qual se destaca este trecho:

"Quando travardes as batalhas do Senhor portai-vos como homens; nunca voltando as costas. Que a vossa vitória não seja manchada com o sangue de mulheres e crianças, não destruas as palmeiras, nem queimeis as searas, não corteis as árvores frutíferas nem maltrateis os animais, a não ser que os tenhais de matar para vosso sustento. Quando fizerdes alguma aliança ou contrato, permanecei-lhe fiéis, não falteis à vossa palavra. Encontrareis no vosso caminho algumas pessoas religiosas que vivem retiradas em mosteiros e, desse modo se propõem servir a Deus. Se são sinceras, deixai-as, não as mateis nem destruais os seus mosteiros. Encontrareis, também, outra classe de pessoas que pertencem à sinagoga de Satanás e têm coroas raspadas. Fendei-lhes os crânios, não lhes deis descanso até que se tornem maometano ou paguem tributo."

Não se diz, na profecia nem na história, que os conselhos mais humanos tenham sido tão exemplarmente obedecidos como esta ordem feroz, mas o que é certo é que lhes foi assim mandado. E as instruções precedentes são as únicas apresentadas como dadas a Abu-Becre aos chefes, cujo dever era transmitir as ordens a todas hostes sarracenas. Estas ordens concordavam tanto com a predição, que se diria que o próprio califa agiu cientemente em obediência direta a um mandado mais elevado que do homem mortal. No próprio ato de partir para a luta para propagar o maometismo em lugar do cristianismo, repetiu as palavras que no Apocalipse de Jesus se encontrava predito que ele havia de dizer.



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