sábado, isto é, observar o Quarto
Mandamento: é para que soubessem que Ele é o verdadeiro Deus, era para que
soubessem que há um Deus e não há outro. É o mesmo que o Senhor dizer: "O
sábado é um selo, por minha parte é o selo da minha autoridade, o sinal de que
tenho direito de exigir obediência. Por vossa parte, é um sinal de que me
tomais por vosso Deus".
Se alguém disser que este princípio não pode ser
aplicado aos cristãos dos nossos dias, visto
que o sábado era apenas um sinal entre Deus e os
judeus, poderíamos responder que os termos "judeus, Israel", no
verdadeiro sentido bíblico ou escriturístico, não se limitam à semente literal
de Abraão. Já foi explicado aqui: Abraão foi escolhido em primeiro lugar porque
era o amigo de Deus, ao passo que seus pais eram, francamente, da idolatria. Sua
semente foi escolhida como Povo de Deus, guarda da Sua Lei, depositários da Sua Verdade,
porque todos os outros tinham apostatado.
E é verdade que estas palavras a
respeito do sábado lhes foram ditas enquanto gozavam a honra de estar, assim, à
parte de todos os outros. Mas, quando a parede de separação, que estava no
meio, foi derrubada e os gentios foram chamados a participar das bênçãos de
Abraão, todo o "Povo de Deus", tanto judeus quanto gentios, foi colocado
numa nova e mais íntima relação com Deus por meio do seu Filho, e eles são
agora chamados "judeus no coração", "judeus no interior" e
"verdadeiros israelitas". E agora a declaração se aplica a esses
tais, porque têm tanta ocasião de conhecer o Senhor Deus como teve o seu Povo
de antigamente. Isto faz parte da restauração espiritual na sua grande CRUZADA
DE REEDUCAÇÃO GERAL.
Assim, o Quarto Mandamento ou o
sábado, é considerado pelo Senhor Deus como um sinal entre Ele e seu povo, ou o
SELO da sua Lei em ambas as dispensações, significando os cristãos que, por
esses Mandamentos, são adoradores do verdadeiro Deus. Deus, pelo mesmo
Mandamento, tornando-se conhecido como um governante de direito, e, pelo fato
de ter sido seu criador. Em harmonia com esta ideia, devemos notar o significado
muito especial dos estudos referentes ao sábado e, para um confronto, é preciso
repetir: - Todos devem notar o significativo fato de que sempre os escritores
sagrados, isto é, os autores dos livros da Bíblia, desejam indicar o verdadeiro
Deus em distinção de quaisquer falsos deuses.
É feito um apelo aos grandes fatos da
criação sobre que está baseado o Quarto Mandamento, então se vocês querem
estudar, tomem nota: II Livro dos Reis, capítulo 19, versículo 15; II Livro das
Crônicas, capítulo 2, versículo 12; Livro de Jeremias, capítulo 9, versículo 6;
Livro dos Salmos, capítulo 115, versículos 4 a 7, e ainda o versículo 15, do
mesmo capítulo; Salmos, capítulo 121, versículo 5; 134, versículo 3; 146,
versículo 6; Isaías, capítulo 37, versículo 16; Isaías, capítulo 42, versículo
5; Jeremias, capítulo 32, versículo 17; Atos dos Apóstolos, capítulo 4,
versículo 24; capítulo 14, versículo 15; capítulo 17, versículos 23 e 24. E
poderíamos citar muitos outros.
Referimos de novo, ao fato de que o
mesmo grupo que neste Apocalipse, capítulo
7, tem o selo do Deus
vivo nas suas testas,
é apresentado no capítulo 14 deste
livro, versículo 1, como tendo em suas testas o nome do Pai Eterno. Temos aqui,
portanto, uma boa prova de que o selo do Deus vivo e o nome do Pai é usado como
sinônimos. Completa-se a cadeia de evidências sobre este ponto quando
verificamos que o Senhor Deus fala do Quarto Mandamento. Já mostramos ser o
Selo da Lei como o que contém o Seu nome. Podemos ver a prova disto no livro de
Moisés, Deuteronômio, capítulo 16, versículo 6: "no lugar que escolher o Senhor teu Deus para
fazer habitar o seu nome, ali, sacrificarás a Páscoa."
Onde é que sacrificavam a Páscoa?
Havia
o santuário que tinha em seu lugar santíssimo a arca com os Dez Mandamentos, o
Quarto dos quais declarava o verdadeiro Deus e continha o seu nome. Onde quer
que estivesse este Quarto Mandamento aí estaria colocado o nome de Deus, e este
era o único objeto a que podia se aplicar à linguagem, basta ver Deuteronômio,
cap. 12, verso 5 a 21).
Convencidos, agora, de que o Selo de
Deus é o seu santo sábado, que tem o seu
Santo Nome, já
estamos preparados para continuar com a sua aplicação.
Perante as cenas
apresentadas pelos versículos que estão diante de nós, ou seja, os quatro
ventos prestes a soprar trazendo a guerra, a perturbação sobre toda a
humanidade, e esta obra retardada até que os servos de Deus sejam selados, como
se um trabalho preparatório devesse ser feito em seu favor para os salvar de
toda essa confusão, então nos lembramos das casas dos israelitas que foram
assinaladas com o sangue do Cordeiro Pascal, poupadas quando o Anjo Destruidor
passou para matar os primogênitos dos egípcios. Basta reler o capítulo 12 do Êxodo
de Moisés, e recordar, também, o sinal feito pelo que trazia um tinteiro de
escrivão sobre todos aqueles que haviam de ser poupados pelos homens com as
armas destruidoras que os seguiam (livro de Ezequiel, capítulo 9). Então é
fácil de concluir que o Selo de Deus colocado, aqui, sobre os seus servos, é
algum sinal distintivo, característica religiosa, pelo qual serão isentos do
Juízo de Deus que cairão sobre os ímpios que os rodeiam.
Como encontramos o Selo de Deus no
Quarto Mandamento, naturalmente, qualquer um pode aventurar uma pergunta:
- A
observância desse Mandamento inclui alguma particularidade na prática
religiosa?
Sim, uma particularidade bem marcada. É impressionante! Um dos fatos
mais singulares que se encontram na história religiosa é que num século que
tanto se gloria de conhecer o Evangelho como este, em que a influência do
chamado cristianismo é tão poderosa, tão espalhada, uma das mais terríveis
particularidades que uma pessoa pode adotar na prática, e uma das maiores
cruzes que pode tomar, mesmo nos países mais iluminados e cristãos, é a simples
observância da verdadeira Lei de Deus.
Realmente, o Quarto Mandamento requer a
observância do sétimo dia de cada semana como sábado do Senhor Deus
Todo-Poderoso, entretanto, quase toda a cristandade, pela influência do paganismo, foi iludida para observar o primeiro dia.
Desde
que alguém comece a observar o dia ordenado no Mandamento logo um sinal de
particularidade está sobre ele: distingue-se tanto do professo mundo religioso
como do mundo professamente profano.
Concluímos, portanto, que o anjo que sobe
do oriente com o Selo de Deus vivo é um mensageiro divino encarregado da obra
da Reforma que deve ser levada avante entre os homens relativa AO SÁBADO DO
QUARTO MANDAMENTO. Os agentes desta Obra no mundo são, sem dúvida, os
Emissários do Cristo, porque aos homens é dada a missão de instruir aos outros
na Verdade Bíblica, em Espírito e Verdade, à luz do Novo Mandamento, mas, como
há ordem na
execução de todos os conselhos divinos, não parece improvável
que um anjo literal possa ter a responsabilidade e a superintendência desta
Obra.
Já fizemos notar a cronologia deste
Apocalipse localizando-a em nosso próprio tempo, o que é muito importante.
Torna-se isto mais evidente pelo fato de, logo após o assinalamento dos salvos
de Deus, os 144.000, os encontrarmos diante do trono com palmas de vitória em
suas mãos. Ora, o assinalamento é a última obra realizada em favor deles antes
da sua redenção final.
Neste Apocalipse, no capítulo 14,
encontramos outra vez a mesma obra, representada sob o símbolo de um anjo
voando no meio do céu com a mais terrível ameaça que jamais soou aos os ouvidos
dos homens. Claro que vamos falar disso, devidamente, quando chegarmos a esse
capítulo, mas é bom que nos refiramos agora, a ela, por ser a última obra
realizada em amor no mundo antes da volta de Jesus, que é o acontecimento que
se segue nesta profecia, podendo, portanto, sincronizá-la com a obra aqui
apresentada neste capítulo 7 do Apocalipse, versículos 1 a 3.
O anjo com o Selo de Deus vivo,
mencionado no capítulo 7, é, portanto, o mesmo que o terceiro anjo do capítulo
14, e esta observação confirma a exposição anterior do selo.
Enquanto, com o resultado da obra do
capítulo 7, um certo grupo é selado com o Selo do Deus vivo. Como resultado da
terceira mensagem do capítulo 14 é apresentado um grupo que presta obediência
bíblica a todos os Mandamentos de Deus (basta ver o versículo 12). É o Quarto
Mandamento do Decálogo e só esse que o mundo cristão, abertamente, viola e
ensina aos homens a violar; que é desta questão que se trata nesta mensagem, e
que se torna evidente pelo fato de a guarda dos Mandamentos, a observância do
sábado, com todos os outros preceitos morais, ser o que distingue os servos de
Deus dos que adoram a Besta e recebem o sinal da Besta, que é, como veremos
depois, a observância de um sábado falsificado.
Apresentamos assim, brevemente, os
primeiros pontos do assunto, e chegamos, exatamente agora, ao seu aspecto mais
impressionante: em concordância exata com o precedente argumento cronológico, encontramos esta Obra
já em processo de cumprimento diante dos nossos olhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário