segunda-feira, 1 de julho de 2019


E esse dragão era pintado de vermelho como símbolo. Resposta fiel ao quadro apresentado pelo vidente de Patmos. Eles disseram: - Nós somos a nação que este quadro representa.

Ora, Roma, na pessoa de Herodes, tentou destruir Jesus, o Cristo, quando mandou matar todas as crianças de Belém, de dois anos para baixo. A criança nascida aos expectantes desejos de uma Igreja ansiosa, vigilante, era o divino Redentor, aquele que em breve "vai reger as nações com vara de ferro". Herodes, é claro, não o pôde destruir; os poderes combinados do mundo e do inferno não o puderam vencer, e, ainda que retido por pouco tempo, numa sepultura, despedaçou suas ligaduras cruéis, abriu caminho de vida para a Humanidade, venceu a própria morte, e foi arrebatado para Deus e para o seu trono.

Jesus subiu aos céus diante dos seus discípulos, deixando a todos eles, portanto, a todos nós, a profecia: EU VOLTAREI! E os anjos disseram: "Porque olhais para o céu, ó galileus? Esse Jesus que vistes subir aos céus envolto nestas nuvens, voltará do mesmo modo a vós".

Só que o "breve" da profecia vale mil anos, como está bem explicado nos Salmos, na Epístola de São Pedro: "Mil anos para o homem, para Deus é o dia de ontem  que já passou".  Vejam bem, mil anos dos homens representam apenas o dia de ontem que já passou diante da infinita sabedoria, do infinito poder. Portanto, a volta de Jesus dura apenas dois dias à luz do critério divino.

"E a mulher fugiu para o deserto". Na altura em que o papado foi estabelecido em 538, onde foi ela alimentada pela palavra de Deus e pela ministração de anjos durante o longo, o escuro e sanguinolento domínio daquele poder, 1260 anos.

Muita gente pode achar crueldade nesta franqueza, mas religião naquele tempo era de ferro e fogo, a religião era pretexto  para muitas atrocidades. Quem mandava na religião era a política, a religião era instrumento nas mãos dos reis, dos seus ministros maquiavélicos. Por isso é que queremos o critério histórico, não este Apocalipse melífluo, nefelibata, nós queremos um Apocalipse real: cabeça no céu, pé no chão. Um Apocalipse fincado na história, testemunhado pela história, porque sem a história também não pode haver o Evangelho da razão. Fé, só aquela que raciocina e enfrenta a ciência em todos os terrenos. Só a Verdade ficará de pé, e a Verdade é a Palavra de Deus!

 Evidentemente, a história se repete, e o símbolo do "dragão" teve que se repetir, a "águia" também. Não pensem que isto acabou: a Humanidade evolui em pequenos ciclos dentro de um grande ciclo.    Há símbolos que acompanham as voltas da Humanidade, dentro das voltas da História. Tudo isso será esclarecido pela  nossa pregação, até que possamos dar a interpretação total, definitiva, do Apocalipse.

No capítulo 12, versículos 7 a 12: 

"E houve batalha no céu. Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E batalhavam o dragão e seus anjos; mas, não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou no céu. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada Satanás, que engana todo mundo, ele foi precipitado na terra, e seus anjos foram lançados com ele. E ouvi uma grande voz no céu que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus e o poder do Cristo, porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus nos acusava de noite e de dia. Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro de Deus e pela palavra do seu testemunho, e não amaram as suas vidas até a morte. Pelo que, alegrai-vos ó céus e vós, que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar, porque Satanás desceu a vós, e tem grande raiva, sabendo que lhe resta pouco tempo." 

Os seis primeiros versículos deste capítulo, como já vimos, nos levam ao fim dos 1260 anos, corresponde ao final da supremacia romana (em 1798).

No versículo 7, é igualmente claro que somos levados para tempos anteriores. Mas até onde? Até ao tempo que foi introduzido primeiro no capítulo (os dias do primeiro advento de Jesus).

"E houve batalha no céu". 

O mesmo céu onde foram vistos no princípio a mulher e o dragão, mas foram  atores em cenas que tiveram lugar aqui, na terra. Para provar que Miguel representa o Cristo, temos que ver a Epístola de Judas Tadeu no seu versículo 9 (porque só tem um capítulo) ou, então, a I Epístola de São Paulo aos Tessalonicenses, capítulo 4, versículo 18, ou, ainda, João, capítulo 5, versículos 28 e 29. Não é necessário provar que este foi um tempo especial de guerra entre eles e Satanás. 

Mas aqui é apresentado um outro símbolo, e João se apressa a nos dizer o que ele representa: é o diabo, é Satanás, Lúcifer, é Satã, é Luzbel, mas este não é o mesmo que o "dragão" dos versículos 3 e 4: é bem diferente.

Aquele era um "grande dragão vermelho com sete cabeças e dez pontas e sete coroas nas suas cabeças", aqui, ainda que num sentido, o dragão representa Satanás, porque foi o instigador da obra feita por este dragão.  Evidentemente, seria um tanto grotesco pretender aplicar, pessoalmente, este símbolo a Satanás. Em nenhuma parte da Bíblia se diz que Satanás seja vermelho, nem que tenha o número de cabeças e pontas mencionado aqui. Conquanto possa, como deus,  neste  mundo,  ter  uma coroa, e não haveria razão alguma para não ter sete. Mas todas estas características são muito apropriadas quando aplicadas à Roma pagã.

Quando se deseja apresentar Satanás por um símbolo, nenhum mais apropriado se pode escolher do que um grande dragão ou serpente, e é, evidente, o motivo porque semelhante símbolo é também empregado para representar Roma com algumas das suas características particulares.

Com efeito, Roma como Império Universal, foi então o único agente geral possível para execução da vontade de Satanás nesse mundo, mas não há motivo para se confundir os dois símbolos.


Relativamente à guerra mencionada, Satanás tinha considerado a missão do Cristo na terra, como sua última probabilidade de sucesso, de malograr o plano divino da salvação. Foi ao Cristo com especiosas tentações na esperança de O vencer. Tentou de vários modos destruí-lo durante o seu apostolado ou seu ministério. Quando conseguiu levá-Lo à sepultura, esforçou-se num triunfo maligno para o reter ali. A pedra estava chumbada e os fariseus recomendado a Pilatos que vigiassem o túmulo, porque os discípulos podiam chegar lá e levar Jesus.

Tudo isto foi o cuidado do "diabão" através dos seus diabinhos de estimação: não queria que Jesus saísse dali, e, entretanto, mais uma vez Jesus saiu vencedor. Venceu a própria morte, então, diz aos seus seguidores: "Ao que vencer eu lhe concederei que se assente comigo, no meu trono, como eu venci, e me sentei com meu Pai no seu trono".

Isto mostra que Jesus, enquanto esteve aqui na terra, travou uma guerra sem quartel, mas obteve a vitória. Satanás viu frustrado o seu último esforço, malogrado o seu último plano: presumiu que venceria o Filho de Deus na sua missão neste mundo, converteria, assim, o plano da salvação num rotundo fracasso, e bem sabia que se fosse mal sucedido neste seu desesperado e último esforço para contrariar a Obra Divina, então se desvanecia sua última esperança, e tudo para ele estaria perdido.

Mas, na linguagem do versículo 8, "não prevaleceu", Jesus o derrotou mais uma vez derrotando a própria morte, e cada um de nós fará isto. Este é o sentido do Novo Mandamento: derrotar a própria derrota que se chama morte. "Quem guarda o meu Novo Mandamento não morrerá mais, já passou da morte para a vida", quem o diz é Aquele que não mente: é o Cristo de Deus! Por isso, com razão, podia elevar-se o cântico, pelo que: "Alegrai-vos, ó céus, e vós que nele habitais".

Pretendem alguns que esta guerra tenha ocorrido quando Satanás, ainda na capa de anjo, se rebelou  no céu, de           que aquela expressão "foi precipitado"   representa  a  sua  expulsão  do  céu nessa altura, mas não podemos harmonizar esta interpretação com o testemunho que está diante de nós (está aqui, no versículo 13): "E quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que daria à luz". Daí, nessa altura, já dera um filho varão. Isto mostra que logo depois de Satanás ver que tinha sido lançado, perseguiu a "mulher", a Igreja, que não muito depois desse tempo, teve de fugir para o deserto.

Quando Satanás, portanto, se encontrou assim, lançado, derribado, o "varão" já tinha sido apresentado. Noutras palavras: o primeiro advento do Cristo já havia sido consumado. Por isto, esta guerra e derrota de Satanás ocorrendo depois do princípio da Era Cristã, e não muito tempo antes da Igreja ir para o deserto em 538, não pode ser a sua queda do céu antes da criação do mundo, ainda mais que se tratava de uma guerra no céu. Veja quem tem olhos de ver, ouça quem tem ouvidos de ouvir.



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