subitamente de
lugar no meio do mar, da planície se levantará escarpada montanha, as rochas
erguerão suas escabrosas formas da fendida superfície da terra e, enquanto a
voz de Deus está ribombando através do orbe, reina sobre a face da natureza a
mais terrível confusão. Para mostrar que isto não é mero produto da imaginação,
que se observe bem a linguagem, exata, usada por alguns dos profetas com
referência a esse tempo. Por exemplo, Isaías, no capítulo 24, diz:
"De todo será
quebrantada a terra; de todo se romperá a terra; e de todo se moverá a terra;
de todo vacilará a terra. Como ébrio será movida e removida como as choças da
noite; e a sua transgressão se agravará sobre ela; e cairá e nunca mais se
levantará".
O profeta Jeremias
no seu capítulo 4, versículos 23 a 27, com vibrante linguagem, diz:
"Observei a
terra e eis que estava assolada e vazia, os céus não tinham a sua luz. Observei
os montes, e eis que estavam tremendo, todos os outeiros estremeciam. Observei,
e vi que homem nenhum havia, e todas as aves do céu tinham fugido. Observei
ainda, e eis que a terra fértil era um deserto, e todas as cidades estavam
derribadas diante do Senhor, diante do furor da sua ira. Porque assim diz o
Senhor Deus: Toda essa terra será assolada; porém não a consumirei de
todo."
Então
será eficazmente desfeito o sonho mundano da segurança da carne: reis, imperadores,
presidentes, ditadores, intoxicados com a sua própria autoridade
terrena, jamais sonharam com um Poder mais alto do que o seu, e vão reconhecer,
agora, que há alguém que reine como um Rei dos reis.
Os grandes homens
contemplam a vaidade e toda pompa da terra, porque há uma grandeza muito acima
da terra. Ricos lançam a sua prata e o
seu ouro às toupeiras e aos morcegos, porque não os podem guardar naquele dia,
os grandes chefes esquecem sua pequena e efêmera autoridade, os poderosos
esquecem o seu poder, todo preso que está na prisão ainda pior do que o pecado,
e todo livre, todas as classes dos ímpios, desde a mais alta a mais baixa, vão
se unir no pranto geral do desespero e pavor.
Os que nunca oraram àquele Deus
cujo braço pode trazer a salvação, levantam agora um brado aflito às rochas, às
montanhas, para que os ocultem para
sempre da vista Daquele cuja presença lhe traz a destruição. Bem desejariam,
nessa hora, deixar de colher o que semearam com uma vida de luxúria e de
maldades, de calúnias e de infâmias. De boa vontade dariam, então, o terrível tesouro da ira que
contra si acumularam para o "Dia Final". Bem desejariam sepultar-se
com a sua lista enorme de crimes em trevas eternas, e é por isso que os
profetas os veem fugindo para as rochas, os subterrâneos, para as fendas, para
as cavernas. Querem fugir da Justiça de Deus.
Mas agora é tarde,
é muito tarde! Eles não podem esconder-se da sua culpa, nem fugir à retardada
vingança. Antes que sejas surpreendido pelas cenas terríveis desse tempo, eu te
suplico irmão: faça caridade, apague o teu mal com todo o bem que puderes
fazer, trate de orar e vigiar. Eu sei que muitos mostram, hoje, desprezar a oração,
mas, num tempo ou noutro, todos hão de orar.
Os que não oram, agora, ao Deus
Todo-Poderoso, na mais piedosa das penitências, hão de orar, então, às rochas e
montanhas naquele dia de desespero, e essa será a maior reunião de orações
jamais realizada na face da terra.
Entramos no capítulo 7, que é de
importância extraordinária, é o capítulo do assinalamento. Vamos então aos poucos,
capítulo 7, versículos 1, 2 e 3:
"E depois
destas coisas, vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra,
retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a
terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. E vi outro anjo subir da
banda do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz
aos quatro anjos, a quem fora dado poder de danificar a terra e o mar, dizendo:
Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem
as árvores, até que tenhamos assinalados nas suas testas os salvos de nosso
Deus".
A cronologia dos acontecimentos
apresentados aqui é estabelecida de um modo inequívoco. O capítulo sexto
terminou com os acontecimentos do sexto selo, não é mencionado senão no começo
do capítulo 8. Todo o capítulo sétimo é, pois, introduzido aqui, como que entre
parênteses.
Por que foi introduzido aqui,
neste ponto? Evidentemente com o propósito de apresentar mais alguns
pormenores, acerca do sexto selo.
A expressão "depois
destas coisas",
não significa, depois do cumprimento de todos os acontecimentos já mencionados,
já descritos, mas sim depois de o profeta ter sido levado em visão até o fim do
sexto selo, para não interromper a ordem consecutiva dos acontecimentos já
mencionados, já descritos, mas sim, depois de o profeta ter sido levado em
visão até o fim do sexto selo, para não interromper a ordem consecutiva dos
acontecimentos apresentados no capítulo 6, sua mente é levada para o que é
mencionado no capítulo 7, constituído por mais pormenores a se realizarem em
relação a este selo.
Mas alguém poderá perguntar: - Entre
que acontecimentos, naquele selo, esta obra se realizará?
Vai ocorrer antes de "o céu se
retirar como um livro que se enrola", porque depois desse acontecimento já não há lugar para
semelhante obra. Meditem bem! Deve ocorrer logo a seguir aos sinais no sol, na
lua e nas estrelas, porque estes sinais já se cumpriram. Esta obra ainda não se
realizou, ocorre, portanto, entre os versículos 13 e 14 do capítulo 6 deste
Apocalipse. Ou seja, como já foi aqui demonstrado, justamente no tempo em que
nos encontramos agora (1967).
Por isso, na primeira parte do Apocalipse,
sete (capítulo)
se refere a uma obra cujo cumprimento pode considerar-se para o
tempo presente, para os nossos dias.
"Quatro
anjos"
Já
vimos que os anjos são agentes de Deus sempre presentes aqui nos assuntos da
terra.
E por que não poderão estes serem os
quatro seres celestes, em cujas mãos Deus tenha confiado a obra aqui descrita?
Isto é, reter os ventos enquanto é propósito de Deus que eles não soprem. Danificar
a terra com eles quando chegar o tempo para serem soltos. O que devemos notar, versículo 3, que o
"danificar" é uma obra confiada às suas mãos da mesma forma que
"reter". De
sorte que não só deixaram sair o ventos quando eles devem soprar, mas, também,
fazem com que eles soprem. Impelem-nos para a obra de destruição com a sua
própria energia sobrenatural, mas o processo de "danificar"
representada aqui, não inclui as sete últimas pragas. Essa obra é entregue nas
mãos dos sete anjos especiais, e esta está nas mãos de quatro anjos.
Ora, pode ser que, quando chegar o
tempo para o derramamento das pragas, os sete anjos, que têm o encargo
específico destes castigos, se unam com os quatro cuja missão é fazer que os
ventos soprem, e todos juntos executem aquela notável manifestação da vingança
contra uma geração notável em crimes e pecados de toda natureza. Não é possível
atingir maior grau de depravação, de desmoralização, de porcaria moral. É o fim
mesmo! O que é que se pode acrescentar a isto que está aí no mundo? Aqui mesmo
no Brasil?
Claro que não há regra sem exceção: o
que há de bom está na Religião do Novo Mandamento, o resto, aqui para nós, Deus
que os ilumine antes que seja tarde demais!
E "quatro cantos da terra"?
É esta uma expressão que se refere
aos quatro pontos cardeais da Rosa dos Ventos. Significa que a estes anjos, na
sua esfera particular, está confiada toda a terra.
"Os quatro
ventos":
Ventos, na Bíblia, simbolizam comoções políticas, contendas, guerras (basta ver
Daniel, capítulo 7, versículo 2; profeta Jeremias, capítulo 25, versículo 32).
Sempre assim: "ventos", no Velho Testamento, simbolizam comoções
políticas, revoluções, guerras, derramamento de sangue, fuzilamentos, castigos,
barbaridades. E tudo isso aí vai crescer que vocês nem podem imaginar. O que vem por aí é muito triste; ai daqueles
que não estiverem mesmo assinalados pela proteção de Deus!
Os "quatro ventos retidos por quatro anjos que
estão nos quatro cantos da terra" significam todos os elementos de contenda e comoção que
existem no mundo. Quando forem soltos, quando soprarem juntos, constituirão a
grande tormenta anunciada na profecia de Jeremias, no Velho Testamento da
Bíblia Sagrada.
"O anjo que
subia da banda do sol nascente"
Vemos que é aqui apresentado outro anjo literal, com o
encargo de outra obra específica. A expressão empregada refere-se,
evidentemente, mais ao modo do que ao local, porque, assim como
o sol vai
subindo a princípio
com raios oblíquos, relativamente fracos, e vai
aumentando de força até que brilhe em todo o seu meridiano, poder e esplendor,
assim, também, a obra deste
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