terça-feira, 16 de julho de 2019


vai dizer: "Ué, parece um livro só!" Ambos fazem um livro só, por quê? Porque Daniel e João, o Evangelista, são a mesma pessoa, isto é, o discípulo amado já veio preparado para ser o Evangelista, e mais que Evangelista: Profeta. E é o maior profeta do tempo de Jesus depois de João Batista, evidentemente, porque até então era o maior dos nascidos do ventre de mulher. Quem quiser conhecer bem o Apocalipse tem que ler bem o livro de Daniel que é um livro eminentemente apocalíptico.

Vocês sabem que revelação em grego é Apokalupsis, deu Apocalipse em português, mas quer dizer Revelação. Toda a vida de Daniel é uma série de revelações, e não somente com o rei Nabucodonosor, também temos episódio de Baltazar. Baltazar acabou abusando do poder, mas abusou de verdade, então, no meio do festim, apareceu um pedaço de mão escrevendo na parede do banquete: MANE, TEKEL, FARES, e Baltazar chamou toda aquele gente que adivinha, astrólogos.  (Hoje, então, como há charlatões fantasiados de astrólogos, meu Deus do céu!) Estão em todas as rádios, todas as televisões, astrólogos que são apenas impostores, mas Deus os julgará.

Ninguém soube decifrar aquelas palavras que aquele pedaço de mão escreveu no banquete, no festim de Baltazar. Foi quando apareceu Daniel e disse o significado daqueles elementos escritos na parede.

Não é bem assim, mas que, com vulgaridade, ficou MANE, TEKEL, FARES, teus dias estão contados, serás assassinado na noite de hoje. Realmente Baltazar foi morto naquela noite; isto é poder profético. Esse dom Deus dá a quem acha que deve dar. Deus não dá a qualquer um, só dá a quem o saiba usar pelo bem comum, não para enriquecer nem para fazer cartaz em rádio e televisão, ou na imprensa, ou cinema, ou no teatro. Esses dons não se vendem, são de Deus para as criaturas humanas, são as coisas chamadas invendáveis. Pois bem, a morte de Baltazar confirmou o talento profético, verdadeiramente divino, de Daniel.  Daniel que reencarnou como João, o Evangelista para completar o seu Apocalipse. Tanto que vocês vão encontrar expressões iguais em Daniel e no Apocalipse segundo São João:  "dois tempos, um tempo, metade de um tempo".

Ainda que a volta do Cristo seja para os ímpios uma cena de terror, destruição, para os justos vai ser uma grande cena de alegria e triunfo. Quando chegar a hora da aflição do mundo então chegará o repouso dos santos. Os que sofreram vão ver que não choraram em vão diante das injustiças e maldades humanas. A volta do Cristo, que é como a labareda de fogo para tomar vingança dos ímpios, trás consigo o repouso para todos aqueles que creem e amam. Quem é que diz isso? - O Apóstolo dos gentios, São Paulo na sua II Epístola aos Tessalonicenses, capítulo 1. Sim, os maus não vão querer nem ouvir falar da volta de Jesus. Mas os bons, estes não esperam outra coisa.

JESUS JÁ ESTÁ VOLTANDO, Jesus volta para julgar a todos, de modo que,  nesta  oportunidade,  mais  se impõe  o  estudo do Apocalipse para saber o que é que vem lá. Vocês vão ter revelações espantosas,  vocês vão ter um Apocalipse neutro que serve a todas as correntes em litígio. Ninguém vai vencer, quem vai vencer é Jesus!

Capítulo 1, versículos 8, 9 e 10

"Não vos deixarei órfãos, Eu voltarei": o Pastor do rebanho único que nos deu o seu Novo Mandamento está voltando à Humanidade, e é por isso que estamos levando a todo Brasil o Apocalipse de Jesus segundo São João, o último livro da Bíblia Sagrada, o livro das profecias finais, o livro, que nesta altura da marcha da Humanidade, é o mais importante de toda a Bíblia Sagrada. Vamos, então, continuar na explicação do Apocalipse em espírito e verdade à luz do Novo Mandamento.

O versículo 8 do primeiro capítulo:

"Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, o que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso".

Como se vê, surge aqui outro interlocutor. Até esse momento quem falava era João, o Evangelista, mas este versículo não tem ligação com o versículo que o precedeu nem com o que vai seguir. Deve-se determinar, portanto, quem aqui está falando, naturalmente que através dos termos que emprega. De novo encontramos a expressão "o que é, que era e que há de vir". Já fizemos notar que se refere exclusivamente a Deus, o Criador incriado e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Mas, naturalmente, alguém perguntará: - A palavra Senhor não dará a entender que se trata de Jesus, o Cristo?

Muito já se escreveu sobre este ponto. Burns, por exemplo, com o original grego na mão, diz que está escrito Deus, não Senhor. Deus, Senhor, não! E esta é a linha adotada por Gripa, por Pittman, Hans e é hoje considerada a lição correta e definitiva. Por exemplo. Bloomfield subentende a palavra Deus e considera as palavras "o princípio e o fim" como interpolação. Assim, com  propriedade, termina a primeira divisão principal deste capítulo: COM A REVELAÇÃO DE SI MESMO feita pelo GRANDE DEUS como tendo uma eternidade de existência passada e futura e um poder infinito, estando, por isso, em condições de realizar as ameaças e promessas constantes do Apocalipse.

No versículo 9, encontramos: 

"Eu, João, que também sou vosso irmão, companheiro na aflição e no reino e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e pelo testemunho do Senhor Jesus."

Como se vê, o assunto passa agora a seguir novo rumo, apresentando João, o discípulo amado, o lugar e as circunstancias em que foi dado o Apocalipse. Primeiramente se apresenta como irmão da Igreja Universal, seu companheiro nas aflições que acompanham a profissão cristã nesta vida terrena.

E é duro ser cristão cá em baixo, mas, também do contrário qual seria o nosso merecimento? O merecimento é testemunhar Jesus diante da incredulidade, da chalaça, da galhofa, da debilidade mental, da irresponsabilidade da maioria esmagadora da humanidade. Neste é que tem merecimento, neste é que há honra e glória para Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, aí está o padrão: é o discípulo amado, companheiro nas aflições que acompanham a vida de cada cristão no plano terra.

"E no Reino": Estas palavras têm dado motivo a muita controvérsia. Na realidade João quer dizer que os cristãos, no estado presente,  se encontram no REINO DO CRISTO, ou, em outros termos: QUE JÁ ESTAVA ESTABELECIDO NOS SEUS DIAS O REINO DO CRISTO. Se esta linguagem tem alguma relação com o estado presente, deve tê-lo num sentido muito limitado.   Os  que  defendem sua  aplicação  terrena   (isto ocorre geralmente em São Pedro, na sua I Epístola, capítulo 2, versículo 9) para provar a existência de um REINO no estado presente e para mostrar a sua natureza.

Mas, como observamos, a propósito do versículo 6, o REINO LITERAL dos santos é ainda coisa do futuro, como está  nos Atos dos Apóstolos, capítulo 14, versículo 22: "é por muitas tribulações que nos importa conquistar o REINO DE DEUS". Mas quando tivermos entrado nesse Reino então cessou a tribulação. A "tribulação" e o "Reino" não podem existir simultaneamente.

O grande estudioso Murdock, ao traduzir do ciríaco este versículo, omite a palavra "reino" e apresenta a seguinte lição: "Eu, João, vosso irmão e companheiro na aflição e sofrimento que estão em Cristo Jesus".

Wakefield traduz: 

"Eu, João, vosso irmão e participante convosco em sofrer a aflição do reino de Jesus, etc." 

Bloomfield diz que pelas palavras "aflição e paciência" são significadas aflições, perturbações que devem ser  suportadas por causa e na causa do Cristo de Deus. "Reino"  refere-se ao que há de ser participante com Ele no reino que diz estar preparado. Diz ele que o melhor comentário a esta passagem está em São Paulo na II Epístola a Timóteo, capítulo 2, versículo 12, onde lemos: "Se sofremos, também com Ele reinaremos".

De tudo isto podemos concluir com segurança que, posto haja um "reino de graça" no presente estado, o "reino" a que aludia João é o futuro REINO DE GLÓRIA. O sofrimento  e paciência são preparatórios para a sua conquista. Realmente, para conquistar o REINO DE DEUS é preciso sofrer muito. "O Reino de Deus é daqueles que sofrem e amam", já dizia Pietro Ubaldi. 

Agora vamos ver o lugar em que se encontra o intérprete da grande visão que lhe foi dada pelo Cristo de Deus. É uma ilha chamada Patmos, uma ilha pequena, estéril, perto da Costa Ocidental da Ásia Menor, entre a ilha de Cária e o Promontório de Mileto, onde no tempo de João se encontrava a mais próxima Igreja Cristã. Tem cerca de oito milhas de comprimento, uma de largura  e  dezoito  de  perímetro.  Seu nome  atual  é   Patmos ou Patina.   A  costa é escarpada,  consta de uma



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