quinta-feira, 11 de julho de 2019


como eu vos amei".

E João olha, então, para o Leão da tribo de Judá; contempla um Cordeiro no meio do trono, dos quatro seres vivos e dos Anciãos: "Cordeiro como tendo sido morto".

Quanto a esta expressão "no meio do trono", Bankios (?) traduziu assim: "E olhei para o espaço intermediário, isto é, entre o trono e os quatro animais ou criaturas viventes, e no meio dos Anciãos estava um Cordeiro pequeno". No centro da cena estava o trono do Pai, e no espaço aberto, que o rodeava, estava o Filho apresentado pelo símbolo de um Cordeiro morto. Em redor estavam os santos que tinham sido remidos: em primeiro lugar, os representados pelas quatro criaturas vivas, e depois os anciãos, formando o segundo círculo, com os anjos formando um terceiro círculo (como está no versículo 11). 

A dignidade do Cristo, assim apresentado sob a figura de um "Cordeiro morto", é o objeto da admiração de toda a multidão dos santos. Deus aqui é glorificado e o "Cordeiro como tendo sido morto".

Qual o significado disto? Dentro deste capítulo 5, que vai nos levar ao sétimo selo, é o que veremos mais adiante. Hoje podemos dizer: Quem não sabe Apocalipse já não sabe Evangelho. Nenhum Presidente da República  pode governar direito se não souber Apocalipse.  Se os seus Ministros não souberem o Apocalipse vão governar muito mal, porque é melhor saber o que já vem lá, o que já está planejado há dois mil anos para a raça humana. É lógico, é trivial, é elementar, de modo que, se o governo brasileiro quiser governar o mundo, procure saber evangelho. A Nação que souber o Apocalipse governará as demais que não o sabem. E vocês, irmãos Legionários? Firmes aí, porque um homem realmente conhecendo a Verdade estará liberto, é realmente um homem livre como jamais foi livre em todos os tempos da Humanidade.

Capítulo 5, versículos 6 e 7:

"E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos um Cordeiro como tendo sido morto e possuía sete pontas e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados a toda a terra. E veio e tomou o livro da destra do que estava sentado no trono."

Lyndall, comentando este versículo, diz: "No original grego dá a entender que o Cordeiro apareceu ferido na nuca e na garganta como vítima morta no altar";  Clarck, diz sobre esta frase:  "Como se estivesse, agora, no ato de ser oferecido". Isto é muito notável! Tão importante é o oferecimento do sacrifício do Cristo aos olhos de Deus, que Ele é representado como se encontrando, ainda, no próprio ato de derramar o seu sangue pelos pecados dos homens. Isto dá grande vantagem à fé.

Quando alguma alma se aproxima do Trono da Graça ali encontra um sacrifício para oferecer ao Senhor Deus, mas, vemos ali adiante a referência aos sete olhos e as sete pontas:

"E tinha sete pontas e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados a toda a terra."

Qual o significado das "sete pontas e dos sete olhos"? Estas pontas são símbolos de poder, olhos de sabedoria. Sete é o número que representa plenitude, perfeição. Naturalmente, o povo diz: "Sete é conta de mentiroso". Por quê? Porque todos os que pregavam a Bíblia Sagrada, geralmente, eram daquela escola: "Façam o que eu digo, não o que eu faço". Então, o povo fez logo a irreverência: sete é conta de mentiroso. Assim como "o conto do vigário". Ora, vigário deve ser sacerdote de Deus, mas o povo acha que é vigarista. Você não vai atrás do conto do vigário? E assim vai... Jesus não tem nada com isso.

Ficamos sabendo que o perfeito poder e a perfeita sabedoria são inerentes ao Cordeiro de Deus pela operação do Espírito Divino, então, aí estão os chamados sete Espíritos de Deus. Devido a quê? À plenitude e perfeição desta operação divina. É o número sete na sua divina integração (sete é o número perfeito), só aos ignorantes pode parecer objeto de galhofa.

"Então, Ele veio e tomou o livro", já no versículo 7. Para alguns comentadores  (estamos procurando dar aos Legionários o que há de melhor no gênero, e não é muita coisa) parece incrível o Apocalipse. É um livro desconhecido, não há quase nada sobre ele, esta é a verdade: não há quase nada aproveitável. Bobagens há muita coisa, até filme de cinema dizendo "Quatro cavaleiros do Apocalipse". É aquela coisa.     Mas  tudo  isso   é  infantilidade,  não     coisa  séria  sobre   o Apocalipse. O que há é muita infantilidade, superficialidade. Mas coisa profunda, que vá ao âmago da questão, infelizmente não há, nem no espiritismo, nem no catolicismo, nem no protestantismo ou evangelismo. Há uma ignorância total de Apocalipse, e ainda há quem se orgulhe de ignorar o Apocalipse, e há quem diga que é um livro apócrifo (já ouvi um Bispo dizer que é um livro apócrifo). O que é que vocês querem mais? Realmente, quando o povo não sabe, nega. Quando o Bispo não sabe, nega. Quando o líder espírita também não sabe, nega! Quando o pastor não sabe, nega, e vai negando para encobrir a sua ignorância. E é muito triste.

Pois bem, alguns estudiosos de Apocalipse tem achado incongruência na ideia de um livro ser tomado por um cordeiro, têm recorrido a vários expedientes para fugir a esta dificuldade. São Paulo previu tudo isso: "A letra mata, o espírito, sim, vivifica".

Então perguntamos: - Não é um princípio bem estabelecido? E não se deve atribuir ao um símbolo qualquer ação que possa ser realizada pela pessoa ou ser representados por este símbolo? Não bastará esta explicação para se compreender a passagem bíblica ou apocalíptica?

Todos sabem que o cordeiro é o símbolo do Cristo. Sabemos que não há incongruência alguma no Cristo tomar um livro qualquer.  Quando lemos que o livro foi tomado, pensamos que esse ato foi realizado, não pelo cordeiro, mas por aquele de quem o cordeiro é um símbolo. Creio que assim está explicado a razão da inútil controvérsia.

Capítulo 5, versículos 8 ao 10:

"e, havendo  tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos se prostraram diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos, e cantavam um cântico novo, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o seu sangue nos compraste para Deus, nos compraste de toda a tribo, língua, povo e nação e para nosso Deus nos fizeste reis e sacerdotes, e reinaremos sobre a terra."

O que é que significa, aqui, estas "salvas de ouro cheias de incenso"

Já está praticamente explicado e, por esta expressão fazemos uma ideia da ocupação dos remidos representados pelas quatro criaturas vivas, e, também, pelos vinte e quatro anciãos com salvas ou taças de ouro cheias de incenso. E esse incenso são as orações dos santos. Esta é uma obra de ministério, própria de sacerdotes, missionários ou emissários. 

Então, diz Scott: "Indiscutivelmente é manifesto que as quatro criaturas vivas participam, ou antes, dirigem o culto ao Cordeiro como    sendo   os  remidos   para   Deus.    Isto   prova,  acima   de   toda controvérsia, que este emblema significa uma parte da Igreja remida, não anjos, cujo fruto é, em seguida, descrito, mas em linguagem inteiramente diversa."

Já, Burt nas suas notas sobre esta passagem, faz esta observação: 

"Daqui se depreende que se descrevem os representantes da Igreja no céu; os anciãos, dos quais se dizem serem sacerdotes, oficiando em favor da Igreja que ainda está na terra oferecendo incenso, enquanto a Igreja está empenhada em oração. Então as orações são esse incenso. Incenso enquanto a Igreja está empenhada em oração."

Qualquer um pode recordar que, no antigo serviço típico, o sumo sacerdote tinha muitos assistentes, já dissemos no princípio. Quando consideramos que olhamos, agora, para o Santuário Celestial, logo se segue a conclusão de que estes remidos são assistentes do nosso Grande Sumo Sacerdote no céu. Para esse fim, sem dúvida, foram remidos, foram salvos, comprados, resgatados pelo sangue do Cordeiro. O que podia imaginar-se de mais próprio do que o Senhor, na sua Obra Sacerdotal em favor da raça humana, ser assistido por nobres membros desta raça, cuja santidade vivida em pureza de caráter os tenha habilitado a este fim? É o prêmio, portanto, à perseverança no bem: "Sê fiel até a morte e Eu te darei a coroa da vida".

Sabemos que muitos nutrem uma grande aversão para com a ideia de haver alguma coisa real (ou tangível) no céu. Prestem atenção! Quando apareceu o primeiro livro de André Luiz, na série que ele está escrevendo até hoje, o primeiro "Nosso Lar", também houve protestos gerais. Ninguém acreditava e ninguém aceitava aquela realidade tangível do lado



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