domingo, 8 de março de 2015

PROGRAMA 20

    PROGRAMA 20
    Meus amigos e meus irmãos, 
    DEUS ESTÁ PRESENTE!
    VIVA JESUS EM NOSSOS CORAÇÕES PARA SEMPRE!
    Hoje vamos reencetar a interpretação dos selos:
    E HAVENDO ABERTO O QUARTO SELO, OUVI A VOZ DO QUARTO SER VIVENTE QUE DIZIA: VEM E VÊ; E OLHEI, E EIS UM CAVALO AMARELO; O QUE ESTAVA MONTADO SOBRE ELE TINHA POR NOME MORTE, E O INFERNO O SEGUIA, E LHE FOI DADO PODER PARA MATAR A QUARTA PARTE DA TERRA COM A ESPADA, COM A FOME E COM A PESTE E PELAS FERAS DA TERRA.
     Realmente é notável a cor deste cavalo. As cores dos cavalos, branco, vermelho e preto,m mencionadas nos versículos anteriores são naturais: é branco; é vermelho; é preto. Mas aqui a cor amarela não é natural. A palavra no original grego não significa o amarelo comum, mas sim cor pálida ou amarelada, a que se vê em plantas crestadas ou doentes. Portanto, este símbolo apresenta um estranho estado de coisas dentro da igreja. O que está sentado neste cavalo tem um nome: "MORTE", e o inferno (aliás, no grego original a palavra significa SEPULTURA), o segue. A mortalidade é tão grande durante este período que se diria terem vindo sobre a terra as pálidas nações dos mortos, e seguindo na esteira deste poder desolador; porque realmente, dificilmente nos poderemos enganar quanto a este período, o período a que se aplica este selo. Refere-se ao tempo em que o Cesarismo Romano exerceu a sua vontade sem peias, seu domínio prepotente, perseguidor desde 538 até ao tempo em que os Reformadores começaram a expor as corrupções do sistema religioso. Todas as ignomínias praticadas em nome de DEUS, DEUS não tinha nada com isso. Mas diz a nota marginal, a igreja via agora à sua frente, amplas possibilidades de atrair para suas fileiras os pagãos do Império Romano, mas isso não seria fácil, enquanto fosse mantido de pé os princípios da Palavra de DEUS e o rigor da conduta cristã e, enquanto fossem combatidos os costumes e práticas do paganismo. Então toda aquela sinceridade dos cristãos que já tinha começado a se afrouxar no período anterior, foi agora arriada mais ainda, e não se demorou muito, a bandeira do paganismo foi hasteada dentro da igreja. Claro que tudo não foi feito de um só golpe, foi aos poucos e o padrão da disciplina ia sendo rebaixado, à medida que ia entrando mais e mais pessoas. Então os povos vinham crus do paganismo, eram batizados e admitidos na igreja como cristãos, só que continuava irregenerados, e com seus velhos costumes, nada de um novo nascimento, uma regeneração, uma transformação, nenhuma mudança havia em suas vidas. Perdera-se de vista a essência do Cristianismo, nada de fazer da pessoa decaída uma nova criatura (como disse Paulo aos Gálatas, capítulo 6:15).
  Para atrair os pagãos, os chefes da igreja adotaram muitas cerimônias e crenças pagãs. Neste sentido a festa do Natal é um exemplo. No jornal "Estado de São Paulo",  de 28 de dezembro de 1952, na página 30, apareceu um artigo sobre essa festa sob o título "Natal e paganismo": "Os pagãos festejavam todo o último domingo do mês em homenagem ao Sol, e sempre o último domingo de dezembro, faziam grandes festas com muitas comidas e bebidas, por isso, não foi difícil adaptar o nascimento de JESUS a esta festa pagã". Os pagãos não se converteram realmente ao Cristianismo mas os cristãos sim, estes se converteram ao paganismo. Cumpriu-se o que o Apóstolo Paulo havia previsto (II Tessalonicenses, 2:3-4): "Ninguém de maneira alguma vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama DEUS, ou se adora, de sorte que se sentará como DEUS, no Templo de DEUS,  querendo parecer DEUS". E aqui estão algumas das inovações que foram introduzidas na Igreja, isto é, no Cristianismo do CRISTO. Muitas delas começaram ainda no período de Pérgamo. 
    O batismo: "À 15 de maio de 252; Cipriano reuniu em Cartago um segundo Concilio, em que se achava, entre outras coisas, uma prova autêntica da fé da Igreja concernente ao pecado original. Decidiu-se ali que se devia administrar o batismo às crianças, logo após o nascimento. O culto de imagens, por volta do ano 300 da Era Cristã, começou a ser colocado em algumas Igrejas Cristãs, a princípio com o pretexto de adornar e instituir muitas imagens. Essa introdução era destinada a facilitar a aproximação dos pagãos. A fim de proporcionar aos conversos do paganismo uma substituição a adoração de ídolos, e promover assim a sua aceitação nominal no Cristianismo, e gradualmente foi sendo introduzido no culto cristão a adoração das imagens e relíquias". (Wite: O Grande Conflito - pág. 48). Mas no ano 780, a Imperatriz Irene introduziu essa adoração no Oriente, e em 787, tornou-se Lei no Concilio de Nicéia (John Davis, Dicionário da Bíblia, pág. 444). 
    Mudança do Sábado para o domingo. Já no segundo século o domingo era guardado em lugar do sábado pelos Cristãos de Alexandria. Essa apostasía local fora evidentemente derivado do gnosticismo, um sistema teológico e filosófico que ali se estabelecera, mas não tardou muito e esse sistema como a se estender suas raízes a outras partes, de maneira que já no terceiro século, em diversos lugares já se guardavam os dois dias. Mas aos poucos o domingo foi tomando o lugar do sábado. Os pagãos do Império Romano guardavam o domingo, ou seja, o primeiro dia da semana em homenagem ao Sol. Essa prática foi aceita entre eles, imposta por uma seita.  

    Até perto dos fins do período da Igreja de Éfeso,  era só os judeus que para defender as Leis de Moisés perseguia os cristãos, os seguidores do CRISTO. Mas agora com o progresso do Evangelho, também, os romanos começavam à mover perseguições cruéis e sangrentas contra os fiéis seguidores do CRISTO. A autoridade Imperial mandou crucificá-los, matá-los ao fio da espada, queimá-los vivos ou lançá-los às feras dos circos. Não se poupava esforços para destruir a seita dos cristãos, a doutrina do CRISTO. Como os servos de DEUS a séculos atrás, muitos, milhares foram torturados, outros experimentaram  o escárnio e açoites, como disse o Apóstolo Paulo (Hebreus cap. 11; 35-38): " Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada, andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados, viveram errantes pelos desertos e montes, escondidos nas covas e cavernas da terra. E quem eram? Eram malfeitores? Não, eram homens e mulheres dos quais  o mundo não era digno".  O período de Esmirna foi considerado o tempo do martírio. Eusébio fala desse tempo da seguinte maneira: "Vimos com os próprios olhos, como as criaturas eram jogadas às chamas, vimos em Tebas, inúmeros morrerem num só dia, alguns foram queimados, outros foram decapitados, de modo que a espada assassina ficou cega e mesmo se quebrou, e os próprios carrascos ficaram cansados e tiveram que revezar-se" (História Eclesiástica, vol. 8, cap. 2). E quando martirizados não se ouvia queixume algum de suas bocas, tudo suportavam com paciência, como está nos Atos dos Apóstolos, cap. 5; 41; regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de JESUS. A tribulação de 10 dias refere-se, evidentemente, aos 10 anos de intensa perseguição sob o governo de Diocleciano, mas agora estamos entrando no período de Pérgamo.

     Por esse tempo os países abrangidos por esse poder político-religioso, canalizaram para o Estado Papal grande parte das riquezas nacionais, pela cobrança dos mais variados impostos, e a Alemanha fazia parte desse grupo, daí o motivo pelo qual Martinho Lutero se afastou do catolicismo, criando uma nova religião. Logo, muitos e muitos adeptos foram se reunindo a ele e, logo começa o desvirtuamento. Já em 1534, as primeiras violências, e o Parlamento de Paris perseguiu alguns elementos protestantes e arrasou a Igreja Reformada de Meaux. No ano de 1559 a situação agravou-se, os que fossem presos seriam mortos sem julgamento, mesmo assim houve uma grande corrida do povo aos cultos protestantes, eram pobres, ricos, burgueses, nobres, intelectuais e até elementos do Clero. E foi a adesão dos nobres e administradores das províncias que fez surgir nos protestantes a idéia da força política. Alguns nobres protestantes procuravam direitos políticos, mas até mesmo os plebeus não lutavam só por amor a Religião. Depois de 1555, o Luteranismo já começou a ser dividido, surgindo aí o Calvinismo, e agora sim, eles se organizaram formando um partido político. Henrique II morreu em 1559, e o reinado  passou a sua esposa Catarina de Medicis e seus três filhos - Francisco II, Carlos IX e Henrique III. A partir daí os protestantes tinham dois grandes inimigos dentro do palácio: Duque de Guise e Catarina de Medicis. Certa vez Duque de Guise vinha voltando de Lorena e deparou com um culto na praça de Vassi, matou 74 pessoas e feriu centenas delas. Mas a pior perseguição foi em 1572, na trágica noite de São Bartolomeu, à meia-noite, os sinos tocaram e os soldados saíram em perseguição e dentro de três dias morreram 70 mil pessoas. 
     A cor AMARELA simbolizava a morte, e de fato a morte estendeu sua mortalha, sobre a quarta parte da terra, ou seja, sobre o território que estava sob o domínio desse poder religioso e político, que usavam a espada, a fome, a peste e as feras, meios pelos quais mais de cinquenta milhões de cristãos fiéis perderam suas vidas.
   O Professor Grattan Guines em seu livro "O Próximo Fim  do Nosso Século", na página 274, diz o seguinte: "Os perseguidores de Roma Papal inventaram toda sorte de tormentos, de maneira que seria difícil criar um novo. Foram eles fuzilados, espetados, apedrejados, afogados, decapitados, enforcados, dilacerados, esquartejados, empalados, queimados, ou enterrados vivos, assados no espeto ou no forno, lançados nas bocas de forno, lançados nos precipícios ou pináculos, feitos explodir com pólvoras, amarrados às caudas dos cavalos e arrastados pelas ruas sobre cascalhos pontiagudos, quebrados sobre rodas, rasgados em pedaços com lanças em brasas; não há nada na história que a isso se equipara, pois as perseguições pagãs eram bem mais brandas em comparação com as perseguições Papais".
    Mas diz a nota marginal que lhe foi dado poder, isto é, ao poder personificado pela morte sobre o CAVALO PÁLIDO; é o Papismo com  a sua inquisição.
    PELA QUARTA PARTE DA TERRA. É, sem dúvida, representado o território sobre o que este poder teve jurisdição. E estas palavras: ESPADA, PESTE, ou segundo o original grego, quaisquer tormentos causados e causadores da morte - "FILHO DA MORTE" e 'PAI DA MORTE".
    E AINDA PELAS FERAS DA TERRA. Figuras que representam os meios pelos quais levou à morte os seus mártires. Cinquenta milhões dos quais segundo os cálculos mais baixo, ainda clamam vingança debaixo do seu altar sanguinolento. Quem é que ignora esse período negro da perseguição religiosa, do fanatismo cruel que matava em nome de DEUS,  como se DEUS tivesse dado a alguém poder para matar? Pois se DEUS não dá poder a ninguém para perdoar pecados, para absolver ou condenar, como é que vai dar poder a alguém para, em seu nome matar, se está nos DEZ MANDAMENTOS: NÃO MATARÁS? Então DEUS seria contraditório, DEUS seria infantil como qualquer criança leviana. Vejam bem quanta tolice ainda permanece até hoje. E ainda há sacerdotes que querem a pena de morte, uma coisa que está completamente contra os desígnios de DEUS. Pois se está nos Mandamentos: NÃO MATARÁS, como é que alguém quer instituir a pena de morte em nome de DEUS? Bem... Há pena de morte nos Estados Unidos... Mas então os Estados Unidos são um povo bárbaro; é um povo atrasado, que tem pena de morte; um povo elevado não tem pena de morte. Aplica-se todos os castigos imagináveis, menos a pena de morte, que isto só a DEUS pertence. Eis ai... É o quarto selo deste capítulo impressionante do Apocalipse. 

  E HAVENDO ABERTO O QUINTO SELO VI DEBAIXO DO ALTAR AS ALMAS DOS QUE FORAM MORTOS PELO AMOR DA PALAVRA DE DEUS E POR AMOR DO TESTEMUNHO QUE DERAM. E CLAMAVAM EM GRANDE VOZ DIZENDO: ATÉ QUANDO, Ó VERDADEIRO E SANTO DOMINADOR, NÃO JULGAS E VINGAS O NOSSO SANGUE DOS QUE HABITAM SOBRE A TERRA? E FORAM DADAS A CADA UM COMPRIDAS VESTES BRANCAS E LHES FOI DITO QUE REPOUSASSEM AINDA UM TEMPO, ATÉ QUE TAMBÉM SE COMPLETASSE O NÚMERO DOS SEUS CONSERVOS E SEUS IRMÃOS QUE HAVIAM DE SER MORTOS COMO ELES FORAM.
    Isto é muito bonito mesmo, é um livro impressionante! Ora, os acontecimentos que ocorrem debaixo do quinto selo são o clamor dos mártires, por vingança, e entrega de vestes brancas. 
    Eis as perguntas que imediatamente pedem uma solução: 
    Refere-se este selo a um período de tempo?
    Mas que período?
    Onde está o altar debaixo do qual foram vistas estas almas?
    Quem são estas almas?
    Qual é a sua condição?
    Que significa o seu clamor de vingança?    Que significam vestes brancas que lhe são dadas?
    Quando repousam por um pouco de tempo?
    E que é que significa esta expressão: "SEUS IRMÃOS SEREM MORTOS COMO ELES PRÓPRIOS O FORAM?"
    Temos que dar uma resposta satisfatória a todas estas perguntas.

    

    Primeira: O quinto selo refere-se a um período de tempo. É razoável que este selo, como todos os outros, se refira a um período de tempo, e não nos podemos enganar na data da sua aplicação no caso de termos localizado bem os selos precedentes. Vindo a seguir o período de perseguição religiosa mais desenfreada, o tempo abarcado por este selo teria de iniciar quando a Reforma começasse a minar o anticristão edifício romano e a restringir o seu poder perseguidor.
     Segunda: O ALTAR não pode tratar-se aqui de qualquer altar no céu porque é, evidentemente, o lugar onde estas vítimas foram mortas: o ALTAR DO SACRIFÍCIO. Aliás, sobre este ponto escreve Clark: "Foi-lhe mostrada uma visão simbólica em que ele viu um ALTAR e, debaixo dele as almas dos que tinham sido mortos pela palavra de DEUS". Martirizadas pela sua dedicação ao Cristianismo Autêntico,  não o cristianismo dos homens. Nós nos referimos ao Cristianismo do CRISTO que é o único e verdadeiro. E essas almas são aqui representadas como mortas, vítimas há pouco da idolatria, da superstição e do fanatismo religioso. Consequência: O ALTAR está na terra, não no céu. Uma confirmação deste ponto de vista está no fato de que São João contempla cenas que se passam no mundo; no nosso mundo. As almas são representadas debaixo do ALTAR, certo como é, que o sangue das vítimas que ali foram mortas correria para baixo dele e elas próprias cairiam a seu lado. 
  Terceira: E ALMAS DEBAIXO DO ALTAR?
    Esta figura é popularmente considerada como prova de peso na doutrina do estado desincorporado, desencarnado, o estado consciente dos mortos ou dos espíritos. Pretende-se que aqui, se trate de almas vistas por São João no estado desincorporado, consciente, com pleno conhecimento do que se estava passando. Por quê? Porque clamavam vingança para os seus perseguidores. Ora, esta interpretação é inadmissível por diversos motivos: 
    1 - A opinião popular coloca estas almas no céu, mas o ALTAR DE SACRIFÍCIO sobre que foram mortas e debaixo do qual foram vistas, não pode encontrar-se lá. O único ALTAR que sabemos existir lá é o ALTAR DE INCENSO. Mas não seria correto representar como estando debaixo do ALTAR, vítimas recentemente mortas, visto que esse ALTAR nunca foi consagrado a semelhante uso. 
    2 - Repugnaria todas as nossas ideias, acerca do estado celestial representar almas no céu encaçapadas debaixo de um ALTAR. Inconcebível! 
    3 - Podemos supor que a ideia de vingança reine ainda tão soberanamente nas almas que estão no céu, que apesar da alegria e glória desse estado inefável, ainda se encontrem insatisfeitas,  constrangidas, até que DEUS tome vingança dos seus inimigos? Não teriam antes, motivo de se alegrarem pelo fato da perseguição ter levantado sua mão contra eles ,e os ter assim levado mais depressa à presença do Redentor? E junto do CRISTO, à plenitude de alegria e prazeres sem fim? Mas, além disso, a opinião popular que coloca estas almas no céu, coloca ao mesmo tempo os ímpios no lago de fogo onde se contorcem no tormento indescritível em plena visão da hoste celestial. Isto pretendem, apoiados pela parábola do "Rico e de Lázaro", contada pelo próprio JESUS, no Evangelho segundo São Lucas, capítulo 16. Ora, as almas que aparecem sob o quinto selo, são as que foram mortas sob o selo precedente, dezenas de anos, e muitas delas, centenas de anos antes.  Sem dúvida alguma, os seus perseguidores já tinham todos passado do estado de ação. E, segundo a opinião referida, já se encontravam todos sofrendo tormentos do inferno que estava diante dos seus olhos. Como se não estivessem, porém, satisfeitas com isso, clamavam a DEUS, como se ELE estivesse retardando o julgamento, a vingança contra seus assassinos. 
     
       

   Quarta: Mas que maior VINGANÇA podiam elas querer? Pois, se os seus perseguidores estivessem ainda na terra, elas deviam saber perfeitamente que, quando muito, dentro de poucos anos se uniriam à vasta multidão que diariamente é arremessada para o mundo do sofrimento, através das portas da morte. Todavia, mesmo nesta suposição não aparece em melhor luz a sua amabilidade.  Uma coisa pelo menos é evidente, a teoria popular acerca da condição dos mortos, justos  e ímpios, não pode ser correta ou então não é correta a interpretação geralmente dada a esta passagem, porque se exclui mutuamente. Mas insistem em que essas almas devem ser conscientes, porque clamam a DEUS. Este argumento seria de peso se não houvesse uma linguagem de retórica chamada PERSONIFICAÇÃO. Mas havendo, vem a propósito,  debaixo de certas condições atribuir vida, ação, inteligência a objetos inanimados. Vamos recordar por exemplo, Moisés em seu Livro Gênesis, capítulo 4, versículos 9 e 10: "O SANGUE DE ABEL CLAMANDO A DEUS DESDE A TERRA"; No profeta Habacuque, capítulo 2: "A PEDRA CLAMAVA DA PAREDE E A TRAVE LHE RESPONDIA DO MADEIRAMENTO"; Epístola de Tiago, capítulo 5, versículo 4: "O JORNAL DOS TRABALHADORES, RETIDO POR FRAUDE, CLAMOU E OS CLAMORES ENTRARAM NOS OUVIDOS DO SENHOR DOS EXÉRCITOS". Assim podiam clamar as almas mencionadas nesse texto, não se provando por isso que elas sejam conscientes. O absurdo da opinião popular sobre este versículo é tão evidente que Burnes faz a seguinte concepção: "Não devemos supor que isto sucedeu literalmente, isto é, ao pé da letra, que São João viu as almas dos mártires debaixo do ALTAR, porque toda representação é simbólica. Nem devemos supor que os injuriados e maltratados estejam agora no céu a pedir vingança contra aqueles que os maltrataram ou que os remidos no céu, continuem orando com referência às coisas do mundo. Mas pode muito bem se concluir daqui que haverá uma lembrança dos sofrimentos dos perseguidos, injuriados e oprimidos, uma lembrança tão cruel, como se fosse feita ali, semelhante oração. E que o opressor tem tanto a temer da divina vingança, como se aqueles a quem injuriou e maltratou e humilhou, clamassem no céu, ao DEUS que houve as orações IDÔNEAS". Basta ver "NOTAS SOBRE REVELAÇÃO", parte 6.

    Em passagens como esta, o estudioso do Apocalipse pode ser desorientado pela definição popular da palavra ALMA. Por essa definição é levado a supor que esse texto fala de uma imaterial, invisível, imortal essência no homem, que voa para sua cobiçada liberdade pela morte do corpo mortal, sem obstáculo e prisão. Nenhum exemplo do emprego desta palavra no original hebraico ou mesmo no grego apoia semelhante definição. A maior parte das vezes significa vida, e não raras vezes é traduzida por pessoa. Aplica-se tanto aos mortos, como aos vivos, como se pode ver em Moisés, Livro Gênesis, capítulo 2, versículo 7, onde a palavra - VIVENTE - não precisaria lhe ter sido expressa se a vida fosse um atributo inseparável da alma. Ainda em Moisés, Livro dos Números, capítulo 19, versículo 13, onde a concordância hebraica, apresenta a alma morta. E além disso, estas almas pedem que seja vingado o seu sangue. É a pura verdade! Estas almas pedem que sejam vingado o seu sangue. Prestem atenção,  isto é para meditar. É preciso de quando em quando, fazer uma pausa para perceber o que está sendo dito, ao mesmo tempo que está sendo lido no próprio Apocalipse. Porque muitos acompanham com o Livro na mão e é o mais certo. Então, como explicamos isto? Alma tem sangue? Substância que supõe não ser possuída pela alma imaterial, tal como nós a compreendemos. Podemos considerar a palavra - ALMAS - empregada aqui no simples significado de mártires, aqueles que foram mortos pelo testemunho da palavra de DEUS, não se venderam aos Cesaristas Romanos, aos prepotentes do fanatismo cego e assassino, aqueles que foram trucidados, queimados vivos. Sendo as palavras, "ALMAS DO QUE FORAM MORTOS", uma paráfrase referindo-se à pessoa completa. Foram apresentadas a São João como tendo sido mortas sobre o altar do sacrifício inquisitorial, do sacrifício imposto pela ignorância e pela maldade, na própria terra, estando mortas debaixo dele (ALTAR DO SACRIFÍCIO). Certamente não estavam vivas quando João as viu debaixo do quinto selo, porque de novo traz a cena o mesmo grupo em quase idêntica linguagem e nos assegura que, depois do seu martírio, apenas estão vivas por altura da ressurreição dos justos. Onde é que está isso na Bíblia? Neste mesmo Apocalipse, capítulo 20, versículo 4 a 6. Já havendo ali, como vítimas da sanguinolência e da opressão, clamaram a DEUS por vingança, do mesmo modo que o sangue de Abel clamou a DEUS no céu, desde a terra contra Caim (Moisés, Livro Gênesis, capítulo 4, versículo 10).
   Quinta: AS VESTES BRANCAS. Estas foram dadas como resposta parcial ao seu clamor: ATÉ QUANDO, Ó VERDADEIRO, SANTO DOMINADOR, NÃO JULGAS E VINGAS O NOSSO SANGUE?
    O que aconteceu? É o que vamos ver amanhã, continuando esta explicação do principal livro da Bíblia, exatamente o último. E é chegada a hora desse Livro ser explicado, não somente no Brasil, mas também no mundo inteiro, porque JESUS ESTÁ VOLTANDO. E os que estão governando o Brasil,  estão preparados para receber o Supremo Governante do Brasil? E os chefes de todas as nações estão preparados, também, para O receberem? Meditem, porque JESUS ESTÁ VOLTANDO!
    QUE A PAZ DE DEUS ESTEJA COM TODOS PARA TODO O SEMPRE!
    VIVA JESUS!

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