A mensagem do anjo, o
terceiro, está avançando, o anjo que subia do Oriente está realizando sua
missão. A REFORMA NA QUESTÃO DO SÁBADO também já começou, ainda que em silêncio
relativo está abrindo caminho por toda parte,
está destinada a agitar todos os países com direito à luz do Evangelho,
terá como resultado a constituição de um Povo preparado para a volta próxima do
Salvador. Esse Povo será selado para o reino eterno do Pai.
Com mais uma pergunta deixamos estes versículos com os quais, longamente, nos detivemos.
Vimos entre as nações algum
movimento que indicasse que o clamor do anjo que subia (não danifique etc., com
o soprar dos ventos até que assinalados os servos do nosso Deus), tenha de
algum modo sido correspondido na verdade?
O tempo durante o qual os ventos são
retidos, não podia pela própria natureza do caso, ser um tempo de paz, de
profunda paz. Este não corresponderia a
profecia do Apocalipse. Com efeito, para se tornar manifesto que os ventos
estão sendo retidos, então deve haver perturbação, agitação, guerra fria, ódio,
inveja entre as nações, com expansão ocasional de contendas, como agitado
furacão irrompendo de aprisionado incoercível tempestade. E estas expansões
devem ser súbita e inesperadamente reprimida.
Só assim, e não de outra forma, se tornaria
evidente ao que olhasse para os acontecimentos à luz do Apocalipse, que para
algum bom propósito a restringidora mão da onipotência divina foi posta sobre
os revoltos elementos de contenda e de guerra. Tal tem sido, justamente, o
aspecto de nosso tempo durante mais de um século. Aliás, isso começou com
aquela revolução de 1848, quando tantos tronos
europeus caíram por terra, de que estado de ódio, desassossego
político existiu entre todas as nações
do mundo. Têm surgido, subitamente, novas e inesperadas complicações levando
as coisas a uma confusão geral, ameaçando
imediata guerra. Por vezes o conflito tem atingido tal fúria que milhares
de vozes se tem levantado para predizer que chegou a hora da grande crise que
será a GUERRA TOTAL.
Meus amigos, meus irmãos, já disse
aqui que a humanidade evolui em pequenos ciclos dentro de um grande ciclo; é
assim que a história se repete. Vimos, por exemplo, que o símbolo do cavaleiro
no cavalo branco era Jesus e o Evangelho,
mas, de acordo
com esta evolução de pequenos ciclos dentro de um
grande ciclo, o mesmo cavalo branco aparece com novo cavaleiro que é Martinho
Lutero com a Reforma, mas depois, num ponto de evolução humana, aparece o mesmo
cavalo branco com
o mesmo cavaleiro, mas já é Allan Kardec
com a Codificação Espírita, e, agora aparece um novo cavalo branco, e assim
será até o fim destes tempos, e nós vamos dizer tudo o que o Apocalipse nos
revela até o alvorecer do terceiro milênio.
Porque só o amor é a realidade eterna,
o mal não existe, os maus não existem. Para o Brasil só há um meio de enfrentar
o que vem lá: é saber o que vem lá; saber para prever e prever para prover. É a
lição do próprio Jesus que não desampara o nosso
Brasil, pátria de
todas as pátrias, porque já é a Pátria do Novo
Mandamento.
Eu sei que muita gente diz: - Mas que coisa, profecias... tanta
bobagem! Mas tudo tem razão de ser, e alguns perguntam: - Por que não há
profecias na igreja católica? Isto é uma
pergunta ingênua, porque há até profecias sobre o fim do papado. E sabe de quem
são essas profecias? De São Malaquias, quer dizer: é um santo da própria Igreja Católica Apostólica Romana.
O vaticínio de São Malaquias sobre os chefes
da Igreja Romana já se vem realizando há séculos, e você não sabia? É
uma larga profecia que se cumpriu quanto aos fatos que se tornaram do passado,
por que não poderá cumprir-se quanto aos fatos do futuro? Por que negar, sem
base, o que pode acontecer? Se a profecia já acertou na primeira parte, por que
não poderá acertar na segunda, quando chegar o momento de a segunda se cumprir
com toda exatidão?
Já escrevia São Paulo apóstolo: "Não desprezeis
as profecias".
Claro que Deus permite, mas não a muita gente, a revelação do futuro. Mas não é
a qualquer astrólogo que faz coluna de jornal, ou no rádio ou na televisão para
ganhar dinheiro. São mercenários que estão com a boca desse tamanho atrás de
pão de ló e bolo de milho, mas não têm nenhum amor a esta ciência. São os
mercenários da Astrologia. Profetizar é um dom, é uma graça, não depende da
vontade de ninguém. Não é privilégio de nenhuma religião, de nenhuma filosofia.
Nós aqui não temos nenhuma coloração católica, protestante, ou espírita, ou
judaica. Não, nós queremos um Apocalipse neutro; citamos exemplos de todas as
religiões.
Mas, voltando ao tema de ontem, já
vimos que depois de muita perturbação tudo volta a paz, como depois da
tempestade vem a bonança; depois de um grande calor vem um grande inverno,
depois de um grande inverno vem um grande calor, depois vem a primavera e
continua acalorada, mas já é primavera.
Pois bem, nos Estados Unidos constitui
exemplo notável aquela guerra terrível, a
guerra civil de 1861
a 1865. Pela
primavera do último ano
tornou-se tão grande a pressão para continuar aquela guerra civil, que começou seriamente a impedir o progresso da Obra simbolizada pelo anjo que subia,
ameaçando, mesmo, embargá-la completamente.
Os que se interessavam por estas
verdades, crendo que tinha chegado o tempo da aplicação da profecia, que as
palavras do anjo (aquelas palavras), "não danifiques, etc." indicava
um movimento da parte da igreja. Elevaram
suas preces ao Senhor, ao Senhor das nações, para que restringisse a obra cruel
e tumulto de guerra. Tanta gente morrendo! Tantos órfãos! Tantas viúvas! Então
dedicaram dias de jejum e oração com esse objetivo, e isto se passou num escuro
e sombrio período da guerra. Não poucas pessoas, altamente colocadas na vida
política, prediziam sua continuação definitiva com a pavorosa intensidade de
todos os seus males, e, entretanto, subitamente, como que por milagre, se
operou aquela mudança. Não tinha ainda passado três meses sobre o tempo de que
já falamos aqui, já o último Exército da Confederação do Sul se havia rendido,
e todos os seus soldados tinham deposto as armas.
Tão súbito e completo foi o colapso,
tão gratos ficaram os corações pelo alívio do pesadelo da terrível contenda, que
a nação norte americana irrompeu num cântico de júbilo, e estas palavras foram
visivelmente ostentadas na capital: "Foi o Senhor quem fez isto e é coisa
maravilhosa aos nossos olhos". Exatamente como está no Evangelho.
Há quem pense que houve uma causa
definida para essa súbita suspensão da luta, de que, sem dúvida, o mundo mal se
apercebeu. A súbita cessação da guerra franco-alemã, em 1870, e da guerra entre
a Turquia e a Rússia, em 1877 a 1878, e da guerra hispano-americana, em 1896,
da guerra entre a Rússia e o Japão, todos esses fatos podem, ainda, ser citados
como exemplos posteriores nesta chave do Apocalipse. "Ouvireis
falar de guerras e rumores de guerras", mas são guerrinhas todas essas perto daquela que vem
lá. São rumores mesmo.
Mas vamos dar prosseguimento ao
capítulo 7, já no versículo 4. Aliás, convém ir até o versículo 8 por causa do
assinalamento dos 144.000.
"E ouvi o
número dos que foram assinalados, e eram 144.000, de todas as tribos dos filhos
de Israel: da tribo de Judá, doze mil; da tribo de Rubem, doze mil; da tribo de
Gade, doze mil; da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Neftali, doze mil; da
tribo de Manassés, doze mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi,
doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; da tribo de Zabulon, doze mil; da
tribo de José, doze mil; e doze mil da tribo de Benjamim."
Segundo esta passagem o número dos
selados, os salvos, é exatamente de 144.000, e, como doze mil são assinalados
de cada uma das doze tribos, muitos supõem que esta obra já deve ter sido
realizada, pelo menos cerca do começo da Era Cristã, quando essas tribos
existiam literalmente, materialmente. Mas não veem como se possa aplicar ao
nosso tempo, em que todo vestígio de distinção entre essas tribos, desde algum
tempo, tão completamente se obliterou. Ora, convidamos todas estas pessoas a
que leiam a linguagem clara da Epístola de São Tiago: "Tiago, servo
de Deus e do Senhor Jesus, às doze tribos que
andam dispersas, saúde. Meus irmãos, tendes grande prazer, grande
alegria, grande gozo, quando cairdes em várias tentações, etc." Ora, aqueles a quem São Tiago se
dirige, são:
primeiro: Cristãos, porque são seus
irmãos;
segundo: as doze tribos dos seus dias
não são os judeus convertidos ao cristianismo, porque se dirige a eles tendo em
mente a volta do Senhor (basta ver o capítulo 5). Está, assim, dirigindo-se à
última geração de cristãos, sim senhor, aos cristãos dos nossos dias, e ainda
lhes chama "as doze tribos dispersas".
Jesus não disse "Em verdade
vos digo, que esta geração não sairá da terra até que tudo se cumpra"?
Então, a geração que estava com Jesus, onde é que está?
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