terça-feira, 16 de julho de 2019


os anjos àqueles 500 galileus (nos Atos dos Apóstolos, capítulo 1, versículos 9 a 11). Aliás, é muito importante a leitura do 1º capítulo do livro dos Atos dos Apóstolos.

Então a vinda de Jesus é visível?

Quem o diz é o Apocalipse ditado pelo próprio Jesus: "e todo olho o verá". Todos os que estiveram na altura da sua vinda O verão. Não somos informados de que a vinda pessoal do Cristo haja de se dar no silêncio da meia noite, ou no deserto, ou no interior da nossa casa. Não virá como um ladrão, às escondidas ou em silêncio para furtar riquezas a que não tem direito, mas virá para buscar o seu mais querido tesouro: são aqueles seus santos, mortos e vivos, comprados com Seu próprio sangue precioso. Aqueles aos quais arrebatou do poder da morte, em sério e patente conflito, para os quais a Sua volta não será, também, menos patente e triunfal. Será como o brilho e resplendor do relâmpago quando fulgura do Oriente ao Ocidente.

Quem disse isso? 

O próprio Jesus. (Basta reler o Evangelho segundo São Mateus, capítulo 24, versículo 27). Será como um som de trombeta que penetrará até as mais recônditas profundezas da terra, com uma voz potente que despertará os santos, aqueles que dormem nos seus leitos de pó, transitoriamente, provisoriamente.

Onde vemos isto?

Além do Evangelho de São Mateus, capítulo 24, também na Epístola aos Tessalonicenses, no São Paulo dos gentios, naquele São Paulo mais integrado na grandeza do Cristo, depois da sua queda do cavalo na estrada de Damasco. Tudo isto vai se cumprir. Agora, Jesus virá para os ímpios com um ladrão, estes sim, estes vão ser surpreendidos, aí sim, aí a volta de Jesus, como Ele mesmo declarou, será como a de um ladrão, isto é, imprevistamente, inesperadamente. 

Por quê? Porque os ímpios, os que debocham do Evangelho e do Apocalipse, e os que se riem do Cristo e do próprio Deus, ainda hoje, obstinadamente, fecham os olhos aos sinais da Sua aproximação. Recusam-se a crer na Sua Palavra que é a Bíblia Santa, mas interpretada em espírito e verdade, a Palavra de Deus que declara que Jesus já está às portas. Naturalmente eu sei que muita gente diz: - Mas isso aí é esquisito, Jesus diz no Apocalipse "eis que breve Eu venho", quase dois mil anos e Ele ainda não veio!

Mas não é muita tolice querer comparar o "breve" dos homens com o "breve" de Deus? O salmista não disse que mil anos para Deus são como o dia de ontem, o dia de ontem que para nós já passou, isto é: mil anos dos homens, um dia para Deus. Então, Jesus pede apenas dois dias para voltar e você acha muito? Mas já está às portas. Imaginar, como alguns pretendem, duas vindas: uma privada e outra pública em relação com o segundo advento, carece de qualquer base evangélico-apocalíptica.


É uma volta só! Até mesmo aqueles que o traspassaram, aqueles próprios, em complemento a todo o olho mencionado atrás, que ocuparam lugar mais ativo na tragédia da sua crucificação, até estes, verão Jesus voltar em triunfo e grande glória. Quem o diz é Zarur? Não! É o Apocalipse de Jesus segundo São João. 

Mas como pode ser isso? Como, se agora já não estão vivos, poderão vê-Lo quando vier?

Pela ressurreição. Digam vocês o que quiserem dizer, mas nós sabemos que a morte não existe. Sair do sepulcro é uma figura espiritual, o espírito nunca ficou lá dentro do sepulcro. Ficou a carne que apodrece e se transforma em outros seres vivos, porque a morte não existe no Universo. Só acreditam na morte aqueles que estão espiritualmente mortos.

E, também, há muita gente que diz: - Bom, quando Jesus voltar, graças a Deus, não estarei lá! Quem disse que você não vai estar lá? Ou vivo ou morto, ou morto ou vivo, ou vivo morto, ou morto vivo, você vai estar, sim senhor! Eu vou estar, todos vamos estar, porque você vai estar na sua individualidade espiritual que é eterna. O seu espírito não morre, o corpo é uma transição, o espírito toma tantos corpos quantos sejam necessários à sua evolução na marcha para Deus.

Portanto, se muita gente diz "graças a Deus já não estarei vivo quando Jesus voltar", basta que você saiba que quando você morre o mundo para  você  se  acabou,  e  Jesus  voltou nesta hora, mas para o Universo, para o grande planejamento universal, a volta de Jesus será quando Deus determinar de acordo com o próprio Filho.

E, então, o Espírito Santo já está abrindo caminho, porque o Espírito Santo é, exatamente, esta multidão de espíritos de luz, mensageiros, missionários, emissários, estafetas que estão alertando a Humanidade, e dizendo: - Chega de ilusões meninos cabeludos ou não cabeludos! Chegou a hora da nossa integração na Verdade Eterna, chegou a hora de dizer: está bem o iê-iê-iê, o samba, a bossa nova, a nova dança, tudo isso é interessante, tudo isso é muito bonito, mas acima de tudo isto, o mais importante é o julgamento divino que se aproxima de nós, é a volta do Cristo, que é o dono do planeta. E esta é a linguagem que todos entendem, é Aquele que manda, é Jesus, é Aquele que manda e tem todo poder na terra e no céu.

"Naquele tempo se levantará Miguel, o grande Príncipe, que se levanta pelos filhos do seu povo e haverá um tempo de angústia como nunca houve desde que houve nação até aquele tempo."

Vejam bem! Isto é uma revivência de Daniel, grande profeta do Velho Testamento. Pois bem, Daniel reencarnou como João, o discípulo amado. Entenderam porque é que o livro de Daniel parece um Apocalipse? É o pré-Apocalipse, inegavelmente é o prefácio, é o introito do Apocalipse de João, porque Daniel e João são uma pessoa só. 

"Naquele tempo se levantará Miguel, o Grande Príncipe, que se levanta pelos  filhos do seu povo e haverá um tempo de angústia como nunca houve desde  que houve nação até aquele tempo. Mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar inscrito no livro, e muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, outros para vergonha e desprezo eterno."

Exatamente, está lá, no livro de Daniel! Isto é muito importante! Vale a pena reler Daniel.

Vocês sabem como é que Daniel se tornou famoso, não é? Veio lá de baixo, veio assim, quase que como escravo, como rebotalho humano. Mas, um dia, o rei Nabucodonosor teve um sonho e chamou os magos, os adivinhos, os encantadores, feiticeiros, toda aquela gente do seu reino e até alguns fora do reino. E ninguém pode interpretar o sonho do rei Nabucodonosor por uma razão muito simples: porque Nabucodonosor não quis contar o sonho. 

Ele dizia: 

"Vocês não são adivinhos? Então vocês tem de saber o que foi que eu sonhei. Primeiro vão dizer o que foi que eu sonhei, depois eu quero a explicação."

Essa é grande! Essa é muito interessante! Não houve um barbado daqueles, macróbio daqueles, centenário daqueles que soubesse explicar nem o sonho nem a interpretação do sonho. Nesta hora apareceu Daniel, jovem, ainda imberbe. Naturalmente se compadeceu, porque o rei Nabucodonosor  mandou matar  aquela  gente  toda,  e, claro  que   como aprendiz de profeta, Daniel também ia ser degolado. Então tratou de defender aquela gente. Pediu a Deus que lhe mostrasse o sonho de Nabucodonosor, e como Daniel já vinha predestinado, já era o profeta chamado, escolhido do Senhor, Deus lhe fez ver qual o sonho do rei Nabucodonosor. Então contou o sonho e Nabucodonosor confirmou: "- Realmente foi isso que eu sonhei, agora eu quero a explicação". Bem, a explicação é esta e esta.

Inclusive foi a Nabucodonosor que Daniel declarou: - Vais perder o teu reino, vais dormir com os vagabundos, vais comer a erva do campo como um cachorro, como um animal irracional; vais conhecer que todos são teus amigos enquanto és rei, quando perderes o reinado não terás nenhum amigo: amigo só há na hora da opulência. Tudo isso aconteceu, mas depois que Nabucodonosor compreendeu que Deus é que rege tudo, que Deus é que dá o poder, que Deus é que tira o poder, que Deus é que distribui as excelências, aí Nabucodonosor chorou um pouquinho, mas chorou mesmo, e de joelhos. Então Deus, satisfeito, o reconduziu à sua glória. Aí os "amigos" voltaram e  os "amigos velhos", disseram: 

"Bem, nós não viemos antes porque, afinal, tu caíste e nós não queríamos ser um constrangimento na sua vida."

Os amigos só servem para isso, claro que não há regra sem exceção. Mas, amigos, já dizia Sócrates: "Amigos? Não há amigos." Ou então aquele amigo cachorro da quadrinha de Belmiro Braga: "O cachorro é mais amigo do que um amigo cachorro". Pois bem, este Daniel, este extraordinário jovem, fez um verdadeiro Apocalipse no Velho Testamento. Quem quiser comparar  o livro  de Daniel com o Apocalipse de São João,



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