segunda-feira, 1 de julho de 2019


A menção do período durante o qual a "mulher" é alimentada no deserto, como  "um tempo,  dois  tempos  e  metade  de  um  tempo",  segundo   a fraseologia exata empregada no livro de Daniel, capítulo 7, versículo 25, no Velho Testamento da Bíblia Sagrada, fornece uma chave para   a  explicação    da    última    passagem,    porque    o    mesmo    período    é chamado (no versículo 6 deste Apocalipse, capítulo 12) mil duzentos e sessenta dias.

Que é que isto prova? Prova que um tempo significa um ano, ou seja 360 dias; dois tempos são dois anos ou 720 dias; meio tempo (ou meio ano), são 180 dias, perfazendo um total de 1260 dias. E sendo isto simbólico, significa, literalmente, 1260 anos.

"A serpente lançou de sua boca, água como um rio para arrebatar a Igreja." 

Por suas falsas doutrinas o cesarismo romano corrompeu, de tal maneira, todas as nações que dominou absolutamente, ou melhor, com absolutismo total durante longos séculos, todo o poder civil. Por seu intermédio Satanás pôde arremessar uma poderosa torrente de perseguição contra a Igreja em todas as direções, e não foi vagaroso em fazê-lo. De 50 a 100 milhões foram arrebatados pela torrente, mas a Igreja não foi tragada por completo: seus dias foram abreviados por causa dos eleitos, a eterna advertência de Jesus no seu Evangelho segundo São Mateus, capítulo 24, versículo 22.

"E a terra ajudou a mulher abrindo a sua boca e engolindo o rio." 

A Reforma do século XVI começou sua obra notável. O livre exame rebentando os grilhões do absolutismo religioso, o império da treva internacional, Deus suscitou Martinho Lutero e seus colaboradores para exporem o verdadeiro caráter do cesarismo clerical com a venda das indulgências, quebrando o poder com que a superstição vinha escravizando a mente das massas. Lutero afixou suas teses na porta da igreja de Wittenberg, e a pena com que as escreveu, segundo o simbólico sonho de Friedrich da Saxônia, percorreu o continente e abalou a tríplice coroa que estava sobre a cabeça papal.

Alguns príncipes começaram a desposar a causa dos reformadores, foi o alvorecer da liberdade religiosa que ainda não existe completamente, vejam bem. Enfim, Deus não deixou que as trevas tragassem o fulgor da sua Igreja. Tetzel (Johann), o mercador das indulgências, impava e rugia de cólera,  Leão (papa) vociferava raivoso,  mas tudo embalde, o  encanto estava quebrado, os homens viam as bulas e anátemas caírem inofensivas aos seus pés à medida que ousavam inverter o direito recebido de Deus para regular a sua consciência pela Palavra Divina. Era o fim do crê ou morre, era o fim da inquisição espiritual.

Multiplicaram-se os defensores da verdadeira fé. Em breve houve suficiente terreno na Suíça, na Alemanha, na Holanda, na Inglaterra, Noruega, Suécia, França, para engolir o rio da fúria papalina e lhe tirar o poder de danificar a Igreja do Cristo Jesus.

E, assim, "a terra" ajudou "a mulher" e tem continuado a ajudá-la até hoje, nutrindo o espírito da Reforma e da liberdade religiosa pelas principais nações da cristandade. Foi na França, em 1857, que nasceu a Reforma da reforma com esse grande missionário Allan Kardec, coadjuvado por tantos espíritos de luz: Flammarion, León Denis, Gabriel Delanne, Charles Richet, e tantos outros. Mas o "dragão" ainda não cessou a sua obra, tem de cumprir o seu papel até o final do ciclo.

No versículo 17, apresenta outra explosão final da sua fúria, e desta vez contra a última geração de cristãos que vão viver na terra. Vejam como isto é importante! Jesus, no seu Evangelho, declarou: "Em verdade eu vos digo, que esta geração não sairá da terra até que tudo isto se cumpra", e aí está a verdade da reencarnação. Todos aqueles que estavam lá, no seu tempo, estão aqui outra vez. Já reencarnaram muitas vezes e vão até o final deste ciclo. Estão todos aí, todos dentro da profecia do próprio Cristo Planetário. Isto é muito importante!

Nós dizemos a última geração, porque a guerra do "dragão" é dirigida contra "o resto da semente da mulher", isto é, o resto da semente ou dos indivíduos que constituem a verdadeira Igreja de Cristo Jesus. É só a última geração que pode, com verdade, ser representada como o resto desta semente, e é correta a interpretação de que já alcançamos a geração que vai testemunhar o fim das cenas do mundo. 

Esta guerra contra a Igreja não pode estar num futuro muito longínquo. Veja quem tem olhos de ver! Este resto é bem caracterizado pela guarda dos Mandamentos de Deus e pela posse efetiva do Novo Mandamento de Jesus. Quem cumpre o Novo Mandamento, cumpre os Dez daquele Decálogo dado a Moisés no Sinai pelo próprio Jesus, porque nunca ninguém viu o Criador Eterno.  Não é dado a homem nenhum vê-Lo antes de se integrar como Jesus, ao dizer: "Eu e o Pai somos um". Moisés nunca viu o Deus Todo-Poderoso.  Aquele Jeová era Jesus, saibam ou não saibam, queiram ou não queiram todos os professores de religião. Aquele Jeová, aquele Javé, era Jesus. Este sim, este Moisés viu e todos os eleitos viram que é o Cristo de Deus.

Mas, continuando, tudo isto indica que nos últimos dias se realizará a restauração do sábado do Senhor Deus, do Quarto Mandamento do Decálogo, porque só acerca do sábado, pertencente aos legítimos Mandamentos que estão na Bíblia, há uma diferença de fé e prática entre os que aceitam o Decálogo como a Lei Moral de Deus.  Veremos isto, minuciosamente, na mensagem deste Apocalipse no seu capítulo 14, versículos 9 a 12.

E como escreve um grande intérprete protestante, um dos pastores mais estudiosos do Apocalipse: "Talvez, diz ele, vem a propósito notar que segundo o testemunho deste capítulo, três poderes são utilizados por Satanás para levar avante a sua obra iníqua, a sua perseguição sem quartel, e, por isso, se fala de todos como sendo o "dragão", visto que é o agente inspirador de todos estes espíritos do mal".

São eles, portanto: primeiro - a Roma pagã; segundo - a Roma religiosa; terceiro - o animal de duas pontas.

Mas quem será este animal de duas pontas

Pasmem! Mas é o governo dos Estados Unidos sob a influência de um protestantismo apóstata, que é o principal agente, como vamos ver da guerra aos que guardam os Mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus. É o que vamos ver logo a seguir. Meditem, porque isto é muito importante! Chega de futilidades, meninos! Jesus está voltando, está chegando a hora da sentença final!

Capítulo 13, versículos 1 a 10:

"E eu me pus sobre a areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez pontas, e sobre as suas pontas, dez diademas e, sobre as suas cabeças, um nome de blasfêmia. E a besta que eu vi era semelhante ao leopardo, seus pés eram como de um urso e sua boca como a de leão.   E o  dragão lhe deu o seu poder, e o seu trono e grande poderio. E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, sua chaga mortal fora curada; e toda terra se maravilhou após a besta, e adoraram o dragão que deu à besta o seu poder, e adoraram a própria besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra a besta? E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias, deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses; e abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu santo nome, do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. Foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-los.  Deu-se-lhe poder sobre toda tribo, e língua, e nação; e a adoraram todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro de Deus, que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça. Se alguém leva em cativeiro, irá em cativeiro, se alguém matar à espada, necessário será que seja morto pela espada. E aqui está a paciência, a fé dos santos de Deus."

O "mar" é um símbolo de povos, de multidões de nações e línguas (ver o Apocalipse, capítulo 17, versículo 15).

Uma "besta" é o símbolo bíblico de uma nação ou poder injusto representado, por vezes, apenas no poder civil, por vezes, o eclesiástico relacionado com o poder civil. Sempre que se vê uma "besta subir do mar", quer dizer que o poder se levanta de um território densamente povoado.

E se os "ventos" são representados como soprando sobre o mar (como está no profeta Daniel, capítulo 7, versículos 2 e 3), então são indicadas comoção política, contenda civil, revolução.

Pelo "dragão", do capítulo anterior, e a primeira "besta" deste capítulo, cujo é apresentado o poder romano como um todo em suas duas fases: pagã e religiosa.



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