anjo começa em fragilidade, em
fraqueza. Avança com sempre crescente
influência e termina com força e poder.
É "o selo do Deus vivo"?
O selo do Deus vivo. Este é o
distintivo característico do anjo que sobe; traz consigo o selo do Deus vivo.
Por este fato e pela cronologia de sua obra havemos de determinar, se for
possível, que movimento é simbolizado pela sua missão. A natureza da sua obra
é, evidentemente, indicada pelo fato de ele ter o selo do Deus vivo e, para
certificarmos de que obra se trata, temos de investigar em que consiste este
"selo do Deus vivo" que traz consigo.
Então, primeiro, definição do "selo" - o selo
é definido como instrumento de selar (é uma definição simplória, mas eu tenho
que me fazer entender). Aquilo que é usado por indivíduos, corporações e
Estados para fazer impressões sobre cera, documentos escritos como evidência
da sua autenticidade. A palavra original
nesta passagem é definir um selo, isto é, um anel com sinete, marca, emblema,
cunho, um sinal, um penhor.
Entre os
significados do verbo se encontram os seguintes: assegurar a alguém,
certificar, colocar um selo ou marca sobre alguma coisa em sinal de que é
genuína ou está aprovada, atestar, confirmar, estabelecer, distinguir por
marca. Comparando Gênesis de Moisés, capítulo 17, versículo 11, com a epístola
de São Paulo aos Romanos, capítulo 4, versículo 11, e este Apocalipse, capítulo 7, versículo 3, com o profeta
Ezequiel, capítulo 9, versículo 4, em relação com a definição apresentada, as
palavras sinal, selo, marca, são usadas na Bíblia como sinônimos.
O "selo de Deus vivo" a que se refere
o texto, há de ser aplicado aos servos
de Deus: os salvos. Não devemos supor que neste caso se trate de qualquer marca
literal que haja de ser feito na carne, mas de alguma instituição ou
observância com referência especial a Deus que servirá de sinal de distinção
entre os adoradores de Deus e os que não são, na verdade, seus servos, ainda
que finjam segui-lo hipocritamente.
Segundo: O uso de um selo. O selo é
usado para tornar válido ou autêntico qualquer decreto ou lei, que uma pessoa
ou poder venha a promulgar. Na Bíblia ocorre frequentes exemplos de seu uso.
Por exemplo: no I livro dos Reis, capítulo 21, versículo 8, vemos que Jezabel escreveu
cartas em nome de Acabe e as selou com o seu sinete. Estas cartas ficaram assim
com toda autoridade do rei Acabe. No livro de Ester 3:12:
“Em
nome do rei Assuero se escreveu, e com o anel do rei se selou.”
E no capítulo 8:8:
“A
escritura que se escreve em nome do rei, e se sela com o anel do rei, não é
para revogar.”
Terceiro: Onde é usado o selo? Sempre em relação com
alguma lei ou decreto que requer obediência, ou em documentos que se querem
legalizar, ou sujeitar às disposições da lei. A ideia de lei é inseparável de
um selo.
Quarto: "aplicado a
Deus"
- Não devemos supor que aos decretos e
leis de Deus dados aos homens tenha de ser posto um selo literal feito com
instrumentos literais. Mas, pela definição do termo e pelo fim para que o selo
é usado, como já foi demonstrado aqui, temos de compreender como selo aquilo
que, em rigor, dá validade e autenticidade a decretos e leis. Encontra-se o
selo, ainda que não possa ser usado um selo literal no nome ou assinatura do
poder legislador, expresso em termos que mostrem de que poder se trata e seu
direito para fazer leis e exigir obediência. Mesmo com o selo literal o nome
deve sempre ser usado.
Exemplo do uso do nome apenas parece ocorrer em Daniel.
Na verdade, no capítulo 6, versículo 8, lá está: "Agora, pois,
ó rei, confirma o edito e assina a escritura, para que não seja mudada, conforme a lei dos
medos e dos persas, que não se pode revogar". Isto é, afixa assinatura da realeza mostrando
que é ela que exige obediência e seu direito a exigir essa obediência.
De uma profecia Messiânica que se
encontra no profeta Isaías, capítulo 8, versículo 16, podemos ver: "ligue o
testamento, sela a lei entre os meus discípulos". Refere-se a uma obra de reavivar nas
mentes dos discípulos algumas das exigências da Lei que foram desprezadas ou
pervertidas do seu verdadeiro significado, e isto na profecia é chamado
"assinalar a Lei" ou lhe restituir o selo que lhe tinha sido tirado. Ora,
os 144.000, que segundo este capítulo, são selados com o selo de Deus nas suas
testas, são de novo apresentados no capítulo 14 deste Apocalipse, onde se diz
que "tem
o nome do Pai escritos nas suas testas".
Das razões, fatos e declarações das
Sagradas Escrituras que as precedem, duas conclusões se impõem, inevitavelmente.
Primeira: o selo de Deus se encontra
relacionado com a Lei de Deus.
Segunda: o selo de Deus é aquela
divina parte de sua Lei que contém seu nome ou título descritivo, mostrando que
Ele é a extensão de seu domínio e o seu direito a governar o Universo. É claro
que todos admitem que a Lei de Deus está no Decálogo (ou dez Mandamentos) foi
completada pelo próprio Jesus com o seu Novo Mandamento (ou décimo primeiro),
mas fiquemos, aqui, nos DEZ. Não temos, portanto, mais a fazer do que examinar
esses Dez Mandamentos que não são, geralmente, os que andam por aí, e vamos
ver o que é que constitui o selo da Lei. Isto é importantíssimo!
O que é que constitui o selo da Lei,
ou noutras palavras, o que torna conhecido o verdadeiro Deus, o Poder
Legislador? Lendo o Decálogo (o genuíno, o autêntico, o verdadeiro) vemos que
os três primeiros Mandamentos mencionam a palavra "Deus". Não
mencionam? Mas por eles não podemos dizer bem a quem é significado, porque há
multidões de objetos a quem é aplicado este nome. Há muitos deuses, muitos
senhores, como dizia o apóstolo dos gentios (basta ver a I Epístola aos Coríntios, capítulo 8, versículo 5):
"Há muitos deuses e muitos senhores". Já havia naquele tempo,
imaginem agora.
Passando, agora, por alto, o Quarto
Mandamento, o Quinto contém as palavras Senhor e Deus mas não as define, e os
outros cinco preceitos não contém o
nome.
Agora o que temos de fazer? Com aquela
porção da Lei que examinamos seria impossível convencer do pecado o maior
idólatra desse mundo. O adorador de imagens podia dizer: - Esse ídolo está
dentro de mim, é o meu Deus. Seu nome é Deus e estes são os seus preceitos. Os
adoradores dos corpos celestes também podem dizer: - O sol é o meu Deus, eu o
adoro segundo essa lei. Portanto, sem o QUARTO MANDAMENTO o Decálogo dado a
Moisés no Sinai é nulo, porque é omisso no que diz respeito a impor adoração do
verdadeiro Deus. Porque Deus é um só, e não há outro. Mas acrescentaremos, agora, o
Quarto Mandamento, restituímos à Lei este preceito, que muitos estão prontos a
dizer que foi abolido, e vejamos como o caso, então, já se apresenta.
Quando examinamos este Mandamento que
contém a declaração "porque em seis dias fez o Senhor o céu, e a terra, e
o mar, e tudo que neles há", vemos, imediatamente, que estamos em presença
dos Mandamentos Daquele que criou tudo, criou todas as coisas e todos os seres.
O sol não é, portanto, o Deus do Decálogo. O verdadeiro Deus fez o sol. Nenhum
objeto no céu ou na terra é o Ser que aqui reclama obediência, porque o Deus
desta Lei é o único que fez todas as coisas. Então, sim, temos agora uma arma
muito séria contra a idolatria, porque a idolatria ainda está entronizada no
mundo e, principalmente, no Brasil. Esta
Lei não pode ser aplicada a falsos "deuses", todos esses
"deuses" que não fizeram nem o
céu nem a terra. Como está no profeta Jeremias, capítulo 10, versículo 11:
"Os deuses que não fizeram os céus nem a terra".
O autor desta Lei declara, aqui, quem
é Ele, a extensão do seu domínio, o seu direito a governar, porque toda
inteligência criada aceitará, imediatamente, que aquele que é o criador de tudo
tem o direito, logicamente, a exigir obediência de todas as suas criaturas,
porque todas saíram de suas mãos.
Assim, com o Quarto Mandamento no seu lugar,
esse maravilhoso documento chamado Decálogo, único documento que existe escrito
pelo próprio Deus através do Cristo planetário, o Cristo deste planeta Terra,
tem uma assinatura, tem aquilo que o torna intelegível e autêntico, tem o
"SELO". Mas sem o Quarto
Mandamento carece de todas essas garantias.
Nessa ordem de ideias é evidente
que o Quarto Mandamento constitui o "Selo" na Lei de Deus. Mas as
Sagradas Escrituras não nos deixam sem um testemunho direto sobre este ponto.
Já vimos que no uso da Bíblia, sinal, selo, marca, são termos sinônimos. Ora, o
Senhor, expressamente, diz que o SÁBADO É UM SINAL ENTRE ELE E O SEU POVO:
"Certamente guardareis meu sábado, porque isso é um sinal entre mim e vós,
nas vossas gerações, para que saibas que eu sou o Senhor Deus que vos
santifico" (como está no livro de Moisés - Êxodo, capítulo 31, versículo
13). O mesmo fato é de novo afirmado por Ezequiel, capítulo 20, versículos 12 e
20.
Aqui
o Senhor diz
ao seu povo a
que fim de que deviam guardar o
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