arrebatado até ao
terceiro céu".
No versículo 4, ele chama ao mesmo lugar paraíso, permitindo a conclusão de que
este paraíso está no terceiro céu. Neste paraíso se encontra a "Árvore da
Vida".
Ora, na Bíblia não se fala senão de
uma árvore da vida (é mencionada seis vezes: três no Gênese de Moisés e três
neste Apocalipse), mas é apresentada, sempre, com o artigo definido
"a": a árvore da vida. No primeiro livro da Bíblia a árvore da vida
no paraíso, e, no último, o Apocalipse, a árvore da vida no céu. No Eden, no
princípio, é a árvore da vida no paraíso e a que agora João fala, no céu. Isto
é muito importante! Depois saberemos porque.
Se há apenas uma árvore e ela esteve
primeiro na terra, perguntar-se-á: - Como pode estar agora no céu?
A resposta é que deve ter sido levada
(ou trasladada) para o Paraíso Celeste. Não há maneira possível de o mesmo
corpo, situado num lugar, passar para outro lugar senão pelo seu transporte
material para lá. E além da necessária conclusão deste argumento, há muita boa
razão para crer que "a árvore da vida" tenha sido levada da terra
para o céu. Entenda-se este simbolismo, por favor!
No segundo livro de Esdras, o
apócrifo, lá no capítulo 7, versículo 26, aparece esta linguagem: "eis, tempo
virá em estes sinais que eu tenho dito, hão de acontecer e aparecerá a esposa, e
ao vir, há de ser vista a que agora está retirada da terra."
Há, aqui, uma alusão evidente à
"esposa", à "mulher do Cordeiro de Deus", como vamos ver no
Apocalipse, capítulo 21, versículo 9: é a Santa Cidade, a Nova Jerusalém
(versículo 10), e, também, da parte de São Paulo, Epístola aos Gálatas,
capítulo 4, versículo 26, na qual está "a árvore da vida". No Apocalipse, capítulo 22,
versículo 2: "que agora está retirada da terra", mas que, na devida
altura, aparecerá e será colocada entre os homens. Onde é que está isso? Exatamente neste Apocalipse, capítulo 21,
versículos 2 e 3. É a restauração final: um novo céu e uma nova terra. Tudo
passa menos o Cristo de Deus. Passará o céu, passará a terra, mas as minhas
palavras não passarão. Quem afirma é o próprio Jesus que segue na vanguarda do
nosso movimento.
Sim, eu posso dizer: o Legionário está
integrado no Apocalipse, o Legionário é o espírito mais avançado que há na face
da terra, do contrário não poderia entrar neste movimento em que se abraçam
pessoas de Deus de todas as religiões e filosofias do mundo. É preciso ter um
espírito muito ventilado, muito arejado, muito evoluído para ser Legionário e
viver o Novo Mandamento, que é uma antecipação do Espírito Perfeito:
"AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI".
Espírito tacanho não pode ser
Legionário. Espírito estreito, fechado, quadrado, não pode ser Legionário. Não
tem alma para sentir o ecumenismo autêntico do Cristo Planetário. E o que é
ecumênico é isto: é universal.
Mas, ainda, sobre este ponto podemos
citar o parágrafo muito importante da "História Sagrada", de Kurts,
na página 50, cada um pode verificar:
"O ato de
Deus, colocando os querubins para guardar o caminho da árvore da vida, como está no Gênese de Moisés, capítulo 3,
versículo 24, no jardim do Eden, apresenta-se não só com um aspecto que indica
severidade como também com outro que implica uma promessa de consolação".
O bendito lugar onde é expulso o
homem, não é aniquilado nem abandonado à desolação e ruína, mas retirado do
mundo, e da humanidade, e confiado aos cuidados das mais perfeitas criaturas de
Deus, para ser restituído ao homem depois de redimido, ou remido, ou salvo, isto é, liberto da ignorância pelo
conhecimento da Verdade e do Apocalipse.
O jardim, como existia antes de Deus o
plantar ou adornar, caiu na maldição do resto do mundo, mas a adição celestial e
paradisíaca foi isenta e confiada aos querubins. O verdadeiro paraíso
encontra-se, agora, trasladado para o mundo invisível. Pelo menos uma cópia
simbólica dele estabelecida no lugar santíssimo do Tabernáculo, foi concedido ao povo de Israel segundo o
modelo que Moisés viu no Monte Sinai, e o próprio original, como a restaurada
habitação do homem remido, descerá depois à terra. Quem o diz é o Cristo de
Deus, porque está neste Apocalipse, capítulo 21, versículo 10. Vejam como isto
é importante!
Ao vencedor é, portanto, prometido uma
restituição superior a tudo aquilo que Adão perdeu, isto é, que os nossos
ancestrais perderam. Adão é o símbolo da raça adâmica. Não houve apenas um
casal no princípio do mundo, isso é simbólico. Houve muitos casais, Adão é o
símbolo de muitos espíritos, Eva, o símbolo de muitos outros espíritos. E assim
Caim não precisou casar com a sua própria irmã, como afirmam tantos ignorantes
da Bíblia Sagrada. Espíritos incestuosos que acham que Deus devia criar a
incestuosidade. Mas não criou, não! Deus não seria tão imprevidente, pois se
Deus é onisciente, como é que Ele ia dizer "crescei e
multiplicai-vos" se nós só tínhamos um casal na face da terra?
Reduzir Deus a esta insignificância, é
próprio dos insignificantes, porque a sua missão é esta, é entronizar a
insignificância, a mesquinharia, a mediocridade, até aqueles dias que já estão
muito próximos, graças a Deus! Isto é muito importante! Ao vencedor é prometida
esta glória: uma restituição superior a tudo que Adão perdeu. Não apenas aos
vencedores daquele período da igreja, mas a todos os vencedores de todos os
tempos, porque nas grandes recompensa do céu não há restrições. Eis porque cada
Legionário se esforça (mas esforça mesmo), se esforça decididamente para
conquistar a árvore da vida como um vencedor, aquela árvore que está no meio do
paraíso de Deus, porque quem comer o fruto dessa árvore não morrerá mais, e
esta árvore é o Novo Mandamento.
Vejam bem que Jesus quando deu o seu
Novo Mandamento, advertiu: "Quem guarda o meu Novo Mandamento não morrerá mais". Isto é, Quem se alimenta deste
Mandamento Novo, desta concepção de fraternidade real, não morrerá mais, porque, quando os homens compreenderem o que está nesse Novo Mandamento, não haverá mais
guerras, não haverá mais rico nem pobre, nem patrão nem empregado, nem preto
nem branco, nem senhor nem escravo. Não haverá mais nada que faça o homem
sofrer.
É o comunismo divino, porque nesse eu acredito, e esse eu quero. Somos
rigorosamente iguais diante de Deus, cada um sendo experimentado, ora como
patrão, ora como empregado, ora como preto, ora como branco, ora como fanático, ora como mártir, e assim vai. Tudo aquilo que você fez de mau você vai pagar,
tudo aquilo que você faz outrem sofrer, você terá de sofrer, porque essa é a
lei do retorno e ninguém escapa à implacável lei do retorno. Quem o diz é o
próprio São Paulo: "Ninguém se iluda, porque Deus não se deixa escarnecer, aquilo que
o homem semear isso mesmo terá de colher".
Pode considerar-se o tempo abrangido
por esta primeira igreja, Éfeso, como se estendendo desde a ressurreição do
Cristo até o fim do primeiro século, ou melhor ainda, digamos, até a morte do
último dos apóstolos a morrer, que foi, exatamente, João, o Evangelista, que
desencarnou já quase centenário, quase cem anos de vida. Glória a Deus nas
alturas!
Nos versículos 8 a 11 vamos encontrar:
"E ao anjo da
igreja que está em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, o que foi
morto e reviveu. Eu sei as tuas obras, tribulação e pobreza (mas tu és rico) e
a blasfêmia dos que se dizem judeus e não são, porque são a sinagoga de
Satanás. Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará
alguns de vós na prisão, para que todos vós sejais tentados e tereis uma
tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e eu te darei a coroa da vida.
Quem tem ouvidos ouça o que o espírito diz às igrejas do Senhor. O que vencer
não receberá o dano da segunda morte."
Note-se que Jesus, o Senhor, se
apresenta a cada igreja mencionando algumas das suas características que lhe
atribuem particular autoridade, para lhes levar o testemunho que profere. A Igreja
de Esmirna, já prestes a passar pela prova da perseguição (sim Senhor, da
perseguição) da falsa igreja, revela-se como o que foi morto e reviveu. Também
foi Ele perseguido e, pela verdade foi crucificado como ladrão, sedutor de
mulheres, explorador de damas virtuosas, herege, feiticeiro, bruxo, e tudo o que
vocês possam imaginar disseram que Jesus era.
O que é que vão dizer de mim? Jesus
não tinha pecados, Jesus era perfeito, já era Cristo, e podia dizer: "Eu e o
Pai somos um". E se eles disseram estas belezas, o que é que não vão
dizer de mim? Mas estou aqui, não estou? Não estou pregando? Vou pregar muito
mais, vou pregar até o fim do mundo, porque esta é a minha missão e ninguém me
demoverá da minha missão. Louvado seja Deus!
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