como eu vos amei".
E João olha, então, para o Leão da
tribo de Judá; contempla um Cordeiro no meio do trono, dos quatro seres vivos e
dos Anciãos: "Cordeiro como tendo sido morto".
Quanto a esta expressão "no meio
do trono", Bankios (?) traduziu assim: "E olhei para o espaço intermediário, isto é,
entre o trono e os quatro animais ou criaturas viventes, e no meio dos Anciãos
estava um Cordeiro pequeno".
No centro da cena estava o trono do Pai, e no espaço aberto, que o rodeava,
estava o Filho apresentado pelo símbolo de um Cordeiro morto. Em redor estavam
os santos que tinham sido remidos: em primeiro lugar, os representados pelas
quatro criaturas vivas, e depois os anciãos, formando o segundo círculo, com os
anjos formando um terceiro círculo (como está no versículo 11).
A dignidade do
Cristo, assim apresentado sob a figura de um "Cordeiro morto", é o objeto da admiração de toda a
multidão dos santos. Deus aqui é glorificado e o "Cordeiro
como tendo sido morto".
Qual o significado disto? Dentro deste
capítulo 5, que vai nos levar ao sétimo selo, é o que veremos mais adiante. Hoje
podemos dizer: Quem não sabe Apocalipse já não sabe Evangelho. Nenhum
Presidente da República pode governar
direito se não souber Apocalipse. Se os
seus Ministros não souberem o Apocalipse vão governar muito mal, porque é
melhor saber o que já vem lá, o que já está planejado há dois mil anos para a
raça humana. É lógico, é trivial, é elementar, de modo que, se o governo
brasileiro quiser governar o mundo, procure saber evangelho. A Nação que souber
o Apocalipse governará as demais que não o sabem. E vocês, irmãos Legionários?
Firmes aí, porque um homem realmente conhecendo a Verdade estará liberto, é
realmente um homem livre como jamais foi livre em todos os tempos da Humanidade.
Capítulo 5, versículos 6 e 7:
"E olhei, e
eis que estava no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos
um Cordeiro como tendo sido morto e possuía sete pontas e sete olhos, que são
os sete Espíritos de Deus enviados a toda a terra. E veio e tomou o livro da
destra do que estava sentado no trono."
Lyndall, comentando este versículo,
diz: "No original grego dá a entender que o Cordeiro apareceu ferido na
nuca e na garganta como vítima morta no altar"; Clarck, diz sobre esta frase: "Como se estivesse, agora, no ato de ser
oferecido". Isto é muito notável! Tão importante é o oferecimento do
sacrifício do Cristo aos olhos de Deus, que Ele é representado como se
encontrando, ainda, no próprio ato de derramar o seu sangue pelos pecados dos
homens. Isto dá grande vantagem à fé.
Quando alguma alma se aproxima do Trono
da Graça ali encontra um sacrifício para oferecer ao Senhor Deus, mas, vemos
ali adiante a referência aos sete olhos e as sete pontas:
"E tinha sete
pontas e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados a toda a
terra."
Qual o significado das "sete pontas e dos
sete olhos"?
Estas pontas são símbolos de poder, olhos de sabedoria. Sete é o número que
representa plenitude, perfeição. Naturalmente, o povo diz: "Sete é conta
de mentiroso". Por quê? Porque todos os que pregavam a Bíblia Sagrada,
geralmente, eram daquela escola: "Façam o que eu digo, não o que eu
faço". Então, o povo fez logo a irreverência: sete é conta de mentiroso. Assim
como "o conto do vigário". Ora, vigário deve ser sacerdote de Deus,
mas o povo acha que é vigarista. Você não vai atrás do conto do vigário? E
assim vai... Jesus não tem nada com isso.
Ficamos sabendo que o perfeito poder e
a perfeita sabedoria são inerentes ao Cordeiro de Deus pela operação do
Espírito Divino, então, aí estão os chamados sete Espíritos de Deus. Devido a
quê? À plenitude e perfeição desta operação divina. É o número sete na sua
divina integração (sete é o número perfeito), só aos ignorantes pode parecer
objeto de galhofa.
"Então, Ele
veio e tomou o livro",
já no versículo 7. Para alguns comentadores
(estamos procurando dar aos Legionários o que há de melhor no gênero, e
não é muita coisa) parece incrível o Apocalipse. É um livro desconhecido, não
há quase nada sobre ele, esta é a verdade: não há quase nada aproveitável.
Bobagens há muita coisa, até filme de cinema dizendo "Quatro cavaleiros
do Apocalipse". É aquela coisa. Mas
tudo isso é
infantilidade, não há coisa séria
sobre
o Apocalipse. O que há é muita
infantilidade, superficialidade. Mas coisa profunda, que vá ao âmago da
questão, infelizmente não há, nem no espiritismo, nem no catolicismo, nem no
protestantismo ou evangelismo. Há uma ignorância total de Apocalipse, e ainda
há quem se orgulhe de ignorar o Apocalipse, e há quem diga que é um livro
apócrifo (já ouvi um Bispo dizer que é um livro apócrifo). O que é que vocês
querem mais? Realmente, quando o povo não sabe, nega. Quando o Bispo não sabe,
nega. Quando o líder espírita também não sabe, nega! Quando o pastor não sabe,
nega, e vai negando para encobrir a sua ignorância. E é muito triste.
Pois bem, alguns estudiosos de
Apocalipse tem achado incongruência na ideia de um livro ser tomado por um cordeiro,
têm recorrido a vários expedientes para fugir a esta dificuldade. São Paulo
previu tudo isso: "A letra mata, o espírito, sim, vivifica".
Então perguntamos: - Não é um
princípio bem estabelecido? E não se deve atribuir ao um símbolo qualquer ação
que possa ser realizada pela pessoa ou ser representados por este símbolo? Não
bastará esta explicação para se compreender a passagem bíblica ou apocalíptica?
Todos sabem que o cordeiro é o símbolo
do Cristo. Sabemos que não há incongruência alguma no Cristo tomar um livro
qualquer. Quando lemos que o livro foi tomado, pensamos que
esse ato foi realizado, não pelo cordeiro, mas por aquele de quem o cordeiro é um
símbolo. Creio que assim está explicado a razão da inútil controvérsia.
Capítulo 5, versículos 8 ao 10:
"e,
havendo tomado o livro, os quatro
animais e os vinte e quatro anciãos se prostraram diante do Cordeiro, tendo
todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos
santos, e cantavam um cântico novo, dizendo: Digno és de tomar o livro e de
abrir os seus selos, porque foste morto e com o seu sangue nos compraste para
Deus, nos compraste de toda a tribo, língua, povo e nação e para nosso Deus nos
fizeste reis e sacerdotes, e reinaremos sobre a terra."
O que é que significa, aqui, estas "salvas de
ouro cheias de incenso"?
Já está praticamente explicado e, por esta expressão fazemos uma ideia da
ocupação dos remidos representados pelas quatro criaturas vivas, e, também,
pelos vinte e quatro anciãos com salvas ou taças de ouro cheias de incenso. E esse incenso são as orações dos santos. Esta é uma obra de ministério, própria
de sacerdotes, missionários ou emissários.
Então, diz Scott: "Indiscutivelmente
é manifesto que as quatro criaturas vivas participam, ou antes, dirigem o culto
ao Cordeiro como sendo os remidos para Deus. Isto prova, acima de toda controvérsia, que este emblema significa
uma parte da Igreja remida, não anjos, cujo fruto é, em seguida, descrito, mas em linguagem
inteiramente diversa."
Já, Burt nas suas notas sobre esta passagem,
faz esta observação:
"Daqui se depreende que se descrevem os representantes da Igreja no
céu; os anciãos, dos quais se dizem serem sacerdotes, oficiando em favor da
Igreja que ainda está na terra oferecendo incenso, enquanto a Igreja está
empenhada em oração. Então as orações são esse incenso. Incenso enquanto a Igreja
está empenhada em oração."
Qualquer um pode recordar que, no
antigo serviço típico, o sumo sacerdote tinha muitos assistentes, já dissemos no
princípio. Quando consideramos que olhamos, agora, para o Santuário Celestial,
logo se segue a conclusão de que estes remidos são assistentes do nosso Grande
Sumo Sacerdote no céu. Para esse fim, sem dúvida, foram remidos, foram salvos,
comprados, resgatados pelo sangue do Cordeiro. O que podia imaginar-se de mais
próprio do que o Senhor, na sua Obra Sacerdotal em favor da raça humana, ser
assistido por nobres membros desta raça, cuja santidade vivida em pureza de
caráter os tenha habilitado a este fim? É o prêmio, portanto, à perseverança no
bem: "Sê
fiel até a morte e Eu te darei a coroa da vida".
Sabemos que muitos nutrem uma grande
aversão para com a ideia de haver alguma coisa real (ou tangível) no céu.
Prestem atenção! Quando apareceu o primeiro livro de André Luiz, na série que
ele está escrevendo até hoje, o primeiro "Nosso Lar", também houve
protestos gerais. Ninguém acreditava e ninguém aceitava aquela realidade tangível
do lado
Nenhum comentário:
Postar um comentário