Pois bem, uma besta, em profecia,
significa um reino ou um poder (basta ver o livro do profeta Daniel, no Velho
Testamento, capítulo 7, versículos 17 a 28).
Então se levanta, agora, uma questão: Quando terminou, para as DUAS TESTEMUNHAS, o
período de 1260 dias? E, algum reino, tal como é aqui descrito lhes fez guerra
no tempo de que se fala aí?
Vamos responder, vamos raciocinar: já
marcamos o ano 538 para o início de cesarismo romano na religião. Sendo os
quarenta e dois meses, mil duzentos e sessenta dias proféticos (ou anos), somos levados até 1798. Mas por esses tempos não teria aparecido algum reino para lhe
fazer guerra, como se fala aí?
Note-se bem, que esta besta, ou este
reino que sobe do abismo não tem nenhum fundamento, é um poder ateu: É,
ESPIRITUALMENTE, EGITO. Então vamos ver o Velho Testamento, no livro Êxodo de
Moisés, capítulo 5, versículo 2: "Mas, disse o Faraó: Quem é o senhor Deus cuja
a voz eu terei de ouvir para deixar sair o povo de Israel? Eu não conheço esse
senhor Deus, nem tampouco deixarei sair o povo de Israel." Ora, vemos aqui, ateísmo franco,
declarado.
Manifestou algum reino semelhante
espírito por volta de 1798? Sim! O reino da França. A França negou a
existência de Deus na famosa Revolução Francesa.
Ora, espiritualmente, este
poder chama-se Sodoma. Qual foi o pecado característico de
Sodoma? Depravação sexual, licenciosidade absoluta: daí sodomita, daí sodomia.
E
a frança teve este caráter? Teve. A fornicação foi estabelecida por lei durante
o período de que falamos. Nela, espiritualmente, o Senhor também foi
crucificado. Isto, simbolicamente, é o mesmo que crucificar Jesus.
Mas isto foi verdade na França? Foi,
sim senhor, em mais de um sentido. Uma conspiração foi feita na França para
destruir os huguenotes. O memorável massacre de São Bartolomeu, com suas 70.000
vítimas, constitui uma nódoa inapagável na história da França. Assim, Jesus foi
espiritualmente crucificado nos seus membros, nos cristãos assassinados na
noite de São Bartolomeu. E, ainda há um detalhe histórico, a divisa dos
franceses era: Esmagai o infame! Referindo-se ao próprio Jesus na pessoa dos
seus seguidores cristãos.
Assim se pode dizer, portanto, mais
uma vez, com verdade, onde o "Senhor foi crucificado", onde o "Senhor deles foi crucificado", como está
no versículo 7. Foi mesmo, moralmente foi, espiritualmente foi, e até hoje está
sendo, porque crucificar não é só pegar um
corpo e pregar numa cruz. Pois bem, o próprio "espírito do
abismo" foi
derramado sobre a França em 1798.
A França fez guerra à Bíblia? Fez, sim
senhor! No ano de 1793, a Assembleia Francesa promulgou um decreto proibindo a
Bíblia.
Vejam bem, proibindo o Velho
Testamento e o Novo Testamento, e ao abrigo deste decreto, as Bíblias foram reunidas e queimadas, cobertas de todos
os possíveis sinais de desprezo. Fizeram mais ainda: fecharam as instituições
inspiradas na Bíblia. Fizeram mais ainda: o dia de descanso semanal foi anulado
e, em seu lugar, consagraram cada 10 dias para a folia e prostituição. Aboliram o
batismo, a comunhão espiritual; a existência de Deus foi negada.
A morte foi
considerada um sono eterno: morreu acabou. Não há Deus, não há coisa nenhuma,
não há espírito, não há alma, não há reencarnação, não há ressurreição, não há
nada, nada, nada! O que há é a deusa razão na pessoa de uma prostituta, uma
dissoluta mulher que foi proclamada e adorada publicamente na França.
Isto aconteceu na França, minha gente,
dando cumprimento exato, integral, à profecia do Apocalipse. Tudo isto se
cumpriu na França de 1793 a 1798. Deus se compadeça!
Capítulo 11, versículo 9:
"E os homens
de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus cadáveres por três
dias e meio, e não permitirão que os seus corpos sejam postos em
sepulcros."
A linguagem deste versículo descreve os sentimentos de outras nações estranhas
àquela que ultrajava as DUAS TESTEMUNHAS (isto é, o Velho Testamento e o Novo
Testamento da Bíblia Sagrada). Elas veriam a guerra que a França tinha feito à
Bíblia mas não seriam levadas a se empenhar, nacionalmente, nesta obra de
impiedade, nem haveriam de tolerar que as mortas TESTEMUNHAS fossem sepultadas
ou posta fora da vista entre elas, embora jazessem mortas três dias e meio,
isto é, três anos e meio, na própria
França.
Não, a própria tentativa, por parte da
França, serviu para levar por toda parte os cristãos a envidarem novos esforços
em favor da Bíblia Sagrada. E é o que vamos ver no capítulo 11, versículo 10:
"E os que
habitam na terra se alegrarão sobre eles, se regozijarão, mandarão presentes
uns aos outros, porquanto esses dois profetas tinham atormentado os que habitam
sobre a terra."
Vemos aqui, a alegria que sentiram
todos aqueles que odiavam a Bíblia que, afinal, não é livro de protestantes. A
Bíblia é da Humanidade, não pertence ao protestantismo, a qualquer denominação
evangélica ou protestante. A Bíblia pertence a toda Cristandade!
Porque há aí,
no Brasil, um linguajar pitoresco: "Eu sou Bíblia", "mamãe é
Bíblia", "seu Joaquim é Bíblia". Como é que pode ser Bíblia? A
Bíblia é o Livro dos livros, não pertence a ninguém, não é de ninguém, porque é
de todos, é de toda a Humanidade, é de toda a Cristandade! É o Cristo de Deus
Mediador, nos aproximando daquele que é, eternamente, o Alfa e o Ômega, o
princípio e o fim!
Pois bem, durante algum tempo (isto é verdade), por toda
terra foi geral a alegria dos infiéis, inimigos da Palavra de Deus. Mas o
júbilo dos ímpios é breve (como está na própria Palavra de Deus), e
assim aconteceu na França, porque
a sua guerra contra a Bíblia, contra o próprio Cristo, bem cedo tragou a todos.
Pretenderam destruir as DUAS
TESTEMUNHAS do Cristo, o Velho e o Novo Testamento, mas encheram a França de
sangue e de terror, de sorte que ficaram horrorizados com os resultados das
suas ímpias ações, e, em breve, se alegraram por tirar da Bíblia suas mãos
sacrílegas. Quem é que pode mais que o próprio Deus?
Capítulo 11, versículo 11: "E depois
daqueles três dias e meio, um espírito de vida vindo de Deus, entrou neles, e
se puseram sobre os seus pés, e caiu grande temor sobre os que o viram;"
Isto é História, e nós estamos dando o
Apocalipse pelo método profético-histórico ou, como quiserem,
histórico-profético. Gostamos muito da Palavra de Deus, mas gostamos, também,
da palavra da Ciência. Fé que não está de acordo com a Ciência é fé morta, é
fanatismo religioso, é debilidade mental. Religião, só aquela que encara,
frente a frente, a Ciência, a Filosofia e tudo mais.
Pois bem, no ano de 1793, a Assembleia
Francesa tinha promulgado um decreto suprimindo, completamente, a Bíblia
Sagrada. Justamente três anos depois foi apresentada à Assembleia uma resolução
para suspender o decreto, e dar tolerância às Santas Escrituras. Esta resolução esteve na mesa durante seis
meses, nada menos, nada mais. Finalmente, foi retirada e decretada, sem nenhum
voto contrário. A Convenção Nacional tinha abolido toda a religião na França, em
26 de novembro de 1793, pois bem, a
mesma Convenção Nacional Francesa restabeleceu a religião, em 17 de junho de
1797.
Até que vale a pena recordar o que
está na Gazeta Nacional, de 14 de novembro de 1793: "A sociedade popular de secção
do museu, faz ciente que os cidadãos desta secção, tem dado boa conta de todos
os livros da superstição e da mentira. Livros de missa, livros de oração,
Antigos e Novos Testamentos, têm expiado numa grande fogueira as tolices a que
a raça humana foi levada a cometer". Estão vendo o exagero? Mas que a Bíblia tem com isso? A
Bíblia não tem nada com missa, nem culto protestante, nem centro de terreiro,
nem centro de Kardec. A Bíblia não tem nada com isso, a Bíblia é anterior a
tudo isso. Ninguém é dono da Bíblia, senhoras e senhores! A Bíblia é a Palavra
de Deus para todos os seus filhos.
Pois bem, vamos ver o reverso da medalha. A
mesma Gazeta Nacional, de 22 junho de 1797, quatro anos depois:
"Reanimai tão poderosa lei,
dai a todos os cultos divinos capacidade para restaurá-la em todos os corações,
e, então, não precisareis mais de todo esse farrapo de instituições, de castigo
e ordenanças. Pouco terá que fazer o Legislador, porque os homens serão todos
bons, as leis não são mais do que um suplemento à moralidade dos povos. Não,
senhores! Pensar proibir todo culto religioso na França, ou permitir aqui um
culto só, semelhante pensamento, depois das sangrentas experiências que temos
feito, é um pensamento ímpio. Fiquem todos, portanto, seguros, hoje, todos os
nossos concidadãos, católicos ou protestantes, juramentados ou não
juramentados, que a vontade do Legislador, como é também o ardente desejo da
lei, é que todos sigam a religião que o seu coração escolheu. Formulamos,
hoje, o voto já formulado anteriormente,
de que todos os cultos devem ser livres na França".
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