terça-feira, 2 de julho de 2019


Pois bem, uma besta, em profecia, significa um reino ou um poder (basta ver o livro do profeta Daniel, no Velho Testamento, capítulo 7, versículos 17 a 28).

Então se levanta, agora, uma questão:  Quando terminou, para as DUAS TESTEMUNHAS, o período de 1260 dias? E, algum reino, tal como é aqui descrito lhes fez guerra no tempo de que se fala aí?

Vamos responder, vamos raciocinar: já marcamos o ano 538 para o início de cesarismo romano na religião. Sendo os quarenta e dois meses, mil duzentos e sessenta dias proféticos (ou anos), somos levados até 1798. Mas por esses tempos não teria aparecido algum reino para lhe fazer guerra, como se fala aí?

Note-se bem, que esta besta, ou este reino que sobe do abismo não tem nenhum fundamento, é um poder ateu: É, ESPIRITUALMENTE, EGITO. Então vamos ver o Velho Testamento, no livro Êxodo de Moisés, capítulo 5, versículo 2: "Mas, disse o Faraó: Quem é o senhor Deus cuja a voz eu terei de ouvir para deixar sair o povo de Israel? Eu não conheço esse senhor Deus, nem tampouco deixarei sair o povo de Israel." Ora, vemos aqui, ateísmo franco, declarado.

Manifestou algum reino semelhante espírito por volta de 1798? Sim! O reino da França. A França negou a existência de Deus na famosa Revolução Francesa. 

Ora, espiritualmente, este poder chama-se Sodoma. Qual foi o pecado característico de Sodoma? Depravação sexual, licenciosidade absoluta: daí sodomita, daí sodomia. 

E a frança teve este caráter? Teve. A fornicação foi estabelecida por lei durante o período de que falamos. Nela, espiritualmente, o Senhor também foi crucificado. Isto, simbolicamente, é o mesmo que crucificar Jesus.

Mas isto foi verdade na França? Foi, sim senhor, em mais de um sentido. Uma conspiração foi feita na França para destruir os huguenotes. O memorável massacre de São Bartolomeu, com suas 70.000 vítimas, constitui uma nódoa inapagável na história da França. Assim, Jesus foi espiritualmente crucificado nos seus membros, nos cristãos assassinados na noite de São Bartolomeu. E, ainda há um detalhe histórico, a divisa dos franceses era: Esmagai o infame! Referindo-se ao próprio Jesus na pessoa dos seus seguidores cristãos.

Assim se pode dizer, portanto, mais uma vez, com verdade, onde o "Senhor foi crucificado", onde o "Senhor deles foi crucificado",  como está no versículo 7. Foi mesmo, moralmente foi, espiritualmente foi, e até hoje está sendo, porque crucificar não é só pegar um  corpo e pregar numa cruz. Pois bem, o próprio "espírito do abismo" foi derramado sobre a França em 1798.

A França fez guerra à Bíblia? Fez, sim senhor! No ano de 1793, a Assembleia Francesa promulgou um decreto proibindo a Bíblia.


Vejam bem, proibindo o Velho Testamento e o Novo Testamento, e ao abrigo deste decreto, as Bíblias  foram reunidas e queimadas, cobertas de todos os possíveis sinais de desprezo. Fizeram mais ainda: fecharam as instituições inspiradas na Bíblia. Fizeram mais ainda: o dia de descanso semanal foi anulado e, em seu lugar, consagraram cada 10 dias  para a folia e prostituição. Aboliram o batismo, a comunhão espiritual; a existência de Deus foi negada. 

A morte foi considerada um sono eterno: morreu acabou. Não há Deus, não há coisa nenhuma, não há espírito, não há alma, não há reencarnação, não há ressurreição, não há nada, nada, nada! O que há é a deusa razão na pessoa de uma prostituta, uma dissoluta mulher que foi proclamada e adorada publicamente na França.

Isto aconteceu na França, minha gente, dando cumprimento exato, integral, à profecia do Apocalipse. Tudo isto se cumpriu na França de 1793 a 1798. Deus se compadeça!

Capítulo 11, versículo 9: 

"E os homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus cadáveres por três dias e meio, e não permitirão que os seus corpos sejam postos em sepulcros." 

A linguagem deste versículo descreve os sentimentos de outras nações estranhas àquela que ultrajava as DUAS TESTEMUNHAS (isto é, o Velho Testamento e o Novo Testamento da Bíblia Sagrada). Elas veriam a guerra que a França tinha feito à Bíblia mas não seriam levadas a se empenhar, nacionalmente, nesta obra de impiedade, nem haveriam de tolerar que as mortas TESTEMUNHAS fossem sepultadas ou posta fora da vista entre elas, embora jazessem mortas três dias e meio, isto é, três anos e meio, na própria  França.

Não, a própria tentativa, por parte da França, serviu para levar por toda parte os cristãos a envidarem novos esforços em favor da Bíblia Sagrada. E é o que vamos ver no capítulo 11, versículo 10: 

"E os que habitam na terra se alegrarão sobre eles, se regozijarão, mandarão presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra."

Vemos aqui, a alegria que sentiram todos aqueles que odiavam a Bíblia que, afinal, não é livro de protestantes. A Bíblia é da Humanidade, não pertence ao protestantismo, a qualquer denominação evangélica ou protestante. A Bíblia pertence a toda Cristandade! 

Porque há aí, no Brasil, um linguajar pitoresco: "Eu sou Bíblia", "mamãe é Bíblia", "seu Joaquim é Bíblia". Como é que pode ser Bíblia? A Bíblia é o Livro dos livros, não pertence a ninguém, não é de ninguém, porque é de todos, é de toda a Humanidade, é de toda a Cristandade! É o Cristo de Deus Mediador, nos aproximando daquele que é, eternamente, o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim! 

Pois bem, durante algum tempo (isto é verdade), por toda terra foi geral a alegria dos infiéis, inimigos da Palavra de Deus. Mas o júbilo dos ímpios é  breve  (como está na própria Palavra de Deus),  e  assim  aconteceu na França, porque a sua guerra contra a Bíblia, contra o próprio Cristo, bem cedo  tragou a todos.

Pretenderam destruir as DUAS TESTEMUNHAS do Cristo, o Velho e o Novo Testamento, mas encheram a França de sangue e de terror, de sorte que ficaram horrorizados com os resultados das suas ímpias ações, e, em breve, se alegraram por tirar da Bíblia suas mãos sacrílegas. Quem é que pode mais que o próprio Deus?

Capítulo 11, versículo 11: "E depois daqueles três dias e meio, um espírito de vida vindo de Deus, entrou neles, e se puseram sobre os seus pés, e caiu grande temor sobre os que o viram;"

Isto é História, e nós estamos dando o Apocalipse pelo método profético-histórico ou, como quiserem, histórico-profético. Gostamos muito da Palavra de Deus, mas gostamos, também, da palavra da Ciência. Fé que não está de acordo com a Ciência é fé morta, é fanatismo religioso, é debilidade mental. Religião, só aquela que encara, frente a frente, a Ciência, a Filosofia e tudo mais.

Pois bem, no ano de 1793, a Assembleia Francesa tinha promulgado um decreto suprimindo, completamente, a Bíblia Sagrada. Justamente três anos depois foi apresentada à Assembleia uma resolução para suspender o decreto, e dar tolerância às Santas Escrituras.  Esta resolução esteve na mesa durante seis meses, nada menos, nada mais. Finalmente, foi retirada e decretada, sem nenhum voto contrário. A Convenção Nacional tinha abolido toda a religião na França, em 26 de novembro de  1793, pois bem, a mesma Convenção Nacional Francesa restabeleceu a religião, em 17 de junho de 1797.

Até que vale a pena recordar o que está na Gazeta Nacional, de 14 de novembro de 1793: "A sociedade popular de secção do museu, faz ciente que os cidadãos desta secção, tem dado boa conta de todos os livros da superstição e da mentira. Livros de missa, livros de oração, Antigos e Novos Testamentos, têm expiado numa grande fogueira as tolices a que a raça humana foi levada a cometer". Estão vendo o exagero? Mas que a Bíblia tem com isso? A Bíblia não tem nada com missa, nem culto protestante, nem centro de terreiro, nem centro de Kardec. A Bíblia não tem nada com isso, a Bíblia é anterior a tudo isso. Ninguém é dono da Bíblia, senhoras e senhores! A Bíblia é a Palavra de Deus para todos os seus filhos. 

Pois bem, vamos ver o reverso da medalha. A mesma Gazeta Nacional, de 22 junho de 1797, quatro anos depois: 

"Reanimai tão poderosa lei, dai a todos os cultos divinos capacidade para restaurá-la em todos os corações, e, então, não precisareis mais de todo esse farrapo de instituições, de castigo e ordenanças. Pouco terá que fazer o Legislador, porque os homens serão todos bons, as leis não são mais do que um suplemento à moralidade dos povos. Não, senhores! Pensar proibir todo culto religioso na França, ou permitir aqui um culto só, semelhante pensamento, depois das sangrentas experiências que temos feito, é um pensamento ímpio. Fiquem todos, portanto, seguros, hoje, todos os nossos concidadãos, católicos ou protestantes, juramentados ou não juramentados, que a vontade do Legislador, como é também o ardente desejo da lei, é que todos sigam a religião que o seu coração escolheu. Formulamos, hoje,  o voto já formulado anteriormente, de que todos os cultos devem ser livres na França".



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