terça-feira, 9 de julho de 2019


sábado, isto é, observar o Quarto Mandamento: é para que soubessem que Ele é o verdadeiro Deus, era para que soubessem que há um Deus e não há outro. É o mesmo que o Senhor dizer: "O sábado é um selo, por minha parte é o selo da minha autoridade, o sinal de que tenho direito de exigir obediência. Por vossa parte, é um sinal de que me tomais por vosso Deus". 

Se alguém disser que este princípio não pode ser aplicado aos cristãos dos nossos dias,  visto  que  o sábado era apenas um sinal entre Deus e os judeus, poderíamos responder que os termos "judeus, Israel", no verdadeiro sentido bíblico ou escriturístico, não se limitam à semente literal de Abraão. Já foi explicado aqui: Abraão foi escolhido em primeiro lugar porque era o amigo de Deus, ao passo que seus pais eram, francamente, da idolatria. Sua semente foi escolhida como Povo de Deus, guarda  da Sua Lei, depositários da Sua Verdade, porque todos os outros tinham apostatado.

E é verdade que estas palavras a respeito do sábado lhes foram ditas enquanto gozavam a honra de estar, assim, à parte de todos os outros. Mas, quando a parede de separação, que estava no meio, foi derrubada e os gentios foram chamados a participar das bênçãos de Abraão, todo o "Povo de Deus", tanto judeus quanto gentios, foi colocado numa nova e mais íntima relação com Deus por meio do seu Filho, e eles são agora chamados "judeus no coração", "judeus no interior" e "verdadeiros israelitas". E agora a declaração se aplica a esses tais, porque têm tanta ocasião de conhecer o Senhor Deus como teve o seu Povo de antigamente. Isto faz parte da restauração espiritual na sua grande CRUZADA DE REEDUCAÇÃO GERAL.

Assim, o Quarto Mandamento ou o sábado, é considerado pelo Senhor Deus como um sinal entre Ele e seu povo, ou o SELO da sua Lei em ambas as dispensações, significando os cristãos que, por esses Mandamentos, são adoradores do verdadeiro Deus. Deus, pelo mesmo Mandamento, tornando-se conhecido como um governante de direito, e, pelo fato de ter sido seu criador. Em harmonia com esta ideia, devemos notar o significado muito especial dos estudos referentes ao sábado e, para um confronto, é preciso repetir: - Todos devem notar o significativo fato de que sempre os escritores sagrados, isto é, os autores dos livros da Bíblia, desejam indicar o verdadeiro Deus em distinção de quaisquer falsos deuses.

É feito um apelo aos grandes fatos da criação sobre que está baseado o Quarto Mandamento, então se vocês querem estudar, tomem nota: II Livro dos Reis, capítulo 19, versículo 15; II Livro das Crônicas, capítulo 2, versículo 12; Livro de Jeremias, capítulo 9, versículo 6; Livro dos Salmos, capítulo 115, versículos 4 a 7, e ainda o versículo 15, do mesmo capítulo; Salmos, capítulo 121, versículo 5; 134, versículo 3; 146, versículo 6; Isaías, capítulo 37, versículo 16; Isaías, capítulo 42, versículo 5; Jeremias, capítulo 32, versículo 17; Atos dos Apóstolos, capítulo 4, versículo 24; capítulo 14, versículo 15; capítulo 17, versículos 23 e 24. E poderíamos citar muitos outros.

Referimos de novo, ao fato de que o mesmo grupo que neste Apocalipse,  capítulo  7,  tem   o  selo  do  Deus  vivo  nas  suas  testas,  é apresentado no capítulo 14 deste livro, versículo 1, como tendo em suas testas o nome do Pai Eterno. Temos aqui, portanto, uma boa prova de que o selo do Deus vivo e o nome do Pai é usado como sinônimos. Completa-se a cadeia de evidências sobre este ponto quando verificamos que o Senhor Deus fala do Quarto Mandamento. Já mostramos ser o Selo da Lei como o que contém o Seu nome. Podemos ver a prova disto no livro de Moisés, Deuteronômio, capítulo 16, versículo 6: "no lugar que escolher o Senhor teu Deus para fazer habitar o seu nome, ali, sacrificarás a Páscoa."

Onde é que sacrificavam a Páscoa? 

Havia o santuário que tinha em seu lugar santíssimo a arca com os Dez Mandamentos, o Quarto dos quais declarava o verdadeiro Deus e continha o seu nome. Onde quer que estivesse este Quarto Mandamento aí estaria colocado o nome de Deus, e este era o único objeto a que podia se aplicar à linguagem, basta ver Deuteronômio, cap. 12, verso 5 a 21).

Convencidos, agora, de que o Selo de Deus é o seu santo sábado, que tem o  seu  Santo  Nome,   estamos  preparados  para  continuar  com a sua aplicação. 

Perante as cenas apresentadas pelos versículos que estão diante de nós, ou seja, os quatro ventos prestes a soprar trazendo a guerra, a perturbação sobre toda a humanidade, e esta obra retardada até que os servos de Deus sejam selados, como se um trabalho preparatório devesse ser feito em seu favor para os salvar de toda essa confusão, então nos lembramos das casas dos israelitas que foram assinaladas com o sangue do Cordeiro Pascal, poupadas quando o Anjo Destruidor passou para matar os primogênitos dos egípcios. Basta reler o capítulo 12 do Êxodo de Moisés, e recordar, também, o sinal feito pelo que trazia um tinteiro de escrivão sobre todos aqueles que haviam de ser poupados pelos homens com as armas destruidoras que os seguiam (livro de Ezequiel, capítulo 9). Então é fácil de concluir que o Selo de Deus colocado, aqui, sobre os seus servos, é algum sinal distintivo, característica religiosa, pelo qual serão isentos do Juízo de Deus que cairão sobre os ímpios que os rodeiam.

Como encontramos o Selo de Deus no Quarto Mandamento, naturalmente, qualquer um pode aventurar uma pergunta: 

- A observância desse Mandamento inclui alguma particularidade na prática religiosa? 

Sim, uma particularidade bem marcada. É impressionante! Um dos fatos mais singulares que se encontram na história religiosa é que num século que tanto se gloria de conhecer o Evangelho como este, em que a influência do chamado cristianismo é tão poderosa, tão espalhada, uma das mais terríveis particularidades que uma pessoa pode adotar na prática, e uma das maiores cruzes que pode tomar, mesmo nos países mais iluminados e cristãos, é a simples observância da verdadeira Lei de Deus. 

Realmente, o Quarto Mandamento requer a observância do sétimo dia de cada semana como sábado do Senhor Deus Todo-Poderoso, entretanto,  quase toda  a cristandade,  pela influência do paganismo,  foi iludida para observar o primeiro dia. 

Desde que alguém comece a observar o dia ordenado no Mandamento logo um sinal de particularidade está sobre ele: distingue-se tanto do professo mundo religioso como do mundo professamente profano. 

Concluímos, portanto, que o anjo que sobe do oriente com o Selo de Deus vivo é um mensageiro divino encarregado da obra da Reforma que deve ser levada avante entre os homens relativa AO SÁBADO DO QUARTO MANDAMENTO. Os agentes desta Obra no mundo são, sem dúvida, os Emissários do Cristo, porque aos homens é dada a missão de instruir aos outros na Verdade Bíblica, em Espírito e Verdade, à luz do Novo  Mandamento,  mas,  como   ordem   na  execução  de  todos  os conselhos divinos, não parece improvável que um anjo literal possa ter a responsabilidade e a superintendência desta Obra.

Já fizemos notar a cronologia deste Apocalipse localizando-a em nosso próprio tempo, o que é muito importante. Torna-se isto mais evidente pelo fato de, logo após o assinalamento dos salvos de Deus, os 144.000, os encontrarmos diante do trono com palmas de vitória em suas mãos. Ora, o assinalamento é a última obra realizada em favor deles antes da sua redenção final.

Neste Apocalipse, no capítulo 14, encontramos outra vez a mesma obra, representada sob o símbolo de um anjo voando no meio do céu com a mais terrível ameaça que jamais soou aos os ouvidos dos homens. Claro que vamos falar disso, devidamente, quando chegarmos a esse capítulo, mas é bom que nos refiramos agora, a ela, por ser a última obra realizada em amor no mundo antes da volta de Jesus, que é o acontecimento que se segue nesta profecia, podendo, portanto, sincronizá-la com a obra aqui apresentada neste capítulo 7 do Apocalipse, versículos 1 a 3.

O anjo com o Selo de Deus vivo, mencionado no capítulo 7, é, portanto, o mesmo que o terceiro anjo do capítulo 14, e esta observação confirma a exposição anterior do selo.

Enquanto, com o resultado da obra do capítulo 7, um certo grupo é selado com o Selo do Deus vivo. Como resultado da terceira mensagem do capítulo 14 é apresentado um grupo que presta obediência bíblica a todos os Mandamentos de Deus (basta ver o versículo 12). É o Quarto Mandamento do Decálogo e só esse que o mundo cristão, abertamente, viola e ensina aos homens a violar; que é desta questão que se trata nesta mensagem, e que se torna evidente pelo fato de a guarda dos Mandamentos, a observância do sábado, com todos os outros preceitos morais, ser o que distingue os servos de Deus dos que adoram a Besta e recebem o sinal da Besta, que é, como veremos depois, a observância de um sábado falsificado.

Apresentamos assim, brevemente, os primeiros pontos do assunto, e chegamos, exatamente agora, ao seu aspecto mais impressionante: em concordância exata com o precedente argumento cronológico, encontramos   esta  Obra   em  processo  de  cumprimento  diante  dos nossos olhos.



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