sábado, 13 de julho de 2019


E o sinal do "amor"? Por estranho que pareça este sinal é o castigo, como já expliquei muitas vezes ao pregar o Evangelho da Verdade. Esta palavra do Apocalipse: "aqueles a quem amo repreendo e castigo", isto é sinal de AMOR. Não é estranho? Se estamos sem castigo, diz São Paulo, não somos filhos (quem quiser verificar releia a Epístola aos Hebreus, capítulo 12). 

Comentando esta passagem, diz Thompson (aqui é apresentada uma lei do mal, na sua grandiosa ecumênica): "Como todos precisam de castigo em alguma medida, porque ninguém é perfeito, também alguma medida recebem e tem, assim, provas da dedicação do Redentor". É uma lição dura de aprender. Os crentes são tardos estudantes, mas aqui, através da Palavra e da Providência de Deus, se estabelece que as provas são bênçãos suas. Que nenhum filho é poupado à vara. Os cábulas, estúpidos, incorrigíveis, são rejeitados, ao passo que os escolhidos para gloriosa estrutura são sujeitos ao cinzel e ao martelo de Deus. Não há cacho da verdadeira vinha que não tenha que passar pelo lagar.

Comenta um outro estudioso: 

"Quanto a mim, quando estou em aflição, bendigo a Deus por ter observado e sentido tanta misericórdia nesta dura dispensação divina, e eu fico quase transportado. Muito me alegro ao pensar quão infinitamente doces são as misericórdias divinas, ao ver como os seus castigos são verdadeiramente gloriosos". 

Atendendo, portanto, a origem e aos desígnios dos castigos que recebes, meu irmão Legionário, não percas tempo, não percas um golpe da vara, trata de ver o teu erro, porque quem está julgando é Jesus. Arrepende-te, diz a mensagem, isto é, acerta o passo, e esta  é  a  primeira aplicação da própria verdade para salvação de todos nós. Eis um meio: Trata de ser realmente zeloso e arrepende-te da tua vaidade, ainda que, como vimos, estava apresentado pela "frieza" ou "tibieza". Somos aconselhados a atingir um mundo mais elevado, então temos de ser zelosos, fervorosos, dedicados e a ter nosso coração abrasado no serviço do Mestre Jesus.

Aí chega o símbolo de "Jesus batendo à porta", prestem atenção! Aqui está o coração dos corações, o Cristo de Deus, não obstante o rigor da sua assertiva que Ele repreende e castiga. Qual nada! Ele ama tanto as suas almas que se humilha para lhes solicitar o privilégio de abençoá-las. Então, diz Jesus: "Eis que estou à porta e bato". Eis que estou à porta de cada Legionário e bato. Por que bato? Não é com receio de dormir na rua; entre as moradas da casa do Pai nenhuma está fechada para Ele. 

Ele é a vida de todos os corações, é a luz de todos os olhos, é o cântico de glória de todas as bocas, de todos os lábios, entretanto, anda o Rei de porta em porta, humildemente, em Laodicéia. Está junto de cada Legionário e bate, porque veio procurar e salvar o que estava perdido, o que extraviou, o que desertou da salvação. Por quê? Porque não pode abandonar o propósito de comunicar a vida eterna a todos aqueles que o Pai lhe deu, então vai procurar as ovelhas transviadas. 

Compraste um campo? Compraste tudo de bom que Eu te dei? Estás com o chapéu na mão pedindo desculpas? Ele bate e torna a bater. Estou eu aqui batendo, na hora do Culto, da Cruzada do Novo Mandamento. É a oportunidade de fazer uma visita cristã a um indivíduo, a uma família. Se assim não fizeste, ó que infeliz tibieza! Gente morna, fatal mundanismo às seduções do mundo, de ouvido pronto a ouvir as calúnias, injúrias, intrigas da ignorância e da má fé.

E o Senhor da Glória deixa o seu palácio celestial e vem na pobreza, com suor, sangue e lágrimas, bater à porta de alguém que era cristão ou Legionário. E agora, o que Ele faz? Jesus quer entrar e não pode entrar neste coração, vem salvar uma criatura cuja casa está a arder mas não quer admitir. Então, como dizia São Paulo: "Ó dura profundidade é a paciência de Cristo Jesus!" Até o pagão Públio recebeu São Paulo e o hospedou consigo três dias cortesmente. Um pagão!  Hão de os Legionário dizer ao Senhor e seus Apóstolos, ao Senhor dos céus e da terra, que não tem aposento para Ele? Jesus suplica ao mesmo tempo em que bate à porta, com a palavra supõe que alguns não hão de ouvi-la. Embora esteja à porta, e bata e suplique até que seus cabelos se umedeçam com o orvalho da noite, alguns fecharão os ouvidos aos seus carinhosos rogos. Não basta ouvir, devemos ouvir e abrir a porta ao Cristo e Senhor. 

E muitos, que a princípio ouviram a voz, e durante algum tempo se sentiram inclinados a prestar atenção, deixarão, infelizmente, no fim, de fazer o necessário para lhes assegurar a comunhão do hóspede divino. Amigo, irmão Legionário, estão os seus ouvidos abertos aos rogos do Senhor que nos guia? É o tom da voz Dele bem vindo para ti? Queres ou não abrir a porta para deixá-lo entrar, ou está a porta do seu coração atravancada por montões de lixo? O lixo das vaidades, do orgulho, das calúnias, das infâmias. Se não queres remover este luxo deste lixo, este lixo deste luxo, por condescendência, covardia, apatia, tibieza: és morno!

E que promessa se segue, meu Deus!  "Se ele abrir, entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo". Que quadro expressivo temos aí! Amigo com amigo, participando da alegre e social refeição. Alma com alma, numa conversação franca e limpa. E que cena deve ser aquela em que o Rei da Glória é um hóspede! Esta linguagem não se refere a qualquer grau comum de união, a qualquer bênção comum, ordinária, a qualquer privilégio vulgar.  Quem poderá ficar indiferente a tão carinhosa súplica, tão extraordinária promessa? Nem sequer nos é preciso que ponhamos a mesa a este divino hóspede. Ele próprio é que traz aquele alimento divino, as iguarias da sua própria dispensa celestial. Apresenta-nos, aqui, a antevisão da glória que em breve será vivida. Dá-nos, aqui, penhor da futura herança, incorruptível, imaculada, imarcescível.

Na verdade, quando tivermos cumprido as condições, recebermos esta promessa, meus amigos e meus irmãos, experimentaremos o aparecimento da "estrela da alva" em nossos corações. Contemplaremos o realvar de uma gloriosa manhã para a Igreja do Novo Mandamento de Deus, a Igreja do Rebanho Único.

E depois, a promessa final. A promessa de cear com os seus discípulos. feita pelo Senhor. antes de ser dada a promessa final ao vencedor.  mostra que  as  bênçãos  incluídas  nesta  promessa  devem  ser  desfrutadas no estado presente, a partir de agora, em pleno inferno do mundo.

Eis a promessa ao vencedor: 

"Aquele que vencer Eu lhe concederei que se sente no trono comigo, assim como Eu venci e sentei com meu Pai no seu trono." 

Aqui culmina a promessa de Jesus. Depois de muito sofrimento, depois de muitas encarnações, aqui está o prêmio final: do seu estado de rebelde, caído, degredado, poluído, o homem é reconciliado com Deus pela obra do Cristo, com a proteção do Espírito Santo. Purificado das suas poluições, remido da queda lamentável e agora perdoado, revestido da imortalidade, e, finalmente, sentado no próprio trono do Cristo de Deus. A honra e a glória não podiam ir mais longe, as mentes humanas nem podem conceber esta glória e nem há termo na triste linguagem humana capaz de descrevê-la. Damos apenas, assim, uma ideia grosseira deste panorama de luz. Nós, pecadores, no trono do Cristo, sentados no Seu trono? Apenas podemos trabalhar, até que, vencedores por fim, saibamos o que vem lá.

Capítulo 3, versículos 20 a 22; e capítulo 4, versículos 1 a 5:

Uma coincidência extraordinária! Quando Jesus sentiu que era chegada a sua hora de ir ao Pai, de voltar ao Pai, Ele participou da última ceia com os seus Apóstolos e, agora, quando estamos no fim do ciclo e Ele está voltando, exatamente esse capítulo em que Ele diz: 

"Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, Eu entrarei em sua casa e com ele cearei e ele comigo" (capítulo 3, versículo 20).

Entre aqueles que interpretaram bem o seu Novo Mandamento e dele fizeram a sua regra de vida, para todos eles, este é o prêmio: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir  a minha voz e abrir a porta, eu entrarei em sua casa e com ele cearei e ele comigo". Quem não deseja esta graça de poder cear com o Mestre Divino e recebê-lo em sua casa, ou melhor, em seu próprio coração? Que coincidência espantosa! A promessa de cear com seus discípulos é feita pelo Senhor Jesus antes de ser dada a promessa final ao vencedor. Isto demonstra que as bênçãos incluídas nesta promessa devem ser desfrutadas no presente estado de provação.

E, agora, a promessa ao vencedor, o coroamento. "Aquele que vencer eu lhe concederei que sente comigo no meu trono, assim como eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono". Culmina, aqui, a promessa de Jesus. E, do seu estado rebelde e caído, poluído e degradado, o homem pecador é reconciliado com Deus pela mediação do Redentor. Purificado das suas poluições, remido da sua queda lamentável, e agora revestido da imortalidade, sentado, finalmente, sobre o próprio trono do Salvador. O próprio Jesus o afirma, e Jesus nunca mentiu; honra e a glória não poderiam ser maiores. Realmente, as criaturas humanas não podem conceber esse estado. A própria linguagem humana não o consegue descrever com fidelidade. Neste versículo não há apenas uma gloriosa promessa, mas, também, uma doutrina importantíssima. Vemos por ela que o Cristo reina, consecutivamente, sobre dois tronos: sobre o trono de seu  Pai  e  sobre  o  seu  próprio  trono. Ele declara, neste versículo, que



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