os anjos àqueles 500 galileus (nos
Atos dos Apóstolos, capítulo 1, versículos 9 a 11). Aliás, é muito importante a
leitura do 1º capítulo do livro dos Atos dos Apóstolos.
Então a vinda de Jesus é visível?
Quem o diz é o Apocalipse ditado pelo
próprio Jesus: "e todo olho o verá". Todos os que estiveram na altura
da sua vinda O verão. Não somos informados de que a vinda pessoal do Cristo
haja de se dar no silêncio da meia noite, ou no deserto, ou no interior da
nossa casa. Não virá como um ladrão, às escondidas ou em silêncio para furtar
riquezas a que não tem direito, mas virá para buscar o seu mais querido
tesouro: são aqueles seus santos, mortos e vivos, comprados com Seu próprio
sangue precioso. Aqueles aos quais arrebatou do poder da morte, em sério e
patente conflito, para os quais a Sua volta não será, também, menos patente e
triunfal. Será como o brilho e resplendor do relâmpago quando fulgura do
Oriente ao Ocidente.
Quem disse isso?
O próprio Jesus.
(Basta reler o Evangelho segundo São Mateus, capítulo 24, versículo 27). Será
como um som de trombeta que penetrará até as mais recônditas profundezas da
terra, com uma voz potente que despertará os santos, aqueles que dormem nos
seus leitos de pó, transitoriamente, provisoriamente.
Onde vemos isto?
Além do Evangelho de São Mateus,
capítulo 24, também na Epístola aos Tessalonicenses, no São Paulo dos gentios,
naquele São Paulo mais integrado na grandeza do Cristo, depois da sua queda do
cavalo na estrada de Damasco. Tudo isto vai se cumprir. Agora, Jesus virá para
os ímpios com um ladrão, estes sim, estes vão ser surpreendidos, aí sim, aí a
volta de Jesus, como Ele mesmo declarou, será como a de um ladrão, isto é,
imprevistamente, inesperadamente.
Por quê? Porque os ímpios, os que
debocham do Evangelho e do Apocalipse, e os que se riem do Cristo e do próprio
Deus, ainda hoje, obstinadamente, fecham os olhos aos sinais da Sua aproximação.
Recusam-se a crer na Sua Palavra que é a Bíblia Santa, mas interpretada em
espírito e verdade, a Palavra de Deus que declara que Jesus já está às portas. Naturalmente
eu sei que muita gente diz: - Mas isso aí é esquisito, Jesus diz no Apocalipse "eis que
breve Eu venho",
quase dois mil anos e Ele ainda não veio!
Mas não é muita tolice querer comparar
o "breve" dos homens com o "breve" de Deus? O salmista não
disse que mil anos para Deus são como o dia de ontem, o dia de ontem que para
nós já passou, isto é: mil anos dos homens, um dia para Deus. Então, Jesus pede
apenas dois dias para voltar e você acha muito? Mas já está às portas. Imaginar,
como alguns pretendem, duas vindas: uma privada e outra pública em relação com
o segundo advento, carece de qualquer base evangélico-apocalíptica.
É uma volta só! Até mesmo aqueles que
o traspassaram, aqueles próprios, em complemento a todo o olho mencionado
atrás, que ocuparam lugar mais ativo na tragédia da sua crucificação, até
estes, verão Jesus voltar em triunfo e grande glória. Quem o diz é Zarur? Não!
É o Apocalipse de Jesus segundo São João.
Mas como pode ser isso? Como, se
agora já não estão vivos, poderão vê-Lo quando vier?
Pela ressurreição. Digam vocês o que
quiserem dizer, mas nós sabemos que a morte não existe. Sair do sepulcro é uma
figura espiritual, o espírito nunca ficou lá dentro do sepulcro. Ficou a carne
que apodrece e se transforma em outros seres vivos, porque a morte não existe
no Universo. Só acreditam na morte aqueles que estão espiritualmente mortos.
E, também, há muita gente que diz: -
Bom, quando Jesus voltar, graças a Deus, não estarei lá! Quem disse que você
não vai estar lá? Ou vivo ou morto, ou morto ou vivo, ou vivo morto, ou morto
vivo, você vai estar, sim senhor! Eu vou estar, todos vamos estar, porque você
vai estar na sua individualidade espiritual que é eterna. O seu espírito não
morre, o corpo é uma transição, o espírito toma tantos corpos quantos sejam
necessários à sua evolução na marcha para Deus.
Portanto, se muita gente diz
"graças a Deus já não estarei vivo quando Jesus voltar", basta que
você saiba que quando você morre o mundo para você se
acabou, e Jesus
voltou nesta hora, mas para o Universo,
para o grande planejamento universal, a volta de Jesus será quando Deus
determinar de acordo com o próprio Filho.
E, então, o Espírito Santo já está
abrindo caminho, porque o Espírito Santo é, exatamente, esta multidão de
espíritos de luz, mensageiros, missionários, emissários, estafetas que estão
alertando a Humanidade, e dizendo: - Chega de ilusões meninos cabeludos ou não
cabeludos! Chegou a hora da nossa integração na Verdade Eterna, chegou a hora
de dizer: está bem o iê-iê-iê, o samba, a bossa nova, a nova dança, tudo isso é
interessante, tudo isso é muito bonito, mas acima de tudo isto, o mais
importante é o julgamento divino que se aproxima de nós, é a volta do Cristo,
que é o dono do planeta. E esta é a linguagem que todos entendem, é Aquele que
manda, é Jesus, é Aquele que manda e tem todo poder na terra e no céu.
"Naquele
tempo se levantará Miguel, o grande Príncipe, que se levanta pelos filhos do
seu povo e haverá um tempo de angústia como nunca houve desde que houve nação
até aquele tempo."
Vejam bem! Isto é uma revivência de
Daniel, grande profeta do Velho Testamento. Pois bem, Daniel reencarnou como
João, o discípulo amado. Entenderam porque é que o livro de Daniel parece um
Apocalipse? É o pré-Apocalipse, inegavelmente é o prefácio, é o introito do Apocalipse
de João, porque Daniel e João são uma pessoa só.
"Naquele
tempo se levantará Miguel, o Grande Príncipe, que se levanta pelos filhos do seu povo e haverá um tempo de angústia
como nunca houve desde que houve nação até aquele tempo.
Mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar inscrito no
livro, e muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida
eterna, outros para vergonha e desprezo eterno."
Exatamente, está lá, no livro de
Daniel! Isto é muito importante! Vale a pena reler Daniel.
Vocês sabem como é que Daniel se
tornou famoso, não é? Veio lá de baixo, veio assim, quase que como escravo,
como rebotalho humano. Mas, um dia, o rei Nabucodonosor teve um sonho e chamou
os magos, os adivinhos, os encantadores, feiticeiros, toda aquela gente do seu
reino e até alguns fora do reino. E ninguém pode interpretar o sonho do rei
Nabucodonosor por uma razão muito simples: porque Nabucodonosor não quis contar
o sonho.
Ele dizia:
"Vocês não são adivinhos? Então vocês tem de saber o que foi que eu
sonhei. Primeiro vão dizer o que foi que eu sonhei, depois eu quero a
explicação."
Essa é grande! Essa é muito
interessante! Não houve um barbado daqueles, macróbio daqueles, centenário
daqueles que soubesse explicar nem o sonho nem a interpretação do sonho. Nesta
hora apareceu Daniel, jovem, ainda imberbe. Naturalmente se compadeceu, porque
o rei Nabucodonosor mandou matar aquela gente toda, e,
claro que como aprendiz de profeta, Daniel também ia
ser degolado. Então tratou de defender aquela gente. Pediu a Deus que lhe
mostrasse o sonho de Nabucodonosor, e como Daniel já vinha predestinado, já era
o profeta chamado, escolhido do Senhor, Deus lhe fez ver qual o sonho do rei
Nabucodonosor. Então contou o sonho e Nabucodonosor confirmou: "-
Realmente foi isso que eu sonhei, agora eu quero a explicação". Bem, a
explicação é esta e esta.
Inclusive foi a Nabucodonosor que
Daniel declarou: - Vais perder o teu reino, vais dormir com os vagabundos, vais
comer a erva do campo como um cachorro, como um animal irracional; vais
conhecer que todos são teus amigos enquanto és rei, quando perderes o reinado
não terás nenhum amigo: amigo só há na hora da opulência. Tudo isso aconteceu,
mas depois que Nabucodonosor compreendeu que Deus é que rege tudo, que Deus é
que dá o poder, que Deus é que tira o poder, que Deus é que distribui as
excelências, aí Nabucodonosor chorou um pouquinho, mas chorou mesmo, e de
joelhos. Então Deus, satisfeito, o reconduziu à sua glória. Aí os "amigos"
voltaram e os "amigos velhos",
disseram:
"Bem, nós não viemos antes porque, afinal, tu caíste e nós não
queríamos ser um constrangimento na sua vida."
Os amigos só servem para isso, claro
que não há regra sem exceção. Mas, amigos, já dizia Sócrates: "Amigos? Não
há amigos." Ou então aquele amigo cachorro da quadrinha de Belmiro Braga:
"O cachorro é mais amigo do que um amigo cachorro". Pois bem, este
Daniel, este extraordinário jovem, fez um verdadeiro Apocalipse no Velho
Testamento. Quem quiser comparar o livro
de Daniel com o Apocalipse de São João,
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