quinta-feira, 11 de julho de 2019


Quem nos habilitará para o divino exame? Quem nos habilitará para ressuscitarmos em Cristo Jesus, para estarmos com a imaculada multidão celestial? 

Infinito mérito do sangue de Cristo Jesus que nos pode limpar de todos os nossos pecados! Infinita graça de Deus que nos pode preparar para enfrentar a glória, e nos dar ousadia para permanecer na Sua presença com júbilo indescritível! Você gostaria de estar com Ele no meio dessa multidão, nesses dez mil vezes dez mil como está no original grego do Apocalipse? Então você tem de escolher, desde já, entre o bem e o mal, entre o Cristo e o anticristo. Esta é a nossa escolha, tudo depende do nosso livre arbítrio.

Capítulo 5, versículos 13 e 14:

"Ouvi de toda criatura que está no céu e na terra, debaixo da terra, e que e os que estão no mar, e todas coisas que neles há, dizendo: Ao que está sentado sobre o trono e ao Cordeiro de Deus, sejam dadas ação de graças e honra, e glória, e poder, para todo o sempre. E os quatro seres vivos diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos se prostraram e adoraram aquele que vive para todo o sempre." 

Eis aqui, meus amigos e irmãos Legionários, o Universo purificado.

Neste versículo 13 temos o exemplo de um caso muito frequente na Bíblia Sagrada: uma declaração colocada fora de sua ordem cronológica para seguir até o fim, alguma prévia afirmação ou alusão. Neste caso se antecipam o tempo, desde que termina a redenção.

No versículo 10 se diz acerca das "quatro criaturas vivas", como também dos "vinte e quatro anciãos" que reinarão sobre a terra. Agora a mente do Profeta é levada para esse tempo apresentado o maior ato da intervenção do Cristo em favor do homem: o derramamento do seu sangue. Nada mais natural do que se estender a visão, por um momento, até o tempo em que se consumará a grande Obra então inaugurada. Completado o número dos remidos, liberto o mundo do pecado e dos pecadores, elevando-se, então, um universal cântico de adoração a Deus e ao seu Cordeiro.

É inútil tentar aplicar tudo isto à Igreja no seu estado presente, como diz a maioria dos comentadores do Apocalipse, como, também, há algum tempo, no passado, desde que o pecado entrou no mundo, ou mesmo desde que Satanás caiu da sua alta posição como anjo de luz no céu (segundo a alegoria do Livro Sagrado). Com efeito, no tempo de que São João fala, toda criatura na terra e no céu, sem exceção, eleva sua antífona de louvor a Deus, mas, apenas, para falar deste mundo desde a queda. Maldições em vez de bênçãos se têm erguido da grande maioria da nossa raça apóstata contra Deus e contra o seu trono. E assim será enquanto o pecado reinar como agora; é o que diz a Bíblia Sagrada. Não encontramos, portanto, lugar para esta cena que São João descreve, a não ser que avancemos, segundo a posição tomada, até o tempo em que esteja  completado  todo o plano da redenção, até que os santos tenham tomado posse do seu reino prometido sobre a terra, o qual é antevisto pelas criaturas vivas e pelos anciãos no seu cântico (já vimos este cântico no versículo 10). 

Nesta luz tudo é harmônico e muito claro: aquele reinado na terra começa depois da segunda ressurreição (então temos de comparar o livro do profeta Daniel no Velho Testamento da Bíblia, capítulo 7, versículo 27; II Epístola de São Pedro, capítulo 3, versículo 13; e nesse próprio Apocalipse, quase no fim, capítulo 21, versículo 1). 

Por altura dessa ressurreição, que decorre mil anos depois da primeira ressurreição (como está no Apocalipse, capítulo 20, versículos 4 e 5), dá-se a perdição dos ímpios predita por São Pedro na II Epístola, capítulo 3, versículo 7. Então desce fogo do céu, fogo enviado por Deus, para os devorar (Apocalipse, capítulo 20, versículo 9), e este fogo que causa a perdição dos homens ímpios é o fogo que funde e purifica a terra (como vemos na II Epístola de São Pedro, capítulo 3, versículos 7 ao 13).

Então são destruídos pecados e pecadores, então a terra é purificada, a maldição, com todos os seus males. é para sempre removida. Os justos já resplandecem como o Sol no reino de seu Pai, e, do mundo purificado, sobe para Deus uma antífona de louvor e ação de graças. 

Em todo o belo domínio do Criador não há espaço para nenhum vasto receptáculo de fogo e enxofre. Percebem bem? Não há espaço para nenhum receptáculo vastíssimo de fogo e enxofre, e nele viria desconservado pelo poder direto de um Deus de misericórdia, havendo de arder e se contorcer em indizível e eterno tormento. Não, nesta jubilosa antífona não há notas com os discordantes e eterno tormento. Não, nesta jubilosa antífona, não há notas com os discordantes e desesperados ais dos condenados, com as maldições e blasfêmias de seres que estejam pecando e sofrendo sem um vislumbre de esperança. Toda voz rebelde foi, para sempre, abafada na morte; não ficou raiz nem ramo de Satanás e de todos os seus seguidores, do enganador e dos enganados (como está no profeta Malaquias, capítulo 4, versículo 1; como está em São Paulo aos Hebreus, capítulo 2, versículo 14). "E se consumiram em fogo", Salmos, capítulo 37, versículo 20.

E se desvaneceram em chamas como a palha inflamável, foram aniquilados, não como matéria, mas como seres conscientes, inteligentes, usando o livre arbítrio. Ficaram como se nunca tivessem existido (Profeta Obadias ou Abdias, capítulo único, versículo 16). Ao Cordeiro, assim como ao Pai que está sentado no trono, é rendido louvor neste cântico de adoração. Grande número de comentadores viram, aqui, uma prova de eternidade do Cristo com o Pai. Aliás, dizem eles: - Não se atribuiria aqui,  à criatura, a adoração que pertence exclusivamente ao Criador? Mas, eis a conclusão necessária: conquanto Jesus, como filho gerado, não possua, como o Pai, uma coeternidade de existência pretérita ou passada. O começo da sua existência é anterior a toda obra da criação em relação a qual ele foi criador justamente com Deus (João, capítulo 1, versículo 3, no seu Evangelho; São Paulo aos Hebreus, capítulo 1, versículo 3). 

Não podia o Pai ordenar que se prestasse ao tal ser, adoração igual à Sua, por se tratar de idolatria da parte dos adoradores?

Ele O elevou a posições em que é próprio ser adorado, e, além disso, ordenou que se lhe prestasse adoração. E não teria sido necessário se Ele fosse igual ao Pai na eternidade  de existência. O próprio Cristo declara: "Como o Pai tem a vida em si mesmo, assim Ele deu ao Filho ter a vida em si próprio" (Evangelho segundo São João, capítulo 5, versículo 26). "O Pai o exaltou soberanamente e lhe deu o nome que é sobre todo o nome (São Paulo aos Filipenses, capítulo 2, versículo 9). "E o próprio Pai, que é Deus eterno, declara que todos os anjos de Deus o adorem" (São Paulo aos Hebreus, capítulo 1, versículo 6). Ora, meus amigos e meus irmãos, estes testemunhos mostram que Jesus é agora objeto de adoração igualmente com o Pai Eterno, mas não provam que tenha com Ele uma eternidade de existência passada.

Voltando da gloriosa cena antecipada (no versículo 13) aos acontecimentos que ocorrem perante Ele no Santuário Celestial, o Profeta ouve as quatro criaturas vivas, exclamando: "Amém".

O que é que nós devemos dizer? Amém, porque o Cristo é a nossa esperança. Até quando suportaríamos o espetáculo dantesco da vida aqui em baixo? Quem é que está satisfeito com os governos do mundo? Em que lugar deste mundo alguém pode dizer: Existe aqui felicidade! Em que povo? Em que nação algum povo pode dizer: Eu estou feliz! Pois bem: FELICIDADE SÓ EM CRISTO JESUS! Esta é a hora de dar o Apocalipse a todas as criaturas sedentas de CRISTO JESUS, sedentas da Luz Divina, fora do Cristo não há salvação. E agora Jesus está voltando, e desta vez não é para ser crucificado, não!

Capítulo 6, versículos 1 e 2:

"E havendo o Cordeiro de Deus aberto um dos selos, olhei e ouvi um dos quatro animais, que dizia como voz de trovão: "Vem, e vê! E olhei, e eis um cavalo branco e o que estava sentado sobre ele tinha um arco, e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, para vencer."

Bastam esses dois versículos, porque há aqui muita substância, e o Apocalipse deve ser dado assim, em pequenas doses. Vemos, então, aqui, meus irmãos Legionários, depois de tomar o livro, o Cordeiro, isto é, o Cristo, procede, imediatamente, a abertura de um dos selos.

A atenção do Apóstolo é chamada para as cenas que ocorrem debaixo de cada selo. Já dissemos aqui, que o número sete na Bíblia Sagrada, ou nas Sagradas Escrituras, significa plenitude, perfeição. Só os espíritos levianos é que podem dizer que sete é conta de mentiroso, naturalmente quiseram satirizar os que fingiam saber a Bíblia, ou o Evangelho, ou o Apocalipse, e realmente nada sabiam. Mas o sete aparece com uma incidência notável em todas as páginas deste livro extraordinário, que é o Apocalipse de Jesus segundo São João. Sete significa plenitude, perfeição. Não é a toa que a sua vida muda de sete em sete anos, você já notou? Irmão Legionário, repare bem: de sete em sete anos sua vida muda. Não muda?



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